Crack e a falta de sensibilidade

 

 

Desde que este pequeno espaço publicou o artigo “Mutirão pela vida: crack está entre nós”, vem cobrando não só do poder público, mas de todos os segmentos organizados – inclusive a imprensa – uma mobilização contra a droga que vicia rapidamente e está acabando com lares em todo país e em todo o estado de Sergipe.

 

Alguns segmentos da mídia sergipana estão demonstrando preocupação e fazem a sua parte. Dois veículos, a TV Sergipe e o Jornal da Cidade estão na linha de frente desta mobilização. Mas falta a integração total dos outros veículos, principalmente das emissoras de rádio, que têm grande penetração no interior, onde a droga chegou pra valer. Se antes, no interior, os jovens se reuniam para tomar uma cachaça, cuja garrafa custa a média de R$ 4,00, agora eles gastam apenas R$ 2,50 para comprar uma pedra de crack.

 

O Governo do Estado já sinaliza com a ampliação da Delegacia de Entorpecentes e também com uma campanha através da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer, para que os jovens tenham suas mentes ocupadas. Em Brasília, o deputado federal Valadares Filho (PSB) fez um ótimo discurso na última semana, alertando para a epidemia que virou o crack. Porém, é preciso mais. Não só do poder público, mas dos segmentos organizados da sociedade.

 

É preciso coragem para cobrar, por exemplo, da OAB/SE, que depois do desgaste com a escolha do desembargador do TJ, pela vaga destinada a ela, deixa a desejar. Talvez quando Henri Clay retornar a presidência a entidade possa levantar essa bandeira, trazendo outros entidades, como conselhos regionais, sindicatos e centrais sindicais.

 

Não se pode esperar muito do vice-presidennte da OAB/SE, que parece ter perdido a noção de suas atribuições. Na semana passada colocou-se à disposição para negociar o fim do impasse governo x militares ao mesmo tempo em que chamou o governo de autoritário e perseguidor. Ou seja, não pode mediar uma impasse quando se tem uma posição pública. Depois  cobrou que o governador teria que se posicionar sobre o IPM que apurou a fuga do Giusepe. Será que é isso mesmo? E o que diz a OAB sobre o IPM já que atendeu a um pedido do pessoal da guarda do presídio para acompanhar o inquérito? Como ninguém nasceu ontem em Sergipe – e todo mundo se conhece –  a OAB é assim sempre tão célere? Sem questionar também a posição da OAB sobre a ação do MP e o seu acatamento pelo juiz Diógenes que envolve os líderes das associações? Então fica-SE assim; é fácil considerar o Executivo como autoritário, enquanto esconde-se sua opinião sobre o MP e sobre o juiz.

 

O JC do último final de semana voltou a publicar uma matéria especial sobre o assunto. Até quando. Este jornalista pede desculpas ao leitor, mas vai continuar batendo nesta tecla sempre. O crack não é mais um problema social é também político. É preciso que os segmentos organizados sentem e façam alguma coisa. Que a OAB e o Ministério público tomem a frente desta bandeira, em nome das centenas de jovens sergipanos que estão perdendo sua dignidade, seu caráter e a vontade de viver. 

 

Epidemia

Em discurso na Câmara dos Deputados, Valadares Filho (PSB) cobrou do Governo Federal e de todas as autoridades e segmentos organizados da sociedade brasileira um mutirão para conter o consumo do crack em todo país. Além de apresentar dados técnicos sobre o crescimento do consumo da droga Valadares Filho deu como exemplo o estado de Sergipe, onde o consumo está virando quase que uma epidemia.

 

Facção criminosa PCC

O parlamentar socialista alertou que o tráfico da droga está ligado diretamente a facção criminosa PCC, conforme prisões efetuadas em Sergipe na última semana, inclusive com o crack no estado liquido, de muito mais fácil disseminação e em contato com o ar a droga fica em estado sólido. “Com essa facilidade de manipulação o problema do consumo torna-se ainda mais grave”, disse”. Ele apresentou estudos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul que um aumento grande do número de usuários do crack em tratamento ou internado em clinicas.

 

Praga nacional

Valadares Filho ressaltou ainda o crescimento assustador do consumo da droga em Aracaju, onde até adolescentes femininas têm sido presas com a droga. “É preciso urgente que a Secretaria de Segurança Pública coloque propaganda de orientação em toda a mídia, informando da gravidade. Mais que isso: é papel das autoridades, das associações, das ONGs, um mutirão para conter este mal que tem assolado a população, principalmente as camadas mais carentes”, cobrou, acreditando que através de uma persistente política pública do governo federal nessa direção poderá ser superada essa verdadeira praga nacional que se tornou o consumo do crack.

 

Reforma administrativa

Deu na coluna Panorama Político, do jornal O Globo: Menor Estado. Os estados sofrem com a crise econômica. O governador de Sergipe, Marcelo Déda, começou o ano determinando que a média dos gastos seguiria os patamares do ano passado. Nesta semana, anunciou uma nova redução de gastos de 10%. Nos próximos dias, ele vai reduzir o tamanho do governo. Déda vai anunciar a extinção e fusão de três ou quatro secretarias estaduais. No primeiro trimestre, a arrecadação foi R$ 12 milhões menor em relação ao mesmo período de 2008.

 

Fontes & Déda

Ninguém entende porque João Fontes, no ano passado, fez juras de amor ao governador Marcelo Déda e de repente, voltou a aparecer na mídia criticando duramente o petista. Dizem que ele desejava um cargo, mas o governador foi aconselhado a não ter mais dor de cabeça. Fontes agora está mais perdido do que cego em tiroteiro.

 

Da Deso, o TC entende bem

O Tribunal de Contas pediu informações a Deso sobre dois contratos: um para contratação de serviços advocatícios e outro com a empresa Deloitte para estudos da parte administrativa, como o plano de cargos e salários da empresa. Depois a coluna comenta mais este assunto, já que, da Deso o TC entendem muito bem, quem não lembra da Operação Navalha…

 

JHS mudará para sede própria

Há muitos anos no mercado de Sergipe, atuando no mercado de produtora, Jorge Henrique, o popular Salarinho, entra em nova fase levando a sua empresa, para a sede própria na Coroa do Meio. Salarinho é um dos profissionais da área que trabalha com seriedade e correção. Nos próximos 45 dias deixa o endereço da rua São Cristovão para a Coroa do Meio, mantendo a mesma qualidade nos serviços prestados.

 

Plano habitacional empolga baixa renda

Deu na FSP: O programa habitacional do governo Lula, que subsidiará moradias populares a serem entregues em pleno ano eleitoral, foi um sucesso imediato de público em vários Estados, impulsionado pelo déficit de 6,5 milhões de imóveis na faixa de renda familiar até três salários mínimos (hoje, R$ 1.395).Menos de um mês após a abertura das inscrições, o número de cadastrados no programa Minha Casa, Minha Vida já superou o de moradias a serem construídas em alguns Estados. Há filas nos locais de inscrição, mas não há prazo definido para a entrega das casas.

 

Expectativa do programa

A euforia e a expectativa geradas pelo programa, que prevê a construção de 400 mil imóveis para essa faixa salarial, já preocupam políticos, que temem os efeitos das exclusões na seleção dos inscritos e a possível demora nas obras.Em Pernambuco, onde deverão ser construídas 17.882 unidades habitacionais, 45 mil pessoas haviam se cadastrado até quinta. No Estado, que tem déficit habitacional de cerca de 400 mil moradias, somente um projeto, de construção de 432 casas em Olinda, está pronto para ser concluído em um ano. Em reunião com o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, prefeitos manifestaram preocupação. “O Minha Casa, Minha Vida gerou uma expectativa muito grande na população”, disse o prefeito de Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PTB). “Temos de deixar bem claro que, depois das inscrições, ainda haverá um processo de seleção.”

 

MEC quer trocar matérias por áreas temáticas

O Ministério da Educação pretende acabar com a divisão por disciplinas presente no atual currículo do ensino médio, o antigo colegial. A proposta do governo é distribuir o conteúdo das atuais 12 matérias em quatro grupos mais amplos (línguas; matemática; humanas; e exatas e biológicas). Na visão do MEC, hoje o currículo é muito fragmentado e o aluno não vê aplicabilidade no programa ministrado, o que reduz o interesse do jovem pela escola e a qualidade do ensino. A mudança ocorrerá por meio de incentivo financeiro e técnico do MEC aos Estados (responsáveis pela etapa), pois a União não pode impor o sistema. O Conselho Nacional de Educação aprecia a proposta hoje e amanhã e deve aprová-la em junho (rito obrigatório). O novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que deverá substituir o vestibular das universidades federais, será outro indutor, pois também não terá divisão por disciplinas. (FSP).

 

DO LEITOR

 

Festival de música ignora regulamento

E-mail recebido: “No regulamento do “1º Atalaia Festival, tons e sons de Sergipe”, uma promoção do Sistema Atalaia de Comunicações, através da TV Atalaia/Record, está expresso bem claro no espaço referente às inscrições: “a música deve ser enviada em mp3, a capela, acompanhada por violão ou piano, com letra e melodia bem destacadas” (parágrafo IV, art. 7). Entretanto nota-se em algumas músicas classificadas, a exemplo de “Blues da Alma”, “Riquezas de Sergipe”, “Do início ao fim”,  “Lamento de um sertanejo”, da categoria Terra, a presença de outros instrumentos como bateria, baixo, guitarra, entre outros. As músicas estão à disposição para serem ouvidas na página do festival.

 

 

Elogios a e-mail publicado

Do leitor José dos Santos:”Fiquei feliz em lê o e-mail do leitor Edilson na edição de do dia 30/4, de seu blog. Pensava que só eu observava isso na pobre, comprometida e interesseira imprensa sergipana, salvo as raras exceções, que graças ao bom Deus ainda existem!! Pelos meus poucos conhecimentos, a imprensa deve abordar temas de interesse coletivos de uma maneira geral, e não de determinados segmentos ou categorias, por mais representativos que sejam, pois a razão deles existirem é a sociedade, e não ao contrário.  Mas infelizmente interesses políticos eleitorais estão desvirtuando o verdadeiro papel do comunicador, seja ele jornalista ou radialista. Sei que é utópico se falar numa imprensa independente, mas a gente não percebe um mínimo de esforço dos comunicadores no sentido de demonstrar para o público que eles estão a serviço da população. Ao contrário, jornalistas e radialistas fazem questão de deixar claro que eles quando não são salvadores dos pobres e oprimidos, são aliados de fulano,beltrano ou cicrano, como queiram. É normal ter uma preferência política, mas espera-se do comunicador que quando ele estiver exercendo essa função tão nobre e importante para a sociedade, ele deixe de lado às preferências políticas partidarias e principalmente os interesses eleitorais, e passem a abordar temas que ajudem a melhorar a condição de vida da maioria da população e não de algumas categorias de servidores públicos, ou de interesses pessoais.! Para o bem da imprensa, peço a Deus que apareçam outros leitores com a consciência  de Edilson!!”

 

Itaporanga tomada pela insegurança

E-mail recebido: “Acompanho diariamente aqui em seu blog sua preocupação com a segurança publica e trago a seu conhecimento para que se torne publico o descaso que se encontra a cidade de Itaporanga D Ajuda distante 29 km de sua capital Aracaju esta passando por um péssimo momento, de um lado o senhor Prefeito Drº Cesar Mandarino pede a população paciência por ter recebido uma prefeitura mergulhada em divida por outro lado a sua antecessora a ex-prefeita Gracinha afirmar que entregou todas as contas saneadas, fica entre os dois uma briga política partidária e a população é quem sofre. Agora a falta de segurança publica toma conta de toda população e ate mesmo dos policiais, semana passada a ousadia dos bandidos foi tanta que renderam um policial, o trancaram em uma cela, e saíram como se nada estivesse acontecido, a população clama por segurança que os poderes constituídos possam de uma forma rápida e urgente conter esse descaso que se encontra a segurança publica, a impressão que temos é que estamos vivendo em um toque de recolher, pois a população não mais pode sentar na porta, nem, mas ir às praças, pois temos que algo de ruim aconteça, o clima de insegurança é tanto que em um loteamento denominado de Morro troca de tiros tornou-se pratica comum entre policiais e bandidos e a população tornou-se refém dos mesmos. É preciso que os administradores públicos façam algo pra que a paz volte a reinar em nosso município, que a população comece a denunciar, pois o índice de violência aumentou em virtude do alto consumo de drogas, que toda a sociedade, estado, os seguimentos religiosos possam se unir para um bem comum que é o retorno da paz em nosso município”.

 

Mais do mesmo

Do leitor Edilson: “O ex-governador João Alves Filho tem demonstrado em suas últimas entrevistas e declarações, que continua exatamente o mesmo. Quem chegar a Sergipe e houvir suas entrevistas, pode até pensar que aqui vivia-se no paraíso durante o governo passado, e só não foi melhor por conta das “perseguições” que o ex-governador sofreu. Tendencioso, é capaz de atribuir máxima importância à faraônica ponte Aracaju/Barra, que é, sem sombra de dúvida, tão grandiosa quanto sub-utilizada, na mesma proporção em que menospreza a recuperação da infra-estrutura rodoviária do estado, que ele abandonou em seu último governo. O mais interessante é a insistência no tema da transposição das águas do Rio São Francisco, logo ele que, em três governos, não realizou uma única obra no sentido de preservar o”Velho chico”. Por fim, agora cruza os dedos para que a justiça eleitoral julgue logo e, de preferência, casse o mandato do atual governador, na mesma proporção em que reza para que a justiça comum seja lenta para processar e julgar os envolvidos na “operação Navalha”. É mais do mesmo “Doutor João”.

 

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Frase do Dia

“Eu penso 99 vezes e não chego à conclusão alguma, mas, quando paro de pensar, surge a verdade.” A. Einstein.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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