CONVENÇÕES CONVENIENTES: PMDB e PT / PFL e PSDB

Muita gente passou por “maus bocados” na semana passada. Na última sexta, prazo fatal das convenções partidárias, não se falava em outra coisa em Sergipe: “E ai, quem vai com João? E Déda, fica com quem?”.


No final, muitas surpresas marcaram as decisões dos principais líderes políticos do estado. O PSDB do ex-governador Albano Franco, que já havia noticiado que não iria se aliar nem a um nem a outro, voltou atrás e, no último minuto, preferiu cair nos braços do PFL. A união selou assim uma ampla aliança com direito a indicação do vice na chapa de João Alves e a outras “cositas más”. Mas como tudo na vida, a opção não agradou a todos os tucanos. O presidente do partido, Bosco Costa, viu-se praticamente só quando tentou emplacar uma esdrúxula candidatura ao Senado (não que ele não mereça ser senador). Fez beicinho, não teve apoio da maioria, e foi obrigado – por conta da situação – a entregar o cargo de presidente da legenda em Sergipe, desfiliando-se de pronto do PSDB. Pode até ter saído perdendo, mas, pelo menos, mostrou coerência. Fato raro na política hoje em dia.

 

Nesse acordo de gigantes, sobrou a indicação de vice para o deputado estadual Fabiano Oliveira, que será o principal elo de ligação do atual governador com os jovens sergipanos nessa corrida rumo à reeleição.

 

O PMDB, dos deputados Jorge Alberto e Marcos Franco, por sua vez, fez a escolha que todos esperavam: decidiu ficar com o PT de Marcelo Déda. Apesar de querer a indicação do vice, contentou-se com a indicação do primeiro suplente de Zé Eduardo Dutra na chapa para o Senado e com cargos no primeiro escalão do governo municipal. Terá agora, portanto, que desocupar as secretarias do Governo João Alves. Ou desfiliar os atuais ocupantes das secretarias de Estado da Indústria e Comércio e da Cultura, Tácito Faro e José Carlos Teixeira, respectivamente, caso não sejam fiéis seguidores do partido.

 

Quanto às chapas proporcionais será um verdadeiro “Deus nos acuda”. Em qualquer das coligações tem gente chorando por não vislumbrar agora a menor chance de eleger-se, diante dos acordos fechados na última hora. Coisas da política!

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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