Após saudar professores e integrantes da Coopetaju, que estavam nas galerias, a deputada estadual Ana Lúcia Menezes, PT, destacou a retomada pelo Governo Federal das obras do assentamento Jacaré-Curituba, em Canindé do São Francisco, informando que o que já foi feito pelo Governo do Estado será mantido. A Energipe vai fortalecer a rede de energia elétrica e serão construídas duas escolas e postos de saúde, cabendo ao Exército a abertura de estradas, para facilitar o escoamento da produção agrícola. O assentamento é o maior da América Latina e essa solicitação para que o Governo Federal retomasse as obras vem de algum tempo. O pastor deputado estadual Antônio dos Santos, PSC, informou aos integrantes da Coopetaju que a regulamentação do transporte alternativo de passageiros será efetivada, pela Assembléia Legislativa, para dar tranqüilidade aos trabalhadores. Antônio dos Santos destacou que são pais de família que precisam cuidar dos seus filhos com dignidade. Destacou que a bíblia diz que o homem tem que sobreviver com o suor do seu rosto. Antônio disse que os deputados darão o direito de trabalhar aos rodoviários, posto que eles merecem, visto que outros já têm essa legalidade. O parlamentar destacou a maneira como os cooperados estão agindo, procurando os parlamentares, lutando com dedicação e dentro da harmonia. Comentou que os cooperados nunca fizeram baderna, porque querem apenas a legalidade do trabalho. Enfatizou que a Constituição Federal diz que todo cidadão tem direito ao emprego. Jorge Araújo diz que só há discurso sobre a Coopetaju O deputado estadual Jorge Araújo, PSDB, quer uma solução imediata para a questão da Coopetaju, que busca a sua legalização. Por enquanto, só estão acontecendo discursos e nada de prático, lastimou o parlamentar. Jorge disse que é fundamental que seja encaminhado para o Parlamento estadual o Plano Diretor do Transporte, cuja elaboração está sob a responsabilidade do D.E.R. Nós não estamos resolvendo nada, dentro das limitações da Assembléia. Compete ao Governo do Estado determinar a elaboração do Plano Diretor e encaminhar para avaliação dos parlamentares, disse, ressaltando que os trabalhadores não podem ficar esperando. Avaliou que somente o Governo pode resolver a questão da Coopetaju, inclusive a oposição está disposta a votar o Plano Diretor, portanto, não há adversário do problema, porque todos querem resolver. Jorge disse que quem pode resolver o problema não está querendo é o diretor do D.E.R., engenheiro Edson Leal, foi convidado para comparecer ao Parlamento e mostrar o que está sendo feito, mas não atendeu a solicitação dos parlamentares. O parlamentar pediu ao deputado Venâncio Fonseca, que solicite informações ao D.E.R., porque a questão interessa aos rodoviários e a população usuária do transporte. Jorge disse que pensava que o problema já tinha sido resolvido, mas na sessão anterior o deputado Augusto Bezerra, informou que estava esperando informações sobre o Plano Diretor. Destacou que o deputado Antônio dos Santos, PSC, tem um projeto para o transporte alternativo e este já devia ter sido votado, para dar esperança aos trabalhadores. Moradores do Robalo pedem apoio a Venâncio para criar colônia de pesca O líder do governo, Venâncio Fonseca (PPB), acolheu reivindicação dos moradores da praia do Robalo, na região oceânica de Aracaju, que pretendem criar uma colônia de pesca na região. A proposta foi endereçada ao gabinete do deputado pela Associação dos Moradores do Robalo. Fonseca vai encaminhar o pedido ao Ibama, para estudar a possibilidade de instalação da nova colônia de pesca. Na capital, já existem duas colônias de pescadores tradicionais, situadas na praia Formosa (13 de Julho) e na prainha do bairro Industrial/Porto d`Antas. No documento enviado ao líder do governo, a Associação mostra suas preocupações com os pescadores, que não têm ajuda oficial para comprar barcos, redes ou se manterem durante a proibição da pesca. Depois do recesso parlamentar de julho, a Assembléia Legislativa reiniciou seus trabalhos, com uma sessão especial em comemoração ao centenário da revolta de Fausto Cardoso. O diretor do Instituto Histórico e Geográfico, Ibarê Dantas, contou histórias vivenciadas pelo ex-deputado federal e um dos maiores políticos da história de Sergipe. Fausto Cardoso que morreu tragicamente em 1906 durante revolta popular no palácio, contra a dura política fiscal e a polícia autoritária do governo. ”A polícia enfrentava os manifestantes contra o presidente da província, Guilherme Souza Campos, quando o Coronel Firmino; que chefiava a guarda do palácio, mandou abrir fogo e Fausto, que liderava o grupo, foi baleado no peito”, recordou. Antes de militar na política sergipana, Fausto Cardoso disputou uma cadeira no Congresso pelo Estado do Rio de Janeiro. Fausto tinha um estilo ardente, impulsivo e agressivo, que conquistava muitos eleitores. Sua eleição era dada como certa, quando o sergipano Oliveira Valadão, chefe de polícia do governo Floriano Peixoto, transferiu a maior parte de seus votos para outro candidato e ele perdeu. Eleito duas vezes como deputado federal em Sergipe, Fausto Cardoso se projetou nacionalmente como brilhante parlamentar, até que decidiu enfrentar o governo do monsenhor Olímpio Campos em 1905. A revolta de Fausto Cardoso foi motivada pela onda de insatisfação popular contra a oligarquia e o nepotismo olimpista. Ditadura – Enquanto lembrava a vida de Fausto Cardoso no início da República, o historiador Ibarê Dantas ressaltou a luta da classe política em defesa do federalismo, da legalidade e contra a interferência do governo central. Em apenas dez anos, o governo de Sergipe foi ocupado por 25 presidentes impostos pelo regime militar e só normalizou-se com a eleição de Olímpio Campos. De acordo com o historiador, a interferência do governo central foi nefasta em Sergipe. “O marechal Deodoro queria impor um amigo, como candidato sergipano ao Senado, mas o presidente do Estado, Inácio Barbosa, não aceitou e terminou deposto. O sucessor, Mendes de Morais, que não apoiou outra indicação de Deodoro, também foi afastado e demitido por telegrama”. Segundo Ibarê, a interferência na política interna de Sergipe agravou-se no governo do marechal Floriano Peixoto, quando a classe política lutava pela normalização do estado de direito no País. “Floriano fez uma intervenção danosa e mandou o Exército ocupar Sergipe, para depor o Coronel José Calazans e garantir a posse de Oliveira Valadão na presidência do Estado”. O deputado tucano Jorge Araújo, PSDB, começou seu discurso, lembrando que Valmir Monteiro, PSC, tinha denunciado a perseguição política em Lagarto, para depois analisar artigo do jornalista e publicitário Marcelo Culto, editado na coluna eletrônica do jornalista Cláudio Nunes, onde destaca a questão da compra de votos. Jorge Araújo destacou alguns trechos do artigo de Marcelo, onde ele avalia o processo das eleições, com a evolução das campanhas políticas do passado, quando colocava a chapa num envelope e o eleitor colocava a chapa na urna. Marcelo analisa a participação dos coronéis da política, que determinava em quem o eleitor votava. O articulista mostra sua esperança de que uma nova fase da política pode ocorrer, com o romantismo antigo, onde os partidos tinham grande influência. No artigo, o jornalista externa a sua decepção, com o retorno da compra e venda do voto. Jorge Araújo pediu o registro da cópia do artigo do jornalista nos anais da Assembléia Legislativa. O deputado repudiou a compra de voto, para que dê vez ao voto pela ideologia e propostas dos candidatos. Avaliou que à democracia é bom, porque permite que os cidadãos escolham seus representantes nas urnas. Faço votos que o povo de Sergipe possa escolher os seus representantes de forma democrática. O artista plástico sergipano Ismael Pereira recebeu, nesta segunda-feira, a Medalha do Mérito Parlamentar em sessão especial na Assembléia Legislativa. A indicação foi feita pelo deputado Garibalde Mendonça (PMDB). Em 2005, Ismael foi distinguido com a Medalha Inácio Barbosa, nas comemorações do sesquicentenário de Aracaju. Na saudação a Ismael, o deputado disse tratar-se de um expoente da pintura neo-regional nordestina. Natural de Capela (SE), Ismael também foi publicitário e pioneiro na produção de letreiros luminosos no Estado. Ao agradecer a medalha, o pintor fez um discurso poético lembrando a infância nos tabuleiros do município e o trem de passageiros que não passa mais. “Quero pintar as minhas sinceras palavras de gratidão com as rutilantes cores do arco-íres e o brilho das águas morenas e mansas do rio Sergipe, para transformá-las numa singela obra de arte, emoldurada com o meu afetuoso e fraternal abraço”. Membro da Associação Internacional de Artes Plásticas, com sede em Paris, o artista fez a primeira exposição individual na galeria Álvaro Santos em 1965. O currículo de Ismael foi acrescido de várias exposições em Maceió, Recife, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e até na Cidade do México. Além de pintor, Ismael Azevedo tornou-se político militante ao mudar-se para o vizinho estado de Alagoas. Foi vereador em Arapiraca, durante dez anos. Depois se elegeu deputado estadual em três mandatos, onde também ocupou a subsecretaria do Gabinete Civil. A nominação do Campus da Universidade Federal de Sergipe de Itabaiana, homenageando o itabaianense Alberto Carvalho, foi ressaltada pelo deputado estadual Arnaldo Bispo, PFL, entendendo que é justo colocar esse nome, porque ele orgulha seus conterrâneos e o estado. Arnaldo disse que apresentou Indicação, sugerindo a homenagem e ficou contente em saber que seu pedido foi atendido. Ele falou sobre a professora Maria Thétis Nunes, outra itabaianense que honra os sergipanos, que também foi lembrada, para dar nome ao campus da UFS. Ana Lúcia ressalta retomada
das obras do Jacaré-Curituba
Antônio dos Santos quer
legalização da Coopetaju
Assembléia realizou sessão especial para
lembrar a revolta de Fausto Cardoso
Deputado Jorge Araújo
repudia a compra de votos
Ismael Pereira é homenageado com
a Medalha do Mérito Parlamentar
Arnaldo Bispo destaca homenagem
Alberto Carvalho pela universidade
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