2009 é um ano rico de datas sergipanas, cada uma com seu significado, mobilizando o interesse fixado nas possíveis promoções que divulguem, estudem, concorram para formar uma memória permanente. Todos os anos são grandes as listas das datas maiores da sergipanidade, mas nem sempre os vultos são evocados, sacudida a poeira do esquecimento e renovada a linguagem das produções e atitudes que adornam o perfil de cada um, no contexto de suas militâncias e fazeres. No entanto, é preciso insistir no compromisso perene da sociedade com seus alicerces, valores, suas artes e sua cultura, como forma de fixar a memória social, que dá identidade. As datas sergipanas já estão correndo na folhinha de 2009, abrindo o ano com o Sesquicentenário de Nascimento do jornalista, jurista e magistrado Gumercindo Bessa, nascido em 2 de janeiro de 1859. A ele seguem-se, no dia 18 de fevereiro o Centenário de Nascimento do professor e desembargador Waldemar Fortuna de Castro e o Centenário de Morte do Visconde de Maracaju ( Marechal Rufino Enéas Gustavo Galvão). E vai, o desfilar das datas:com o Cinquentenário da Morte do médico José Tomás d’Ávila Nabuco, em 21 de fevereiro. Em março, no dia 27, o italiano Nicolau Pungitori, que fundou o Teatro Carlos Gomes, depois transformado no célebre Cine Teatro Rio Branco, completa 100 anos de morto. No mês de maio ocorre o Centenário de Morte do político Leandro Ribeiro de Siqueira Maciel, no dia 13, e o Centenário de Nascimento, no dia 14, do artista plástico Artur Bispo do Rosário. Junho começa com o Sesquicentenário do historiador Francisco Antonio de Carvalho Lima Júnior, no dia 4, continua com o Sesquicentenário de Nascimento do médico e político José Rodrigues da Costa Dória, no dia 25, e termina com o Sesquicentenário de Nascimento do também médico e político Manuel Batista Itajahy, no dia 28. Em agosto, no dia 29, transcorre o Sesquicentenário de Nascimento de Manoel dos Passos de Oliveira Teles, jornalista e magistrado. No dia 6 de setembro, há 150 anos, morreu o Frei José de Santa Cecília, poeta e compositor, nascido há 200 anos. O dia 8 de setembro marca o Centenário de Nascimento de Edelzio Vieira de Melo, médico e político. No dia 18 de setembro o Barão de Maroim – João Gomes de Melo – completa 200 anos de nascido. No mês de outubro três datas: a visita do Imperador Pedro II a Sergipe, particularmente as cidades, vilas e lugares da margem sergipana do rio São Francisco; o Centenário do Clube Esportivo Sergipe, no dia 17 e o Centenário de Nascimento do médico Lourival Bonfim, no dia 22. No dia 20 de novembro o professor Florentino Teles de Menezes tem os 50 anos de sua morte anotado. Outras datas complementam a importância de 2009 para os sergipanos: o empresário Pedro Paes Mendonça completa 100 anos de nascido, o Colégio Tobias Barreto e a antiga Escola de Aprendizes Artífices, depois denominada Escola Técnica Federal, hoje CEFET, completam 100 anos. O ano de 1859 viu ser construída a Ponte do Imperador, para no dia 10 de janeiro de 1860 receber o Imperador Pedro II e sua comitiva, em visita a Aracaju e a outros pontos da Província de Sergipe. Assim, o cartão postal da cidade completa 150 anos, sem perder a beleza, a graça, o charme, que encanta os aracajuanos e os visitantes.
A falta de uma política cultural no Brasil leva a que se recorra a eventos, como se viu, em 2008, com Machado de Assis, que foi revisitado em sua obra literária, ao ensejo do Centenário de sua morte no Rio de Janeiro, onde nasceu. As novas gerações tiveram a bela oportunidade de ler Machado de Assis, acessando a um universo criativo refinado, e tomando identidade com cenários, tramas, psicologia, hábitos, costumes, vícios, modos de viver da gente brasileira que o autor retrata em sua vasta produção, quase toda reeditada. Em Sergipe não é diferente, e mesmo sendo útero de figuras grandiosas da inteligência e da cultura do País, é sempre no trato das efemérides que um ou outro nome aflora, motivando registros, no contexto histórico que valoriza as contribuições dos sergipanos. 
Ponte do Imperador
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