Cuidados com a saúde sexual no verão

Com a chegada do verão, o momento se transforma em uma grande festa. As pessoas saem mais, bebem mais, ficam mais alegres e receptivas para conhecer outras pessoas, frequentando um número maior de locais do que em outras épocas do ano.
Não há dados concretos, mas os especialistas afirmam, pelo crescimento da demanda em seus consultórios, que há um aumento dos casos de DST no verão. Nesse período de muitas festas, shows e baladas, as pessoas dormem menos, se alimentam de forma inadequada e esses fatores baixam a resistência do sistema imunológico (sistema de defesa do organismo), o que aumenta a possibilidade de infecções.
Uma das infecções mais comuns nas mulheres é a candidíase vaginal. Os quadros da doença aumentam nas férias de verão, época em que as mulheres frequentam praias ou piscinas, e permanecem muito tempo com roupas de banho úmidas, o que ajuda proliferar os fungos. Cândida ou Monília é um fungo e a candidíase é, portanto, uma micose que aparece quando a resistência do organismo cai ou quando a resistência vaginal está diminuída. Fatores como uso de roupas íntimas que dificultem a evaporação da umidade vaginal, higiene pessoal deficiente, duchas vaginais e relação sexual sem camisinha também contribuem para o aparecimento do fungo.
Os principais sintomas da doença são irritação e ardor vulvovaginal, coceira, corrimento branco e espesso, e desconforto durante a relação sexual. Usar sabonete neutro em banhos diários, e nas relações sexuais, sempre usar preservativo, além de fazer a higiene genital com muito cuidado, evitando o uso de duchas vaginais.
Embora, fisiologicamente, não há nada que comprove um aumento da libido no verão, mas é certo que é para muitas pessoas, o período do verão provoca mudanças no comportamento sexual. Existem pessoas que mudam totalmente o comportamento sexual quando estão em uma festa. Nas “festinhas especiais”, pessoas revelam que sob o efeito do álcool “tudo muda”  e “tudo é possível de acontecer”, mesmo que ocorra o arrependimento no dia seguinte. Existe a revelação de que, sob o efeito das bebidas alcoólicas, as relações sexuais ocasionais são mais frequentes e muitas vezes sem o uso do preservativo. Algumas pessoas discordam do efeito do álcool na sexualidade e questionam: a pessoa muda de comportamento ou faz o que realmente tem vontade, pois perde – literalmente – a noção do risco? Existem homens e mulheres que se soltam mais quando tomam alguns drinks. Polêmicas à parte é importante que as pessoas, não apenas no verão, mas em todas as estações do ano, andem sempre com o preservativo.
Para aqueles mais conservadores, é importante lembrar que andar com camisinha não é um “incentivo para a promiscuidade”, mas indica uma preocupação com a sua saúde e a do (a) parceiro (a) sexual. É uma questão de elevada autoestima. 
O uso correto e consistente da camisinha previne contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis, Hepatite B e ao vírus HIV (Aids), bem como uma gravidez fora de hora.
Almir Santana – Médico Sanitarista, Gerente do Programa de DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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