“Fui eleito para comandar a segurança pública do meu Estado”. A declaração do governador eleito Marcelo Deda (PT) dada ontem a este colunista, mostra à disposição e a preocupação do petista com a área da segurança pública. Ele sabe que a área sempre é o mote principal de várias campanhas políticas, mas em Sergipe a pasta tem diversos vícios que foram enraizados ao longo dos anos, e que precisarão de muito trabalho e habilidade para serem extirpados da Secretaria da Segurança Pública. Deda sabe que a segurança publica não é um problema exclusivo do Estado, mas é um grave problema nacional. Tem a consciência também de que em Sergipe há certas características na forma de gestão da pasta e da construção da política de segurança, que ajudam a transformar a segurança num problema mais agudo do que ele já é. “Uma das minhas primeiras decisões foi priorizar a segurança pública. Priorizar significa que vamos movimentar recursos para a segurança. Significa que não vou vacilar em cortar alguns milhões de publicidade para botar dentro da SSP. Significa em que não vou vacilar no meu objetivo de modernizar as policias militar e civil. Significa que vou respeitar a opinião dos delegados, dos agentes, dos policiais, dos técnicos que atuam na área”, avisa. O governador eleito compreende que existem divergências de métodos e de filosofias dentro da pasta entre gerações distintas de delegados e policiais. ”Agora fui eleito para comandar a segurança pública do meu Estado e vou querer comandar. A polícia não pode ser indisciplinada, não pode contestar a hierarquia e não pode subleva-se contra as diretrizes emanadas daquele que recebeu o voto popular. Não há ninguém mais apto ao diálogo na política de Sergipe do que Marcelo Deda. Até porque gosto do diálogo acredito no diálogo e fui formado no respeito ao diálogo, mas tenho plena convicção que fui eleito para governar. E quem governa tem que decidir e comandar. E não vou abrir mão deste comando. O meu trabalho na segurança pública será, sobretudo de profissionalizar, de reforçar, de estruturar aquela pasta”, explica. Questionado sobre o nome do delegado da Polícia Federal para comandar a SSP, Marcelo Deda disse que tem excelentes referencias dele. “Mas começou um processo tão intenso de forçasão de barra com relação à nomeação dele que de certo modo chegou perto do constrangimento. E quem me conhece sabe que não sou daquele que aceito a política do fato consumado. Acho que este movimento que foi criado aqui termina até queimando e expondo excessivamente um policial, que pelo que sei e pelas informações que tenho é excelente, um homem que tem uma carreira brilhante na Polícia Federal. E de uma hora para outra esse homem é exposto de maneira até exagerada. Algo que pode ser até ruim para ele como profissional”, entende. Deda disse que está examinando primeiramente a situação estrutural da SSP, através de uma equipe de transição com técnicos que ele conhece e que participou da elaboração do seu plano de governo. Estes técnicos estão elaborando o diagnóstico e as sugestões para uma ação emergencial na área e no momento certo vai anunciar o nome que comandará a SSP. “Este nome será uma escolha do governador. Essa pasta é da minha cota pessoal. O único político que vai interferir nesta nomeação chama-se Marcelo Deda Chagas. Esta pasta chegou numa situação que precisamos despartidarizarmos ela, tirar essa história de que ela é influenciada historicamente por deputado a ou b. Vamos transformar essa pasta numa pasta técnica que seguirá as diretrizes que forem tecnicamente discutidas e legitimamente apontadas por quem de direito”, finalizou. Deda é o entrevistado de amanhã O governador eleito, Marcelo Deda (PT) será o entrevistado de amanhã desta coluna. A entrevista aborda temas como a expectativa de assumir o governo do estado, o compromisso da mudança e o relacionamento com a imprensa de Sergipe, entre outros. Pontos que ainda não foram abordados por Deda depois da vitória em primeiro de outubro. OAB: Deda vai votar como um simples eleitor O governador eleito Marcelo Deda (PT), avisou que vai votar hoje na eleição da OAB Sergipe como um simples eleitor. “Vou com a carteirinha na mão. Não vou revelar meu voto nem autorizei a nenhuma das chapas dizer que tem o meu apoio”, avisou o petista. Como governador eleito, Deda está certo em não querer interferir na eleição de uma categoria tão representativa da sociedade e onde tem amigos e aliados nos dois lados. João voltará a falar sobre transição O governador João Alves Filho (PFL) dará uma coletiva hoje, às 8h, no Palácio dos Despachos. O assunto abordado será a transição dos governos. O pefelista publicou nos jornais da capital a carta que encaminhou ao governador eleito Marcelo Déda (PT) na última terça-feira, 14. Nela, João Alves cita que está aberto à transição e que estranhou o questionamento de Déda sobre a dificuldades de iniciar o processo. Aluga-se apartamentos na 13 de Julho E você caro leitor que tem o sonho de morar em algum apartamento luxuoso na 13 de Julho, preste atenção nos anúncios classificados. Um corretor renomado disse que vários apartamentos estão sendo desocupados para que seus proprietários sortudos possam alugar os mesmos a partir de janeiro. É que a mudança do tempo, com muita ventania e chuva forte, deixou alguns sem dinheiro para pagar as altas taxas de condomínio. Eitá terrinha boa. Como diz Albano Franco, aqui todo mundo se conhece, e como… Deputado lembra da lógica da idade Um deputado estadual reeleito – que pediu para que o nome não fosse divulgado por conta de possíveis retaliações – entende que a liminar que sustenta Hildegards Azevedo no cargo de conselheiro do tribunal de Contas do Estado de Sergipe, não passa de uma piada jurídica. O parlamentar lembra que quando alguém pergunta a uma mãe sobre a idade um filho recém nascido à mãe costuma responder da seguinte forma: “Meu filho tem 1 ano e 3 meses”. Isso é a mais pura comprovação de que, uma pessoa que completou 30 anos, no dia seguinte à data de aniversário, passa a ter 30 anos e 1 dia e não apenas 30 anos. Considerando que o ano possui 365 dias, o parlamentar entende que 70 anos, é a denominação de um período de 25.550 dias, que é o resultado de (365 x 70). Portanto, no dia seguinte ao aniversário do conselheiro ele já possuía 70 anos e um dia e não mais 70 anos como estabelece o texto da Lei que prevê o seu afastamento. Para ele tudo tem lógica, mas o certo é que em Sergipe até mesmo a lógica é secundária em relação aos interesses políticos. Pontos críticos no trânsito de Aracaju A SMTT precisa estabelecer critérios para os pontos críticos onde existe a necessidade de agentes para suprir a ausência de semáforos. Dois desses pontos são: O cruzamento das Avenidas Pedro Paes Azevedo com Gonçalo Prado Rollemberg e no encontro da Avenida Pedro Calazans com a Rua Permínio de Souza. Nesses locais, durante alguns dias o agente aparece para auxiliar a desobstrução do grande fluxo de veículos, outros dias o destino da oportunidade de conseguir cruzar a movimentada Avenida fica por conta da sorte dos condutores que por ali transitam. Carimbos para as mesmices na imprensa Antigamente quando a informática ainda não havia se tornado uma realidade nos meios de comunicação, alguns jornais costumavam confeccionar carimbos com as informações do zodíaco, e para quem gostava de ler as informações do seu signo ficava meio decepcionado com as recomendações contidas que expressavam as recomendações dos astros, pois dependia do carimbo que o auxiliar da redação escolhia para aquele dia. A imprensa sergipana está precisando urgentemente mandar confeccionar dois carimbos: Um com as informações sobre a duplicação da BR 101 e outro com a informação de que é proibido denominar prédios públicos com nome de pessoas vivas. Notas sobre essas duas situações são tão constantes que já estão virando folclore. E quem vai tirar os nomes de João Alves, Albano e todos os outros I O juiz de Direito Paulo Marcelo Silva Ledo, da Comarca de Japaratuba, Distrito de Pirambu, julgou procedente pedido formulado em Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público de Sergipe, objetivando a retirada das inscrições (denominações) de prédios públicos que prestam “homenagem” a políticos da região, em afronta aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade albergados na Constituição Federal. Com a decisão do magistrado, o município de Pirambu, através de seu representante legal, terá que remover dentro de 30 dias, as inscrições das fachadas dos seguintes prédios públicos: Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente “Deputada Lila Moura”; Estádio Municipal “Prefeito André Moura”; Creche Municipal “Lara Moura” e Centro Comunitário “Prefeito André Moura”. E quem vai tirar os nomes de João Alves, Albano e todos os outros II Qual a razão do Ministério Público não agir da mesma forma nas várias comarcas, inclusive Aracaju? Isso com relação a prefeito e ao governador. Quando o MP vai agir com relação ao Estado? Do jeito que está sendo feito parece perseguição contra a família Moura. Se está errado lá, está errado em todo Estado. Aliás, dá uma boa pauta para uma matéria nacional. Mostrar o pequenino Pirambu e depois o mercado Albano Franco, o Palácio João Alves Filho, da AL. Apadrinhamento em vários cargos Entre auxiliares de Deda uma certeza: está mais fácil para ele conversar com os novos deputados, mesmo aqueles que não foram eleitos pela oposição do que os antigos, que fazem parte da base do atual governo estadual e têm cargos e mais cargos no Executivo. Tem gente com cargo na diretoria do Ipes, no ITPS, na gerencia do Centro de Convenções, vários na Casa Civil e em outros órgãos. E para fazer a mudança, Deda não vai deixar no cargo diretores que vêm há muitos anos, se sustentando através de apadrinhamento político. É o que se espera… Adivinhação: o que é o que é? Uma adivinhação para o leitor esperto: O que é o que é. Uma corretora paulista que aplica muitos milhões mensalmente e no final da conta depois dos juros, ela recebe sua comissão como é normal, porém outra parte do bolo é distribuída para dois “amigos”?. Frase do Dia “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão”. Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido.
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