Oxalá parem as chacotas acerca de um assunto tão delicado como este. Ao longo da formação do processo social, determinados fatos foram tidos como ultrapassados, apesar de o preconceito/limitação ainda existir. A exemplo, encontramos em sociedades desenvolvidas como o Japão, a mulher submissa, humanamente, como também no aspecto pecuniário em relação ao homem daquela nação, tão desenvolvida, tão forte, em contrapartida, tão conservadora, culturalmente, neste aspecto, estagnada. No dia 05, considero como formador de opinião, acadêmico, um dia de libertação para toda a nação brasileira.
Diante deste prisma, quando ouvi os relatos do sergipano e magnânimo Carlos Ayres Britto e da justa Ellen Gracie, fiquei muito feliz , não somente pelos gays e /ou lésbicas, ou , ainda, qualquer outra legitimidade intrínseca sexual, para extirpar esta ideia de OPÇÃO, pois nenhuma pessoa em sã consciência, dar-se-ia ao disparate de escolher ser GAY, como se escolhesse uma marca de roupa, ou um tipo de biscoito qualquer comprado em determinado mercado, para, após a opção, ser apontado na rua como o anormal ou aquele/aquela que fragiliza as relações heterossexuais ou se explicita como uma ameaça à moral de uma sociedade , muitas vezes, duvidosa. Não sei se vocês estão entendendo, contudo, compreendo o fato do Supremo Tribunal Federal como a libertação das mentes em reconhecer a importância de legitimar-se estas pessoas como existentes vivas! Capazes! Tributaristas! , posto que, por mais que elas e as ações e as relações, não somente sexuais , mas afetivas existissem , negamo-las por milhares de anos.
É fato que os Deputados Federais,como também os Senadores ficaram , como fala o adido popular, cozinhado até quando puderam, mas os Ministros, à lume de uma intelectualidade, sem contrapor, pelo contrário, fazendo valer o princípio da Constitucionalidade, fizeram-se presentes às igualdades e aos direitos dos que possuem direitos, pagam impostos, são dotados de qualidade e defeitos, tanto quanto outros quaisquer seres humanos. Talvez, agora, parem um pouco as piadas idiotas dos Renatos Piabas, dos Programa à moda Zorra Total que, após terem as piadas dos negros cerceadas, parem de fazer minimização com a dignidade humana de uma pessoa que, com respeito, olha além das partes fálicas de outrem, e , mesmo com tantas regras impostas, ainda é capaz de amar, diga-se de forma incondicional. Talvez, após isto, ocorram menos suicídio no mundo, menos falsidades, como também gays e lésbicas possam não mais ser codinominados de vulneráveis, entretanto que, como qualquer ser humano, possam brigar , requerer seus direitos estabelecidos pela Constituição que, agora, faz-se Constituída de fato e de direito.
Orgulhoso de ser brasileiro, e feliz que, enquanto educador, muitos adolescentes não se sentirão mais como Edward Mãos de Tesoura, clássico hollywoodiano que aborda os diferentes como estereótipos de doenças no mundo dos ditos normais. Todos somos diferentes, somente as cascas tentam ser iguais. Palavra de ordem: respeito para os novos abolicionistas. Os deuses do Olimpo fizeram-se respeitar por intermédio do reconhecimento ESTÁVEL nas relações HOMOAFETIVAS, as quais , em Sergipe, registra-se um número de mais de 400 casais com uma família constituída, como as diferentes famílias, cujas mães ou pais faleceram, foram embora, entretanto, o núcleo dos valores fora estabelecido, mantido. Viva a diversidade, desde que seja equilibrada, para conviver em consonância com os heterossexuais, que são diferentes também, com defeitos também, mas com igualdades de possuírem as suas escolhas.