Que a polícia de Sergipe chegaria a Pipita, cedo ou tarde, ninguém tinha dúvida. Porém, o cerne da questão não é o fim do clima de terror causado por um menor na região Centro-Sul do Estado. É preciso que este caso seja estudado profundamente pelas autoridades constituídas. Não basta dizer que tudo voltará ao normal com a morte de Pipita. Ou será que alguém tem dúvidas de que aparecerão vários outros “Pipitas” em todo o Estado? Ou melhor, de quantos “Pipitas” Sergipe precisará para que a segurança pública seja tratada de maneira correta? Este espaço lembrou na semana passada que o município de Tomar de Geru, onde Pipita surgiu, passou mais de um ano sem delegado e com um contingente mínimo de policiais. Ou seja, a total ausência da segurança pública no município. Aliás, este quadro é real em outros municípios. Este Jornalista chegou a ser processado, quando na extinta Gazeta de Sergipe, escreveu que o advento dos delegados de carreira tinha alguns erros graves. Este jornalista sempre defendeu o concurso público, porém entende que algumas autoridades, como por exemplo, delegado e juiz precisam de uma interação maior com a comunidade em que trabalha. Está claro que nos últimos meses o atual governo investiu na segurança pública como nunca. Porém um ponto é essencial: o investimento nos profissionais que trabalham na segurança pública. Enquanto policiais viverem com o segundo emprego não adianta. Aliás, o “bico” neste caso é o trabalho nas policiais civil e militar. Onde, muitos deles dão o expediente com sono e sem condições reais de trabalho. A grande maioria faz “bico” por conta dos baixos salários. Já uma pequena parte, esta nociva, é por participar da chamada banda podre. Esta minoria deve ser extirpada da segurança pública. Está claro também que em todo mundo o modelo da segurança pública aproximada aos grupos sociais é o caminho mais curto. Esta gestão comunitária foi iniciada em Sergipe com o então secretário Wellington Mangueira, mas com a saída dele o modelo praticamente acabou e vem sendo retomado nos últimos meses. Somente uma gestão da segurança pública sintonizada com as demandas da sociedade pode fazer a reformulação necessária neste modelo arcaico e viciado que existe. Porém o primeiro passo é a melhoria salarial para os profissionais da área. Para que depois a cúpula da SSP possa cobrar resultados efetivos. É preciso alertar também que a sociedade tem sua parcela de culpa. É a pura verdade. Grande parte se limita apenas a assistir a tudo e criticar. A violência e a criminalidade provocam uma aversão grande onde a grande maioria da sociedade se comporta como se não fosse um problema dela, apesar de atingi-la frontalmente no seu dia-a-dia. É preciso que haja essa interação entre a segurança pública e a sociedade e o primeiro passo é uma gestão comunitária. Mas para que a sociedade comece a fazer a sua parte precisa ter a certeza que existe na verdade uma gestão efetiva na segurança pública de Sergipe. E por enquanto a cúpula da SSP está devendo, talvez por continuar com os mesmos erros do passado, por conta de pessoas que não têm o interesse efetivo nas mudanças. Está na hora do secretário Kércio Pinto mostrar realmente qual a gestão que pretende para a segurança pública em Sergipe. Sem gestão, os “Pipitas” aparecerão de todas as formas e em todos os lugares, para mostrar que a segurança pública em Sergipe é frágil e que precisou montar uma mega-estrutura para “acabar” com um problema que poderia ter sido cortado não raiz. Uma frase do escritor e filósofo norte-americano, Ralph Emerson: “Não siga a estrada apenas; ao contrário, vá por onde não haja estrada e deixe uma trilha.” Já passou do momento da cúpula da SSP mostrar um novo caminho. Aliança do PSDB e do PT em Aracaju Deu na coluna Painel da FSP, de ontem, 23: “Só love. Na contramão, os casos da outrora impensável aliança com o PT vão se multiplicando. Em Aracaju (SE), tanto o governador petista Marcelo Déda quanto os tucanos liderados por Albano Franco devem dividir o palanque em apoio à reeleição de Edvaldo Nogueira (PC do B)”. Difícil ser oposição Em recente entrevista à imprensa local, o deputado federal José Carlos Machado (DEM) demonstrou como é difícil ser oposição quando o governo acerta. Ao tratar do tema reforma tributária, ele afirmou que “à primeira vista pode ser bom para Sergipe, mas ruim para São Paulo e Minas Gerais”. Pergunta-se: o parlamentar foi eleito por qual Estado? Mais à frente, demonstrando desconhecer em detalhes o assunto, o deputado diz que os Estados produtores de petróleo e energia elétrica estariam sendo contrários à reforma proposta pelo governo federal, quando ocorre exatamente o oposto: esses produtos, hoje 100% tributados no destino, passariam a deixar 2% do ICMS no Estado de origem, beneficiando os produtores, novamente ponto favorável para Sergipe que exporta os dois produtos. Albano: este nunca será oposição Na coluna do jornalista Luiz Eduardo Costa, no Jornal do Dia do último domingo o deputado federal Albano Franco anunciou: não é eleitor cativo de João Alves. Aliás, Albano não é eleitor cativo de ninguém, até porque desde que ingressou na política nunca foi oposição. Mudou de partido por várias vezes e hoje já é situação em Sergipe. E não duvide: se João Alves voltar ao poder algum dia certamente ele votará a ser eleitor cativo do ex-governador. Distribuição de peixes em Laranjeiras I O blog recebeu diversos e-mails criticando a decisão do juiz de Laranjeiras, José Amintas Noronha através de pedido do promotor, Walter César Nunes, de não ocorrer a distribuição de peixes (20 mil quilos) como ocorre anualmente através da Prefeitura de Laranjeiras. Segundo nota publicada no JC as autoridades explicaram que não proibiram a distribuição, mas como é ano eleitoral alertaram para a necessidade de um programa social na Prefeitura e que os recursos estejam previsto no orçamento do ano anterior. Distribuição de peixes em Laranjeiras II O blog lembra que nos anos anteriores a distribuição foi feita e com ampla publicidade em jornais e até nas redes de televisão. Será que o gestor anterior foi punido ou cumpriu rigorosamente toda legislação? Este jornalista entende como de papel fundamental o trabalho do Ministério Público e da Justiça, mas lamenta que em cada município as autoridades tomem decisões diferentes. Por exemplo: os nomes de pessoas vivas em prédios públicos. Em alguns municípios o promotor proíbe e a Justiça manda retirar. Em outros continua tudo igual. Um exemplo claro: Aracaju. Aliás, a Procuradoria Geral do MP deveria baixar uma norma para todos. Já pensou acabar com os nomes de autoridades vivas nos prédios públicos de Sergipe? Será que a lei não vale para todo mundo? Distribuição de peixes em Laranjeiras III Segundo a Prefeitura, foi feito um cadastro. Esses peixes iriam beneficiar 2 mil famílias, ou seja, cada família ia ser beneficiada com 2 kg de peixe para a Semana Santa, sendo que esta é uma tradição a mais de 20 anos, ou seja, todos os prefeitos que por ali passaram, fizeram essa caridade e gesto humanitário. E não é diferente em outros Municípios do interior de Sergipe, como foi em Capela e outros. No caso de Capela, apenas vetou a presença do prefeito Sukita no local de distribuição, decisão correta para que não possa fazer promoção pessoal. Uso eleitoral do PAC é tema delicado, diz Ayres Britto O futuro presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, avalia que a Justiça Eleitoral terá um assunto “delicado” pela frente. Segundo ele, o eventual desequilíbrio na disputa pelas prefeituras provocado por novas obras financiadas pela União terá de ser analisado caso a caso a partir de 5 de julho. Essa é a data fixada por resolução do TSE para o bloqueio de repasses voluntários de verbas da União para Estados e municípios. A limitação atingiria novas obras do PAC caso Lula não tivesse promovido uma mudança na lei, tornando obrigatórios os gastos em obras consideradas prioritárias. “Prefiro aguardar”, disse o ministro. Ele também será chamado a analisar no STF, ação direta de inconstitucionalidade apresentada pela oposição contra os gastos do PAC em ano eleitoral. Britto prevê que esse caso “vai transitar num fio de navalha” e exigirá muita ponderação dos colegas. De um lado, diz, é preciso levar em conta que há eleições a cada dois anos. “Há muitas obras que precisam ser feitas. E não se pode deixar de perguntar: o país deve parar [em ano eleitoral]?” “De outro lado”, continua, “há a paridade de armas [entre os candidatos] no processo eleitoral e a influência dessas obras no juízo subjetivo do eleitor”. (FSP). Concurso da UFS De um concursado: “Venho informar uma irregularidade a cerca do concurso da UFS, no tocante ao acesso ao cargo de Secretariado Executivo, que pede como pré-requisito o Curso de graduação em secretariado executivo (o que seria normal) ou letras. isso mesmo letras! gostaria de saber de quem foi a magnífica idéia de colocar letras como requisito para investidura no cargo, já que o cargo é de Secretariado executivo, que é regido pela Lei nº 7.377, de 30 de setembro de 1985, e onde tem-se a descrição sumária do cargo: Assessorar direções, gerenciando informações, auxiliando na execução de tarefas administrativas e em reuniões, marcando e cancelando compromissos; coordenar e controlar equipes e atividades; controlar documentos e correspondências; atender usuários externos e internos; organizar eventos e viagens e prestar serviços em idioma estrangeiro. Assessorar nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. até onde eu sei (desculpe-me se estiver enganado) o curso de letras não possui nem 80% das atribuições do Secretário Executivo e nem da descrição sumária do cargo, sendo que do jeito que vai a UFS. vai aceitar diploma de veterinário para exercer o cargo de médico”. Celi é destaque na Istoé Dinheiro O trabalho realizado pelo Instituto Luciano Barreto Junior, proporcionando cursos para jovens sergipanos foi destaque na revista Istoé Dinheiro. Em nota na revista de circulação nacional o trabalho social realizado pela construtora Celi, através do Instituto foi elogiado como referência para outras empresas. A revista citou o trabalho realizado nos cinco anos de existência do ILBJ que já formou cerca de cinco mil jovens com cursos na área de inglês, matemática, português, informática e relações humanas. Irregularidades em licitações em Canindé I Da direção do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Canindé de São Francisco: “No dia 21 de fevereiro do corrente ano, às 9h20, foi protocolado no Ministério Público Estadual denuncia de irregularidades na Administração Pública do Município de Canindé de São Francisco. As denuncias em questão se referem a realização de obras públicas em execução e já executadas. As denuncias de irregularidades foram apresentadas por um funcionário que atuava na função de projetista e foi nomeado com o Cargo em Comissão de Secretário de Gabinete. E logo depois a denuncia o Cargo Comissionado em questão foi exonerado após as denúncias. A denuncia não foi apresentada ao Ministério Público como apenas um Pessoa física. Ela foi apresentada através do PSOL o qual Isak Sandes Santos é filiado e, também, Presidente do mesmo”. Irregularidades em licitações em Canindé II Trecho da denúncia: “No ano de 2005 após ter sido contratado tomei conhecimento de irregularidades na carta convite nº 024/2005, contrato nº 368/2005. Onde o atual Prefeito Orlando Porto de Andrade pediu ao empreiteiro que solicitasse um aditivo financeiro de 47,90%, o valor do contrato foi de R$ 143.717,00 e o valor aditivado de R$ 68.840,90. A obra era de serviços de manutenção da pavimentação na malha viária e urbana na sede do município. No contrato, segundo levantamento feito pela Sec. de Obras seriam necessários 1.600m² de remoção e reposição de pavimentação em paralelepípedos ou pré-moldado de concretto de 1.400m de remoção e reposição de meio-fio. No aditivo foi acrescentado mais 4.089,10m² de remoção e reposição de pavimentação em paralelepípedos ou pré-moldado de concreto e 230m de remoção e reposição de meio-fio. O que daria para calçar uma rua com mais de 680m de comprimento. Na ocasião tirei algmas fotos que provam que não necessitaria desse aditivo financeiro pois a especificação do contrato já era suficiente. As ruas que foram aditivados os serviços tinham em média 450m² de remoções e reposição de pavimentação, uma pela outra. O que é estranho todas as ruas quase com os mesmos m² de remoções e reposição de paralelepípedos.” Irregularidades em licitações em Canindé III Continua a denúncia do sindicato: “Nós da Direção do SINDISERVE-Canindé não podemos deixar que tais denuncias caiam no esquecimento. É preciso que o Ministério Público investigue e vá a fundo, pois, há indícios de corrupção e se comprovada a veracidade dos fatos listados na denuncia que os atores deste episódio sejam punidos e devolvam aos cofres públicos os prováveis desvios.” Diz o Presidente do SINDISERVE-Canindé Edmilson Balbino Santos Filho. “Um outro fato é que o denunciante se coloca como Projetista e nomeado com o Cargo de Secretário de Gabinete que é um cargo em comissão e que deveria exercer funções de direção, chefia e assessoramento. Portanto, constatamos aí, mais uma vez, desvio de função no serviço público em que cargos em comissão ocupam lugar dos Cargos de Carreira.” Elogios a atuação da SMTT no Siqueira Campos De um leitor: “Vamos cobrar quando tem que ser cobrado e aplaudir quando tem que ser aplaudido. Assim agradeço primeiramente a este espaço que tenho um carinho muito grande e confessar que sou um leitor assíduo e ao Sr. Samarone. No dia 18, tive uma grata surpresa, logo cedo ao ir ao trabalho dei de cara com os guardas da SMTT no bairro Siqueira Campos. Semana passada neste mesmo espaço, fiz uma reclamação sobre o pandemônio que estava aquele bairro, mais graças a Deus, tudo esta sobre controle. A guardas por todo bairro orientando o transito para garantia e conforto de todos. Valeu!!!”. E-mails recebidos Todos os e-mails recebidos durante os últimos dias serão respondidos e alguns publicados. Este jornalista pede a compreensão dos leitores por conta do grande número de e-mails recebidos durante os últimos dias. Ainda sobre o tiroteiro ao lado da Sefaz. Texto enviado pelo Jornalista Abrahão Crispim Filho: “”Os tiros disparados na última terça-feira 18, não partiram dos seguranças que trabalham na Sefaz e sim de policiais que faziam a ronda pela região, que ao passar ao lado da Secretária, presenciaram os jovens encima da moto que estava sem a placa e fizeram à abordagem. Os jovens não deram ouvidos e continuaram o percurso. Foi aí que ouviu todo o acorrido”. Outro ponto que vale ressaltar, é que a população não irá correr risco de vida com as abordagens dos policias e sim evitar a desobediência que os jovens tiveram, para que não sejam tomadas atitudes que os policiais aplicaram, pois um tiro pode pegar em alguém inocente, não que eles deram pra acertar nos jovens, foram tiros dados para o alto, mas nunca se sabe onde pode parar os disparos”. Frase do dia “Quando tudo parece ter terminado, amanhece outra vez”. Carlos Drummond Andrade.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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