Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.
Uma verdade lamentável e desanimadora: o pior congresso da história, eleito pela população mais ignorante e manipulada da história. Pior momento da história legislativa do Brasil! Puro suco de Brasil, neopentecostal, ignorante, conservador e criminoso. O blog entende quer os brasileiros estão no calabouço, amarrados e diariamente torturados com requintes de crueldade.
Vive-se numa encruzilhada histórica no país, onde o crime organizado avança contra os Poderes da República, diante de uma sociedade dividida pelo “Fla-Flu”. O silêncio dos bons é adubo que alimenta a gritaria dos maus! Nesse pacote nefasto, o crime organizado e engravatado já não se contenta com a manipulação do sistema financeiro nacional, por meio de Finteches, quer muito mais – a blindagem de seus integrantes e prepostos no Poder Legislativo!
Que ninguém mais diga que o brasileiro é um povo ordeiro e trabalhador.
Não é! O brasileiro é isso que está aí…. Sem maquiagem, com todas suas entranhas expostas. Cadáveres insepultos rodeiam a todos. Deu-se o “formidável enterro da última quimera” , cantada por Augusto dos Anjos. E nessa terra miserável vive-se entre feras, construída por décadas de descaso com a educação e o pensamento crítico. Chafurdar-se no esterco de uma sociedade falida. Ao cidadão de bem só resta enterrar a cabeça na areia, qual um avestruz, e acreditar que o além restabeleça alguma dignidade.
O blog repete para reflexão dos bons: vive-se uma conjuntura política no Brasil gravíssima. Que Deus tenha piedade de nós, porque a maioria que têm o poder de legislar sucumbiram ao conservadorismo e a extrema-direitra mais nefasta da história brasileira.
Como relator, sen. Alessandro vai arquivar a PEC da Blindagem “Recebi do presidente da CCJ senador Otto Alencar a missão de relatar a chamada PEC da Blindagem no Senado. Minha posição sobre o tema é pública e o relatório será pela rejeição, demonstrando tecnicamente os enormes prejuízos que essa proposta pode causar aos brasileiros”. A postagem do senador por Sergipe, Alessandro Vieira nas redes sociais reafirmou o compromisso do parlamentar conta a PEC da Blindagem uma das maiores imoralidades aprovadas nos últimos tempos pela Câmara dos Deputados, com o voto de 3 parlamentares sergipanos: Gustinho Ribeiro, Thiago de Joaldo e Rodrigo Valadares.
Proteção de bandido Antes de se tornar relator, no dia 17, o senador Alessandro tinha feito outra postagem que é o sentimento da maioria esmagadora dos brasileiros: “O esforço de muitos para passar pano e emplacar narrativas fantasiosas é comovente, mas o fato é que a Câmara aprovou um PEC para proteger bandido, desde que ele seja parlamentar ou presidente de partido. É um absurdo injustificável, que vamos derrotar no Senado”.
Grave denúncia do Sindimed Sergipe Foi impactante e viralizou nas rede sociais de Sergipe, o vídeo onde o presidente do Sindicato dos Médicos do estado, Helton Monteiro, mostra em São Paulo em frente a suposta sede da OSS Centro Cardio Serviços Hospitalares, que foi quarteirizada pela gestora do hospital da Criança, a OSS. No local tem apenas um out let de frutos do mar.
Grave denúncia do Sindimed Sergipe II E tudo deve ser apurado até porque o gestor da pasta da saúde, Cláudio Mitidieri é parente do governador e dizem que deseja ser candidato a deputado federal. O blog vai acompanhar a fundo esta denúncia. No mínimo, este contrato precisa ser rescindo se tudo for comprovado. Com saúde não se brinca e em caso de dúvidas governador é melhor começar a faxina. Doa em quem doer.
Secretário recebeu presidente do sindimed Após a denúncia o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Mitidieri, se reuniu com o presidente do Sindimed, Helton Monteiro, para tratar das demandas relacionadas à gestão do Hospital da Criança. Na ocasião, o secretário apresentou a notificação enviada à Organização Social de Saúde (OSS) Irmandade Boituva, solicitando informações sobre contratualização e prestação de serviços no HC. Caso a OSS não apresente a documentação comprobatória, poderão ser aplicadas sanções contratuais. A medida foi adotada após relatos do Sindimed sobre a atuação da entidade contratada.
Guarda Subsidiada A Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania lança, hoje, 22, às 14h, o Programa Guarda Subsidiada Provisória. O evento será realizado na Biblioteca Epiphanio Dória, em Aracaju, e representa um marco na política de proteção à infância e à adolescência em Sergipe. O programa prevê apoio financeiro mensal de R$ 500,00 por criança ou adolescente a famílias extensas ou ampliadas, formadas por parentes próximos ou pessoas com vínculo afetivo, que assumam, de forma provisória, a guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por decisão judicial ou por situação de risco social e pessoal.
Sobre a Iguá e os subterrâneos dos canos em Sergipe Um leitor que acompanha por muito tempo os bastidores da Deso lembrou que a companhia sempre teve seus “pseudo donos” através da mistura entre o público e privado, inclusive onde muitos que eram do público optaram pela via privada. O questionamento do cidadão é sobre um possível boiocote na recente mudança com a concessão vencida pela Iguá. Será? Os detalhes estão sendo verificados, mas em Sergipe os subterrâneos dos canos tem muita história.
Atenção assistência social da PMA! Jovem diariamente perambulando no meio dos carros na Av. Beira Mar Moradores de prédios – entre o Edifício Antônio Andrade e a ponte Godofredo Diniz (C. do Meio), estão preocupados com um jovem, que parece ser portador de alguma deficiência mental, que – quase que diariamente – aparece no fim da manhã, ou no início da tarde e fica perambulando de um lado para o outro nos meios do carro e depois fica parado. O jovem não parece que é morador de rua, deve morar em algum lugar próximo, mas o perigo é que ele vai acabar sendo atropelado por conta dos devaneios constantes no meio da avenida entre os veículos.
Auditoria da CGM constata avanços na nova gestão da Maternidade Lourdes Nogueira A Controladoria-Geral do Município (CGM) de Aracaju, por meio do Departamento de Auditoria, concluiu o relatório de acompanhamento que avaliou a implementação das medidas corretivas e preventivas recomendadas na auditoria extraordinária realizada na Maternidade Municipal Maria de Lourdes Santana Nogueira no primeiro semestre deste ano. O relatório destaca os impactos positivos da nova gestão da unidade, atualmente sob responsabilidade do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que assumiu após a rescisão unilateral do Contrato de Gestão pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).
Melhorias expressivas Durante visita técnica realizada no dia 2 de setembro, a equipe da CGM constatou melhorias expressivas na qualidade dos serviços prestados. A maternidade, antes considerada subutilizada, apresentou aumento significativo no fluxo de pacientes e ampliou a oferta de procedimentos para partos de médio e alto risco. Somente em agosto foram realizadas 1.255 triagens e 355 partos, com taxa de ocupação de 61,76%.
Redução de empresas terceirizadas Outro avanço relevante foi a racionalização de contratos, com a redução do número de empresas terceirizadas de 63 para 31, além da internalização de serviços. Essa medida contribuiu para a eficiência administrativa, otimização de custos e fortalecimento da gestão. O relatório também apontou a implementação de ferramentas de ouvidoria e pesquisa de satisfação, garantindo maior transparência e melhor relação com os usuários.
Monitoramento O secretário-chefe da CGM, Paulo Márcio Cruz, falou sobre o processo e garantiu que o Departamento de Auditoria continuará monitorando a maternidade e expandirá a implementação de planos preventivos em toda a rede municipal. “A atuação contínua da CGM reafirma a seriedade da fiscalização e o compromisso do controle interno com a qualificação constante dos serviços oferecidos à população de Aracaju”, disse.
Recomendações implementadas A diretora do Departamento de Auditoria, Juliana Alves Borges, destacou que a maioria das recomendações foi implementada com sucesso. “Os resultados refletem uma evolução notável na operacionalização da unidade, evidenciando o comprometimento da nova gestão em atender às orientações do controle interno e promover melhorias efetivas na qualidade dos serviços prestados”, afirmou.
Dignidade e eficiência Segundo Juliana, o trabalho da Controladoria reforça o compromisso da Prefeitura de Aracaju, sob a liderança da prefeita Emília Corrêa, em garantir um atendimento digno e eficiente à população, pautado pela legalidade e pelo uso responsável dos recursos públicos.
ESPECIAL CULTURAL
OPINIÃO
A sanfona e o canto sergipano ecoaram na França, fortalecendo a luta pelo título de Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Por Pascoal Maynard*
O forró é mais do que um gênero musical: é uma expressão cultural que traduz a alma do povo nordestino e, por extensão, a identidade do Brasil. Nascido do encontro de ritmos como o baião, o xote e o xaxado, o forró é uma síntese das matrizes culturais indígenas, africanas e europeias que formaram o país. Na música, na dança e nas festas populares, ele se transformou em um modo de vida, uma linguagem de pertencimento e resistência que atravessa gerações.
A história do forró é marcada por grandes mestres, como Luiz Gonzaga,
Dominguinhos, Jackson do Pandeiro e Marinês, que eternizaram canções e estilos. Mas o gênero não ficou preso ao passado: novos artistas, festivais e movimentos culturais reinventam o forró sem perder suas raízes. Essa capacidade de renovarse sem descaracterizar-se é uma das maiores provas de sua vitalidade comopatrimônio vivo.
No Brasil, o forró já recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Esse reconhecimento foi resultado de uma ampla mobilização de músicos, pesquisadores, associações culturais e comunidades que enxergam no forró não apenas um ritmo, mas uma herança viva, transmitida de pais para filhos, presente nas festas juninas, nos arrasta-pés e nos grandes festivais contemporâneos.
A atual luta é pelo reconhecimento do forró como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Esse título colocaria o gênero ao lado de manifestações globais como o flamenco espanhol, o tango argentino, o reggae jamaicano e o samba brasileiro. Não se trata apenas de prestígio simbólico: tal consagração abriria portas para maior visibilidade internacional, apoio institucional e fortalecimento de políticas públicas voltadas à salvaguarda e promoção dessa expressão cultural.
O estado de Sergipe tem desempenhado papel de destaque nessa mobilização. O Governo de Sergipe, através da FUNCAP e Secretaria Especial de Cultura, tem levado o forró para além das fronteiras nacionais, reafirmando sua relevância universal. Em evento realizado na França, os músicos sergipanos Mestrinho e Amorosa apresentaram o forró em palcos internacionais, unindo tradição e inovação, mostrando à comunidade mundial que essa manifestação cultural é, de fato, um patrimônio vivo e compartilhado por todos.
A sanfona e o canto sergipano ecoaram em solo europeu, fortalecendo a luta pelo título de Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Porque o forró não é só música: é memória, identidade e celebração da vida.
*Pascoal Maynard é jornalista, documentarista e produtor cultural. Atualmente exerceo cargo de Assessor Especial da Funcap e Presidente do Conselho Estadual de Cultura
Poço Redondo recebe inauguração da exposição “Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada”. A partir do dia O4 de Outubro
O antropólogo e produtor cultural Bruno Marques convida a imprensa e toda a população sergipana para a inauguração da exposição “Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada”. O evento, realizado em parceria com a Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) e a Prefeitura de Poço Redondo, integra a programação do projeto Cultura em Toda Parte – Edição Poço Redondo e acontece no dia 04 de outubro, às 19h, na Galeria de Arte Raimundo Eliete (Praça Eudócia, centro da cidade).
A programação contará com a exibição do documentário homônimo, além de uma roda de conversa com o Mestre Orlando Félix – reconhecido como Patrimônio Vivo da Cultura Sergipana (2023) – e com o antropólogo e produtor cultural Bruno Marques, responsável pela curadoria da mostra e filho do mestre.
Mais do que uma exposição, o momento propõe uma vivência imersiva no saber ancestral do couro, tradição que há mais de 40 anos marca a trajetória de Mestre Orlando, mantendo viva a memória do sertão nordestino e sua identidade cultural.
Sobre o Diretor e Curador – Bruno Marques é antropólogo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), produtor cultural e diretor do documentário “Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada”.
Sobre o Mestre Orlando do Couro – Nascido em Poço Redondo (SE), Orlando Félix da Cruz é reconhecido como Patrimônio Vivo da Cultura Sergipana pelo edital de Mestres e Mestras da Cultura Popular (2024). Ao longo de mais de quatro décadas, dedica-se à arte de talhar o couro, preservando e transmitindo um saber-fazer que simboliza a resistência e a ancestralidade do povo nordestino.
Realização – A exposição é realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio do Edital 07/2023 – Ilma Fontes (Demais Linguagens), na categoria artesanato: feiras e mostras itinerantes de artesanato. O projeto conta com apoio da Funcap e da Prefeitura de Poço Redondo.

Companhia de Dança Deborah Colker traz o espetáculo “Sagração” a Aracaju. Novo espetáculo reúne obra clássica de Stravinsky e cosmogonias originárias
O Ministério da Cultura, o Instituto Cultural Vale e a Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, apresentam “Sagração”. O espetáculo, dirigido pela Companhia de Dança Deborah Colker, reúne a música clássica de Stravinsky, ritmos brasileiros e visões ancestrais sobre a origem do mundo. A apresentação, cuja estreia ocorreu dia 21 de março de 2024, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, chega ao Teatro Tobias Barreto, em Aracaju, para sessão única no dia 1º de outubro. A produção local é de Villela Produções e os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e no site Ingresso Digital.
Fundada em 1994, a Companhia de Dança Deborah Colker, realizou mais de duas mil apresentações em mais de 100 cidades de 35 países, totalizando um público de cerca de 4 milhões de pessoas em todas as suas performances. “Durante esses anos, assistimos e participamos de muitas transformações na cultura, na política e na economia. Chegamos até aqui porque temos este espírito de evolução, que é um tema muito precioso para o novo espetáculo”, avalia o diretor executivo João Elias, que fundou a companhia de dança com Deborah Colker.
O processo criativo de “Sagração” durou dois anos e meio. O espetáculo é uma livre adaptação de “A Sagração da Primavera”, obra composta pelo russo Igor Stravinsky, que ganhou projeção mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia de Vaslav Nijinsky e produção de Sergei Diaghilev para os Ballets Russes. A composição musical é considerada revolucionária por introduzir estruturas rítmicas e harmônicas nunca antes utilizadas em partituras.
“Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi responsável por pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração da Primavera’ representa esses pontos de evolução da humanidade”.
Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou à ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e acompanhada por narração do próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo.
“Tudo só poderia ter começado com uma mulher. Uma avó. A avó do mundo”, conclui Deborah, que, com a assessoria de Nilton Bonder, revisitou a mitologia judaico-cristã. Do livro “Gênesis”, as passagens sobre Eva e a serpente e também Abraão ganham cenas que destacam momentos de ruptura. “São dois mitos que elaboram sobre a consciência humana: pela autonomia de uma mulher que desperta para caminhos interditados e transgride; e de um homem que sai da sua casa e cultura em direção a si mesmo”, destaca Nilton Bonder. Além das alegorias bíblicas, a coreógrafa também buscou referências na literatura científica.
“A versão mais recente da nossa espécie é a Homo sapiens sapiens que, assim como outros seres, precisa se adaptar constantemente”, pontua Deborah, destacando a presença das personagens que representam bactérias, herbívoros e quadrúpedes no espetáculo. “Nossa dramaturgia é feita da poesia presente em mitos e teorias que pensam a existência da vida em nosso planeta”. A coreógrafa, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental de Stravinsky a sonoridade pujante das florestas e ritmos brasileiros.
Boi bumbá, coco, afoxé e samba foram introduzidos à criação de Stravinsky. Aos acordes de instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos bailarinos. Para dar vida às narrativas e trajetórias do espetáculo, o cenógrafo Gringo Cardia incorpora 170 bambus de 4 metros de altura que simbolizam resistência e flexibilidade.
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Frase do Dia
“A guerra é um fracasso da política e da humanidade.” Papa Francisco.