DÉDA SOFREU O ABALO

As últimas pesquisas de opinião realizadas no Es­tado começam a mostrar o que já se esperava: as denún­cias de corrupção, envolvendo integrantes da alta cúpu­la do Partido dos Trabalhadores, em Brasilia, respinga­ram também na imagem dos demais integrantes do par­tido pelo Brasil afora.

Ninguém escapou da sanha destrutiva dos petardos disparados pelo deputado Roberto Jefferson (PTB). Nem mesmo o prefeito de Aracaju, considerado incólu­me a esse tipo de crítica, saiu ileso. Não que o prefeito Marcelo Déda fosse citado entre os denunciados por Jefferson. Longe disso. A trajetóría política e a adminis­tração de Déda continuam, até agora, irretocáveis. No entanto, as denúncias de pagamento de “mensalão” e de outras práticas de corrupção ativa por membros impor­tantes do PT (José Dirceu, José Genoino, Silvio Pereira e Delúbio Soares) fizeram um grande estrago na imagem institucional do partido, causando um abalo até então inimaginável na confiabilidade de seus integrantes. O terremoto em solo petista só não atingiu 7 pontos na Escala Richter porque não feriu mortalmente o presi­dente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Mas chegou perto. Muito perto por sinal.

Os sismógrafos sergipanos (Institutos de Pesqui­sa), apesar da distância fisica de Aracaju do epicentro, registraram o abalo. E os efeitos do tremor começam agora a ser divulgados. Líder absoluto das intenções de voto para o gover­no nas eleições de 2006, Marcelo Déda começa a amargar uma redução de seu favoritismo entre os eleitores. A vantagem que tinha nas pesquisas ante­riores sobre os demais candidatos caiu 9 pontos. O número de indecisos aumentou.

A sorte do PT em Sergipe é que o principal adversário de Déda no ano que vem é o atual governador João Alves filho que, neste seu terceiro mandato, realiza, tal qual Lula, uma administração desastrosa, cheia de abalos que nem a Escala Richter consegue mensurar.

Com tanta roupa suja para ser lavada por am­bos os lados, quem sabe não tenhamos, assim, uma campanha diferente no ano que vem, onde os dis­cursos se restrinjam apenas a propostas concretas e beneficios para a população.
 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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