Dedo da morte

A imprensa cedeu generosos espaços ao advogado do suposto pistoleiro Alessandro de Souza Cavalcanti, o ‘Billi”, para acusar a Polícia de ter decepado parte do dedo indicador de seu cliente. A ‘tortura’, segundo o preso, foi para obrigá-lo a confessar sua participação no atentado a tiros contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Luiz Mendonça. O motorista deste, cabo da Polícia Militar Jailton Batista levou um tiro na cabeça e que ficou com seqüelas graves. Os delegados negam a acusação e garantem que “Billi” teve parte do dedo decepada por um tiro de pistola quando reagiu a prisão. Sendo verdadeira esta versão, resta ao suposto pistoleiro alegar ter sido vítima de um acidente de trabalho e, como perdeu parte do dedo que usava para exercer a ‘profissão’, requerer ao INSS aposentadoria por invalidez. Isso, claro, se for contribuinte da Previdência Social.  

Fora do páreo  

Os ministros do Supremo Tribunal Federal jogaram um balde de água gelada nas pretensões dos suplentes Gilmar Carvalho (PR) e Tânia Soares (PC do B) de assumir cadeiras na Assembléia Legislativa. Por maioria de votos, os ministros decidiram que suplentes só podem substituir titulares de seus respectivos partidos. Isso significa que, como o PR e o PC do B não elegeram ninguém, Gilmar e Tânia não poderão ser catapultados à condição de deputados, mesmo com o afastamento de um parlamentar da coligação a qual os dois pertencem. 

Roendo unhas 

Enquanto alguns, como o secretário Jorge Santana, só não ficam no novo governo de Marcelo Déda (PT) se não quiserem, outros têm pouquíssima chances de continuar no Poder. Por isso mesmo, tem aumentando o consumo de lexotan. Essa agonia vai continuar até sexta-feira próxima, quando o petista promete anunciar parte do seu novo secretariado. Até lá, setores da imprensa vão continuar ‘plantando’ indicações de nomes e ‘queimando’ aqueles que não são do seu agrado. 

Eleição na Acese 

Os empresários do comércio sergipano vão ás urnas no próximo mês para eleger a nova diretoria da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese).  Publicado sexta-feira passada, o edital convocando o pleito estabelece 24 próximo como o último dia para inscrições de chapas. Alexandre Porto, da Êxito Eventos, já anunciou sua candidatura à cadeira de presidente da entidade, ocupada hoje pelo empresário Sadi Gitz. Por enquanto, a oposição está calada. 

Notícia da Gota 

Nos tabuleiros de acarajé e nos melhores restaurantes de Salvador um produto sergipano se destaca: é a Pimenta Gota, produzida pelo Grupo Maratá e que tem na Bahia o seu melhor mercado consumidor. As deliciosas moquecas servidas no famoso restaurante Sabores de Dadá, no bairro Rio Vermelho, são apimentadas pela apetitosa Gota, que há muito tempo desbancou as ardidas conservas caseiras de pimenta, antes tão famosas na capital baiana. 

Reta final 

O vereador Emmanuel Nascimento (PT) deu um passo importante para se reeleger presidente da Câmara Municipal de Aracaju. Sábado passado, ele convenceu o pedetista Fábio Mitidieri a retirar sua candidatura para apoiá-lo. O petista Robson Viana, contudo, permanece disposto a bater chapa contra Nascimento e tenta convencer o vereador Valdir Santos a desistir da disputa para apoiá-lo. A briga promete e fatos novos deverão surgir até a próxima quarta-feira, quando acontece a eleição para escolher a nova Mesa Diretora da Câmara. 

Prepare o bolso 

O seguro obrigatório de trânsito – conhecido como Dpvat – sofrerá reajuste a partir de janeiro próximo. No caso de automóveis e motocicleta, o reajuste será de 7,83% e, para ônibus e micro-ônibus, o índice de aumento será de 15,04%. O Seguro Dpvat foi criado em 1974, para amparar as vítimas de acidentes com veículos em todo o território nacional, não importando de quem seja a culpa. 

A Justiça é outra 

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, decidiu remeter à  Justiça comum o julgamento da ação civil pública contra a contratação temporária de soldados e bombeiros voluntários pelo governo de Sergipe. Ele também cassou a decisão da juíza da 1ª Vara do Trabalho de Aracaju (SE), que havia deferido liminar vetando essa contratação. O ministro observou que as contratações temporárias para suprir serviços públicos estão no âmbito de relação jurídico-administrativa. Portanto, segundo ele, é a Justiça comum, e não a do Trabalho, competente para julgar o caso. 

Sem queixa 

Apesar de problemas pontuais, a economia sergipana não tem do que se queixar de 2010. Pelo menos é isso que pensa o secretário Jorge Santana, do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia. Ele também comemora o fato de o governo Marcelo Déda (PT) ter atraído, nos últimos quatro anos, mais indústrias do que havia previsto, resultando na geração de algo em torno de 12,8 mil empregos diretos. Na última sexta-feira, o governador anunciou que 14 novas indústrias vão se instalar em Sergipe. 

Do baú político 

A Rede da Legalidade, iniciada em 1961, pelo então governador gaúcho Leonel Brizola para defender a posse do vice-presidente João Goulart, criou um problemão em Aracaju. É que o prefeito José Conrado de Araújo (PTB) decidiu instalar um auto-falante na Prefeitura para retransmitir a Rede da Legalidade. Em seu livro ‘História Política de Sergipe’, Ariosvaldo Figueiredo conta que o fato contrariou o comandante do 28 Batalhão de Caçadores, coronel José Lopes Bragança, principalmente porque, entre uma fala e outra de Brizola, o vereador petebista Agonalto Pacheco usava o alto falante para fustigar os militares. Como o prefeito não atendeu a ordem para silenciar o auto-falante, Bragança o ameaçou de prisão, fato que levou Conrado a requerer um Habeas Corpus preventivo. De posse do salvo conduto, o petebista manda uma carta desaforada ao comandante, na qual escreve: “O senhor é um arbitrário, seu filho é um tarado e sua filha uma devassa”. Quando se esperava uma reação forte do militar, este contentou-se em devolver a carta, tendo antes escrito no envelope: “Volte ao lixo de onde veio”. 

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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