Degolando Deus.

A Semana Santa de 1921 pertence agora ao passado.

Para os que não são frequentadores da Igreja, restou um feriado mal aproveitado, com praias fechadas e cervejas esvaziadas, encrencando com mulher e filhos, todos presos no ainda não devassado recesso domiciliar.

O lar de cada um ainda permanece como templo aceito e permitido, pelo Estado que nos desprotege a todos, em nome da ciência.

Ah! Ciência! Quantos foram mortos por ti, ou em nome teu, como judeu e corifeu de uma vertente tua!

Porque a Ciência, longe de possuir uma racionalidade de causa e efeito a dirimir insolências e incongruências humanas, semeia mais dúvidas do que a própria fé dos ingênuos, que se nutre na humildade perante o absoluto e os seus superiores misteres, por insondáveis.

A razão, a velha razão, em remotos conflitos da humanidade, não gerou contendas e delendas entre Isaac Newton e Robert Hooke, por exemplo, e até Christian Huygens, quando o assunto resolveu passear entre a natureza corpuscular da luz e aquela outra teoria, tão misteriosa e ludibriosa denunciada, uma teoria oscilante por ondulatória para a mesma luz, avivando e esmaecendo as cores, pelas ofensas trocadas, só para dizer que a ciência não tem a presciência de restar precisa aos limites geométricos e matemáticas de uma racionalidade, como houvera sido postulada por Euclides, para sempre!?

Brigas e ofensas só dirimidas, ou persistentes, e ainda pouco adormecidas, mesmo que se diga que o Efeito Fotoelétrico de Einstein tudo amainou, tendo pacificado a fluidez particulada de Newton com a Física ondulatória de Hooke.

Que dizer também de Galileu Galilei travando duelos, aos milhares, com a ciência universal constituída e entronizada pelos seus luminares, os eternos especialistas a quem ninguém pode contestar e refutar, sob pena de ameaçar-lhes emolumentos e paramentos?

E, quando se mexe com o emprego e o rendimento salarial de quem dá o parecer e regula o proceder, tenhamos medo!

E assim, nesta COVID, em meio ao ninguém sabe nada de todos, e outros que tudo sabem, jornalistas e cientistas se alinham no mesmo lado da gangorra, gritando: “Fique em casa e não morra!”

Porque se você for à Missa do Cristo ressurgido das cinzas, nem o seu Deus, igualado a qualquer deus, ou o que é pior, nenhum deus, por absoluta inexistência divina poderá salvá-lo.

Nesse contexto de equiparar os atos litúrgicos de Pascoa a libertinos bailes funk, todos ilegalmente marginalizados e proibidos em nome da Ciência, os nossos governantes se revelam mais fanáticos que os terroristas ousando degolar o próprio Deus.

Mas, como alguém já disse e eu esqueci quem foi, bem vale repetir: “Se a existência de Deus, se a imortalidade da alma não fossem senão sonhos, ainda sim seriam a mais bela de todas concepções do espírito humano”.

Pena que ninguém mais crê em nada. Só na Ciência!

Que Deus nos ampare!

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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