Células-troco: reproduzindo-se

        Após alguns meses de discussão em todos os estados, inclusive com a participação direta da mídia, o  Superior Tribunal Federal chegou ao consenso, aprovando a utilização de embriões para as pesquisas de células-troco. Antemão, por conseqüência de uma série de más informações ou de conceitos provenientes de segmentos religiosos, articulou-se a idéia de que a pesquisa destrói a vida humana. Por conta desta visão, milhões de pessoas compararam a pesquisa com a possibilidade de matar ou exterminarem-se humanos.

         Com toda a  campanha informativa, muitas das vezes ignoradas por se tratar de um tema técnico-científico, as pessoas repudiaram as notícias, a ter uma visão muito superficial do que  trata o assunto. Primeiro, deve-se esclarecer que as células-troco posicionam-se como capazes de se transformar em qualquer tecido humano, a sanar com várias doenças consideradas incuráveis, complexas ou mortais na sociedade presente, a exemplo o mal de Parkinson, podem restituir a visão, finalizar com a leucemia e criar a perspectiva de pessoas recobrarem os movimentos , como desejado por Marcelo Yuka, ex-componente de “O Rappa”, o cantor Hebert Viana e tantos outros milhões de pessoas anônimas,  que ficam debilitadas pelo  questionamento de dogmas que impediam o desenvolvimento da ciência. Posto isto, é necessário que nos coloquemos no lugar dessas e ponderemos como é positivo saber que por intermédio das pesquisas e de embriões desenvolvidos pela técnica “in vitro” , a esperança continua surgindo. Claro que dentro do processo, até como forma de respeitabilidade, devem-se analisar os possíveis prejuízos e desrespeitos, implicando no processo da ética, com a concepção da vida humana. Grupos religiosos, que protestam contra a pesquisa, não devem ser criticados pela visão de que todo preceito religioso e retrógrado ou ignorante, ao passo que é sabido a Igreja Católica ser detentora de vários padres cientistas e pesquisadores de múltiplos assuntos ligados às problemáticas sociais. O visto é uma contraposição, diga-se de passagem positiva, para que se estabeleça o melhor critério para a sociedade.

         Em meio a todo o processo, averigúe existirem três maneiras de a técnica estabelecer-se. Na primeira, os embriões congelados, produzidos em clínicas de fertilização, após 5 dias, chegam ao estado no qual são denominados de blastocistos , com cerca de centenas de células. Em seguida, os embriões são destruídos e retiradas as células-troco. Essa causa a polêmica, pois cientistas e estudioso afirmam só haver a concepção da vida , quando o embrião está em contato com o útero materno. Justificativa que divergirá, com certeza,  mesmo com base na conjectura, em uma civilização, já, capaz de produzir órgãos humanos, em dias , em laboratórios; na segunda, retira-se uma célula da pele e induz-se a mesma, por estímulos químicos, a “pensar” ser uma célula embrionária. Deste modo, retiram-se as células-troco- muito menos polêmica e quebra-se a discussão que paira acerca dos conceitos de morte e vida-; na terceira, uma célula adulta é extraída da pele do paciente, dela retira-se o núcleo que guarda as informações genéticas (DNA). Após isto, põe-se o núcleo em um óvulo oco e o resultado desta fusão é estimulado a produzir blastocistos.  Com todas as possibilidades, devemos concordar para que as pesquisas avancem, mas com senso, no intuito de cientistas optarem por aquela que causa menos polêmica, ainda se firmando a necessidade de esclarecimento sobre a não utilização dos embriões utilizados na primeira técnica, cujos embriões ficam congelados nas clínicas de fertilização, no-los serão utilizados para a reprodução humana, pois os mesmos não teriam, segundo os cientistas, capacidades totais para constituir-se feto.

            O emplementado na pesquisa é que , com a liberação, os embriões só serão utilizados com a permissão dos “pais” ou dos cedentes dos embriões. Inserto nesta polêmica, o ministro Carlos Aires Britto, mais uma vez argumenta com mestria a decisão, sendo a favor do processo de pesquisa, já difundido em vários países do mundo como Japão, Estados, China, Reino Unido, muito liberal em relação processo, México, Alemanha, França, não detentora de legislação específica, Turquia e Índia; e outros com restrições, a exemplo os Estados Unidos, com limitações , e a Itália, cuja proibição é geral. Diante dos aspectos presenciados na Itália, vejamos que as visões quebram os conceitos de sermos ou não países novos ou velhos, com mais ou menos erudição, mas dentro dos prospectos, a tentar pôr em exercício o melhor para  a sociedade no afã de termos males extintos da vida das pessoas, atribuindo-lhes melhores qualidades de vida e prolongamento da existência. E você, o que pensa disto?

Prof.Dd. Dênison Ventura Kascho de Sant’Ana – Professor de Língua Portuguesa e Redação, coordenador do núcleo de pós-graduação em Língua portuguesa, literatura e Lingüística da Faculdade Pio Décimo, cronista da Infonet, doutorando em Educação e apresentado do Programa Linguagem Contemporânea na TV CAJU – canal 47 – sistema LIG TV.

Prof. Dd. José Sebastião dos Santos Filho – Psicólogo, Coordenador de Graduação de Psicologia da Faculdade Pio Décimo, doutorando em Educação.

Prof. Dd. Josevânia Teixeira Guedes – Prof. De tecnologia Educacional na Faculdae Pio Décimo, Pedagoga, coordenadora do PROUNI e doutoranda em educação.

Pof. Msc e Dd. Lenalda Dias – ex-secretária adjunta de Educação, Prof. Da Universidade Federal de Sergipe, ex-diretora do CEFET, mestre em Educação, Diretora Acadêmica da Faculdade Pio Décimo, doutoranda em Educação, Conselheira do Fundeb.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.

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