(*) Fausto Leite
Política e mídia em tempos de pandemia
O universo político encontra-se imerso pela pandemia que assola nosso planeta. Parafraseando Aristóteles: “… o homem é um animal social…”, notamos que a vida societária é inerente à natureza dos seres vivos que vivem em uma familiaridade social, convivendo lado a lado. Sendo assim os grupos sociais e políticos nascem com mais frequência em ano de eleição e a assim vamos nos acostumando em uma nova técnica de se fazer política, onde o político precisa atingir os grupos sociais, econômicos, culturais, religiosos, de amizade e outros. A política mudou! Basta lembramos das últimas eleições onde deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente desconhecidos foram eleitos sem muita mídia. No caso do presidente Jair Bolsonaro este utilizou apenas um celular para divulgar suas ideias e assim galgou a presidência.
A comunidade digital política já está geograficamente definida, unidas pelos interesses comuns, e são partícipes das condições da mídia digital. O aspecto geográfico não mais interessa, pois as informações chegam em tempo real através das mídias. Quanto ao aspecto psicossocial não mais significa objetivos pessoais, mais objetivos comuns. Todo este processo passa pela sociedade pluralista, e diversidades culturais e étnicas, equilibrada, porém, pela tolerância e pelo respeito mútuo, e unida pelo espírito comunitário. Considero que a mídia digital é uma associação de um grupo político social com objetivos pessoais que burlam a legislação eleitoral com a finalidade que justifique sua existência. Logo, observamos que essa mídia em período de pandemia nada mais que um partido político onde pessoas associadas por ideias e interesses comuns têm por objetivo controlar o poder, bem como as relações entre os governantes e governados.
Enxergo que a legislação eleitoral não acompanhou a evolução digital, pois vemos absurdos nas redes sociais e sem a efetiva aplicação da lei, principalmente nos tempos pandêmicos. Recentemente o prefeito Marcos Santana, de São Cristóvão, publicamente pediu votos explicitamente com a seguinte fala: “… há muitos sonhos a serem realizados e esses sonhos não cabem em quatro anos … que esses sonhos não podem ser sonhados por uma única pessoa… vamos continuar juntos nas ruas porque o nosso povo tem certeza do nosso trabalho…”. Mas até agora nada aconteceu e situações como estas precisam de uma punição mais rigorosa, mas ainda não há nos Tribunais Eleitorais núcleos que possam acompanhar de forma mais efetiva esses tipos de infração eleitoral.
O exemplo acima é um dos mais simples trazidos à baila, pois há mais pedidos de votos nas redes sociais e grupos que culturalmente não s ao observados valores, padrões, modelos e normas que alicercem os grupos sociais são ditados pela cultura vigente e dominantes das mídias. A política sem dúvida é considerada como arte, objetivos, atividades, filosofia e ciência, ligando-se, portanto ao conceito de poder, mas um poder de “poderosos” que teimam em infringir a legislação. Por isso é que comunicação digital não passa de um processo dialógico, por meio do qual sujeitos interagem pela linguagem e pela ação, visando um entendimento.
ILHA DAS FLORE: CRISTIANO EX-BELTRÃO FORA. O afastamento do prefeito e a vice de Ilhas das Flores é algo que já aconteceu em diversas prefeituras. Os gestores ainda teimam em continuar com as velhas práticas e acabam sendo punidos. Pintar bens públicos e ruas da cidade da cor do partido é infração eleitoral – abuso do poder econômico. Igual a Cristiano um ex gestora de Ribeirópolis foi punida pela mesma causa.
MUNICÍPIOS EM GERAL. O estado pandêmico traz inovações nas leis licitatórias e precisam serem seguidas à risca e respeito a probidade administrativa. Muitos gestores ficam de mão algemadas no que se diz à estas compras, pois o Ministério Público que já interfere por demais nas administrações municipais estão de olho nos certames.
SÃO CRISTÓVÃO. ARMANDO DESISTE E ADILSON JÚNIOR AVANÇA. A política da cidade histórica de São Cristóvão não entrou no clima de pandemia. Sendo cobiçada por todos graças aos royalties de petróleo – conquista de Armando Batalha – terá uma eleição movimentada. Por lá temos Betão do Povo, Gedalva, Carlos Vilão, Aramando Batalha (desistente, mas apresentará o neto), Adilson Júnior e o atual prefeito Marcos Santana que vai à reeleição. Conversa de bastidores indicam uma possível união da oposição contra a situação, graças a falta de tato de Marcos com os munícipes. Enquanto isso o vice-prefeito, Adilson Júnior, irmão do deputado Fábio Henrique tem conquistado apoio de lideranças.
PORTO DA FOLHA: TOQUE DE RECOLHER. O prefeito Miguel Neto tomou acertou na decisão de declarar toque de recolher na cidade de Porto da Folha das 21 horas até à 4 horas da manhã. Este exemplo deve ser seguido por todas os municípios sergipanos, pois o que vemos é um verdadeiro desrespeito e aglomeração de pessoas. Parabéns Miguel!
Boa semana e que Deus nos abençoe!
(*) Fausto Leite é advogado, jornalista e professor, pós-graduado em Metodologia da Ciência, Direito Eleitoral, Direito Ambiental, Direito Processual Civil, Mestrando em Direitos Humanos, Mestre em Ciência Políticas e Governação Pública e Doutorando em Direito Constitucional. E-mail: faustoleite@infonet.com.br. Fone: 79 9.9838-8338.