Em 4 anos a extrema-direita se consolidou no Brasil

                                                     Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
                      “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

Não é mais uma onda conservadora como os analistas políticos pensavam que agora, em 2022, o que ocorreu em 2018 não se repetiria.

O resultado das eleições ontem em todo país mostrou que parte significativa da população é adepta do que pensa Bolsonaro.

O discurso do ódio, do negacionismo, da homofobia, de questionar as urnas eletrônicas e atacar a democracia foi referendado ontem por quase a metade do eleitorado brasileiro.
Este pequeno espaço chegou a pensar que o percentual de brasileiros que pensava como o presidente era baixo. Não é!

Bolsonaro, mesmo perdendo no segundo turno eleitoral, já foi vencedor: elegeu não apenas uma bancada de extrema-direita, mas mostrou que o Bolsonarismo não acabará se ele não for reeleito.

A extrema-direita consolidou seu espaço eleitoral no Brasil quando muita gente pensava que seria apenas uma onda passageira. 

E com esse extremismo, o cenário para o Brasil, mesmo que Lula vença, não será de união.

A polarização que existiu até 2014 entre o PT e o PSDB que defendia a social-democracia não chegava ao extremismo atual.

Ao contrário que bradava os extremistas, a eleição foi republicana e democrática. A prova maior é que Bolsonaro, que bradava contra o sistema eleitoral e a democracia, foi o principal vencedor.

Quem ainda não se acostumou com os palavrões, tais como “moleque”, “patife”, “imbrochável” se prepare para mais.

O pior ainda não chegou, o ódio extremista foi chancelado pela metade do eleitorado brasileiro…


Por determinação judicial, Deso começa a cobrar o rateio comum diretamente ao condomínio. Blog fez parte desta luta Foi uma vitória do bom senso e este pequeno espaço também fez parte desta luta vitoriosa, dando voz aos moradores. Parabéns a atuação do MPE para enfrentar os abusos com coragem. De um leitor: “Pode repercutir, pois o Blog foi altaneiro no enfrentamento das embromações da diretoria da Deso, para defender os usuários dos serviços de água e de coleta de esgoto! Por falar em esgoto, seria oportuno cobrar do MPE o ajuizamento de Ação Civil Pública, para apurar no devido processo legal a redução do percentual da tarifa de “coleta e tratamento de esgoto”, já que a Deso cobra por um tratamento, mas não presta o serviço. Ao contrário, despeja toneladas de esgoto cru nos rios e mares de Sergipe, em flagrante crime ambiental e danos incalculáveis aos consumidores! Portanto, espera-se contar com o prestimoso trabalho do MPE, na defesa dos consumidores e do meio ambiente!”

 

Rogério Carvalho e Fábio Mitidieri disputarão 2º turno em Sergipe Os candidatos Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD) disputarão o segundo turno eleitoral para governador de Sergipe, que ocorrerá dia 30 de outubro. Com 100% das urnas apuradas, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), O resultado foi o seguinte: Rogério Carvalho obteve 44,70% dos votos válidos, ou seja, 338.796 votos. Já Fábio Mitidieri recebeu 38,91%, ou seja, 294. 936 DOS votos válidos. Quase 40% dos votos nulos, parte significativa foram votos do candidato Valmir de Francisquinho, que teve a candidatura impugnada.

Laércio Oliveira foi eleitor senador por Sergipe  Ele obteve 28,57% dos votos válidos com 310.300 votos. Laércio Oliveira é empresário, graduado em administração de empresas, casado, pai de três filhos e tem dois netos. Foi deputado federal por três vezes e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac.

Deputados federais eleitos  Yandra de André (União), com 131.471 votos; Icaro de Valmir (PL), com 75. 912 votos; Fábio Reis (PSD), com 75.848; Gustinho Ribeiro (Republicanos), com 71.831. Os quatro eleitos pelo Quociente Partidário. Eleitos pela média: Rodrigo Valadares (União), com 49.696 votos; Thiago de Joaldo (PP) com 49.698; Delegada Katarina (PSD) com 38.135 e delegado André David (Republicanos), com 31.597 votos.

Esperando decisão sobre votos de Eliane Aquino  O atual deputado João Daniel do PT foi um dos mais votados (68.969),  mas não aparece como eleito porque os votos da vice-governadora, Eliane Aquino, também uma das mais votadas (66.072)  estão sub judice, com parecer favorável do MPF para ela. Se vencedora, João Daniel entra e sai um dos que entraram pela média.

Deputados estaduais eleitos pelo Quociente Partidário: Cristiano Cavalcante (União), 45.314 votos; Dra. Lidiane Lucena (Republicanos), 37.332 votos; Jeferson Andrade (PSD), 35.909; Marcos Oliveira (PL), com 35.114; Carminha (Republicanos), com 34.790; Luciano Bispo (PSD), 30.867 votos; Linda Brasil  (PSOL), 28.704; Maisa Mitidieri (PSD), 28.174; Paulo JR (PV), 27.947; Pato Maravilha (PL), 27.552; Aurea Ribeiro (Republicanos), 26.200; Marcelo Sobral (União), 22.159;  Kaká Santos (União), 20.280; Chico dos Correios (PT), 18.523; Georgeo Passos (Cidadania), 18.429; Garibaldi (PDT), 18. 073; Luciano Pimentel (PP), 18.073; Neto Batalha (PP), 14.990 votos.

Deputados estaduais eleitos, pela média  Adailton Martins (PSD), 24.175; Netinho Guimarães (PL), 24.164; Jorginho Araujo (PSD), 23.854; Luizão Dona Trumpi (União), 18.291; Ibrain de Valmir (PV), 16.554; Dr. Samuel Carvalho (Cidadania), 15.621;

Presidência da FAMES    Na última sexta-feira, 30, foi realizada a eleição para a composição da nova diretoria da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (FAMES) – biênio 2023-2024. Com chapa única, o prefeito de Areia Branca, Alan Andrelino, foi eleito presidente por unanimidade.

Cargo Os prefeitos e prefeitas dos municípios sergipanos e aptos a votar, se dirigiram até a sede da Federação e participaram do pleito, elegendo o prefeito de Areia Branca, que havia assumido a presidência da entidade no mês de abril, quando o então presidente Christiano Cavalcante renunciou ao cargo para disputar as eleições proporcionais.

Nova diretoria Compõem a nova diretoria, a vice-presidente, a prefeita de Capela, Silvany Mamlak; o 1º secretário, o prefeito de Santa Rosa de Lima, Luiz Roberto Azevedo (Júnior Macarrão); o 2º secretário, o prefeito de Campo do Brito, Marcell Moade; e o tesoureiro, o prefeito de Poço Verde, Iggor Oliveira. A nova diretoria ainda é composta pelo Conselho Fiscal, formado pelos titulares: Adinaldo do Nascimento, prefeito de Indiaroba; Rogério Sobral, prefeito de Ribeirópolis; e Marinez Silva, prefeita de Monte Alegre de Sergipe.

TV Alese conquista o 1º lugar do Prêmio Sebrae de Jornalismo! A emissora legislativa recebeu o troféu de 1º lugar na categoria Vídeo com a reportagem “Circuito dos Umbuzeiros”, realizada por Denise Gomes (reportagem), Claudia Brito (produção), Paulo Márcio (cinegrafia), Dida Araújo (direção) e André Mendonça (edição de imagens). A entrega da premiação foi realizada na semana passada na sede do Sebrae, em Aracaju.

Histórias A matéria vencedora mostrou histórias de sucesso de micro e pequenos empreendedores dos municípios de Nossa Senhora da Glória e Canindé de São Francisco, que através do empreendedorismo e com a ajuda do Sebrae transformaram a Rota do Sertão em um circuito de turismo rural.

1ª premiação Esse é o primeiro prêmio da história da TV Alese, que já está na expectativa para o resultado da etapa regional da 9ª Edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo, que garante vaga na grande final nacional em Brasília!

Rosário do Catete: encontro de prefeitos e dirigentes de Cultura e Turismo O Município de Rosário do Catete vai sediar na próxima quarta-feira (5), às 9h, no auditório da Câmara de Vereadores, a primeira edição do Encontro Regional de Prefeitos e Dirigentes de Cultura e Turismo do Polo dos Tabuleiros. O evento é organizado pelo Fórum Regional de Turismo – Polo dos Tabuleiros, com apoio da Prefeitura de Rosário do Catete, por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico, do Trabalho e do Turismo.

Projeto No início do encontro, o presidente do Fórum Regional de Turismo – Polo dos Tabuleiros, José Reis, apresentará o movimento e o projeto “O que é que o Polo dos Tabuleiros têm”. Em seguida, o fundador da Êxito Estruturas e Eventos e da A. Porto Associados, Alexandre Porto, ministrará a palestra intitulada “A importância de promover o turismo regional”. O Diretor do Fórum, Wagner Quintela, apresentará o projeto Feira Regional de Turismo e Expo Verão. Na programação do evento também consta apresentação de grupo folclórico, exposição de produtos das artesãs rosarenses e exposição do acervo histórico de Rosário do Catete.

Experiências O secretário do Desenvolvimento Econômico, do Trabalho e do Turismo de Rosário do Catete, Wagner Mota Quintela, destacou a importância do encontro para os municípios. “Este encontro é fundamental para a troca de experiências e o planejamento de estratégias de valorização da cultura e do desenvolvimento do turismo regional da região. Nosso município tem buscado atrair investidores, além de promover ações que devem impulsionar nossa economia. Por exemplo, a realização da Feira do Micro e Pequeno Empreendedor de Rosário do Catete (FEMIPE) e a implantação da sala do empreendedor”, destacou o secretário.

17 municípios O Fórum Regional de Turismo do Polo dos Tabuleiros é uma instância de governança regional formada por 17 municípios: Carmópolis, Capela, Divina Pastora, Japaratuba, Muribeca, Nossa Senhora das Dores, Riachuelo, Rosário do Catete, Santa Rosa de Lima, São Francisco, Siriri, Aquidabã, Cumbe, General Maynard, Graccho Cardoso, Malhada dos Bois e Maruim.

 

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OPINIÃO

 

Iris Cinema (espetáculos de tela e palco) Por Francisco Rollemberg, médico e ex-senador da República.

  Minha cidade tinha um cinema. Lá era o ponto de encontro da sociedade local da microelite e do povo. Era o lugar do congraçamento de diversas classes sociais.

 Dias eram dedicados aos seriados, principalmente, as quartas-feiras e os sábados. Seriados e filmes de cowboy eram anunciados em quadros negros e tabuletas estrategicamente colocadas nas principais esquinas da cidade. A propaganda bastante apelativa apresentava frases assim: “Hoje um cowboy bom demais, murro por peste na “cacunda” do bandido!”

 Em todos os filmes, havia o artista sempre vencedor e o “doidelo”, o maluco da cidade, uma beleza!”

 As tabuletas eram distribuídas pelo faz tudo da cidade, um negro atarrancado e hemiplégico, descendente de escravos, querido por todos: o COBI.

 Eu adorava COBI. Ele, talvez sentindo o bem que eu lhe de queria, só me tratava de menino feio: “Antônio, seu irmão, esse sim se parece com o menino Jesus.”

 Morreu bem velho, quando eu já caminhava para me formar em medicina. Até hoje, sinto saudades dele…

 O programa variava pouco devido às imposições do alugador dos filmes, o Sr. Augusto Luz, proprietário do Cine Guarany, de Aracaju. Ele tinha o monopólio, pois o proprietário do cinema IRIS, Sr. Zeca Pinta, não sabia sequer o que seria disponibilizado.

 Mesmo assim, assistimos a muitas e boas séries: A Deusa de Joba, O Tambores de Fumanchu, Capitão Marvel etc., para a alegria da meninada, principalmente, no momento final, quando o capítulo encerrava em uma situação de grande perigo, aí o “pingongo” ficava para a próxima semana.

 Era o avião que caía, o cavalo que ia pular a ponte que estava a desabar, o pulo ao precipício para escapar de índios ferozes, o que era resolvido com a desistência dos índios, as intermináveis brigas no saloon com revólveres que atiravam mais balas que as metralhadoras modernas.

 Poucos morriam, graças as inusitadas palhaçadas do “doidelo”.

 Dois filmes marcaram época: Ali-Babá e os quarenta ladrões e Vida paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo nas Sextas-Feiras da Paixão, com as sessões seguidas e sempre lotadas.

 Mais à frente, já na nossa mocidade, surgiram os filmes nacionais com os cômicos Oscarito, Grande Otelo, Zé Trindade e Mazzaropi, cada qual com seu estilo. Deles relembro algumas coisas: atendendo uma grã-fina que passava mal após um banquete no Copacabana Pallace, Oscarito, fingindo-se de médico, após examiná-la, dá esse diagnóstico: “Trata-se de uma superdosagem de hidróxido no esôfago retilíneo, comprometendo as paredes gastrointestinais ramificando-se até o osso ilíaco.” Sem nada entender, a senhora pergunta: “É grave?” Ele respondeu: “Não, é que a madame tomou uma canja que não foi sopa.” Como candidato a medico na ocasião, fiquei preocupado e até hoje penso no caso, principalmente, pela ramificação até o osso ilíaco; Grande Otelo – magnífica participação quando fantasiado de mulher negra, com uma criança no colo, à procura do pai do bebê. O homem  reage cantando: “Tava jogando sinuca quando uma negra maluca me apareceu, toma que o filho é teu. Foi Deus que te deu.” Lembro também interpretação Grande Otelo em Boneca de Piche; Zé Trindade superou-se interpretando um marido de uma megera que o dominava – a cena de carnaval é antológica: de camisola, no quintal, Zé trancado e cantando: “Tô, tô de camisolão! / Perpetua depois da sete / Tira a chave do portão / Ai, meu Deus, / Eu não aguento não / Meu bloco tá passando / Eu não aguento não…”; Mazzaropi: o Jeca interpretando o roceiro inocente das histórias de Monteiro Lobato, personagem que, até hoje, é visto às tardes, nas redes de televisão.

Depois, vieram os internacionais: O Gordo e o Magro, Cantinflas e o eterno Carlitos, que ainda hoje revejo. Quando da morte Chaplin, tive a oportunidade de conversar com o amigo, intelectual e jornalista Viariato Gomes, que assistiu ao sepultamento do artista. Ele me deu o depoimento, que foi transformado em artigo, que ele publicou no Correio Braziliense.

 As melodias dos filmes de Chaplin, disse Viriato, acompanhavam envelhecidas imagens do bairro de Lambert, onde aquele se criou nas mais sujas das misérias. A mãe escolheu a alienação para atenuar sofrimento. Um dia, sem tirar os olhos da janela, falou a Charlie, que entrava: “Vá, filhinho, para a casa dos outros, quem sabe, lá você encontra alguma coisa para comer.” O pai dele, que abandonara a família, embriagava-se pelos subúrbios. Em certa ocasião, o menino avistou-o no bar, mas o pai lhe recusou a palavra.

 A solidão, o desencanto, a miséria foram os componentes da atmosfera de Chaplin. E outra não conheceu por toda a vida, pois, o que encontrou depois os milhões de dólares subitamente ganhos nos maiores contratos da história do cinema, as mulheres sentando aos seus pés, a glória em plena juventude: nada mais poderia levá-lo a habitar outra morada que não o orfanato da sua infância.

 Carlitos morreu no Natal. Só poderia morrer no Natal, quando os sentimentos desenterram lembranças. No dia do seu sepultamento, continua Viriato, no cemitério, o filho Micheal concedia entrevista a jornalistas ingleses e portava-se como se nada especial pudesse sentir. Perguntaram por Geraldine, sua irmã, esposa do cineasta espanhol Carlos Saura, ele respondeu: “Na Espanha, SHE WORKS.” Afastou-se com indiferença e ficou sozinho. Dava pena ver Micheal disfarçar desse modo a mágoa que o dilacerava, pois, antes, escrevera um livro contra o pai.

 Chaplin perdeu Terri: a bailarina de Luzes da Ribalta, a quem ele devolvera os movimentos; foi desprezado pela florista cega, a quem ele ajudara a recuperar a visão em Luzes da Cidade; na Busca do Ouro, antes de a encontrar, preparou para Geórgia a Cabana do Amor, na noite do Ano Bom, e ela o rejeitou. Essas personagens simbolizaram as mulheres do seu tempo de pobreza.

 Dois meses após o sepultamento, a tumba de Charlie Chaplin foi violada, e o esquife com o seu corpo foi roubado por dois imigrantes, que queriam resgate. Alguns dias depois, o corpo dele foi encontrado após muito trabalho, pois os ladrões do túmulo, que não conheciam bem a região, já não sabiam bem como localizá-lo. Foi encontrado em um campo de milho e, desta feita, sepultado em um mausoléu fortificado. Hoje, ao lado dele, em mausoléu idêntico, repousa Oona, o amor de sua vida.

 Essa tragédia me faz lembrar a pergunta feita por uma colega, no terceiro ano científico do Colégio Central da Bahia, ao professor de literatura Milton Tavares: “Por que os gênios sofrem tanto?” Ele respondeu: “Eles não sofreram por serem gênios, são gênios porque sofreram.”

 Todas essas lembranças sobreviveram porque na minha terra tinha um cinema.

 Frase do Dia

“Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, eu sabia que, se eu não deixasse minha amargura e meu ódio para trás, eu ainda estaria na prisão”. Nelson Mandela

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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