Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

Há mais de um mês um esgoto exala odor insuportável na Rua de Lagarto (AJU), em frente a uma galeria (altura do número 2050) em frente a antiga clínica Homo). A cor esverdeada com água e esgoto. Vários protocolos e nada. Dizem que é preciso trocar a tubulação, mas não fazem o serviço.
O blog já alertou por várias vezes o governador Fábio Mitidieri que a Iguá está sendo um “calo” para a reeleição dele. E a culpa começa no próprio governo na Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Agrese) que serve apenas com gabide de emprego para apadrinhados políticos.
A quem recorrer? Quem fiscaliza? Socorro MPSE, acione não só a Iguá, mas os responsáveis pela Agrese que não faz o dever de casa que é “promover e zelar pela eficiência econômica e técnica dos serviços públicos, garantindo aos usuários regularidade, continuidade, segurança, atualidade, universalidade e modicidade tarifária dos serviços regulados”.
“Iguá inicia operação plena em Sergipe e avança rumo à universalização do saneamento básico”. Manchete da empresa em primeiro de maio deste ano. 8 meses depois a maioria dos sergipanos tem saudades da Deso. Sem contar que seis antes de assumir a gestão da água e esgoto técnicos da Iguá participaram de aç~~oes com a Deso para terem ciência de tudo. É mole governador?
Só acionando judicialmente os responsáveis o quadro mudará. Vamos lá MPSE!
“Iguá tem pouco tempo” É duro para os sergipanos ouvir alguns comunicadores justificarem que a “Iguá tem pouco tempo” e não fazem criticas. A justificativa deles acaba quando os comerciais começam...Arrepare, eterno Osmário Plim, Plim…

AGL participa da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas A Academia Gloriense de Letras (AGL) marcará presença na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, um dos mais importantes eventos literários do Nordeste, que neste ano tem como tema “Brasil e África: ligados culturalmente nas suas raízes e ritos”. O evento, promovido pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), teve início em 31/10/25 e segue até 09/11/25. Neste sábado, 08/11/25, os membros efetivos da AGL Carlos Alexandre e Lucas Lamonier, juntamente com o membro fundador Jorge Henrique, apresentarão a mesa-redonda intitulada “Pontes Literárias entre o Sertão Sergipano e as Águas de Cabo Verde”.
Semelhanças culturais A proposta da mesa é estabelecer um diálogo entre as produções literárias de Cabo Verde e do sertão sergipano, explorando as semelhanças culturais, históricas e simbólicas que aproximam esses dois territórios. A inspiração surgiu a partir do contato dos participantes com as escritoras cabo-verdianas Dina Salústio e Vera Duarte, cujas obras despertaram admiração e o reconhecimento de laços profundos entre as duas realidades. “Cabo Verde é uma verdadeira irmã do Brasil. Suas vozes femininas e sua literatura pulsante nos revelam uma África viva, sensível e profundamente ligada à nossa formação cultural”, destacou o professor e escritor Carlos Alexandre.
Compromisso com intercâmbio cultural A participação da Academia Gloriense de Letras na Bienal reforça o compromisso da instituição com o intercâmbio cultural, a valorização da literatura lusófona e a promoção do diálogo entre diferentes territórios e identidades. A presença da AGL em um evento de dimensão internacional também consolida o nome de Nossa Senhora da Glória e de Sergipe no cenário literário brasileiro. A Bienal Internacional do Livro de Alagoas reúne escritores, editoras, leitores e artistas em uma grande celebração da palavra, da arte e da cultura.
Desenvolvimento Em Brasília, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Valmor Barbosa, representou Sergipe no evento ‘Energia e desenvolvimento regional: convergência para o Brasil do futuro’, que discutiu estratégias e políticas públicas voltadas à garantia do fornecimento de energia à população e às atividades econômicas, bem como o papel da infraestrutura energética como diferencial competitivo entre as regiões do país.
Desenvolvimento II Valmor Barbosa afirmou que o protagonismo de Sergipe no setor energético é uma realidade entre os principais agentes do ramo. “O projeto Sergipe Águas Profundas está cada vez mais próximo de se tornar realidade, sobretudo com a recente abertura das propostas para construção das plataformas. No segmento do gás, temos o primeiro terminal privado de GNL do Brasil, somos destaque no mercado de consumidores livres e buscamos cada vez mais aperfeiçoar nossa regulação para tornar o estado um espaço atrativo a novos negócios”.
Deputado Paulo Júnior defende regulamentação de carregamento de veículos elétricos O deputado estadual Paulo Júnior (PV) ocupou o pequeno expediente na Assembleia Legislativa para destacar o Projeto de Lei nº 316/2025, de sua autoria, que propõe regras para a instalação de pontos de carregamento de veículos elétricos e híbridos em condomínios residenciais e comerciais em Sergipe. “Diante da crescente demanda por mobilidade sustentável, protocolei um Projeto de Lei que visa garantir o direito individual dos proprietários de veículos elétricos de instalarem seus próprios pontos de carregamento em condomínios”, explicou o parlamentar.

TCE/SE participa de agenda em Brasília em dia histórico que aprovou a PEC da Essencialidade O Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) marcou presença em um momento decisivo para o fortalecimento do Sistema Tribunais de Contas no Brasil. Nesta terça-feira, 4, a Câmara dos Deputados aprovou, por 414 votos favoráveis, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 302/2017 – conhecida como PEC da Essencialidade –, que reconhece os Tribunais de Contas como órgãos permanentes e essenciais ao controle externo da Administração Pública. A presidente do TCE/SE, conselheira Susana Azevedo, e o conselheiro José Carlos Felizola estiveram em Brasília integrando a comitiva nacional formada por membros dos 33 Tribunais de Contas do país, que acompanharam e atuaram institucionalmente na articulação para aprovação da matéria.
Fortalecimento do controle externo “A aprovação da PEC representa um marco histórico para o fortalecimento do controle externo. É o reconhecimento constitucional do papel essencial que os Tribunais de Contas exercem na defesa do interesse público, da transparência e da boa gestão dos recursos. Estar presente nesta conquista é motivo de honra para o TCE/SE e para todos que acreditam no fortalecimento das instituições republicanas”, destacou a conselheira-presidente, Susana Azevedo. A aprovação é resultado de amplo esforço conduzido pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), em parceria com os TCs brasileiros e demais entidades representativas do Sistema, que reforçaram junto ao Parlamento a importância da medida para o aperfeiçoamento do controle externo no país.
Reconhecimento constitucional Com a aprovação na Câmara, a PEC segue agora para promulgação pelo Congresso Nacional, etapa que oficializará a inclusão do reconhecimento constitucional da essencialidade dos Tribunais de Contas. A proposta altera os artigos 31 e 75 da Constituição Federal para consolidar os Tribunais de Contas como órgãos permanentes e essenciais ao controle externo, garantindo segurança institucional e impedindo sua extinção. A votação desta terça-feira resultou da tramitação conjunta das PECs 302/2017 e 39/2022, ambas voltadas ao mesmo objetivo.
Colar do Mérito Ainda na Câmara dos Deputados, os conselheiros participaram da entrega do Colar do Mérito Ministro Miguel Seabra Fagundes ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, e ao presidente da Frente Mista pela Transparência Pública, deputado Acácio Favacho. A homenagem ocorre em reconhecimento às relevantes contribuições de ambos para a aprovação da PEC da Essencialidade dos Tribunais de Contas. Os membros do TCE/SE estiveram também no Simpósio “Governança, IA e Transparência na Administração Pública”, que reuniu parlamentares, integrantes de Tribunais de Contas, gestores e servidores públicos para tratar de temas como os desafios e avanços na aplicação da Lei de Acesso à Informação (LAI), os impactos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na administração pública e as implicações do Marco Legal da Inteligência Artificial (IA) na gestão e na transparência.

Com apoio da FAMES, Sergipe sedia 12ª edição do Conexão CNM e reúne mais de mil gestores municipais Encerrado nesta quarta-feira, 5, o Conexão CNM Sergipe reuniu mais de mil gestores, servidores e representantes municipais no Centro de Convenções AM Malls, em Aracaju. Promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), com apoio institucional da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (FAMES), o evento marcou a 12ª edição do projeto, consolidando-se como um dos maiores encontros municipalistas do país.
Ampla programação Durante dois dias, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e equipes técnicas de diversas áreas participaram de uma ampla programação de palestras, mentorias e arenas temáticas voltadas ao fortalecimento da gestão pública. Ao todo, foram 16 áreas abordadas, entre elas, Saúde, Educação, Finanças, Assistência Social, Captação de Recursos, Saneamento, Habitação, Previdência e Terceiro Setor. As palestras ocorreram no formato silencioso, característica do Conexão CNM, em que cada participante utiliza fones de ouvido para acompanhar o conteúdo de sua área de interesse. O modelo permite que diversas apresentações aconteçam simultaneamente, garantindo melhor aproveitamento do tempo e dinamismo na troca de conhecimentos.
Papel estratégico A presidente da FAMES, Silvany Mamlak, destacou o papel estratégico do Conexão CNM para o desenvolvimento dos municípios. “Sergipe mostrou a força do municipalismo com um evento grandioso, de muita troca e aprendizado. A parceria com a CNM é essencial para capacitar nossas equipes e aproximar os gestores das melhores práticas da administração pública. Aproveito para agradecer ao presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, e a toda a equipe da Confederação pelo comprometimento e pela dedicação em promover esse encontro de grande impacto para os municípios sergipanos”, afirmou a presidente.
Proposta de aproximação Representando a CNM, Glademir Aroldi ressaltou que a proposta do Conexão é aproximar a Confederação das realidades de cada município. “A ideia é aproximar a Confederação Nacional dos Municípios de cada município do Brasil, trazendo aqui qualificação e informações que serão muito importantes para o trabalho no dia a dia de cada município do Sergipe”, afirmou. Ele acrescentou que a iniciativa também fortalece a pauta municipalista junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional, buscando garantir condições para que os gestores possam oferecer serviços públicos de qualidade, especialmente à população que mais depende do poder público.
Inciativa elogiada Entre os participantes, o prefeito de Carira, Diogo Machado, destacou a importância de ter um evento desse porte realizado em Sergipe. “Quero parabenizar a CNM pela iniciativa e também o apoio da FAMES de trazer os consultores para estarem mais próximos dos municípios. Sabemos que temos toda essa estrutura lá em Brasília, mas o município, às vezes, não tem como levar todos os seus técnicos. Estamos aqui aprendendo, tirando dúvidas, adquirindo conhecimento para que possamos replicar em nosso município e para a nossa população. Parabenizo por toda a estrutura, uma estrutura onde estamos todos conectados e, ao mesmo tempo, cada um ouvindo sua palestra, seu tema de interesse”, declarou o prefeito. O vereador de Ribeirópolis, Max, também reforçou o impacto positivo do encontro municipalista. “Foi um momento único para nós vereadores. Muitas vezes precisamos ir até Brasília para participar de capacitações como essa, e agora tivemos essa oportunidade aqui mesmo, em nosso estado. Pudemos tirar dúvidas, aprender sobre temas como educação, licitação e saúde, foi um evento extremamente proveitoso”, avaliou.

SerMulher realiza visita institucional ao GACC e reforça compromisso com o cuidado e a solidariedade Na manhã de terça-feira, 4, a Prefeitura Municipal de Aracaju, representada pela secretária municipal do Respeito às Políticas para as Mulheres, Elaine Oliveira, esteve na sede do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC/SE) para conhecer de perto o trabalho desenvolvido pela instituição, cuja assistência é estendida para as mães que têm filhos em tratamento. A direção do grupo recebeu a gestora com um café da manhã, ao lado dos colaboradores.
Assistência O encontro teve como objetivo conhecer a estrutura e o trabalho essencial desenvolvido pelo GACC, que oferece assistência biopsicossocial, nutricional e de transporte a crianças, adolescentes e seus familiares durante o tratamento oncológico. “Foi uma satisfação receber a secretária Elaine Oliveira aqui na nossa sede, para conhecer o trabalho que realizamos, que também é voltado para a mulher, a mãe que acolhemos em todas as esferas, para que ela saiba que estamos ao lado dela no cuidado com seu filho. A gestão pública precisa enxergar o terceiro setor como parceiro, e essas parcerias são muito importantes para nós”, ressaltou a gerente geral da instituição, Ulla Ribeiro.
Compromisso A visita reforça o compromisso da Prefeitura de Aracaju, por meio da SerMulher, com o cuidado, a solidariedade e a responsabilidade social. “Tive a oportunidade de conhecer melhor o trabalho do GACC, que assiste crianças acometidas pelo câncer e oferece uma rede de apoio para as mães, algo essencial para que elas possam cuidar de seus filhos com mais amparo e segurança”, destacou a secretária Elaine Oliveira, que na ocasião, recebeu das mãos da gerente geral do GACC, o livro “Mulheres do Terceiro Setor”.
Sobre o GACC/SE O Grupo de Apoio à Criança com Câncer de Sergipe (GACC/SE) atende cerca de 130 crianças em tratamento e oferece apoio emocional a mais de 200 famílias que perderam parentes em decorrência da doença. Atualmente, a instituição funciona na Av. Desembargador Maynard, 654, e planeja a construção de uma nova sede, mais moderna e equipada, para ampliar os atendimentos e fortalecer a rede de apoio.
Maior valor A secretária de Estado da Fazenda, Sarah Tarsila, prestou contas do segundo quadrimestre deste ano aos deputados estaduais. Na oportunidade, ela destacou os números referentes às receitas, despesas e nível de endividamento do Estado no período, ressaltando o crescimento recorde de investimentos realizados pela atual gestão. Para se ter uma ideia, somente nos oito primeiros meses deste ano, o Governo destinou R$ 517 milhões para esse tipo de ação, sobretudo em obras de infraestrutura, valor 70% superior ao registrado no mesmo período de 2024. É o maior volume já aplicado em toda a história sergipana.
Maior valor II Em relação às receitas e despesas estaduais, a secretária explicou que as arrecadações atingiram R$ 12,5 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, representando um crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 23%. Enquanto as despesas acompanharam o aumento de despesas, mas com aumento menor, em torno de 14%, o que demonstra a continuidade do equilíbrio financeiro do Estado.

Picolé de graviola parte dois E desde o último dia 29 de outubro o blog vem recebendo de leitores as indicações do nome do auxiliar direto do governador que vivia (depois da nota, nem pensar, mas o vizinho fotografou e filmou) despachando no apartamento e o carro público embaixo de alerta com o ar condicionado ligado para, se necessário, quando precisar, o carro ficar com a temperatura ideal. Alguns já acertaram, mas ainda continua a promoção do picolé de graviola do saudoso Wellington Elias, quem descobrir… Quem será o príncipe? Ou será uma princesa? Qual será a justificativa quando o blog publicar?
Curta-SE 24: debates, exibições internacionais e show de Pedro Lua e banda Tocaia hoje, 6O Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-Se), que este ano celebra o tema “Amor Fati”, segue com uma programação intensa e diversificada nesta quinta-feira, 6, reunindo sessões especiais, debates sobre cultura e encontros com realizadores. Em sua 24ª edição, realizado pela AVBR Produções, o Curta-SE reafirma o seu papel multicultural, promovendo encontros que fortalecem a reflexão sobre o papel das artes e das políticas culturais em um mundo em constante transformação, através do patrocínio da Petrobras e Ministério da Cultura. A quinta começa no Cine Walmir Almeida, no Centro de Aracaju, com entrada franca, em um espaço dedicado à troca entre criadores e público. Às 11h, acontece uma roda de conversa com os diretores dos filmes exibidos na noite anterior, reunindo realizadores para compartilhar processos criativos, bastidores e experiências de produção audiovisual.
Congresso Paralelamente, o Hotel Real Classic, na Orla da Atalaia, sedia o VIII Congresso Internacional das Coalizões pela Diversidade Cultural, evento que compõe a programação do Curta-Se e promove debates sobre políticas públicas, cidadania e os desafios da cultura na era digital. Ao longo do dia, representantes de instituições nacionais e internacionais, como o Ministério da Cultura, a Organização das Nações Unidas (Onu) e a Fundação Gol de Letra, discutem temas como diversidade cultural, sustentabilidade, direitos autorais, inteligência artificial e regulamentação digital, fortalecendo o diálogo entre arte, tecnologia e sociedade.
Programação A programação cinematográfica segue no Memorial de Sergipe Prof. Jouberto Uchôa, também na Orla da Atalaia, com entrada franca na Sala Petrobras de Cinema. Às 14h30, será exibida a Sessão Especial Avanca Film Festival, com curtas que destacam o cinema contemporâneo português. Em seguida, às 16h, ocorre a Sessão Especial Curtas 4, reunindo produções brasileiras de diferentes estados, entre documentários e ficções.Às 17h30, acontece a Mostra Competitiva Curtas Iberoamericanos 1, com filmes do Brasil, Uruguai e Espanha. Encerrando as exibições do dia, às 19h15, será apresentado o longa Resurrexit (Espanha/Argentina, 2024), dentro da Mostra Competitiva de Longas Iberoamericanos 4.A noite termina em clima de celebração, com as atrações artísticas no Complexo Cultural Gonzagão, no Palco Petrobras, a partir das 21h, apresentando Pedro Lua e Banda Tocaia. A programação completa e detalhada está disponível nos perfis oficiais do festival no Instagram: @avbrproducoes e @festivalcurtase, e no site oficial www.curtase.com.br.
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NOTA

Presidente da AMASE atua na Câmara dos Deputados contra PEC da Reforma Administrativa
Caros associados,
A AMASE informa que, nos dias 04 e 05 de novembro de 2025, o Presidente da nossa Associação esteve em Brasília desenvolvendo importante trabalho de articulação política em defesa dos interesses da magistratura sergipana e nacional.
Em conjunto com lideranças da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o Presidente da AMASE promoveu uma série de reuniões estratégicas com membros da bancada sergipana no Congresso Nacional e outras lideranças legislativas, visando sensibilizar os parlamentares sobre os impactos negativos da PEC da Reforma Administrativa.
Durante as tratativas, foram apresentados argumentos técnicos e institucionais que demonstram os riscos que a aprovação dessa proposta representa para a autonomia do Poder Judiciário, a independência funcional da magistratura e, consequentemente, para o adequado funcionamento do sistema de Justiça brasileiro.
Defesa de Todo o Funcionalismo Público
A atuação desenvolvida transcendeu a defesa exclusiva da magistratura, abrangendo todo o funcionalismo público brasileiro. Foram apresentados aos parlamentares argumentos contundentes demonstrando que a reforma proposta não visa efetivamente melhorar o serviço prestado à população, mas possui claro viés punitivista e de desvalorização do serviço público.
Destacou-se ainda que a PEC não produzirá o efeito anunciado de economia de recursos públicos. Ao contrário, a proposta tende a incentivar a aposentadoria massiva de servidores experientes e a aumentar a necessidade de ampliação dos quadros funcionais, uma vez que inviabiliza o preenchimento de claros nas equipes a partir da atuação cumulativa dos servidores mediante remuneração adicional, mecanismo que atualmente permite maior flexibilidade e eficiência na gestão do serviço público.
A atuação conjunta entre AMASE e AMB reforça o compromisso das entidades associativas em defender não apenas as prerrogativas constitucionais da carreira, mas também a valorização de todo o serviço público como instrumento essencial para o atendimento das necessidades da sociedade brasileira.
A AMASE continuará acompanhando atentamente a tramitação da matéria e mantendo os associados informados sobre os desdobramentos dessa importante questão institucional.
Sergipe, 05 de novembro de 2025.
PELO E-MAIL claudionunes@infonet.com.br
OPINIÃO

Economia Criativa pela Paz Por Pascoal Maynard*
A recente megaoperação policial no Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história do estado, escancara a urgência de políticas públicas que promovam inclusão e cidadania — e a cultura é um dos caminhos mais potentes para isso.
No dia 28 de outubro de 2025, o Rio de Janeiro foi palco da maior operação policial já registrada no estado. A chamada Operação Contenção, realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, mobilizou cerca de 2.500 agentes e resultou em 121 mortos, sendo 117 civis e quatro policiais, além de dezenas de feridos. As imagens de corpos nas ruas, barricadas e tiroteios chocaram o país e reacenderam o debate sobre o papel do Estado na promoção da segurança pública.
Esse cenário evidencia a falência de políticas exclusivamente repressivas e aponta para a necessidade de estratégias que atuem nas causas da violência — entre elas, a exclusão social, a falta de oportunidades e o apagamento cultural. É nesse contexto que a Política de Cultura se revela essencial.
A cultura é mais do que expressão artística: é território, identidade, memória e resistência. Quando articulada com políticas públicas, ela se torna instrumento de:
- Geração de renda e trabalho por meio da economia criativa.
- Fortalecimento da cidadania e do protagonismo comunitário.
- Redução da violência ao oferecer alternativas à criminalidade.
A economia criativa, que inclui setores como música, audiovisual, moda, artesanato e tecnologia, representa uma oportunidade concreta de desenvolvimento sustentável. Em comunidades vulneráveis, projetos culturais têm demonstrado impacto direto na redução da evasão escolar, no empoderamento de jovens e na valorização das identidades locais.
A violência institucional — aquela praticada por agentes do Estado, muitas vezes contra populações negras, periféricas e marginalizadas — não se combate apenas com protocolos. É preciso reconhecer e valorizar os saberes e fazeres dessas comunidades, promovendo espaços de escuta, criação e expressão.
Políticas como os Pontos de Cultura, os editais territoriais e os programas de formação em gestão cultural são exemplos de como o Estado pode atuar de forma estruturante, promovendo inclusão e enfrentando desigualdades históricas.
Para que a cultura cumpra esse papel, é necessário:
- Financiamento contínuo e descentralizado das iniciativas culturais.
- Articulação intersetorial com educação, saúde, segurança e assistência social.
- Participação ativa das comunidades na formulação e execução das políticas.
- Proteção das expressões culturais ameaçadas pela violência ou apagamento institucional.
Conclusão
A tragédia recente no Rio de Janeiro não pode ser naturalizada. Ela deve servir como alerta para a urgência de políticas que promovam vida, dignidade e pertencimento. A cultura, quando reconhecida como direito e estratégia de desenvolvimento, é capaz de transformar territórios e romper ciclos de violência.
*Pascoal Maynard é jornalista, documentarista e produtor cultural. Atualmente exerce o cargo de Assessor Especial da Funcap, Presidente do Conselho Estadual de Cultura e apresentador do programa Expressão na Aperipê TV.
OPINIÃO

O Futuro da mecanização na agricultura familiar e o papel do novo laboratório Brasil–China. Por Dayvid Souza Santos*
A mecanização da agricultura familiar brasileira representa um dos dilemas estruturais mais complexos da economia nacional. Enquanto o agronegócio de larga escala opera com níveis de mecanização comparáveis aos dos países desenvolvidos, a realidade da agricultura familiar é marcadamente distinta. **Dados do Censo Agropecuário (IBGE, 2017) — a fonte mais recente e abrangente sobre o tema — revelam que apenas 28% dos estabelecimentos da agricultura familiar utilizavam tratores, em contraste com 59% nas demais propriedades. Esse abismo tecnológico é ainda mais profundo quando se observam tecnologias digitais: na época do Censo, apenas 21,8% dos estabelecimentos familiares tinham acesso à internet, e um percentual ínfimo fazia uso de qualquer tipo de agricultura de precisão (IBGE, 2017).
Esse cenário de exclusão tecnológica é paradoxal frente à sua contribuição econômica e social. Segundo o mesmo Censo Agropecuário, a agricultura familiar é responsável por 23% do valor total da produção agropecuária do país, ocupando apenas 23% da área agrícola total. Esse modelo produz a maioria do feijão (67%), da mandioca (84%) e do leite (55%) consumidos internamente, evidenciando seu papel crucial na segurança alimentar (IBGE, 2017).
O paradigma convencional de modernização, herdado da Revolução Verde e focado em máquinas de grande porte, alto custo e operação intensiva em capital, mostrou-se historicamente incompatível com a realidade das pequenas propriedades. O resultado é um hiato tecnológico persistente, que não apenas limita a produção, mas também contribui para o êxodo rural, na medida em que o trabalho no campo se mantém excessivamente árduo e pouco atrativo para as novas gerações.
Lula e Luciana Santos: Uma visão de valorização da agricultura familiar
É importante destacar que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reinserido a agricultura familiar no centro da agenda de desenvolvimento nacional, reconhecendo sua importância estratégica para a soberania alimentar e a geração de renda no interior do Brasil, quando incorporou à Nova Indústria Brasil (NIB), programa, peça central da política industrial do Brasil um eixo prioritário para agricultura familiar. Dentro deste eixo, a NIB estabelece metas claras para a mecanização, incluindo o aumento da densidade de tratores por hectare, a nacionalização de componentes críticos e a promoção de soluções tecnológicas sustentáveis e adaptadas aos diferentes biomas e portes de propriedades. Portanto, Lula, elegeu a “Revolução Tecnológica na Agropecuária” como um pilar fundamental para o desenvolvimento nacional.
Adicionalmente a frente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a ministra Luciana Santos, tem apresentado uma visão aguçada para o potencial transformador da cooperação internacional em ciência e tecnologia. Sob sua gestão, o MCTI não é apenas um financiador, mas um articulador ativo de parcerias que colocam a tecnologia a serviço de demandas sociais e da soberania nacional. A sua capacidade de enxergar na cooperação com a China uma oportunidade única de acelerar a inovação para a agricultura familiar foi crucial para dar corpo e credibilidade a projetos conectam ciência ao desenvolvimento nacional, a exemplo do Laboratório Brasil-China de mecanização para agricultura familiar. Sua atuação vai ao encontro da visão do Presidente Lula, traduzindo um direcionamento político em uma ação de estado concretizável.
O caso chinês: Uma lição em mecanização inclusiva e em massa
É neste contexto que a experiência chinesa se torna um farol estratégico. A China enfrentou um desafio semelhante, como alimentar uma população imensa com uma estrutura fundiária baseada em pequenas propriedades (em média, inferiores a 0,7 hectares, de acordo com o Banco Mundial). A resposta do país foi um investimento maciço e planejado em mecanização adaptada à pequena propriedade.
Os resultados são impressionantes. De acordo com o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China, a taxa de mecanização integrada para o cultivo, semeadura e colheita de grãos ultrapassou 73% em 2023. O país é o maior produtor mundial de tratores, fabricando milhões de unidades anuais, com um foco significativo em modelos de pequena e média potência acessíveis aos seus milhões de pequenos produtores (National Bureau of Statistics of China). Este mercado vibrante de máquinas compactas, movido por milhares de fabricantes locais, tornou tecnologias acessíveis para uma base ampla de agricultores chineses. A China comprovou que a transição para a “mecanização inclusiva” é viável através de políticas industriais direcionadas, subsídios à aquisição e desenvolvimento tecnológico focado na escala real da sua agricultura.
Perspectivas globais e a fronteira tecnológica
A disparidade na mecanização é uma característica global da agricultura. Nos Estados Unidos, a propriedade média das fazendas possui cerca de 445 acres (aproximadamente 180 hectares), e a mecanização é quase universal, porém, o modelo é inacessível para a agricultura familiar de outros países, uma vez que para atender a essa escala imensa é necessário investimento em máquinas de alto custo, como colheitadeiras e tratores de grande porte. Já na Índia, outro gigante agrícola com predomínio de pequenas propriedades, a taxa de mecanização é heterogênea. O governo indiano implementa programas como o “Sub-Mission on Agricultural Mechanization” (SMAM) para subsidiar a aquisição de equipamentos para pequenos agricultores, com o objetivo de aumentar a produtividade e enfrentar a escassez de mão de obra rural (Ministry of Agriculture & Farmers Welfare, India). Na União Europeia, programas de desenvolvimento rural, como os do Fundo Agrícola Europeu (FEADER), frequentemente incluem financiamento para a aquisição de equipamentos eficientes e de baixo impacto por parte de pequenas propriedades, visando a sustentabilidade do ambiente rural e de seus produtores (European Commission, 2022).
Contudo, a nova fronteira tecnológica, baseada em inteligência artificial (IA), sensoriamento remoto, robótica leve e Internet das Coisas (IoT), está redefinindo as possibilidades de mecanização nas propriedades rurais. Estima-se que o mercado global de agribots (robôs agrícolas) deve superar US$ 25,6 bilhões até 2028, segundo a consultoria Markets and Markets (2023). É neste contexto que nasce o paradigma que combina automação, sustentabilidade e democratização do acesso à tecnologia no meio rural, com máquinas que são, por natureza, menores, mais baratas, modulares e inteligentes.
O Laboratório Brasil–China: Superação do abismo tecnológico
É precisamente nesse ambiente global de transições sem precedentes que a criação do Laboratório Brasil – China de Mecanização e Inteligência Artificial Aplicada à Agricultura Familiar assume um papel transformador. Esta iniciativa conjunta, apoiada pelo MCTI, não é um mero projeto de cooperação científica, mas uma política de Estado para a construção de soberania tecnológica.
A cooperação com a China oferece ao Brasil a oportunidade de acelerar em décadas o seu processo de inclusão tecnológica. O Laboratório será um canal direto para adaptar e desenvolver as soluções que fizeram da China uma potência em mecanização de pequena escala, incorporando a mais recente fronteira da IA e da robótica. Além de gerar novas tecnologias, terá um papel formativo essencial, qualificando mestres e doutores para reduzir a dependência tecnológica e fortalecer as capacidades nacionais de inovação.
Em um momento em que o mundo busca soluções sustentáveis para garantir a segurança alimentar, iniciativas como essa mostram que a mecanização do futuro será inteligente, conectada e inclusiva. O laboratório simboliza, portanto, um novo capítulo na cooperação Brasil–China, pautado pela construção conjunta de conhecimento. Mais do que máquinas, trata-se de promover um modelo de desenvolvimento agrícola baseado em ciência, equidade e sustentabilidade — no qual cada inovação é pensada para fortalecer o trabalho, preservar o ambiente e, finalmente, sanar o histórico abismo tecnológico que limita o potencial da agricultura familiar brasileira.
É importante destacar que este esforço, no entanto, não se fará sem a peça-chave desse ecossistema, a indústria nacional de máquinas e equipamentos agrícolas. Com um histórico de décadas no desenvolvimento de soluções para a agricultura tropical, o setor detém o conhecimento prático essencial para transformar os protótipos de laboratório em produtos robustos e comercializáveis. O Laboratório Brasil-China, portanto, deve ser compreendido como um chamamento para um desenvolvimento nacional conjunto. Trata-se de uma convocatória para que instituições brasileiras, a exemplo das universidades, centros de pesquisa, o governo e a indústria se unam em torno de um objetivo comum, entre eles, o de internalizar as inovações, dominar as cadeias de valor da agricultura inteligente e, assim, garantir que a próxima geração de tratores, sensores e plataformas digitais, atenda de forma exemplar a agricultura familiar de nosso país, portanto, o mercado interno, mas ganhe contornos internacionais, principalmente em países do sul global, uma vez que tal feito, fortalece a nossa soberania tecnológica e gera empregos de alta qualidade.
*Doutor em Engenharia Industrial pela UFBA. Professor EBTT-DE do Instituto Federal Goiano. Membro da International Society on MCDM – Multiple Criteria Decision Making e da International Society for Development and Sustainability (ISDS). Atualmente está como Coordenador Geral de Tecnologia Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
**(Nota: O Censo Agropecuário é realizado aproximadamente a cada 10 anos. O de 2017 é o último publicado. A próxima edição está prevista para 2025-2026, o que evidenciará a evolução deste cenário).
Fontes:
- IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo Agropecuário 2017. (É a fonte mais atual e completa disponível. O próximo Censo está previsto para 2025-2026).
- Banco Mundial. “Agricultural land (sq. km) – China”. (Fornece contexto sobre a média de tamanho das propriedades na China).
- Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China (MARA). “China’s comprehensive mechanization rate of crop cultivation and harvest exceeds 73% in 2023”. (Comunicação oficial sobre as taxas de mecanização).
- National Bureau of Statistics of China. (Fornece dados anuais sobre a produção industrial, incluindo tratores).
- Ministry of Agriculture & Farmers Welfare, India. “Sub-Mission on Agricultural Mechanization (SMAM)”. (Detalha o programa de mecanização do governo indiano).
- European Commission. “CAP Strategic Plans 2023-2027: A closer look at eco-schemes and rural development interventions.” (Explica os mecanismos de financiamento para equipamentos na UE).
- Markets and Markets. “Agricultural Robots Market by Type… – Global Forecast to 2028”. Report ID: 246121575. (Fonte da projeção do mercado de agribots).
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Frase do Dia
“Senhor, fortalece em nós, a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros, para com as nossas próprias dificuldades…”Chico Xavier.