No empate contra o Paraná, o Confiança novamente teve um desempenho que podemos considerar marca do trabalho de Daniel Paulista: maior posse de bola, mais finalizações, mais passes trocados, esquema ofensivo e uma equipe que busca o gol. Foi assim na maior parte dos jogos da sequência invicta, e foi assim nos últimos três jogos sem vitória.
O desempenho da equipe azulina é bom e deixa boa impressão. A ideia proposta é de passes curtos, predominantemente no campo de ataque, trazendo o jogo para pontas. Um futebol de quem defende a permanência na Série B, mas que não se contenta só com isso. Em suma, condizente com os objetivos do Confiança em 2020.
Mesmo com os problemas, que são importantes – pouco tempo para treino, gramado que desfavorece o estilo de jogo e desfalques – a equipe do Bairro Industrial tem atuado bem, mesmo quando não vence. Ainda assim, algumas falhas, como a redução na mobilidade dos jogadores em alguns momentos da partida, erros defensivos e na finalização das jogadas, além da frequente recorrência de cruzamentos nos últimos confrontos comprometem atuação e resultado.
As derrotas para Chapecoense e América – líder e vice-líder foram perfeitamente normais e não resumem o que foram os jogos, e a equipe sergipana poderia ter saído vitoriosa de qualquer um desses encontros. Contra o Paraná, idem: Confiança melhor e um empate amargo.
Apagões na defesa e erros individuais
Nas últimas três partidas, quando somou duas derrotas e um empate, o Dragão acabou levando gols em ‘apagões’ do setor defensivo ou em erros individuais. Contra o América/MG, Castilho, que vem sendo um peça fundamental no setor de criação para a equipe sergipana, falhou na marcação em bola alçada na área e permitiu que o adversário abrisse o placar. No mesmo jogo, o segundo gol do Coelho aconteceu em uma pane defensiva que deixou o marcador sozinho para garantir a vitória dos mineiros.
Contra a Chapecoense, na partida seguinte, logo aos 6 minutos de jogo Silva não conseguiu acompanhar o adversário em suas costas e viu ele aparecer na frente do gol para aproveitar cruzamento e abrir caminho para a vitória da Chape. Foi também com uma bola nas costas da defesa que o Paraná chegou ao seu gol na última partida. Na sequência do passe, Rafael Santos saiu mal do gol, ficou batido na jogada e os paranaenses ainda trocaram passes na grande área antes de marcar o gol.
A recorrência dos erros defensivos é uma dor de cabeça para Daniel Paulista que, se quiser voltar a vencer na competição, vai precisar ajustar o setor. Pesa contra os desfalques sequentes por lesão ou suspensão.
Próximo páreo
O estilo de jogo apresentado pelo Confiança, até então, traz uma boa perspectiva sobre o aumento no nível das atuações. Logo mais, às 21h30, contra o Botafogo – SP, na Arena Batistão, o Dragão tentará encerrar a sequência ruim e voltar a conquistar três pontos.
Série D
Na Série D, os holofotes estão voltados para o Itabaiana e o seu artilheiro, Thiago Santos (primo de Diego Costa). Contra o Jacyobá, no último domingo, o Tricolor da Serra aplicou nada menos que um 7 a 0, com hat-trick do goleador – que agora chega a artilharia da Série D com 11 gols. Itabaiana é líder do seu grupo na competição e tem classificação encaminhada. Já o Freipaulistano, que está no mesmo grupo, é somente o penúltimo do grupo e vem mostrando péssimo nível de desempenho.