Crianças continuam nascendo com HIV

A pobreza é um dos fatores de risco
Na semana onde se comemora o Dia da Criança, é importante que a sociedade não fique indiferente a um grave problema de saúde pública: o nascimento de crianças com o HIV. A maioria dos casos de crianças que se infectaram com o HIV, a transmissão foi vertical, que ocorre da mãe para o feto ainda no período de gestação, durante o parto ou na amamentação do bebê.

Prevenção da Transmissão Vertical
Esta transmissão pode ser evitada pois estão disponíveis, através do SUS, todos os recursos para a prevenção, desde o preservativo que evita a transmissão do HIV nas relações sexuais durante a gravidez, o teste rápido para diagnóstico no pré-natal ou antes da própria gravidez, para a mulher e seu parceiro, medicamentos que reduzem a carga viral do HIV, e consequentemente, reduzindo a possibilidade de transmissão do vírus para o bebê e a alternativa de realização do parto cesariana. Ainda estão disponíveis medidas para evitar a transmissão pelo aleitamento materno, inibindo a lactação, usando a fórmula infantil, no lugar do leite materno e também evitando o aleitamento cruzado. Na maioria das vezes, em gestantes diagnosticadas no pré-natal e que começam o tratamento com antirretrovirais ou que sabem ter o HIV e também já usam tais medicamentos, as chances de transmissão para o filho são baixas, em torno de 1%

O Número de Crianças que nascem infectadas está em queda no Brasil
Segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o número de crianças menores de 13 anos infectadas por HIV diminuiu 47,2% em dez anos, Embora o panorama seja positivo, o objetivo do Brasil é reduzir as estatísticas até zerá-las.

O HIV acomete mais crianças pobres
Em vários trabalhos publicados no Brasil, percebe-se a concentração de casos de crianças vivendo com HIV/AIDS em regiões de maior pobreza, o que evidencia a relação entre AIDS e as condições socioeconômicas  No contexto da transmissão vertical, a maior ocorrência também é em regiões menos favorecidas.

Diversos fatores conduzem para essa vulnerabilidade, tais como a dependência do cuidado para diagnosticar precocemente o vírus durante a gestação e após o nascimento, fornecimento do tratamento antirretroviral e acompanhamento nos serviços de saúde; o sistema educacional (creches/escolares) e as condições de pauperização.

A correlação dos casos de HIV/AIDS em crianças com a pobreza evidencia a necessidade de intervenções voltadas à saúde e melhoria das condições de vida. Tais informações constituem importantes ferramentas para subsidiar políticas e práticas de promoção da saúde que possibilitem a identificação de áreas de maior vulnerabilidade à infecção pelo HIV, com vistas ao direcionamento de intervenções mais efetivas.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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