Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.
Ontem, 02, o blog publicou fotos de dois veículos – de dezenas que estão pelas ruas de Aracaju – abandonados e causando problemas para os moradores das respectivas áreas, com problemas desde risco à segurança e, principalmente, favorecendo a proliferação de insetos, causando transtorno à mobilidade e comprometendo a paisagem urbana.
Um dos veículos está abandonado há mais de seis meses na rua Gervásio Araújo de Souza, no Bairro Coroa do Meio, em frente a uma oficina. E o outro há mais de 10 meses na Rua João Leal Soares, Conjunto Sol Nascente.
Apesar das diversas reclamações junto à Prefeitura e à SMTT, a resposta recebida pela comunidade foi de que “nada poderia ser feito” por falta de caminhão para remover o carro. O abandono de veículos em via pública, no entanto, tem previsão expressa no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que considera a prática uma infração passível de remoção do automóvel.
Porém, em Aracaju a responsabilidade é da Emsurb. O Código de Limpeza Urbana é claro nos artigos 26, 29 e 30 no capítulo dos resíduos sólidos especiais:
Art. 26 – Consideram-se resíduos sólidos especiais aqueles cuja
produção diária exceda o volume ou peso fixados para a coleta regular ou os que, pela sua composição qualitativa e/ou quantitativa, requeiram cuidados especiais em pelo menos uma das seguintes fases: acondicionamento, coleta, transporte e destinação final, assim classificados:
….
VI – Veículos inservíveis ou irrecuperáveis abandonados nas vias e logradouros públicos, carcaças, pneus e acessórios de veículos, bem imóveis domésticos imprestáveis e resíduos volumosos.
Art. 29 – A Empresa Municipal de Serviços Urbanos apreenderá bens imóveis abandonados nas vias e logradouros públicos e, caso os proprietários não compareçam à Empresa num prazo limite de 60 dias, os móveis serão leiloados e sua renda revertida para a Empresa.
Art. 30 – Os resíduos sólidos de que trata o presente capítulo
serão cobrados de acordo com as tarifas definidas pelo órgão municipal e limpeza urbana.
Ou seja, a Emsurb deve apreender e leiloar, segundo Código de Limpeza Urbana. Agora é esperar e se a Emsurb continuar omissa o blog e os moradores acionarão o Ministério Público Estadual para que a empresa municipal cumpra o que determina a legislação, já que é também um caso de saúde pública.

Melhorias Em conversa com os vereadores de Itabaianinha, o governador Fábio Mitidieri anunciou que, nos próximos dias, serão publicados os editais de licitação para a revitalização das rodovias que ligam o município a Tomar do Geru e a Tobias Barreto, além da reconstrução do rodoanel da cidade. Segundo o governador, os investimentos somente dessas obras ultrapassam os R$ 190 milhões.
Postura de Rodrigo Valadares em relação ao PL deveria surpreender zero pessoas. Afinal, é Rodrigo sendo Rodrigo. Entenda Por AndersonsBlog: “Olha só, leitor e leitora, este AnderSonsBlog não tem bola de cristal e nem sofre de uma síndrome ‘mãedinahsística’. O que a gente faz por aqui é analisar as coisas como elas são. E em 15 de dezembro do ano da graça de 2023 (!?!?) a nossa manchete por aqui foi “E não é que Rodrigo Valadares está em busca de entrevero com mais um partido? Depois da treta lá atrás com o PTB, agora o deputado federal tá largando os pés pra cima do União. Tá feio isso!”. Assim, a frase seminal do presidente estadual do PL, Edivan Amorim, de que não senta com o deputado federal Rodrigo Valadares “nem para tomar água”, acusando frontalmente o parlamentar de traição na articulação para ‘tomar na tora’ esse mesmo PL, é apenas o desdobramento óbvio de uma história já escrita. Atentai bem: em 2023 este AnderSonsBlog já atestava esse comportamento complicadinho, pra dizer o mínimo, de Rodrigo. Senão, vejamos: em 18, para se eleger, Rodrigo estava no PTB, apoiava Lula e o MST. Depois, mudou radicalmente o discurso. Aí os defensores dele batem na tecla de que ele mudou por “enxergar a verdade”, como se ele fosse alguém ingênuo. Ora, Rodrigo mudou porque entendeu que isso lhe projetaria politicamente e cabô!” Leia mais aqui.
Ibraim de Valmir critica atuação da Iguá Ontem, 2, em discurso na na Tribuna Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), o deputado Ibraim de Valmir (PV), cobrou providências em relação aos serviços prestados pela empresa Iguá Saneamento no estado. O parlamentar afirmou que as reclamações são generalizadas. “A celeuma em Sergipe sobre a Iguá já está tendo reclamações de todas as partes, e a gente não pode deixar passar o que está acontecendo. Na minha querida cidade de Lagarto, os problemas são muitos. Primeiro: a falta de água é fora do normal, e quando ela chega, vem de forma irregular”, destacou.
Falhas no sistema em Lagarto Ibraim de Valmir também denunciou falhas no sistema de esgoto do município. “O sistema de esgoto, que é responsabilidade da Iguá, não está tendo os cuidados necessários. As tubulações estão estourando a todo momento, ficam entupidas e, para piorar, moradores estão sendo cobrados por rede de esgoto em bairros onde ela sequer existe. Quando procuram explicações, ouvem que é assim mesmo e que terão de pagar porque já está na conta”, criticou.
Outros municípios O deputado disse ainda que os problemas não se restringem a Lagarto. “Quero deixar esse alerta registrado, porque sei que em outros municípios também estão acontecendo as mesmas situações”, afirmou. O deputado Georgeo Passos (Cidadania) também chamou atenção para a gravidade da crise no abastecimento de água em Sergipe, destacando um caso recente em Itabaiana. “Vi uma postagem no perfil do Colégio Estadual Professor Nestor Carvalho Lima informando que, em virtude da falta de água, não haveria aula no período da tarde e da noite. Ou seja, cada dia que passa essa situação vem prejudicando ainda mais o povo sergipano. Não vou nem dizer que a Iguá está igual à Deso, porque, pelo menos nesse momento, está pior”, afirmou.
Diversos problemas no abastecimento O parlamentar ressaltou que, mesmo em período de inverno, a população enfrenta dificuldades históricas no fornecimento de água. “Eu não me recordo de tantos problemas no abastecimento nessa época do ano como os que estamos vivendo agora. Disseram que a solução era transferir o serviço para a iniciativa privada, mas as reclamações só aumentam, inclusive atingindo os estudantes. Se a Iguá não está dando conta, é necessário que a Agrese (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado) cumpra o seu papel de fiscalização”, criticou.
Avanços na saúde A gestão do governador Fábio Mitidieri dará um passo estratégico na política de saúde ao formalizar contrato com o Hospital de Cirurgia, nesta quarta-feira, dia 3. O acordo não apenas amplia a rede de serviços, mas recoloca Sergipe no mapa nacional dos transplantes, com o retorno do procedimento renal de doador falecido e a estreia do transplante hepático pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os números apresentados pela Central de Transplantes mostram que o estado já vinha superando expectativas, mas agora ganha fôlego para reduzir a fila e oferecer respostas concretas às demandas da população. A agenda acontece no auditório do Centro Administrativo da Saúde, na Avenida Augusto Franco, às 9h.
*Nova ponte O governador Fábio Mitidieri assina nesta quarta-feira, 3, o edital de licitação da nova ponte Aracaju-Barra, uma obra estratégica que transformará a mobilidade urbana da região metropolitana. O ato está previsto para às 15h, no Palácio dos Despachos. Com um investimento de R$ 1,117 bilhão, a obra do complexo viário será formada pela ponte e três viadutos interligados na Coroa do Meio, solucionando gargalos históricos de tráfego e garantindo fluidez no transporte urbano pelas próximas décadas.
No Programa Sergipe Rural deste sábado, 6: em Tobias Barreto, perímetro irrigado administrado pela Coderse melhora a vida no campo e fortalece a pecuária leiteira; Em Nossa Senhora da Glória, um novo laticínio promete impulsionar a caprinocultura; Com assistência técnica Emdagro produção de plantas ornamentais ganha força em Boquim. E ainda: Exporanga 2025! Feira agropecuárias de Itaporanga D`Ajuda promete movimentar o agronegócio da região com exposições, tecnologia e muita inovação. Sábado às 7h e reprises no domingo e na quarta-feira às 8h na Aperipê TV.
Coopanest-SE promove treinamento de Compliance para cooperados A Cooperativa dos Anestesiologistas de Sergipe (Coopanest-SE) promoveu, na noite da última quarta-feira (27), um treinamento de Compliance voltado aos cooperados. O encontro contou com a participação do professor e consultor Eduardo Lamy, especialista na área, que apresentou as principais diretrizes do programa, incluindo temas como questões concorrenciais e o combate a diferentes formas de assédio nas instituições.
Ética e transparência De acordo com o presidente da cooperativa, José Eduardo de Assis, a iniciativa reforça o compromisso da Coopanest com a ética e a transparência em todas as suas ações. “A Coopanest já vem trabalhando há alguns anos com o programa de compliance e agora busca a certificação. Primeiro porque o compliance promove a cultura da ética e da integridade, fundamental para uma empresa em crescimento. Além disso, torna o ambiente mais eficiente ao reduzir riscos de fraudes e processos, o que fortalece nossa competitividade, reputação e garante mais integridade em nossa atuação no mercado. Esse é o nosso propósito com relação ao compliance”, destacou.
Sustentabilidade, confiabilidade e segurança O consultor Dr. Eduardo Lamy, advogado e responsável pelo programa de Compliance da Coopanest-SE, ressaltou que a adoção e a busca pela certificação em compliance garantem sustentabilidade, confiabilidade e segurança para a cooperativa, seus cooperados e a sociedade. “Apresentamos a transparência que o compliance assegura às empresas em suas diferentes atuações, desde as relações internas até o contato com pacientes, colaboradores e operadoras de saúde. Discutimos os tipos de assédio, formas adequadas de comunicação e conduta, além de medidas de prevenção contra ilícitos relacionados à corrupção. O compliance tem justamente a função de mapear os riscos de cada atividade e atuar para prevenir que irregularidades ocorram”, explicou.
Governança e qualidade O anestesiologista Áley Newton Marinho Andrade, membro do Conselho Superior da cooperativa, reforçou que a Coopanest está em sintonia com as exigências atuais de governança e qualidade. “A Coopanest, ao adotar o compliance, demonstra sua preocupação em garantir uma gestão de excelência. Hoje, todas as contratualizações públicas exigem que a empresa contratada tenha processos de compliance, reforçando a ética, a transparência e o zelo. Estar em conformidade é também estar à frente do tempo, entregando à sociedade um trabalho honesto, seguro e de qualidade”, afirmou.
Cuidado e fortalecimento Na mesma linha, o anestesiologista Vinícius de Almeida Vasconcelos, 1º secretário da cooperativa, destacou que o programa também está diretamente ligado ao cuidado com os pacientes e ao fortalecimento das relações institucionais. “A Coopanest sempre prezou pela segurança do paciente, pelas boas práticas de relacionamento interno e pelo diálogo ético com nossos parceiros. A política de compliance vem justamente para proteger não apenas a cooperativa, mas também as instituições com as quais nos relacionamos”, ressaltou. Ao final do treinamento, foram sorteadas entre os participantes duas inscrições para o 70º Congresso Brasileiro de Anestesiologia (CBA), que será realizado de 26 a 29 de novembro, em Salvador. As ganhadoras foram as anestesiologistas Flávia Nathália e Keite Ivi. (Textos e fotos: Ascom/Coopanest-SE).
1º lugar A infraestrutura sergipana foi considerada a melhor do Nordeste, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). A nível nacional, Sergipe elevou três posições, ocupando, no momento, a 6ª posição nacional. Além disso, Sergipe subiu 11 posições no quesito qualidade das rodovias, ocupando, agora, o 2º lugar no país.
1º lugar II Os dados são resultados dos investimentos realizados desde o início da gestão Mitidieri. “É um reconhecimento do impacto que os investimentos em infraestrutura têm para todos os sergipanos, melhorando a logística, a segurança e a qualidade de vida. Cada quilômetro de estrada revitalizado não só melhora a competitividade, mas, também, o dia a dia das pessoas, facilitando o transporte e fortalecendo nossa economia local”, enfatizou o diretor técnico do DER, Igor Albuquerque.
A 5ª edição do Ciclo de Atualização em Nutrição e Produção Animal (Canpa 2025) acontecerá em setembro na UFS com grandes nomes nacionais e internacionais O evento mais aguardado do ano pelo agronegócio já tem data marcada para acontecer. A 5ª edição do Ciclo de Atualização em Nutrição e Produção Animal (CANPA) ocorrerá no auditório central da Didática Sete da Universidade Federal de Sergipe, em São Cristóvão, nos dias 17, 18 e 19 de setembro de 2025, onde estarão reunidos grandes nomes nacionais e internacionais que trarão as inovações tecnológicas na área da nutrição, sanidade, análise de mercado, além de outros temas importantes.
Conhecimento técnico e o despertar social Além de trazer o conhecimento técnico a profissionais e estudantes, o evento também tem como objetivo realizar o despertar social, será 100% beneficente, e tudo que for arrecadado será destinado a instituições filantrópicas. O CANPA, que já está em sua quinta edição, está consolidado no calendário do agronegócio brasileiro e foi formatado a partir da pareceria entre a Universidade Federal de Sergipe e empresas ligadas a produção de aves, suínos e bovinos.
Avanço conhecimento tecnocientífico O evento irá promover uma discussão sobre o que há de mais recente no conhecimento tecnocientífico da área de aves, suínos e bovinos, visando atualizar os profissionais, estudantes e produtores sergipanos, como explica o gestor da Fazenda Dona Lila e sanitarista do Grupo Frango Asa Branca, Danilo Cardoso. “É um evento extremamente técnico, que aborda todas as fases das cadeias e produtivas do agronegócio tanto para profissionais como para produtores que já atuam na área e, principalmente, para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre a fascinante cadeia da produção animal. Além de ser uma excelente oportunidade de networking, com a participação de grandes empresas regionais e nacionais que nos apoiam e podem ser contatadas para bons negócios, estágios ou apenas para conhecimento,” enfatizou Danilo Cardoso.
Novidades Um dos organizadores do evento e professor do Departamento de Zootecnia, Claudson Oliveira Brito, enfatiza que este ano haverá novidades. “Nesta quinta edição do CANPA, teremos como novidade a discussão sobre a carcinocultura e piscicultura, que estarão em nosso cronograma, além, lógico, das já tradicionais aviculturas, suinocultura e bovinocultura. O CANPA é um evento que vem crescendo ao longo dos anos, e nós queremos trazer conhecimento, porque aquilo que a universidade produz em ciência se transforma em produtos no mercado e em profissionais capacitados, ” explicou o professor Claudson Oliveira Brito. Toda programação e inscrições aqui: https://canpa2025.sibnas.com.br/
Micarana: Rodrigo Alves entrevista Claudia Leitte; cantora recebeu título de cidadã itabaianense No último sábado, 30, a cantora Claudia Leitte comandou mais uma edição da Micarana, a tradicional micareta da cidade de Itabaiana em Sergipe, que arrastou milhares de pessoas em uma noite histórica. Na ocasião, a artista foi homenageada com o Título de Cidadã Itabaianense. O reconhecimento foi oficializado por meio do Projeto de Decreto Legislativo nº 34/2025, de autoria do vereador Michael Douglas Cunha da Mota, aprovado por unanimidade.
Emoção Em entrevista exclusiva ao jornalista Rodrigo Alves, Claudia falou sobre a emoção de receber a honraria. “Agora me tornei cidadã oficial desta terra que eu tanto amo, eu quero agradecer a toda essa gente que está aqui hoje fazendo parte desse momento, agradecer a minha família daqui de Itabaiana, meu irmão nasceu aqui. Quero agradecer à imprensa que está aqui, muito obrigada, nem nos melhores sonhos eu pensei em tamanha conquista”, declarou a cantora, visivelmente emocionada.
História A relação de Claudia Leitte com Itabaiana vem desde a infância. Até por volta dos 12 anos de idade, a artista visitava a cidade duas vezes ao ano, permanecendo cerca de 20 dias ao lado dos tios, Dr. Ormeil e Dona Nadir. Nessas férias, transformava a Praça Fausto Cardoso em palco de brincadeiras e imaginação, fazendo do coreto sua própria “Nave da Xuxa”. O show contou ainda com participações especiais. O cantor Xanddy Harmonia abriu a festa relembrando o sucesso “Vem, Neném”. Já o trio de Márcio Victor, do Psirico, se uniu ao de Claudia em uma performance vibrante da canção “Firme e Forte”, celebrando o pagodão baiano.
Repercussão A apresentação de Claudia rapidamente repercutiu nas redes sociais, recebendo uma onda de elogios. “A melhor da noite”, escreveu uma fã. “Melhor noite da minha vida”, declarou outro seguidor no perfil oficial da Micarana.A cobertura completa dos bastidores da passagem da artista por Itabaiana pode ser conferida no Instagram @rodrigoalvestv e também no portal Alô Alô Sergipe Band. Fonte e foto: Rodrigo Alves Assessoria de Imprensa e Marketing.
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Protagonismo de Gualberto retornando a Alese em 2027
Do leitor, Cláudio D Eça/Zé da Liga: “É público e notório, perceber como a assembleia legislativa de Sergipe não é mais a mesma, sem projetos de interesse popular, sem debates acalosos, sem protogonismo de um deputado ou deputados, por essas e outras situações, que a Câmara de Vereadores de Aracaju, está dando de goleada na Alese, CPis, debates, projetos, denuncias e discursos acalorados.Estamos com saudades dos tempos dos Líderes Francisco Gualberto, Venâncio Fonseca e tantos outros que fizeram partes nos tempos áureos do Parlamento Estadual, com discursos inflamados, cada um defendendo seus projetos dos governos que faziam partes e liderava valia a pena ir ao plenário da Alese ouvir e assistir esses debates, hoje se ver um plenário esvaziado, a população não sabe e nem se lembra o nome do deputado estadual que votou na última eleição, para ver o momento que passa a Alese.G raças a Deus , o bom debate e projeto estará de volta em 2027, Francisco Gualberto vai está retornando, para impulsionar Alese, afim que essa importante casa, volte a ter o protagonismo e líder como existia dum passado recente da política sergipana, em especial a Assembleia legislativa de Sergipe.”
PELO E-MAIL claudionunes@infonet.com.br
PARA DEBATE
Sergipe sob suspeita? Engenheira ambiental afirma que licenciamentos no país dependem do “jeitinho brasileiro”. Atenção deputados! Atenção MPSE, MPFSE e todos os órgãos fiscalizadores ! É preciso apurar a grave denúncia
Por Tiago Hélcias no Blogspot Hora do Papito:
Recebi recentemente — quase dois meses depois de sua veiculação — um áudio longo, detalhado, de uma entrevista concedida pela engenheira ambiental Dra. Gabriela Almeida ao podcast da Jovem Pan Aracaju, conduzido pelo meu estimado amigo jornalista Paulo Souza.
O episódio foi ao ar no dia 6 de junho de 2025, em celebração à Semana do Meio Ambiente. Durante quase 40 minutos, falou-se de tudo: legislação ambiental, fiscalização, consciência coletiva, responsabilidade empresarial. Um papo técnico, necessário, quase protocolar. Mas então, após uma pergunta de um ouvinte, a partir dos 20 minutos — é que a coisa muda de figura —, uma resposta me chamou a atenção. Uma resposta que, ao que tudo indica, passou despercebida por muita gente. Mas não deveria.
O ouvinte perguntou, de forma direta:
“Doutora, para conseguir licença ambiental no Brasil ainda precisa dar jeitinho?”
A resposta da entrevistada foi imediata, textual, quase irônica:
“Não tem jeitinho. Tem é jeitão.”
A partir daí, a engenheira descreveu um cenário que, embora generalizado, atinge em cheio todos os estados brasileiros.
Até aqui, poderíamos pensar: nada de novo sob o sol tropical. Só que, na sequência, o Paulo Souza quis afinar o foco:
“E em Sergipe, também acontece?”
A engenheira, sem titubear, emendou:
“No Brasil inteiro.”
Tradução simultânea para quem acompanha a política e a gestão pública: se é “no Brasil inteiro” e Sergipe está no Brasil… bom, o que ficou subentendido dispensa maiores cálculos.
E é aí que a pulga começa a coçar atrás da orelha. Sergipe, claro, tem seu próprio órgão de controle e fiscalização ambiental, a ADEMA (Administração Estadual do Meio Ambiente).
A partir do que foi dito, e mesmo sem citar nomes ou processos específicos, a pergunta que ecoa é inevitável: será que a ADEMA também está dentro desse “balaio” do jeitinho — ou do tal “jeitão” — onde as coisas só funcionam de um certo modo?
Esse trecho passou batido na hora, ficou no ar. Solto. Como um comentário inocente que, de tão simples, pode acabar se revelando explosivo.
O discurso do “progresso sustentável” parece cada vez mais uma farsa retórica. A Dra. Gabriela rompeu ainda mais o pacto do silêncio institucional e falou o que poucos têm coragem de verbalizar:
“Licença ainda é uma moeda de troca. Isso é um crime. A troca é: ou você se familiariza politicamente com alguém, ou você serve de base de propina para a coisa fluir, ou você oferece vantagens.”
A denúncia é direta, brutal, e pior: verossímil.
Ela afirma que a cultura da corrupção é endêmica em órgãos ambientais de Norte a Sul. E embora não cite diretamente a ADEMA ou o estado de Sergipe, é aqui que Gabriela atua. E é aqui que ela tem processos em andamento e outros aprovados.
Ninguém está pensando em meio ambiente
“Não estão pensando em meio ambiente. Estão pensando no que vão fazer com aquele documento ali pra agradar quem tem que agradar. E tem conflitos de interesse que travam projetos absurdamente corretos, só porque alguém ‘não gosta da sua cara’ ou você ‘não é da base política’.
“Trabalhei contra esse sistema e fui levada de cacetada. Me chamavam de Gabriela libera licença. E ninguém viu que passei dois anos brigando por um processo. Quando saiu, foi assim: ‘Oh, glória!’. Nem que fosse verdade…”
Ela ainda cita que órgãos de controle social, tribunais e instâncias fiscalizadoras “também são politizados e manipulados”, atuando mais como peças do jogo político do que como garantidores da legalidade:
“O Brasil é um país que ainda tem donos. Coronéis. Por mais que tenha gente sensata em certas cadeiras, ou elas saem, ou são obrigadas a fazer o que o santo mandou.”
Mas essa não foi a primeira vez…
Em 2024, a mesma Dra. Gabriela Almeida concedeu entrevista aos jornalistas Priscila Andrade e ao saudoso amigo, André Barros (na época, na Transamérica FM, em Aracaju).
Ali, o alvo não foi apenas o suposto “jeitão” do licenciamento, mas a própria capacidade técnica do órgão.
Naquela altura, Jeorge Trindade era o Presidente da ADEMA e recebeu, sem constrangimento algum, duras críticas. Segundo ela, pela a sua falta de capacidade técnica. Algo que se estenderia para seus auxiliares.
Afirmou categoricamente que o órgão sofria de déficit de treinamento técnico, medo excessivo do Ministério Público e indicações políticas em cargos estratégicos — o que, segundo ela, trava processos e prejudica o desenvolvimento sustentável no estado. O que já não acontece nos estados vizinhos.
“Colocam pessoas em áreas que não conhecem. No meio ambiente, isso é para travar mesmo. Falta entendimento da legislação. Às vezes, negar é mais fácil para ficar imune, do que tentar discutir possibilidades de desenvolvimento.”
Ela também afirmou que a saída de profissionais qualificados deixou o órgão com pouca expertise para análise técnica.
Afinal, quem é Dra. Gabriela?
E aqui entra um dado importante: a Dra. Gabriela Almeida não é uma novata na área. Engenheira ambiental, mestre e doutora em Biotecnologia Industrial e atualmente pós-doutoranda em Direito Ambiental, ela lidera o Grupo GA Ambiental, responsável por mais de 5.600 licenças ambientais emitidas em todo o Brasil — incluindo um volume expressivo em Sergipe, em empreendimentos de diferentes portes. Sua carteira de clientes vai de pequenos negócios a projetos de grande impacto. Ou seja: quem fala não é um curioso de plantão, mas alguém com vivência técnica, trânsito nos bastidores e profundo conhecimento dos processos.
Em busca da verdade
Como manda o manual do bom jornalismo, este blog foi ouvir a principal personagem das declarações que trouxemos à tona, respondeu aos nossos questionamentos enviados por e-mail. E suas respostas vieram em três blocos que merecem atenção.
1. O “jeitinho brasileiro” segundo Gabriela
Sobre a polêmica fala em entrevista à Jovem Pan Aracaju, quando afirmou que o licenciamento ambiental no Brasil funciona na base do “jeitão” e não do “jeitinho”, a engenheira tratou de minimizar o impacto de sua própria declaração. Segundo ela, não houve denúncia, mas apenas uma constatação cultural.
Abre aspas:
“A menção à expressão ‘jeitinho brasileiro’ constitui mera constatação de um traço cultural amplamente reconhecido e objeto de estudo acadêmico há décadas. A fala na entrevista limitou-se a reconhecer, em termos coloquiais, o que a historiografia e a sociologia brasileiras já descrevem com rigor acadêmico há quase um século. Qualquer interpretação diversa disso decorre, talvez, de um desconhecimento das lições mais elementares sobre a formação social do Brasil”.
Para reforçar seu ponto, Gabriela evocou Sérgio Buarque de Holanda e seu clássico Raízes do Brasil (1936), obra que cunhou a figura do “homem cordial” como explicação das relações sociais e institucionais brasileiras. Até aí, nada novo sob o sol.
2. Sobre a ADEMA e a falta de técnicos
Também perguntamos sobre a outra entrevista em que a engenheira questionou a qualificação técnica dentro da ADEMA. Na resposta, Gabriela disse:
“É sabido que, por sua natureza ambiental, a ADEMA deve contar com atuação estritamente técnica, desempenhada por profissionais da área, com conhecimento específico dos procedimentos técnicos. (…) Eventuais questionamentos às análises técnicas decorrem da situação mencionada: profissionais habilitados e com formação específica elaboram suas conclusões, mas podem ter seu trabalho contestado por superiores hierárquicos que não possuem qualificação”.
Ela ponderou, no entanto, que Sergipe seria hoje um modelo em licenciamento ambiental, lembrando a entrada recente de técnicos concursados no órgão, que, segundo ela, irão “contribuir significativamente para a melhoria do ambiente institucional e da qualidade das análises nos processos administrativos”.
3. A cutucada literária
Mas a resposta não parou por aí. Ao citar Sérgio Buarque de Holanda, a engenheira em tom irônico, disse que o autor seria leitura “basilar” para qualquer profissional da informação, e deixou no ar uma provocação direta a este jornalista — como se faltasse leitura para compreender a noção de “jeitinho brasileiro”.
A bem da verdade, leitura não me falta. Além de Sérgio Buarque, conheço também as análises de Roberto DaMatta, que em Carnavais, Malandros e Heróis traduziu o jeitinho como a mediação entre a lei e a pessoa, onde a norma rígida se curva diante do interesse imediato.
E digo mais, se quisermos ir além, o antropólogo Keith Hart lembra que tais expressões não são apenas “traços culturais”, mas estratégias de sobrevivência em sociedades com baixa confiança nas instituições.
Portanto, não se trata de ignorância literária, mas de exercício jornalístico: trazer conceitos para a realidade e perguntar quem se beneficia quando o jeitinho deixa de ser metáfora acadêmica e se transforma em prática administrativa.
Os questionamentos que ficam
E é aqui que voltamos ao ponto central: se o “jeitinho brasileiro” é só um traço cultural, por que tantos empreendedores e especialistas na área relatam travas seletivas, morosidade e até necessidade de “atalhos” em processos de licenciamento?
Se Sergipe é um “modelo” de licenciamento ambiental, como garante a engenheira, quem explica as sucessivas críticas à ADEMA vindas de dentro e de fora?
E mais grave: quem garante, depois dessas declarações públicas, que o órgão está blindado contra o famoso “jeitinho”?
O papel do jornalismo
Por fim, cabe reafirmar algo simples, mas que parece ter escapado à engenheira: o papel do jornalista não é acusar, nem julgar, mas enxergar além da superfície. Há quase três décadas faço isso — olhar para as entrelinhas, cutucar onde muitos preferem o silêncio, abrir debates que o poder gostaria de manter fechados.
Se o “jeitinho brasileiro” fosse apenas literatura, talvez não estivéssemos discutindo sua presença dentro de órgãos públicos ou no cotidiano das pessoas, das cidades, nas pequenas ou grandes situações do dia a dia.
Não é burrice enxergar isso; burrice seria calar. O jornalismo que pratico não é de conveniência: é de provocar, questionar e entregar ao público o que lhe cabe de direito — informação sem maquiagem.
Talvez — parafraseando Millôr Fernandes — “jornalismo é oposição; o resto é assessoria de imprensa”. E aqui, como sempre, ficamos com a primeira opção.
Diante dos fatos, ficam a perguntas que não querem calar:
A ADEMA vai se pronunciar?
O Governo do Estado vai investigar?
Os Ministérios Públicos Estadual e Federal vão fingir que não ouviram?
A OAB vai questionar?
Alguma sindicância será aberta?
E os processos da própria Dra. Gabriela em Sergipe — serão auditados?
Porque se a denúncia for falsa, alguém precisa desmenti-la.
Mas se for verdadeira, a coisa é ainda mais grave do que se imagina.
E a sociedade sergipana, ao contrário do que estão tentando fazer, não pode mais fingir que não escutou. E você o que pensa sobre o tal “jeitinho brasileiro”?
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Frase do Dia
“Natureza é uma força que inunda como os desertos.” Manoel de Barros.