Aterros Itaporanga/ITA: Adema fez vistorias após decisões judiciais?

                                                             Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
                  “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

 

Há mais de dois anos, a sociedade sergipana acompanha atentamente o imbróglio das licenças concedidas pela Adema para os aterros sanitários de Itaporanga D`Ajuda e Itabaiana.

Em fevereiro de 2022, a pedido do Ministério Público de Sergipe, foi aberto um inquérito policial, tendo a investigação conduzida pelo Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública – DEOTAP da Polícia Civil do Estado de Sergipe. A investigação constatou que dois técnicos da Adema na época receberam valores em troca de pareceres favoráveis e licenças ambientais para os empreendimentos, dentre os quais se encontram o CTR Itabaiana e o CTR Itaporanga d’Ajuda.

A Justiça Federal, através do desembargador do Tribunal Federal da 5ª região, Cid Marconi Gurgel de Souza, determinou que o Ibama procedesse a revisão dos dois licenciamentos concedidos pela Adema. O Ibama realizou duas vistorias no CTR de Itaporanga e no CTR de Itabaiana, operados pela empresa Termoclave onde foram constadas diversas irregularidades.

O relatório do Ibama, das vistorias realizadas nos dois aterros constatou diversos problemas como: resíduos sem cobertura de superfície; chorume percolado e ausência de cobertura que potencializa a contaminação; líquido percolado sem coleta; ausência de linhas de drenagem de acordo com os parâmetros da ABNT, mesmo assim projeto foi aprovado pela Adema e supressão vegetal de Mata Atlântica no aterro de Itaporanga. A conclusão foi clara do Ibama: a impactos ambientais associados a ineficiência dos aterros vistoriados.

E sendo feitas novas vistorias nos dois aterros a lógica será que as mesmas irregularidades serão encontradas? Já que nada foi feito.

O escândalo dos aterros em Sergipe foi, inclusive, matéria nacional, com enorme repercussão no principal telejornal da TV Record que reforçou o posicionamento do MPE de Sergipe as que as licenças foram liberadas mesmo com diversas irregularidades ambientais.

Quando das decisões das justiças federal e estadual, o novo presidente da Adema, George Trindade, se comprometeu – inclusive pela imprensa – em fiscalizar os dois aterros.

 A sociedade quer saber:

 A Adema já fiscalizou os aterros como prometido?

 O que achou?

 Já encaminhou as referidas vistorias para o MPE e as justiças federal e estadual?

 A sociedade aguarda ansiosa os próximos passos dos andamentos dos processos destes dois aterros cuja comunidades denunciaram prejuízo para o meio ambiente e poluição causando problemas de saúde.

 O certo é que o complexo tabuleiro do lixo em Sergipe precisa despertar de uma inércia quase que absoluta.

 E a sociedade e a imprensa deseja apenas tomar conhecimento de quem está com a verdade dentro da lei e da justiça.

A reportagem da TV Record  citada neste artigo aqui:

 

 

Aracaju abandonada 4º capítulo Praça Olímpio Campos (popular Praça da Catedral) Em um dos principais cartões postais do centro de Aracaju é desolador o quadro da praça Olímpio Campos e suas estátuas de personalidades históricas – inclusive de indígenas – abandonadas, algumas sem braços, cabeças e tudo mais como nas fotos acima. Ontem o blog foi informado que em um dos locais a estátua foi retirada e tinha material como se fossem reformar. É aguardar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Indignação com o abandono  Sobre esta abandono da Praça Olímpio Campos o blog publica o discurso de Wagner Lemos, doutor em Literatura (USP), professor universitário (UNEB) quando recebeu recentemente o título de cidadão sergipano na Alese. “…A indignação ao ver o abandono de quase duas décadas do Palácio Inácio Barbosa, prédio histórico sede da prefeitura da capital; de ver em ruínas, na Praça da Catedral, o monumento que deveria homenagear a memória dos indígenas de quem estas terras foram tomadas em colonização e genocídio…” Leia nesta edição.

Medalha Barrinhos Ontem, 12, o secretário de Estado da Comunicação, Cleon Nascimento, foi homenageado pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), com a medalha “Radialista e Jornalista João de Meneses Barros Filho (Barrinhos), durante sessão especial. A honraria, que foi criada há sete anos, reconhece a notável contribuição de profissionais para o desenvolvimento da comunicação no estado. Além dele, mais 23 profissionais da comunicação foram homenageados. Cleon recebeu a honraria das mãos do presidente da Casa, deputado Jeferson Andrade, responsável pela indicação.

Comunicação: Choque de gestão como ocorreu em 2007 Cleon Nascimento não é apenas uma grata surpresa na comunicação. Para este jornalista é a realidade do que foi alertada por este espaço em 18 de novembro de 2022 – antes do anúncio do secretariado – quando, nos bastidores, falava-se de dois nomes “tarimbados” que  batalhavam para retornar a pasta com os velhos vícios não republicanos.

“É preciso fazer uma ruptura nesta estrutura viciada”, Déda Em 18 de novembro  de 2022 este blog lembrou uma frase do então governador eleito, Marcelo Déda quando surpreendeu muita gente ao anunciar o nome da então pouco conhecida Eloísa Galdino para o comando da comunicação. “É preciso fazer uma ruptura nesta estrutura viciada.” Eloísa passou quase dois anos e meio na pasta, mas foram suficientes para ela implementar um novo jeito, com a preocupação maior no interesse público e não apenas no interesse político e empresarial de alguns poucos.

Alguém jovem, com uma visão nova e moderna E continuou o texto deste jornalista: “Se quiser começar bem, Fábio Mitidieri precisa realizar um novo choque de gestão na comunicação. Não apenas retornar à secretaria, mas nomear alguém jovem, com uma visão nova e moderna, com experiências em todas as áreas da mídia moderna e com a confiança não só dele (o governador), mas do grupo de gestão. Com certeza, ao lado dele, nestes anos todo de político, Fábio Mitidieri deve ter pelo menos um nome que possa “vestir” com transparência e ética este choque de gestão em busca de uma comunicação voltada não apenas para o interesse de meia dúzia de veículos e profissionais…”  

Bastidores E ninguém engana-se no fim do primeiro semestre de 2023, Cleon começou a ser “fritado” pelos mesmos que gostariam de retornar ao comando da pasta. Mas, pelo trabalho que encarnou este novo modelo, com um relacionamento saudável respeitando o contraditório, tendo como principio basilar o interesse público está dando certo.

Pré-campanha em Arauá Depois de romper com atual prefeito Fábio Costa (PT), o vice Bernado Lima (PSD) se lança pré-candidato ao executivo municipal. Ao lado do empresário Tarcísio Barreto (PL), a nova liderança começou as visitações em busca de apoio popular e também político. Na última terça-feira (11), os dois foram visitar o gabinete da deputada estadual Maísa Mitidieri, mostrando o bom relacionamento que tem com a família do governador.

Mais contatos Recentemente, Bernado também postou em suas redes um encontro que teve com o ex-deputado e pai do governador Fábio, Luiz Mitidieri. Já no município, o foco está em lideranças locais, como o ex-prefeito Ranulfo. O pré-candidato a vice, Tarcísio Barreto, afirmou que as conversas estão acontecendo e o projeto tem tudo para dar certo, sendo que o objetivo principal do grupo “é de recuperar a autoestima do povo e fomentar comércio local”.

 

 

 

 

 

 

 

A partir de hoje, 13, SE sediará o Fórum Nacional de Secretários de Estado da Administração Infonet: Iniciativa que visa debater o aperfeiçoamento da gestão pública no Brasil, o Fórum Nacional de Secretários de Estado da Administração será realizado pela primeira vez em Sergipe,  de hoje, 13, até amanhã, 14, no Delmar Hotel. O evento, que está na 129ª edição, é uma realização do Conselho Nacional de Secretários de Administração (Consad), com apoio do Governo do Estado, tendo a Secretaria de Estado da Administração (Sead) como anfitriã.

Modelos de gestão O Fórum Nacional de Secretários de Estado da Administração é realizado periodicamente, envolvendo discussões sobre o desenvolvimento de modelos de gestão pública com foco em resultados e voltados para o bom atendimento ao cidadão. Na edição em Aracaju, serão dois dias com palestras e painéis dedicados à troca de experiências e à busca por soluções inovadoras para a administração dos estados.

SE anfitrião À frente da realização do fórum em Sergipe, a secretária de Estado da Administração, Lucivanda Nunes, destaca a estreia do estado como anfitrião do evento e a importância das discussões. “Vamos receber aqui diversas referências em gestão pública, para discutir temas e apresentar soluções e iniciativa a acerca de temas importantes. O nosso maior objetivo é garantir serviços públicos de melhor qualidade para o cidadão em todo o país, de forma ágil e integrada”.

Papel A secretária também reforça o importante papel do Consad na gestão pública dos estados brasileiros. “O Consad possibilita o fortalecimento da cooperação entre todos os entes da federação, de forma efetiva, com o potencial de garantir uma gestão pública mais eficiente, que cumpra a missão de identificar soluções de gestão efetivas e inovadoras”, completa.

Voos Aracaju/Salvador A partir de julho e agosto, os voos entre Aracaju e Salvador/BA serão retomados, após constante diálogo do Governo do Estado com as companhias aéreas. A rota Aracaju/Salvador era operada pela Gol, que suspendeu os voos diretos entre as capitais no dia 1° de março “por motivos comerciais”. Agora, a companhia aérea retoma a operação do voo no dia 2 de julho com frequência de cinco voos durante a semana (segunda, terça, quinta, sexta e sábado). Já a nova rota da Azul contará com voos diários, que serão operados por aeronaves com capacidade para 70 clientes a partir do dia 2 de agosto.

Credenciamento aberto Estilistas e artistas que desenvolvem moda autoral em Sergipe terão a oportunidade de expor e comercializar suas produções ao público da Vila do Forró, na Orla da Atalaia, em Aracaju, durante a realização do Arraiá do Povo. A Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) divulgou um edital de chamamento público para o credenciamento dos interessados. Podem se inscrever pessoas físicas ou jurídicas, até o dia 21 de junho, por meio do endereço de e-mail eletrônico inscricao.editalmodaartesanal@funcap.se.gov.br.

Na próxima semana Aracaju sediará Encontro de Corregedorias, Controles Internos e Ouvidorias dos Tribunais de Contas Este ano, o Encontro Nacional de Corregedorias, Controles Internos e Ouvidorias dos Tribunais de Contas (Encco) será realizado em Aracaju, entre os dias 18 e 20 de junho. A abertura do evento e a palestra magna, com o ministro emérito do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, ocorrerão no auditório Lourival Baptista, do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), enquanto as reuniões temáticas e demais palestras seguirão no Vidam Hotel.

 Intercâmbio A participação de 350 colaboradores das 33 Cortes de Contas do país e entidades do Sistema dos Tribunais de Contas está prevista. Realizado pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), em parceria com o TCE/SE, o Encco tem o objetivo de promover o intercâmbio de informações entre as entidades e a elaboração de cartas de compromissos, notas técnicas, cartilhas, entre outros documentos que servirão de subsídios para os TCs.

 Discussão “Será a oportunidade de discutir toda a temática relativa à área de corregedoria, à área de ouvidoria, de controles internos e fomentar o controle social dentro dos Tribunais de Contas do Brasil”, destaca o conselheiro Gilberto Jales (TCE/RN), presidente do Comitê Técnico de Corregedorias, Ouvidorias, Controles Interno e Social do IRB.

Compartilhamento A conselheira Susana Azevedo, presidente do TCE/SE, enfatiza que o evento vai proporcionar um compartilhamento de experiências e desafios comuns entre os Tribunais de Contas. “Receber este grande Encontro será uma honra para nós que integramos o Tribunal de Contas de Sergipe; não tenho dúvida de que serão três dias de muito aprendizado”, colocou.

Programação No dia 18, ocorrerão reuniões técnicas das 9h às 13h, no Vidam Hotel; já a abertura solene e a palestra magna ocorrerão das 18h30 às 21h, no auditório do TCE/SE. No dia 19, das 8h às 16h, haverá palestras, painéis e apresentação de GTs, com intervalo para almoço. E no dia 20, 8h às 16h20, haverá palestras, painéis, apresentação de GTs, leitura das cartas e encerramento. A programação completa está disponível no www.tce.se.gov.br/encco2024​.

Alto padrão de integridade “[…] Nós sabemos que os Tribunais de Contas que fazem o controle externo, eles precisam ter um alto pad​​​rão de integridade, o alto padrão de governança, porque a sua liderança principal é a liderança pelo exemplo. E nesse encontro, no Encco, vamos ter a oportunidade de debater e aperfeiçoar os nossos sistemas internos”, afirma o presidente do IRB, conselheiro Edilberto Pontes (TCE/CE). Já encerradas, as inscrições foram direcionadas aos membros e servidores do Sistema Tribunais de Contas que atuam nessas áreas, bem como aos controladores internos dos municípios e demais órgãos públicos sergipanos.

Apoio O Encco conta com o apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do​ Brasil (Atricon), Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon), Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon) e Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci).

 Cícero Mendes lança livro “Construindo Campanhas Eleitorais no Ambiente Digital” no próximo sábado, em Aracaju No próximo sábado, 15, às 18h, acontece o lançamento do livro “Construindo Campanhas Eleitorais no Ambiente Digital”, escrito pelo jornalista, publicitário e estrategista eleitoral Cícero Mendes. O evento acontecerá no Real Praia Hotel, durante o encerramento do COMPOL-SE, e promete trazer uma nova perspectiva sobre o papel crucial do Estrategista Eleitoral nas campanhas políticas.

Estrategista Eleitoral Diferente da maioria dos livros de marketing eleitoral que foca em campanhas, candidatos e estratégias, “Construindo Campanhas Eleitorais no Ambiente Digital” se destaca por abordar, pela primeira vez, o papel do Estrategista Eleitoral. Este profissional é responsável por todo o planejamento da campanha, desde a fase pré-eleitoral até a definição dos caminhos para a vitória do cliente.

Informações “O Estrategista Eleitoral é muito mais do que um marketeiro de campanha. Ele é o profissional que busca reunir todas as informações possíveis sobre a disputa, passando pelo ambiente, eleitores, candidato e adversários. Cada detalhe conta, e nada pode passar em branco”, explica Mendes.

Fases da construção O jornalista compara o trabalho do Estrategista Eleitoral ao de um construtor, que é responsável por todas as fases da construção de uma obra, desde a escolha da área até o acabamento. “Em uma campanha eleitoral, esse nível de organização também é imprescindível. É preciso construir uma candidatura para torná-la viável do ponto de vista eleitoral. Vários fatores devem ser estudados para elaborar um planejamento estratégico que diminua os riscos e aumente as oportunidades da candidatura”, destaca o autor.

Mercado promisso Ele espera que seu livro desperte em profissionais da comunicação a possibilidade de atuarem dentro de um mercado altamente promissor, com demanda permanente e que cresce na busca de bons profissionais. “Mais que um aprendizado, que este livro possa ser um divisor de águas para muitos profissionais que querem entrar ou ampliar sua atuação num mercado que necessita de estrategistas focados, verdadeiros líderes de equipes vitoriosas”, conclui o autor.

COMPOL SE E continuam abertas inscrições para o COMPOL Sergipe – Comunicação Política e Institucional de Sergipe. Realizado em diversas cidades brasileiras, o COMPOL reúne autoridades da comunicação pública, política e institucional do País. O evento é destinado a jornalistas que cobrem política, assessores de imprensa de agentes políticos, jornalistas, profissionais do marketing político e comunicadores em geral, além de políticos e aspirantes à vida pública. As vendas já estão abertas no site – https://www.blueticket.com.br/evento/35133

PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Orla de Atalaia e a “limpeza” feita pela Prefeitura de Aracaju – E um leitor enviou fotos ontem mostrando que o caminhão do lixo só recolhe o que está na caixa. Ou seja, o entulho e o lixo espalhados continuam na entrada da praia ( em frente ao Boteco Original). Uma área que recebe muitos turistas. É a continuidade que os aracajuanos desejam…

 

PELO E-MAIL claudionunes@infonet.com.br

ARTIGO

 É só mais uma fake news contra a candidatura de Kaká Andrade Por Dimas Roque

 O uso de falsas informações se tornou algo corriqueiro nas campanhas eleitorais a partir da eleição presidencial de 2018. Naquele ano, ficou-se sabendo que o uso de disparos em massa para difamar candidatos foi utilizado em escala industrial, sem que a justiça, naquele momento, tivesse como parar.

 A cada eleição, esse fenômeno, antes só utilizado em eleições para candidaturas nacionais, ocupou espaço nas cidades com eleitorado menor. A fábrica de informações falsas que antes repercutia suas mentiras apenas pelas redes sociais ganhou agora uma nova modalidade: a do radialista que mente descaradamente para que a falsa informação seja repercutida.

Hoje, durante seu programa, o radialista Wiliam Lima divulgou a informação falsa de que houve uma briga entre o atual prefeito, Weldo Mariano, e o pré-candidato Kaká Andrade. Ele não informa a fonte da informação. Ele não diz onde, quando e muito menos o porquê da briga. Ele mente para que a informação possa causar estrago na candidatura de Kaká.

 De forma irresponsável e sem nenhuma prova factual, ele mente sem apresentar nada que comprove o que fala, a não ser seu jeito fascista de trabalhar. Quem paga Wiliam Lima para mentir na rádio?

 As fake news, ou notícias falsas, representam um mal crescente na era digital, disseminando desinformação e manipulando a opinião pública. Através de manchetes sensacionalistas, conteúdo enganoso e narrativas distorcidas, esses conteúdos falsos se espalham rapidamente pelas redes sociais e aplicativos de mensagem, muitas vezes com a intenção de influenciar eleições, prejudicar reputações ou simplesmente gerar engajamento.

 O combate às fake news exige um esforço conjunto de diferentes setores da sociedade. Plataformas online devem investir em ferramentas de moderação de conteúdo e algoritmos que identifiquem e limitem a proliferação de informações falsas. Governos podem implementar medidas para responsabilizar os criadores e disseminadores de fake news, além de promover a educação midiática para que os cidadãos desenvolvam habilidades críticas para discernir a verdade da mentira.

 É crucial que cada indivíduo assuma um papel ativo na luta contra as fake news. Ao verificar a fonte das informações, buscar diferentes perspectivas e questionar conteúdos duvidosos, podemos contribuir para a construção de um ambiente digital mais seguro e confiável. Lutar contra as fake news é defender a verdade, a democracia e o direito à informação de qualidade.

 HOMENAGEM  

UM NOVO DISCURSO EM MANGAS DE CAMISA:

OUTORGA DO TÍTULO DE CIDADÃO SERGIPANO

 Prof. Dr. Wagner Gonzaga Lemos

  Senhoras e senhores:

 A questão da identidade – o que somos, quem somos, – e, consequentemente, como nos sentimos, é uma das marcas principais de nossa vida, é marca da natureza humana.

Não é à toa, não é por acaso, que sempre que nos debruçamos para o estudo de um idioma, uma das primeiras coisas é aprender os pronomes e as formas dos verbos ser e estar. E, assim, o quem eu sou e o quem somos ganham projeção e revelam a necessidade de nos identificarmos e fazer parte, nos incorporando a um grupo.

Entretanto, ser não significa, em um primeiro momento, ter a consciência de que se é. Por exemplo, os mestres de nosso folclore são primorosos cantadores, poetas e artesãos e se movem pelo fazer sua Arte embebidos em saberes ancestrais. No entanto, por mais saibam que têm importância, não têm noção da sua imensurável grandeza. Assim como as nossas rezadeiras que com chás e preces são demiurgos – são intermediárias entre a divindade e os mortais e carregam o dom de darem paz ao corpo e ao espírito.

 Sobre o não ter consciência do que somos, lembro de uma ocasião de sala de aula. Ao discutir textos de Machado de Assis e Lima Barreto, confrontando o racismo que entre nós se manifesta nas mais distintas esferas e formas em oposição falaciosa ideia de democracia racial; perguntaram-me como eu havia passado a me perceber como homem negro. Respondi que quando se percebe que somos os únicos a sermos seguidos pelos seguranças da loja.

Ao dizer isso, obviamente, me vem um sentimento de indignação. E, assim, eu associo que a ideia de identidade e pertencimento está enlaçada à capacidade de se indignar, de não ser apático, não deixar as coisas passarem em brancas nuvens.

 Há muito tempo já me sinto sergipano, pois há muito tempo já carrego comigo o sentimento de indignação. Uma indignação filiada a um sentimento de respeito a esta terra e a esta gente a quem sou ligado pelas raízes maternas. A indignação ao ver o abandono de quase duas décadas do Palácio Inácio Barbosa, prédio histórico sede da prefeitura da capital; de ver em ruínas, na Praça da Catedral, o monumento que deveria homenagear a memória dos indígenas de quem estas terras foram tomadas em colonização e genocídio; ao ver o abandono do Memorial da Bandeira nesta cidade de uma nação que se diz patriota; ao ver, no estado rico em petróleo e potássio, os altíssimos e absurdos índices de analfabetismo e mortalidade infantil; ao ver que estados economicamente mais frágeis têm universidades estaduais e Sergipe, não; ao ver a política rasteira querendo enfiar as garras nos grupos folclóricos; ao ver figuras de nossa Arte e Cultura sendo esquecidas.

 Uma escola corretamente muda de nome para excluir o nome de um ditador e, para lembrar do povo negro, define-se uma homenagem a Nelson Mandela e não João Mulungu ou Raymundo de Souza Dantas. Outro estabelecimento escolar no Bairro Industrial, na capital, muda de nome pela mesma razão da anterior e tascam elogio a Paulo Freire, educador pernambucano que já conta com tantas homenagens. Mas esquecem de Amando Fontes, romancista de peso nacional que retratou pela primeira vez em nossas letras o regionalismo urbano na prosa modernista. “Os Corumbas” e “Rua do Siriri”, ambientados em Aracaju, deram destaque ao mesmo Bairro Industrial em que seu nome não foi exaltado.

 Ser sergipano é lamentar que os saudosos Gizelda Morais, Santo Souza, José Fernandes Pedro Amaro do Nascimento, Manoel d’Almeida Filho, Antônio Carlos Viana e João Firmino Cabral, pessoas cujas produções e vidas tanto representaram e honraram esta terra, não sejam devidamente homenageados e nem sequer tenham seus nomes em uma rua.

 Todavia, nem só de justa indignação vive a nossa sensação de pertencimento. Nosso laço de identidade se ancora nas telas de Jenner Augusto e Horácio Hora; na glória de sermos contemporâneos do multifacetado e competentíssimo intelectual Jackson da Silva Lima; em ter na figura de Tobias Barreto, primeiro negro do país docente no nível superior, um orgulho nosso; em analisar, discutir, analisar e apontar erros e acertos do polêmico conterrâneo Sílvio Romero; em ter a honra de ser conterrâneo de João Sapateiro, Hermes Fontes, Francisco Dantas, Aglaé d’Ávila Fontes, Núbia Marques, José Augusto Costa, compositor e intérprete da canção “Sombras”, Manoel Bomfim, João Ribeiro, além dos grandes Mestre Euclides e Dona Nadir da Mussuca, para ficar só em alguns exemplos.

Por fim, é almejar que, entre a honra e a justa indignação, típica daqueles que amam, se consolidem entre nós razões para ecoarmos com o nosso hino e dizermos: “Alegrai-vos, sergipanos”. Muito obrigado!

 Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe.

Palácio Gov. João Alves Filho.

Aracaju, 22 de abril de 2024.

 

ARTIGO

DIA DE SANTO ANTÔNIO

— 13 DE JUNHO —

O MILAGROSO SANTO CASAMENTEIRO    Por  Clarkson Ramos Moura

TEREZINHA, MUITO CATÓLICA,
VIVIA COM A BÍBLIA NA MÃO,
NA CERTEZA DE SER VALIDA
PELO SEU SANTO DE DEVOÇÃO.

MAQUILAVA-SE E SE VESTIA
COM UM TOQUE REQUINTADO,
ESPERANÇOSA DE ENCONTRAR
O SEU PRÍNCIPE ENCANTADO.

TODO ANO, DIA 13 DE JUNHO,
ESCALAVA O ALTO DA COLINA:
NÃO VIA A HORA DE ACABAR
COM A SUA MADRASTA SINA.

E SANTO ANTÔNIO, CLEMENTE,
ATENDEU A SEU ANOSO PEDIDO:
CONSEGUIU, ASSIM, TEREZINHA,
O SEU ETERNO PRETENDIDO!

*EM CURSO, O CICLO FESTIVO-JUNINO*

— 30 DE MAIO A 30 DE JUNHO —

12/13 – SANTO ANTÔNIO

24/25 – SÃO JOÃO

28/29 – SÃO PEDRO/SÃO PAULO

FOLIA, FORRÓ E IGUARIA:

UMA “CATARSE POPULAR”

TRADIÇÕES SECULARES QUE — APÓS SE MANTEREM VIVAS DE FORMA REMOTA E RESPEITOSA, NOS ANOS MAIS CRUCIAIS DA PANDEMIA DA COVID-19 (2020/2021), EM TODO O NORDESTE — VOLTARAM, DESDE 2023, A TODO O VAPOR.

As encantadoras e prazerosas Festas Juninas — “rectius”: Antonianas, Joaninas e Petrinas — remontam aos povos antigos, que, à época, costumavam se reunir em volta do fogo, para agradecer aos deuses a farta colheita.

Os brasileiros, seguindo servilmente os colonizadores europeus, mantemos viva, pelos séculos afora, essa tradição, mas lhe demos um aspecto predominantemente bucólico ou campesino.

Em junho, mês consagrado aos anuais foguedos retroaludidos, nós, brasileiros, principalmente nordestinos — ou “paraíbas” — reverenciamos, além de São João, Santo Antônio e São Pedro, santos epônimos do período festivo, que, anualmente, começa com a “Festa de Santo Antônio”, o santo casamenteiro, na véspera — Dia dos Namorados — e no dia 13; passando pela culminante “Festa de São João Batista”, o precursor de Jesus Cristo, na véspera e no dia 24; e encerra-se com a Festa de São Pedro e São Paulo, respectivamente, pedra angular viva do edifício espiritual da Igreja Católica, e ilustre convertido e incansável pregador do Evangelho, na véspera e no dia 29.

O Nordeste é a macrorregião fisiográfica e — por que não dizer? — sociocultural do Brasil, onde ocorre a maior concentração de aglomerados urbanos e urbano-rurais — cidades, vilas e povoados — que se dedicam mais aos deleitantes e seculares festejos juninos, como Caruaru e Petrolina em Pernambuco; João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba; Piritiba e Juazeiro, na Bahia; Fortaleza, no Ceará; Natal, no Rio Grande do Norte; Maceió, em Alagoas; Aracaju, Areia Branca, Capela, Estância Itaporanga d’Ajuda e Muribeca, em Sergipe etc. A cada ano, o público que gosta dessas festas cresce vertiginosa e assustadoramente. Milhões de festeiros e turistas, locais, regionais, nacionais e estrangeiros, convergem para essas cidades mais badaladas e as superlotam, seja para dançar, ensaiar, seja para apreciar uma aprazível e contagiante mistura de ritmos e coreografias típicos do Nordeste e exóticos de outras regiões do País, a qual embala tais megaeventos, não mais exclusivamente, senão predominantemente tradicionais. Os preparativos dessas festanças, se iniciam em meados de abril e se estendem por todo o mês de junho, que os acolhe efetivamente.

Conforme é de domínio público, Campina Grande, a 126 km de João Pessoa, Capital da Paraíba, e Caruaru, a 130 km de Recife, Capital de Pernambuco, disputam, ano a ano, o título de “O Maior São João do Mundo”.

A despeito das periódicas adversidades climáticas que se abatem sobre o famigerado Polígono das Secas, as estiagens impiedosas e cíclicas, os nordestinos do Semiárido, bravos aborígines, temos convivido, de forma harmoniosa e sustentável, com a Natureza, fazendo, pois, por merecer, ao longo dos anos, a notória assertiva de Euclides da Cunha, em sua célebre obra-prima “Os Sertões”: “O Sertanejo é, antes de tudo, um forte.”

Tanto é assim, que, mesmo diante da vergonhosa e estrutural desigualdade social, da fome, do subemprego, da ausência ou insuficiência de políticas e serviços públicos básicos, resultantes do secular descaso do Poder Publico, em seus três níveis de governo — a exemplo do acontecera deliberadamente no quadriênio de 2019-2022, do recém-findo desgoverno federal — o coirmão sertanejo e nordestino, após se superar no exaustivo e infindo trabalho cotidiano, consegue, nesta quadra do ano, trocar, graças ao nosso peculiar espírito lúdico, a tristeza pela alegria, renovar, com inato otimismo, a virtuosa esperança de prosperidade futura e, por isso, chega a celebrar, em família ou em sociedade, a conjuntural colheita da abundante produção agrícola, rindo, cantando e dançando ao redor de uma fogueira, em âmbito doméstico ou em espaço de uso comum. O que não ocorreu nesse espaço, por razões óbvias, no biênio 2020-2021, período mais crítico da pandemia da Covid-19 no Brasil.

Nesses atípicos anos de 2020 e 2021, por motivos plausíveis e inescusáveis, seja pela rigorosa observância às salutares, imprescindíveis e eficazes medidas sanitárias, não farmacológicas, de delimitado distanciamento interpessoal e intergrupal, de definido isolamento e demarcada aglomeração sociais, seja pelo respeito humano-civilizatório à memória de um crescente, doloroso e horrendo quantitativo que, em junho de 2021, se aproximava da elevada marca de 500 mil mortes neste País, causadas pela aterrorizante pandemia da Covid-19, desdenhada e subdimensionada pelo então desgoverno brasileiro — e que, em 13 de junho de 2022, já superava a nefasta estatística de 668 mil vítimas letais — os corriqueiros e sazonais megaeventos foram substituídos por milhões de festas de participação limitada aos âmbitos intrafamiliar, parental ou afim, com a eletrizante e improvisada animação remota, veiculada pelos diversos meios de comunicação de massa, inclusive, pelas onipresentes redes sociais, esparramando os contagiantes ritmos nordestinos por todos os cantos, através das sempre bem-aguardadas e bem-concorridas “lives” dos renomados artistas que as fizeram graciosa ou remuneradamente.

Assim, passado esse tormentoso biênio de providencial suspensão, ou de imperativo recesso, das periódicas, atrativas, recreativas e irresistíveis temporadas de entretenimento lúdico-junino, isto é, mais precisamente, a partir de 30 de maio de 2023, o represado, cumulativo, recarregado e colossal arsenal de megatônica energia psicofísico-emocional dos inveterados, juramentados, compulsivos e insaciáveis festeiros acabaria de explodir, feito um bem-comparado “bing bang”, irradiando, onidirecional e continuamente, ondas de alegria, emoção e calor humano, que transpassam, envolvem, permeiam e extrapolam, em cadeia, todos os seguimentos do complexo e extenso tecido humano brasileiro, assumindo plena, total e irrestrita dimensão nacional. É, pois, o que se poderia chamar, sem exagero de linguagem figurada, de uma espécie de inevitável e incontrolável “CATARSE POPULAR” de euforia, amor, paz, vibração, deleite, afetividade, fraternidade, felicidade e de outros sentimentos reprimidos pela imperiosa, temerosa, inexorável e inusitada tragédia pandêmica da Covid-19, prestes a acontecer. Ainda, em linguajar metafórico, pode se dizer: depois da tempestade, eis que surge sempre a bonança. Ademais, “nenhum ser humano é de ferro”, como afirma o surrado dito popular. Ou mesmo, em fraseado adloquial, “o humano — para viver, sobreviver e viver bem — não só precisa da energia construtiva do trabalho, mas também imprescinde do elemento balsâmico da diversão”.

Em tempos normais, tal qual o corrente ano (2024), esses folguedos juninos são o que se deve denomonar festa democrática propriamente dita. Dela, pois, participam crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos de qualquer crença, classe, cor, sexo, orientação sexual e identidade de gênero, desde que sejam festeiros, sociáveis, respeitosos, ordeiros, cordiais, gostem dos ritmos, das canções, das danças, tenham condições psicofísicas, bem como se predisponham a brincar, a bailar, a arrastar o pé, forrozear, forropiar, rodopiar, xaxar, “pisadinhar” e “piseirar”, a sós ou ao pares, respeitando-se, em todo caso, as boas e salutares regras de trato social e de provisória convivência civilizada. O importante é entrar no clima quente do forrobodó, forró, xaxado, arrasta-pé, da quadrilha improvisada, da ciranda, do rala-bucho etc.

Durante toda a série de festas juninas, as guloseimas típicas: cuzcuz, pipoca, amendoim, pé de moleque, tapioca, canjica, pamonha, milho assado ou cozido etc., juntamente com quentões, vinhos, licores e outras bebidas alcoólicas abundam nas padarias, docerias, mercearias, quitandas, bodegas, barracas e, sobetudo, nas mesas de quase todos os lares do Nordeste, dos mais modestos aos mais abastados.

E mais, recitação de preces, entoação de louvores, realização de simpatias, soltura de balões coloridos, queima de fogos de artifícios permitidos, adereço de bandeirolas, uso de trajes caipiras e dança de quadrilhas mantêm ativas as tradições folclóricas das folganças juninas mais remotas, cujo ponto culminante é e sempre será a Festa de São João Batista, a quem, segundo assentos bíblicos, Jesus assim se dirigiu: “Entre os nascidos de mulher, não existe profeta maior do que João Batista”.

Consoante não poderia ser diferente, antes de emigrar do seu lócus genuíno, o Sertão Nordestino, para os diversos e populosos centros urbanos, quer do Nordeste, quer de além-lindes regionais, o “Forró” foi preconceituosamente considerado “ritmo e dança de gentalha, de ralé. Do limiar da década das simultâneas revoluções sociocultural, poético-musical e científico-tecnológica, os frutuosos e fervecentes anos 60 do século XX, marco divisor da fértil Idade Contemporânea, “Sua Majestade”, o “Forró”, quebrou tabus, rompeu preconceitos, ultrapassou limites, divisas e conquistou, para sempre, uma legião apaixonada — cada vez maior — de confessos e fiéis apreciadores, seguidores e artistas de todos os gostos, credos, estamentos sociais, intelectuais, políticos, artísticos, econômicos e culturais, bem como de todas as raças, “tribos” e idade, deste “Patropi” e de além-fronteiras, tornando-se um gênero musical de amplitude executiva e deleite espiritual e cultural, planetários.

Historiadores, musicistas, musicólogos discógrafos, outros estudiosos e curiosos têm sido divergentes entre si, sobre a origem etimológica da palavra “forró”. Enquanto alguns desses expertos na matéria entendem que, a princípio, o termo “forró” era usado para designar o local onde se realizavam as folias e, só depois, denotaria o popular e atemporal estilo musical, derivado do “baião”. Forró é, consoante muitos estudiosos, a redução da palavra “forrobodó. Em outro falar, este termo teria sido apocopado ou reduzido e, portanto, resultado no vocábulo “forró”. Seja dito de opotuno, essa é a tese sugerida por Luís da Câmara Cascudo, historiador, folclorista etc., De acordo com esse potiguar e nordestino polímata, o termo “forrobodó”, por sua vez, é uma variante galego-portuguesa do antigo vocábulo “forbodó”, advindo da palavra francesa “faux-bourdon”, que pode denotar “desentoação”. Outros asseveram que a palavra “forró” teria se originado da expressão inglesa “for all”, em português, “para todos”, utilizada como um convite para o baile feito pela Companhia britânica Great Western, destinado a todos os operários, para comemoração de um trecho da ferrovia que, então, essa empresa construía no interior nordestino.

Segundo assentos discográficos da correspondente e triunfal saga, só no final do anos 40 do século XX, ou seja, em 1949, Luiz Gonzaga, em parceria com Zé Dantas, viria a gravar o primeiro disco, intitulado “O Forró de Mané Vito”. O que se constituiu no estopim do nascituro e colossal “boom” da música que tinha surgido naturalmente, há muito tempo, no Sertão do Nordeste.

Daí em diante, a recém-reconhecida espécie musical foi sendo difundida pelas poderosas ondas hertzianas dos emissoras de rádio, de tal modo a invadir casas de diversão, salões de festas, programas de auditório e a conquistar corações de ouvintes e entusiastas dos mais variados gostos musicais, espalhados por todos os rincões deste País-continente, cobertos pelas potentes ondas eletromagnéticas das radioemissoras AM (Amplitude Modulada) em operação no território nacional.

Nas décadas de 50 e 60, do século pretérito (XX), foram criados vários grupos musicais da já bem-sucedida música nordestina, o forró, a exemplo de Trio Nordestino, e talentosos artistas do gênero passaram a se destacar mercê do incentivo irrestrito e da solidariedade fraternal daquele que viria, mais adiante, a ser consagrado e coroado “O Rei do Baião”, Luiz “Lula” Gonzaga, como foi o caso dos compositires e parceiros Zé Dantas, Humberto Teixeira; dos compositores Dominguinhos, Gonzaguinha, Gordorinha, Marinês, Glória Gadelha; Patativa do Assaré, Ary Lobo, Rosil Cavalcanti, Edgar Ferreira, Luiz Vieira, Bráulio Tavares, Ivanildo Vila Nova, Ismar Barreto; dos sanfoneiros Pedro Sertanejo, Dominguinhos, Sivuca, Lindu, Oswaldinho, Waldonys, Targino Gondim, Amazan Silva, Luan Barbosa, Gerson Filho e Dudu Ribeiro; dos cantores Jackson do Pandeiro, Zinho, Clemilda, Marluce, Amorosa, Joésia, Zé Nilton, Alcymar Monteiro, Genival Lacerda, dentre tantos outros ícones do forró, à símile de Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Flávio José, Adelmário Coelho, Josa — O Vaqueiro do Sertão, Erivaldo de Carira, Lourinho do Acordeon, Zé Américo, Jailton do Acordeon, Mestrinho, Agenor da Barra, Raimundo Fagner, Gilberto Gil, Raul Seixas, Elba Ramalho, Joelma, Solange Almeida, Lucy Alves, Rita de Cássia, Nando Cordel, Petrúcio Amorim, Jorge de Altinho, Zé Ramalho, Antônio Rogério, Chiko Queiroga, Sérgio Lucas, Antônio Carlos do Aracaju, Dedé Brasil, Rogério etc.

A começar dos anos 80, as chamadas bandas eletrônicas, como Mastruz com Leite, Magníficos, Forró Brasil, Cavalo de Pau, Falamansa, Cavaleiros do Forró, Baby Som, Catuaba com Amendoim, Calcinha Preta, Aviões do Forró etc. despontaram no cenário musical do Nordeste e, em seguida, proliferaram por todo o Brasil, disseminando, a um só tempo, uma nova e eletrizante expressão sonora e coreográfica ao originário forró, notoriamente tipificado e denominado “Forró Pé de Serra”.

Foi no início dessa década, a saber, no ano de 1980, que surgiu, em São Paulo, SP, e ainda perdura o anoso Trio Virgulino, banda paulistana de “Forró Pé de Serra”, a qual se tornaria uma das principais precursoras do denominado “Forró Universitário”. Com apenas dez anos de estrada, a fama do Trio Virgulino havia-se propagado tanto por toda a Grande São Paulo e por além-divisas que, logo, passou a recebeu convites para se apresentar em diversas universidades paulistas. O primeiro show foi realizado na Unicamp e o sucesso foi tão grande que receberam convites para se exibir, também, na Universidade de São Paulo (USP) e na Pontifícia Universidade Católica (PUC). Em meados dos anos 90, o público universitário — principalmente, da USP — passlu a contratar, com muita frequência, para abrilhantar suas festas, bandas de forró original, ou seja, composta de sanfoneiro, triangueiro (ou triangulista) e zabumbeiro, ou seja, do tradicional “Forró Pé-de-Serra”. Foi assim que nasceu o “Forró Universitário”, tendo, como um dos primeiros protagonistas, a referida banda paulistana, que inspiraria grupos emergentes, como Falamansa, Bicho de Pé e Rastapé, que, por sua vez, se diziam fãs dela.

Mais recentemente, ou melhor, no limiar do século XXI do Terceiro Milênio, eclodiu, na cidade de Monte Santo, BA, o estilo musical batizado de “Piseiro”, oriundo da mistura de Xote, Lambada, “Tecnomelody” e “Forró Eletrônico”, mediante o uso multi-instrumental e simultâneo de bateria, sanfona, contrabaixo (de 4 ou 6 cordas), guitarra, teclado, percussão, sintetizador, caixa de ritmos e saxofone.

Com efeito, o Piseiro, que nada mais e nada menos é do que um subgênero da Pisadinha (vertente do Forró), e cuja origem consiste nesta, acrescida de influências do “Funk” e do “Brega Funk”, qual ingredientes marcantes. Eis aí, pois, o estilo musical Piseiro, que está a conquistar o Brasil ultimamente e que tem tudo para continuar a revelar artistas e novos sucessos por vindouros e imprevisíveis anos afora.

Por conclusão, resta-nos a nós, nordestinos, inveterados apreciadores do primitivo “Forró”, entendido em seu sentido mais latitudinário, e intransigentes defensores das tradicionais e legítimas manifestações folclóricas de nossa Região, engajarmo-nos nesta ampla e justa cruzada pela sobrevivência do nosso precioso e autêntico “Patrimônio Cultural Imaterial”, cujas Inigualáveis e atemporais “Festas Juninas”, que, por seu azo, se encontram cada vez mais vulneráveis às deliberadas, impiedosas, radicais, mercantilistas e predatórias incursões dos gêneros musicais exóticos, à símile do Sertanejo, contra a venerável e preservável incolumidade dos verazes e nativos gêneros e subgêneros musicais nordestinos, como serve de pedagógico, significativo e intecorrente precedente o recente e conhecido caso envolvendo o consagrado e talentoso Flávio José, lídimo representante da Música Popular Nordestina e o cantor sertanejo Gusttavo Lima.

Além disso, faz-se imperioso e imprescindível que os precursores, remanescentes e sucessores dos grupos musicais difusores do genuíno “Forró Pé de Serra” e de seus naturais subgêneros, mesmo, ao tocarem ritmos como pop, salsa, baião, toada sertaneja, música caipira, rock, balada, procurem fazê-lo no ritmo atraente e arrebatador do “Forró”.

Forró para todos e para sempre!

“For all forever!”

Parabéns! forrozeiros do Nordeste, do Brasil e — por que não dizer? — do Mundo.

Viva! os lídimos músicos, intérpretes e compositores da “Nação Forrozeira do Nordeste”.

(Por Clarkson Ramos Moura)

 

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 “É difícil acreditar que a sociedade brasileira, com os inúmeros problemas que tem, está neste momento discutindo se uma mulher estuprada e um estuprador têm o mesmo valor para o direito. Ou pior: se um estuprador pode ser considerado menos criminoso que uma mulher estuprada”, escreveu o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, a @AndreiaSadi  sobre o PL antiaborto.

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