Crime ambiental

O Ibama e o Pelotão Ambiental da Polícia Militar precisam adotar providências para coibir o transporte ilegal de ‘animais silvestres’ escondidos em malas pretas. Os representantes da nossa fauna são amontoados em pacotes e escondidos nas malas dos carros até chegar ao destino: o bolso do eleitor desinformado, que vende o voto em favor candidatos a cargos eletivos. Apesar da incansável fiscalização da Polícia Federal e Procuradoria Regional Eleitoral, os traficantes de ‘animais silvestres’ prometem transportar milhões deles, principalmente na calada da noite. São bichos como Garças (R$ 5), Araras (R$ 10), Micos-Leão-Dourado (R$ 20), Onças (R$ 50) e Garoupas (R$ 100), embora esta última em menor quantidade. A Tartaruga (R$ 2) é menos traficada pelos candidatos mala-preta, pois o eleitor tem pouco interesse por ela, devido seu baixo valor de mercado. É preciso adotar providência contra a compra de votos para que as eleições não continuem sofrendo a nefasta influência do dinheiro. Por dever de justiça, vale ressaltar que os políticos mala-preta não são responsáveis pela extinção do Beija-Flor (R$ 1).

PSOL invocado

A coisa está feia para a candidata a governadora Avilete Cruz (PSOL). Tudo porque a moça decidiu discordar publicamente de posicionamentos do partido. A casa caiu mesmo para Avilete depois que ela chamou a presidenciável Dilma Rousseff (PT) de terrorista, assaltante de banco e assassina. Ontem, o PSOL decidiu pedir a impugnação do registro da candidata e, logo mais, seus dirigentes concedem entrevista coletiva para firmar posicionamento contra a aliada. Também vão aconselhar o voto nos candidatos a governador do PCB e PSTU, respectivamente, Leonardo Dias e Vera Lúcia.

Corda bamba

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Arnaldo Versiane, indeferiu a candidatura de Rogério Carvalho (PT) à Câmara Federal. Atendeu denúncia da Procuradoria Regional Eleitoral, que denunciou o petista como ‘ficha sujo’. Rogério é acusado de ter cometido improbidade administrativa no período em que exerceu o cargo de secretário da Saúde de Aracaju. Carvalho prometeu recorrer contra a decisão monocrática do ministro e reafirmou sua candidatura. Caso o pleno do TSE acate a impugnação, os votos dados a Rogério serão considerados nulos.

O título já era

Por oito votos a favor e dois contra, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o título de eleitor não é necessário na hora de votar, desde que o cidadão apresente um documento oficial de identificação ao mesário. E mais, se o eleitor chegar na seção portando apenas o coitado do título, não poderá votar, pois este documento não o identifica. Para alguns magistrados e advogados, a decisão do Supremo praticamente aposentou o título de eleitor

Compra de votos

Veja o que escreve hoje a colega Rita Oliveira em sua coluna no Jornal do Dia: Um ex-deputado afirmou que em Sergipe uma campanha de senador está custando em torno de R$ 100 milhões. “Só o apoio de um vereador entre 200 e 300 votos custa R$ 50 mil. Além disso, têm prefeitos que receberam muito dinheiro para apoiar um candidato. Um deles botou no bolso R$ 1,2 milhão e um outro algo em torno de R$ 2 milhões”. O povo devia dar um basta nesse tipo de político que acha ser possível comprar a consciência alheia para garantir um mandato visando se locupletar.

Saques liberados

A Procuradoria Regional Eleitoral não conseguiu que a Justiça proibisse saques bancários acima de R$ 20 mil. A idéia era impedir que candidatos sacassem dinheiro nesta sexta-feira para comprar votos amanhã e no dia da eleição. Em seu voto, o juiz José Anselmo de Oliveira argumentou que a não existência de fatos e situações que motivassem a proibição. Ademais, alegou o magistrado, a medida alcançaria não apenas os candidatos, mas todas as pessoas que possuem dinheiro nos bancos.

Grande carreata

O candidato à reeleição, deputado estadual Garibalde Mendonça (PMDB), organizou ontem à noite uma carreata gigante, que percorreu várias ruas e avenidas de Aracaju, terminando na Orla de Atalaia. Os aliados do peemedebista festejaram o sucesso da careada e afirmaram que a participação popular na campanha de Garibalde mostra que os sergipanos aprovam a sua atuação na Assembléia Legislativa.

Evite beber

Conselho da coluna: evite beber antes de votar nas eleições de domingo. Depois de exercer a cidadania, você pode encher a cara, desde que não seja em locais muito próximos das sessões eleitorais. Também vale ter cuidado para não dirigir depois de tomar umas e outras, pois a Polícia Rodoviária estará de olho nesse tipo de motorista irresponsável, que insiste em colocar em perigo a vida dos outros.

Boa sorte

A coluna parabeniza os candidatos pelo elevado nível da campanha eleitoral. Todos souberam respeitar os adversários, evitaram a baixaria e cumpriram, na maior parte dos casos, as orientações da Justiça Eleitoral. Também merecem elogios os integrantes da Procuradoria e do Tribunal Regional Eleitoral, que não mediram esforços para impedir irregularidades comuns nesta época. O povo fez o seu papel, participando de caminhadas, carreatas e comícios. Boa sorte a todos os candidatos e que a eleição em Sergipe seja tranqüila. Que vençam os melhores!

Do baú político

Em 1974, o ex-governador Leandro Maciel (Arena) não ouviu os amigos, que achavam seu discurso ultrapassado, e lançou-se candidato à reeleição para o Senado. O MDB apresentou o jovem médico Gilvan Rocha. No livro ‘A Tutela Militar em Sergipe 1964/1984’, o professor Ibarê Dantas escreve o seguinte: “Leandro Maciel, além de mostrar a condição física de seus 78 anos de idade, a gesticulação, o timbre de voz e o discurso indicavam inadequação às exigências da apresentação na TV. Do outro lado, o médico Gilvan Rocha, com apenas 42 anos de idade, sóbrio e de boa aparência, gestos disciplinados no exercício do magistério e apropriados para ambientes frios, com boa dicção diante das câmaras de TV, comunicava e persuadia. Abertas as urnas, o candidato do MDB obteve grande vantagem”. Gilvan conseguiu 103.454 votos, contra 86.504 obtidos pelo caudilho Leandro Maciel que, em função da derrota, “aposentou-se” para a política.


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