Solidão, presença indesejável

                Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
    “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma reflexão do Padre João Medeiros Filho, publicada no jornal Tribuna do Norte (Natal/RN):

Solidão, presença indesejável

A solidão, ausência de companhia e interlocução, marcada pelo isolamento, é algo doloroso. Existe o risco de levar alguém à depressão e morte. Faz-nos pensar na música de Vinícius de Moraes e Toquinho “Um homem chamado Alfredo”. Este contava tão somente com a companhia de um papagaio e um gato de estimação. Desistiu de viver, inalando gás de cozinha. Dizia-se cansado da vida, por não ter ninguém com quem falar, alguém para amar, uma mão para apertar. Entediou-se com sua invisibilidade e existência que não atraía ninguém. A solidão é um dos grandes males testemunhados nos dias de hoje. Pode acontecer em um pequeno quarto ou sentida em meio às multidões que passam e não veem, escutam e nem se dão conta de que ali há um semelhante com sentimentos, sonhos e desejos. “É solitário andar por entre a gente”, desabafava Camões num soneto.

Os seres humanos são relacionais, necessitando da presença e interação de outrem para viver. O isolamento acaba destruindo uma pessoa, prematura ou repentinamente. O governo britânico criou o Ministério da Solidão, ao constatar que o Reino Unido invertia a corrida mundial pela longevidade, apresentando índices de mortalidade precoce em seus cidadãos. Tornou-se para os ingleses problema de saúde e política pública. Carecia de um órgão para cuidar dessa nova situação humana. Suas maiores vítimas são os idosos. Há cidadãos que já não contam mais no mapa da produtividade, contribuição social e beleza. Têm suas atividades físicas limitadas. Segundo os versos de Vinicius, “andam com os olhos no chão, pedindo perdão por existir e incomodar.” São impotentes, não tendo a quem pedir socorro, quando se aproximam do abismo da depressão. Esse grupo avoluma-se nas aglomerações modernas. A longevidade aumenta e não se morre mais no apogeu da existência ou na flor da idade. Nestes casos, a partida era sentida e pranteada. Na velhice, o óbito poderá deixar um alívio para alguns.

Os solitários de hoje são majoritariamente os idosos, órfãos de filhos vivos, esquecidos pela família. Não raro, os descendentes e familiares moram longe, acarretando dificuldade financeira e de deslocamento para visitá-los. Ou, porque atrapalham a ânsia de lazer e consumo que predomina na nas gerações atuais. Quem vai querer um velho incomodando um fim de semana de festas, comemorações e programas? E o idoso fica em casa, geralmente pequena e sem muitos recursos. Onde estão os amigos do ancião? Muitos, doentes; vários já partiram. E os recursos para passeios e diversão? As aposentadorias são parcas, mal dão para comprar comida e remédios. Os filhos ajudam? Provavelmente. Nem sempre com o suficiente. Há outras prioridades, como levar as crianças a Disney, esquiar na Europa, divertir-se em casas de campo ou de praia, bem como frequentar restaurantes badalados. E assim, o final de muitos idosos é marcado de Alzheimer, confinamento em algum asilo, tristeza com a presença domiciliar de um cuidador impaciente ou improvisado.

A solidão cresce com a diminuição das energias, o desaparecimento dos círculos de amizade. Em muitas cidades brasileiras há ainda o agravante da violência e insegurança, impedindo o hábito de um contato assíduo. Os vizinhos cuidam cada um de sua casa, vida, família etc. Alguns solitários se apegam a animais. Alfredo tinha um louro e um bichano que estimava. Quando morre o companheiro de bico ou quatro patas, a dor é equivalente à perda de um parente. O idoso sente-se descartado por uma sociedade, que não previu um lugar para ele, por uma família que progressivamente o abandona e esquece. É necessário tornar-se mais humano, aprendendo a povoar a vida do semelhante. Cristo prometeu aos apóstolos: “Não vos deixarei sozinhos” (Jo 14, 15). E acrescentou: “Estarei convosco todos os dias” (Mt 28, 20). O cristianismo é comunhão, pois é trinitário. Solitários não, e sim solidários somos chamados a ser! Isso implica em estar atento ao outro, à sua tristeza e dor, a seus anseios e alegrias. Na solidão, o ser humano mergulha dentro de si mesmo numa autodefesa contra o isolamento a seu redor. Toma consciência de sua pouca importância no mundo externo. Mas, Deus assegura-nos sua permanência a nosso lado: “Não temas, porque eu estou contigo” (Is 41,10).

 

Carreata Nova OAB Uma carreata com dezenas de carros e centenas de participantes da chapa Nova OAB cruzou as ruas de Aracaju, na manhã de domingo. O advogado Danniel Alves Costa e a advogada Edênia Mendonça acenavam para as pessoas em clima de muito empolgação. Em um restaurante onde estavam advogados e familiares a vibração foi tanta que contagiou os demais frequentadores. Muita gente saiu à rua para saudar os manifestantes da Chapa 2. Excelente clima.

Acelerou Nova OAB
A campanha para presidente e conselheiros da Ordem dos Advogados (OAB SE) parece estar transcendendo os limites da entidade. Como se diz popularmente, a campanha da Chapa Nova OAB “Acelerou” o seu ritmo, agora nessa reta final, e está contagiando a toda a sociedade sergipana. Todo mundo acompanhando de perto as agendas, as notícias e os debates sobre advocacia, prerrogativas, direitos humanos, cidadania e democracia. Pena que alguns setores de oposição estejam perdendo a civilidade, baixando o nível da campanha e até mesmo envergonhando a história da própria OAB.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Camisildo está sendo recuperado pelo Clube Antigos do Farol e volta ao Pré-Caju deste ano  O Camisildo vai estar de volta na avenida, no Bloco da Prevenção, durante o Pré-Caju. O veículo está sendo completamente restaurado pelo Clube de Veículos Antigos de Sergipe – Antigos do Farol (CAF), que agora é seu proprietário. De acordo com o presidente da entidade, Carlos Armando de Oliveira, o Camisildo vai puxar o bloco no dia 9, e dia 10, estará fixo na Praça de Eventos da Orla, onde será feita a distribuição de preservativos.

Lei municipal e como ajudar O CAF foi reconhecido como de utilidade pública municipal de Aracaju, pela Lei nº 4.896, de 17 de julho de 2017, e estadual pela Lei nº 9.447, de 25 de abril deste ano. “Como somos uma instituição de utilidade pública e sem fins lucrativos, estamos fazendo uma campanha para arrecadar doações para finalizar a restauração do Camisildo, que está sendo custeada pelos associados. O pix é o e-mail antigosdofarol@gmail.com  . Os donativos, sejam de qualquer valor, vão nos ajudar a preservar esse veículo, que faz parte da história do nosso estado”, solicita.

 Sobre o Camisildo O Camisildo é um veículo com formato de preservativo (camisinha) que, por quase 30 anos, esteve presente em eventos de Sergipe realizando a conscientização da prevenção contra as IST’s. Esse veículo foi idealizado na década de 90 pelo médico sergipano, Dr. Almir Santana. “Por ser único no Brasil e no mundo, foi premiado e homenageado várias vezes, nacional e internacionalmente. A aquisição pelo Clube Antigos do Farol visa a preservação e continuidade dessa história”, enfatiza o presidente da instituição.

Propósito democrático A harmonia e equilíbrio entre as instituições democráticas são fundamentais para a garantia de direitos da população. Durante a nomeação do novo Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Sergipe, Nilzir Soares Vieira Junior, o atual procurador-geral Manoel Cabral Machado Neto fez questão de reconhecer a atuação democrática do governador Fábio Mitidieri diante dos papéis e responsabilidades individuais e coletivas das instituições. “Em primeiro lugar, governador, quero fazer um reconhecimento à vossa excelência pelo privilégio, nesses dois anos de convivência republicana que o Ministério Público manteve com o Poder Executivo e pelo respeito que vossa excelência dedica ao Ministério Público”, disse Manoel Cabral Machado Neto.

Avanços do MP O procurador-geral afirmou ainda que a postura do chefe do Executivo estadual contribuiu para os avanços do MP no último biênio. “Diante de uma sociedade que clama por direitos, que clama por justiça, entra a força das instituições, que só se sobressai por esse desenho constitucional trazido pelos ventos democráticos de 1988 e pela consciência dos seus dirigentes. Então, quero fazer este agradecimento e reconhecimento, porque o Ministério Público avançou muito nesses últimos dois anos, porque encontrou um governador sensível às suas demandas e à necessidade de que nós trouxéssemos essa unidade na divergência”, evidenciou.

Aracaju: Prefeita eleita Emília Corrêa formaliza equipe de transição Ontem, 4, Corrêa (PL), formalizou a criação da equipe de transição junto ao Tribunal de Contas de Sergipe e ao prefeito Edvaldo Nogueira, quando esteve reunida na tarde desta segunda-feira, 4, no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos. Esse momento marca o início da preparação para a nova gestão municipal, que assume oficialmente em janeiro de 2025, com o compromisso de assegurar uma transição transparente e eficiente.

 Resolução do TCE/SE A comissão de transição foi indicada com base na Resolução 338/2020 do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, que orienta sobre a importância da transparência e continuidade fiscal entre gestões. Os membros nomeados atuarão na coleta e análise de dados administrativos, financeiros e operacionais, promovendo a troca de informações com a equipe atual para um planejamento adequado do próximo mandato. “Esperamos contar com o apoio da equipe da atual gestão para iniciarmos nossos trabalhos com clareza e segurança, construindo uma administração transparente e preparada para atender as demandas da população desde o primeiro dia”, frisou Emília Corrêa.

 Comissão de Transição A comissão é composta por 12 membros, sob a coordenação de José Hunaldo Santos da Mota. Os demais integrantes incluem Moacir Joaquim de Santana Júnior, Nadhialype Silva Ribeiro Bispo, Sidney Thiago dos Santos, Ana Rita Faro Almeida, Nelson Felipe da Silva Filho, Débora Cristina Fontes Leite, Fabio Rodrigues de Moura, Milena Silva Mendonça, André David Caldas Rosa Rodrigues, Antonio Sérgio Rosendo Guimarães e Rodrigo Thyago da Silva Santos. Os principais objetivos da equipe de transição incluem: Transparência e Continuidade; Planejamento e Priorização; Identificação de Desafios e Gestão de Recursos e Pessoas.

Mulheres na gestão O Censo das Secretárias Brasileiras, levantamento do Governo Federal, revelou que Sergipe é o 5ª estado do país com maior participação feminina na gestão. O mapeamento aponta que o estado tem 41% de mulheres à frente do secretariado, número muito superior à média de todos os estados, que foi de 28%. Apenas Alagoas, Ceará, Pernambuco e Amapá superaram o percentual de Sergipe.

Obra em andamento A Casa da Mulher Brasileira em Sergipe, que está sendo construída pelo Governo do Estado, está com 50% da obra concluída. O equipamento reunirá órgãos que atuam na proteção da mulher vítima de violência, disponibilizando, no mesmo espaço, serviços especializados. “É o lugar onde a mulher contará com um espaço que proporcionará atendimento em tempo integral. Além de lidar com questões de violência e registro de ocorrências, este local oferecerá serviços como agendamento de audiências, encaminhamento para programas sociais e consultas psicológicas programadas”, explicou a secretária de Políticas para as Mulheres, Danielle Garcia.

 Senador critica “manobra” que dificulta volta da Petrobras a Sergipe Infonet: Em coletiva realizada na manhã de ontem, 4, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) abordou o movimento “Volta, Petrobras” e os impactos de uma emenda que, segundo ele, compromete o retorno da estatal ao estado. O evento, em Aracaju, reuniu lideranças políticas e representantes de sindicatos e movimentos sociais, incluindo o deputado federal João Daniel (PT/SE) e o vereador Camilo Daniel, além de figuras da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e do Sindipetro. Toda matéria aqui.

Senador Alessandro apresenta emenda para corrigir medida que afeta investimentos da Petrobras em Sergipe Com o objetivo de garantir investimentos da Petrobras em Sergipe, o senador Alessandro Vieira (MDB/SE) protocolou nesta segunda-feira, 04, uma emenda ao projeto de lei (PL 327/2021), que institui o programa de aceleração da transição energética (Paten). A proposta do senador Alessandro visa suprimir os artigos 17-8 e 17-9, incluídos por meio de emenda do relator no novo parecer apresentado ao projeto de lei que está tramitando na Comissão de Infraestrutura (CI). O texto dos artigos restringe a compra de gás natural por empresa dominante no mercado, bem como determina o procedimento de venda compulsória de gás natural por empresa que ao final de cada ano atinja uma contratação de fornecimento, em base firme, de quantidades de gás natural que representem mais de 50% do mercado doméstico.

Contra restrição “Somos contra esta restrição, pois pode desestimular investimentos em infraestrutura e na expansão da capacidade de fornecimento, essenciais para garantir a segurança energética e a competitividade do setor. Além disso, a intervenção compulsória pode criar insegurança jurídica, afetando a confiança dos investidores e comprometendo a previsibilidade necessária para operações de longo prazo. Medidas como essas podem resultar em distorções de mercado, dificultando a formação de preços competitivos e, paradoxalmente, gerando desabastecimento ou aumento de custos para os consumidores”, evidencia o senador Alessandro Vieira.

Reunião com petroleiros A medida apresentada pelo senador Alessandro é resultado da reunião com a diretoria do Sindipetro AL/SE (Sindicato Unificado dos Trab. Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de AL e SE), que solicitou apoio do parlamentar para corrigir a emenda que impacta diretamente o projeto de Águas Profundas de Sergipe. “Os artigos 17-8 e 17-9 do relatório ao PL 327/2021 limitam a produção de gás por empresas que têm comercialização acima de 50% no mercado nacional. A Petrobras é uma dessas empresas, e dessa forma limita que a Petrobras venha produzir e comercializar mais gás natural. Tendo essa limitação, a Petrobras não vai poder viabilizar economicamente a produção do SEAP, projeto Sergipe Águas Profundas, afetando diretamente o estado de Sergipe”, aponta Thiago Ítalo, diretor do Sindipetro AL/SE.

Nova emenda O senador Alessandro atendeu a solicitação e de pronto protocolou uma nova emenda solicitando a supressão dos artigos que prejudicam os investimentos da Petrobras em Sergipe. “É essencial buscar mecanismos que promovam a concorrência de forma equilibrada, evitando a concentração, mas sem prejudicar a estabilidade e o desenvolvimento sustentável do setor de gás natural”, reforça Vieira.

Foto: Ascom – TCE/SP

 

 

No TCE/SP, conselheira Susana Azevedo ministra palestra sobre igualdade de gênero A presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), conselheira Susana Azevedo, compôs o corpo de palestrantes do evento “Meritocracia e Proporcionalidade de Gênero”, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP). O evento ocorreu nesta segunda-feira, 4, no auditório da Corte paulista, e reuniu servidores dos TCs do Brasil e público externo.

Medalha comemorativa O encontro abordou assuntos como a promoção da igualdade de gênero e a sub-representação feminina em posições de liderança no setor público, além de apresentar trajetórias profissionais marcadas pela diversidade, equidade e inclusão. Durante a sua palestra, a conselheira – que também foi agraciada com a medalha comemorativa dos 100 anos do TCE/SP – apresentou dados sobre a presença feminina frente a cargos de liderança nos TCs país, destacando a disparidade quando relacionados à presença masculina.

Percentuais de TCs com mulheres “A título de exemplo, devo citar que, atualmente, apenas 14% dos membros dos Tribunais de Contas são mulheres. Isso significa que somos 31 conselheiras, número muito distante dos 200 conselheiros ou ministros que integram os colegiados dos 33 Tribunais de Contas, sejam estaduais, municipais ou da União”, disse. Susana Azevedo destacou ainda as medidas já implementadas no TCE de Sergipe em prol da equidade de gênero, em sua gestão, como a Cartilha “Lugar de Mulher é onde ela quiser”; a Portaria nº 300/2024;  a Nota Recomendatória nº 01/2024; a Rede Integrar – ODS 5 da ONU; e o Observatório “Mapa da Mulher Sergipana”.

Direção com mulheres “Falando um pouco sobre o nosso trabalho à frente da presidência do TCE de Sergipe, minha primeira medida consistiu na escolha de mulheres para ocuparem a metade dos cargos de direção. Na nossa Corte as mulheres comandam áreas técnicas estratégicas, como a Diretoria Geral, a Diretora de Controle Externo e a Diretoria Jurídica”. Outras palestras também foram ministradas pela professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Gabriela Lotta; pela líder de Diversidade, Equidade e Inclusão, Daniela Sagaz; e pelo Diretor Técnico de Coordenação Estratégica do TCESP, Rafael Lopes Felix.

 Meritocracia e proporcionalidade de gênero  Um dos pontos altos do evento foi o lançamento de uma resolução que institui medidas de incentivo à meritocracia e à proporcionalidade de gênero em posições de chefia e direção no TCESP. O encontro atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável número 5 e 16, que trata sobre  a Igualdade de Gênero e sobre Paz, Justiça e Instituições Eficazes, respectivamente, para a efetivação da Agenda 2030.

 Apoio Enem  Este ano, os estudantes da rede estadual ganharam o transporte para ir ao local de aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começou no último domingo, 3, e a segunda aplicação será dia 10. De acordo com a Secretaria de Educação (Seduc), os mais de 22 mil estudantes tiveram à disposição ônibus, micro-ônibus e vans para ir até os locais das provas. A mesma logística se repetirá no domingo, quando mais uma vez os pontos de apoio com distribuição de água, lanche e caneta serão montados.

 FAMES celebra aprovação da PEC 66/23 na CCJ da Câmara Na última semana, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 66/23, do Senado, que reabre prazos para que prefeituras parcelem dívidas com a Previdência Social e define limites para o pagamento de precatórios municipais. A PEC é um marco que atende ao pleito da Federação dos Municípios do Estado Sergipe (FAMES) e da CNM (Confederação Nacional de Municípios). Em Sergipe, a vice-presidente da Federação, Silvany Mamlak, está à frente das discussões que pleiteiam medidas para aliviar as contas dos municípios.

Alívio para contas das prefeituras Silvany Mamlak enfatizou que a aprovação da PEC é um passo significativo para aliviar as contas das prefeituras. “A possibilidade de parcelar as dívidas com a Previdência oferece uma nova perspectiva para que possamos honrar nossos compromissos e garantir os serviços essenciais à população”, pontuou Mamlak.A proposta, que ainda precisa passar por uma comissão especial e pelo Plenário da Câmara em dois turnos de votação, prevê que os débitos previdenciários dos municípios poderão ser pagos em até 300 parcelas mensais — tanto com o Regime Geral de Previdência Social quanto com seus regimes próprios, conforme for o caso.

Suspensão Silvany também adverte que a PEC prevê a suspensão do parcelamento em caso de inadimplência, por três meses consecutivos ou seis meses alternados, relativo às contribuições previdenciárias. Neste caso, o município ficará impedido de receber transferências voluntárias da União, inclusive de emendas parlamentares, enquanto perdurar o descumprimento.

Compromisso A vice-presidente reafirmou o compromisso da entidade em acompanhar de perto o andamento dessa proposta e continuar defendendo os interesses dos municípios sergipanos. “Com essas medidas, espera-se que os municípios possam respirar aliviados e focar no desenvolvimento e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. A FAMES continuará trabalhando incansavelmente por soluções que beneficiem todos os sergipanos”, declarou Silvany.

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Após a eleição, Prefeitura abandona obra de melhoramento da Avenida Visconde de Maracaju Moradores da Avenida Visconde de Maracaju, na Zona Norte, denunciam que a Prefeitura de Aracaju abandonou a obra de melhoramento asfáltico da referida via. Segundo eles, após a eleição não se vê um trabalhador no trecho compreendido entre a 3ª Delegacia Metropolitana e o Bairro 18 do Forte. Antes cerca de 22200 trabalhadores atuavam nesta área.

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 OPINIÃO

Dia da Cultura – A necessidade de uma política municipal de cultura  Por Carlos Nascimento*

 “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.” Assim, de forma sintética em seu artigo 215 a Constituição da República Federativa do Brasil expressa sobre a cultura. Em um mesmo artigo define os direitos dos cidadãos o dever do Estado, em seus três níveis, de garantir a fruição destes direitos.

 O conceito de cultura é amplo, e não há uma definição consensual. A UNESCO na introdução da Declaração da Diversidade Cultural dispõe que “a cultura deve ser vista como um conjunto de características espirituais, materiais, intelectuais e emocionais diferenciadoras de uma sociedade ou de um grupo social, e que compreende, para além da arte e da literatura, os estilos de vida, as formas de viver em conjunto, os sistemas de valores, as tradições e as convicções.”

 Esta diversidade de conceitos sobre a Cultura, faz com que muitos a reduzam a expressões artísticas, ou aparte estas expressões da própria cultura. Não raro temos órgãos que incorporam a definição “cultura e arte”, como se esta não integrasse aquela. No âmbito público o estreitamento conceitual ainda é mais visível, não raro o que se oferece como cultura são eventos musicais, na maioria das vezes, contemplando os artistas do momento na cultura de massa, em investimentos que superam de longe outras áreas, como o patrimônio cultural. E assim se faz sobre a desculpa de que o povo quer, quando se houvesse uma política cultural a ela estaria integrada à educação patrimonial e a formação de novos públicos.

 O Projeto de Política Cultural dentro do escopo do governo municipal se refere à estrutura estratégica e às iniciativas que as autoridades locais implementam para promover e gerenciar a cultura em suas comunidades. À medida que os municípios buscam promover a criatividade, a inclusão, a proteção do patrimônio cultural e o desenvolvimento sustentável, a política cultural se faz um componente vital da governança urbana, influenciando a coesão social, a revitalização econômica e a identidade da comunidade.

 Além disso, essas políticas geralmente se alinham a agendas governamentais mais amplas, abordando desafios como educação, equidade social, desenvolvimento econômico e até mesmo saúde e segurança, reforçando assim o papel fundamental da cultura na promoção de uma sociedade coesa e vibrante.

 Apesar de seus impactos positivos, os projetos de política cultural não são isentos de controvérsia. As críticas geralmente se concentram na eficácia de abordagens de cima para baixo que não conseguem envolver os membros da comunidade ativamente, levando a iniciativas que podem não repercutir com as populações locais. Além disso, questões envolvendo alocação de recursos, disparidades de financiamento e a necessidade de avaliação contínua de iniciativas culturais destacam as complexidades da implementação de políticas eficazes.

 Em última análise, o sucesso dos projetos de política cultural depende de sua capacidade de se adaptar à dinâmica única de cada comunidade, ao mesmo tempo em que promove a equidade, a diversidade, a educação patrimonial, a formação de novos públicos e a participação ativa na vida cultural.

 A promoção de ambientes culturais também tem sido um foco central, enfatizando sociedades sustentáveis enriquecidas por uma diversidade de herança cultural. Esses esforços visam não apenas preservar ambientes culturais, mas também garantir seu uso e desenvolvimento efetivos de acordo com as necessidades mais amplas da comunidade.

 Uma política municipal de cultura incentiva a participação de todos na vida cultural traçando objetivos que incluem promover a criatividade, a diversidade e a qualidade artística como componentes essenciais do desenvolvimento social.

 Para atingir esses objetivos abrangentes, os projetos de política cultural concentram-se em vários objetivos principais:

 Acesso e participação : garantir que todos tenham oportunidades de vivenciar a cultura, participar de programas educacionais e desenvolver suas habilidades criativas.

 Qualidade e Renovação Artística : Promover altos padrões de produção artística e fomentar ambientes onde a renovação artística possa florescer, encorajando a inovação nas expressões culturais.

 Patrimônio Cultural : Apoiar a preservação, utilização e valorização de um patrimônio cultural vibrante que seja acessível a todos, enriquecendo assim as identidades comunitárias.

 Direitos dos Jovens e das Crianças : Dar especial ênfase aos direitos culturais das crianças e dos jovens, garantindo que têm acesso a experiências e oportunidades culturais.

 Além desses objetivos, os projetos de política cultural devem se alinhar a outras políticas públicas e agendas governamentais mais amplas, abordando questões como educação, coesão social, desenvolvimento econômico, turismo, saúde e segurança pública. Esse alinhamento demonstra o papel instrumental que as políticas culturais podem desempenhar no avanço dos interesses do município e na promoção do desenvolvimento social.

 As iniciativas de políticas culturais locais, como as observadas em vários municípios, também incorporam compromissos com os direitos culturais, a diversidade, a criatividade e a inclusão social, aumentando ainda mais o impacto da cultura no desenvolvimento comunitário e na qualidade de vida.

 O reconhecimento da cultura como motor do crescimento económico, particularmente no turismo e nas economias locais, sublinha os benefícios multifacetados do investimento em projetos de política cultural.

 O financiamento de iniciativas culturais, mormente nestes tempos em que investir em cultura não é bem visto por parcela significativa da sociedade, apresenta frequentemente um desafio complexo, uma vez que depende de uma mistura de investimentos privados e públicos, incluindo subsídios e incentivos fiscais.

 O cenário do financiamento não é apenas intrincado, mas também sujeito a mudanças políticas, o que pode comprometer projetos em andamento e sua sustentabilidade a longo prazo. Os governos municipais devem navegar por essas complexidades para garantir que os recursos sejam alocados de forma eficaz e que os mecanismos de financiamento sejam transparentes e equitativos.

 Dada à sua transversalidade a criação e implantação de uma Política Cultural no município depende de um compromisso não só do Prefeito e do gestor de cultura, mas também dos vários outros órgãos que compõem a gestão municipal.

 Não tenho sombra de dúvida que é difícil implantar uma política cultural cujos resultados não imediatos, enquanto o “panis et circenses” proporciona um imediato reconhecimento da autoridade municipal, especialmente com o locutor repetindo o seu nome a cada troca de banda.

 *Mestre em Gestão Cultural — UdG.

ESPECIAL

 

 

 

 

 

 

 

 

Aglaé d’Ávila Fontes: os 90 anos de uma laboriosa. Por Wagner Lemos

 Muitas das antigas culturas definiam o nome próprio como uma espécie de destino, de desígnio divino a ser cumprido por aquele que o recebesse. O significado do nome seria a indelével marca que seu possuidor levaria pela vida.

 Não alvitro essa crença em uma régua inquestionável, mas, prudentemente, não a coloco em xeque. Mantenho-me esteiado no terreno daqueles que sabem que o mundo sempre há de nos desvelar suas belezas sutis.

 Em 02 de novembro de 1934, nasceu em Lagarto, Sergipe, Aglaé d’Ávila Fontes. Há noventa anos, a parcela de Arte de que o mundo é dotado se ampliava e ainda ganharia novos contornos. Sua presença nos deu expressões de sensibilidade e talento patentes em todo o engenho em que pôs suas mãos. Música, ensino em distintos níveis, radiofonia, TV, teatro, folclore, literatura infantojuvenil, gestão administrativa e produção cultural são áreas que testificam sua imprescindibilidade na cultura brasileira.

 Nisso, retomo a força das palavras e os insondáveis caminhos do batismo. Aglaé é nome de fundamento na mitologia grega. Trata-se da “glória”, um dos atributos da deusa Afrodite.

 Há, no entanto, uma outra face pouco conhecida. Temos a existência de uma espécie de abelha cujo nome científico é “aglae”. A abelha “aglae caerulea” é, meu entendimento, uma metáfora bem ajustada à personalidade e vida da professora Aglaé d’Ávila Fontes. Quem com ela convive ou quem acompanha sua trajetória, sabe bem o quão laboriosa é essa multifacetada intelectual. Ainda hoje, na presidência do nosso Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, evidencia cotidianamente o incansável empenho que emprega em cada uma de suas atividades e o quanto elabora, reelabora e executa projetos montados em impecável caligrafia e acompanhados em dedos de prosa e um bom café.

 Penso que, como escreveu o luso poeta, engenho e arte estiveram no desígnio em estreitar as duas laboriosas em um só nome.

 Atuar ao seu lado no IHGSE deu-me régua, compasso e o privilégio de aprender a todo instante em que estou na sua presença. Em uníssono me somo àqueles que reconhecem a distinção de ser seu contemporâneo. Vida longa à nossa laboriosa Aglaé d’Ávila Fontes.

 PELO TWITTER

 www.x.com/DevotosSaoBento

 Amém!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

www.x.com/LuisCValois

 Engraçado, todas as vezes q se fala em “traficante” as pessoas pensam no pobre, negro, periférico, nunca no rico q tem helicóptero ou jatinho! É como ver só o garçom responsável pelo comércio de bebida alcoólica!

 www.x.com/francescoassisi

 Come san Francesco, noi frati crediamo di favorire il perseguimento del bene comune della società, essendo accoglienti verso tutti, anche verso i politici di diverso orientamento – per ricordare in particolare la dignità di ogni persona. Aqui.

 Como São Francisco, nós, frades, acreditamos que favorecemos a busca do bem comum da sociedade, sendo acolhedores para com todos, mesmo para com os políticos de diferentes orientações – para recordar em particular a dignidade de cada pessoa.

 

 

 

 

 

 

 

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 Frase do Dia

“Entregue suas preocupações ao Senhor,

e ele o susterá;

jamais permitirá que o justo venha a cair. “ Salmos 55:22.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mariangela Jaguraba/Jackson Erpen – Vatican News

O Papa Francisco celebrou, nesta segunda-feira (04/11), na Basílica de São Pedro, a missa em sufrágio dos cardeais e bispos que faleceram nos últimos doze meses. Francisco iniciou sua homilia com as últimas palavras ditas ao Senhor pelo bom ladrão, crucificado ao lado dele: «Jesus, lembra-te de mim, quando vieres em teu Reino. Aqui: https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-11/papa-francisco-missa-cardeais-bispos-falecidos-pastores-modelos.html

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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