O computador no contexto escolar

O COMPUTADOR NO CONTEXTO ESCOLAR:

UTILIZAÇÃO CONSTRUTIVA X UTILIZAÇÃO DESTRUTIVA

 

Prof. Fernanda dos Santos Matos1

Professora de Informática do Instituto Deus é tudo (SE)

E-mail: nandamatosn1@yahoo.com.br

Prof. Ddº Dênison Ventura Sant’ana2

Professor da Faculdade Pio Décimo (SE)

E-mail: denisonvsantana@piodecimo.com.br

Prof. Ddª Josevânia Teixeira Guedes3

Professora da Faculdade Pio Décimo (SE)

E-mail: josevânia@piodecimo.com.br

Prof.Dd. Lenalda Dias

Lenalda@infonet.com.br

 

O COMPUTADOR NO CONTEXTO ESCOLAR:

UTILIZAÇÃO CONSTRUTIVA X UTILIZAÇÃO DESTRUTIVA

 

Vive-se na sociedade do conhecimento e com os avanços tecnológicos, o cotidiano de todos passa por modificações significativas, pois os meios digitais, chamados também de novos recursos tecnológicos, têm facilitado a vida de cada indivíduo no âmbito pessoal, social e educacional.  O computador, que é um dos neófitos meios, tem sido colocado a serviço de diferentes áreas do conhecimento, como também introduzido no ambiente escolar com diversos objetivos, sendo um deles a melhoria significativa do processo de construção de conhecimento do aluno, uma vez que faz com que se torne mais motivado em buscar novas experiências.

Também é importante que a escola, instituição que se ocupa da formação geral da sociedade, não fique alheia ao fato de que o conhecimento, o contato e a experiência com o computador são componentes essenciais da formação geral e até profissional de cada indivíduo. Mas, acreditar nas novas tecnologias e, especificamente, na utilização  do computador, não significa abdicar da necessidade de analisá-lo com olhos críticos e desconfiados, já que, além de benefícios,  existem prejuízos a depender do uso que se faz dele.

Com isso, é preciso entender quais os problemas que a utilização do computador no ambiente escolar pode originar e o que deve ser feito para evitá-los. Fazer com que pais e, principalmente, professores reflitam sobre as precauções e as melhores formas de utilização dos computadores, torna-se, extremamente necessário, uma vez que se trata de um objeto que está se democratizando em nossa sociedade, pois existem maiores ofertas no mercado, o que proporciona, para muitos, a possibilidade de aquisição deste maravilhoso equipamento.

Já não existem dúvidas de que o computador, com suas variadas ferramentas, fornece um contexto cheio de oportunidades atraentes que motivam o ato de aprender  das crianças, jovens e adultos.

Segundo Perrenoud  (2000, p. 128),

Formar para novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação.

Até mesmo as mais elementares tarefas de programação, propostas para crianças (como desenhar ou escrever algo na tela) são suficientemente ricas e complexas para ajudar no desenvolvimento de uma série de habilidades que incentivam o aprender. Já os mais jovens e adultos utilizam os programas de computador como ferramentas de busca, jogos, bate-papos. É o computador ocupando um espaço cada vez maior na vida do homem contemporâneo.

Assim, segundo LITWIN (1997, p.191) “Os computadores haverão de produzir mudanças profundas nas modalidades de ensino e de aprendizagem”, uma vez que se busca, com a sua  introdução na educação não uma simples modernização, como também o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem através dos benefícios trazidos pelos recursos que esta máquina apresenta.

Para Valente (1993),

O objetivo da introdução do computador na educação não deve ser o modismo ou estar atualizado com relação às inovações tecnológicas. Esse tipo de argumentação tem levado a uma sub-utilização do computador que, além de economicamente dispendiosa, traz poucos benefícios para o desenvolvimento intelectual do aluno.

O resultado positivo da implantação do computador em sala de aula, com relação aos outros recursos tecnológicos, está diretamente relacionado a sua característica de interatividade, a sua grande possibilidade de ser um instrumento que pode ser utilizado para facilitar a aprendizagem individualizada ou em grupo, visto que ele só executará o que se comanda.

Em seu livro Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade.  Sanmya Feitosa Tajra (2002),  mostra que:

É preciso que os objetivos a serem alcançados através da utilização de computadores na educação sigam uma filosofia educacional mais ampla, que justifiquem sua aplicabilidade.  O computador deve ser utilizado como instrumento de aprendizagem que introduza o discente no mundo da digitalização que o faça atuar e participar do seu processo de construção de conhecimentos de forma ativa, interagindo com o instrumento de aprendizagem, com os colegas e o auxílio do professor; este último, cujo papel é de extrema importância, uma vez que  será o condutor das atividades, o que o leva a procurar  estar sempre atualizado em busca de novas experiências que possam enriquecer a sua ação em sala de aula. (TAJRA 1998, p.27)

E estes objetivos devem estar inseridos no  planejamento de cada professor como um meio facilitador que viabilizará o processo de ensino-aprendizagem.

Com o advento das novas tecnologias na instituição escolar, pode-se valorizar a produção dos alunos, uma vez que há  possibilidade de os professores  publicarem os  trabalhos e projetos  dos alunos  na Internet, ou mesmo facilitar-lhes  a pesquisa, já que a rede, excelente ambiente de aprendizagem, fornece inúmeras condições para que todos que a acessam possam construir melhor o seu conhecimento. Exatamente por isso, existe a possibilidade de o professor ou mesmo a instituição escolar divulgar os trabalhos dos alunos. Esta produção pode atingir um grande número de pessoas, apresentando-se, então, a possibilidade de se estabelecer uma interatividade  com outras comunidades virtuais, seja ela composta por acadêmicos ou mesmo navegantes da grande rede.  Projetos que antes ficavam restritos à divulgação física, agora podem ficar à disposição da comunidade virtual  por um  tempo indeterminado, o que pode servir de grande estímulo àqueles  que o acessam em busca de novas oportunidades de aprendizado.

O correio eletrônico, outra ferramenta apresentada pelo computador,  possibilita novas formas de interação entre alunos e docentes de diferentes instituições escolares, localizadas em contextos geográficos opostos e culturais diferentes. Pode abrir um caminho para fazer o ato de aprender ainda mais prazeroso, pois a interatividade e a facilidade de acesso atual permite que se torne mais atraente o ato de aprender.

Sem dúvida alguma, a evolução tecnológica trouxe – e continuará trazendo – conforto, agilidade, precisão e comodidade, podendo também contribuir com uma educação de qualidade, dentre inúmeros outros benefícios. Muito embora se tenha plena convicção da existência de uma enorme lacuna econômica-social em nosso país o que interdita muitas pessoas a não ter acesso e igualdade de condições, já não é tão incomum encontrarmos escolas que não tenham computadores, principalmente em cidades com maior desenvolvimento. Neste contexto, faz-se necessário que professores e pais fiquem atentos no que diz respeito ao uso de computadores, tanto no ambiente escolar ou familiar, como também em lan-houses, pois a máquina foi  criada com o objetivo de trazer benefícios;  porém, se utilizada de forma incorreta, poderá ocasionar graves problemas, entre eles:  saúde; vício em jogos, blogs e chats; problemas no rendimento escolar; entre outros.

Assim ARMOSTRONG (2001, p.157) explica que os computadores têm efeitos físicos sobre aqueles que os utilizam, e  essas conseqüências  podem ser sérias e duradouras, se não forem permanentes. Além disso, contribuem para uma ampla variedade de problemas, desde os musculares, das articulações e danos aos tendões até enxaquecas e cansaço dos olhos. Emissões tóxicas e campos eletromagnéticos produzidos pelos computadores e terminais de vídeo também são riscos potenciais à saúde. As lesões mais comuns sofridas por usuários de computador são doenças músculo-esqueléticas que entram na categoria ampla das lesões por esforço repetitivo (LER). Os tendões, bainhas de tendões, músculos, ligamentos, articulações e nervos da mão, braço, pescoço e ombro, todos podem ser lesionados por movimentos repetitivos como aqueles envolvidos no uso do teclado e mouse. Os que correm maior risco são aqueles que passam uma boa parte de seu dia digitando em frente a um terminal de computador.

Outra queixa  sobre computadores, na visão  ARMOSTRONG (2001, p.165),  sofrida mais especificamente por pessoas mais velhas,  é que os usuários de monitores de vídeo ficam com os olhos secos e irritadiços. Isso ocorre por duas razões. A primeira é que a taxa normal de piscar  de pálpebras é reduzida em até 80% ao se ler a partir de um monitor. A segunda, comparada com o material impresso, os monitores de vídeo são posicionados em locais relativamente altos, o que faz com que se abram mais os olhos, expondo uma área maior da superfície dos mesmos. Juntos, esses fatores reduzem, de modo substancial, o fluxo lacrimal  ou a umidade da superfície, o que causa a irritação. Usuários de lentes de contato são particularmente mais suscetíveis. Já as crianças, embora  tenham um maior fluxo lacrimal do que os adultos, também sofrem este tipo de  desconforto quando exposta por muito tempo diante de uma tela de monitor, o que também ocorre com a televisão.

Uma criança que passa horas diante de um computador é influenciada por diversas situações a sua volta, e os problemas são facilmente identificados como:

  • Isolamento do convívio social e do contato humano;
  • Os jogos que induzem à violência  a partir da  imitação, pois  com o passar do tempo, a criança passa a assimilar traços da personalidade do(s) personagem (ns);
  • O vício da utilização a partir dos jogos ou atividades cuja interatividade motive a incidência de acesso, ou seja,  o usuário torna-se viciado em jogos, seja ele on-line, em rede, ou através de softwares .

ARMOSTRONG (2001, p.94) acredita que com a utilização indevida do computador na leitura pode ser  prejudicada,  porque as crianças estão condicionadas a esperar por algo mais interessante do que somente textos na tela do computador; com isso, elas podem vir a desvalorizar o texto em si, concentrando-se nos aspectos de animação e ilustração da tela. Pesquisadores já descobriram evidências de que isso ocorre porque as crianças ao lerem  livros eletrônicos que há a  combinação do texto escrito –  tradições da narração de histórias com as atrações interativas da multimídia. Neste sentido, esta atividade deverá também  proporcionar a aquisição do hábito da leitura, ou seja,  encorajar as crianças a ler, e o que se vê, infelizmente, é o contrário,  a estimulação visual, ingrediente, de grande parte do software de “eduversão” (educação+diversão)  utilizado simplesmente como entretenimento.

É neste momento que entra em ação a criatividade do professor, fazendo com que estes jogos, brinquedos eletrônicos  virtuais  sirvam como um suporte para a sala de aula. É preciso incentivar a ler, a buscar os conhecimentos através da utilização dos softwares.

Já a internet, um mar aberto de infinitas possibilidades cujas ondas podem-se surfar, geralmente é utilizada, tão somente, como fonte de pesquisa. Essa visão tem trazido à tona uma série de discussões que direcionam, inclusive às fontes de Direito Penal:  a questão da autoria.  Muitos alunos aprendem a “clonar” textos o famoso ctrl c- ctrl v e o fazem sem nenhuma preocupação, ou seja, fazem a pesquisa em um site de busca, não lêem, colocam o seu nome, imprimem e entregam o “trabalho” ao professor, e ainda existem aqueles que  esquecem de tirar o  endereço eletrônico do rodapé.

 Então, esta avalanche de informações que a rede nos presenteia deve ser filtrada. Deve-se pesquisar em sites recomentados, pois qualquer pessoa pode colocar na rede informações de valores inverossímeis, pois a Internet proporciona   uma enorme   abertura para o diverso, o não controlado, o desconhecido, o desordenado, o sedutor.

Toda essa problemática pode ser evitada, basta que os pais e, principalmente, os professores saibam orientar  alunos para o uso construtivo do computador.

O computador pode acarretar vários problemas, que não só prejudicarão a aprendizagem, mas também a saúde e o convívio social. Nesse sentido, vivenciar novas formas de ensinar e aprender, incorporando as tecnologias na educação, requer cuidado. É preciso que o professor busque sempre estar atualizado, preocupado com os avanços que a tecnologia nos impõe.

Cabe, também, as instituições que trabalham com a formação inicial e continuada de professores criarem condições de mostrar o conceito de alfabetização tecnológica dos docentes, desenvolvendo a idéia de que é necessário que todos aqueles que estão inseridos no processo da educação saibam  fazer uso da tecnologia como recurso pedagógico,  de forma que ela facilite a aprendizagem, seja objeto de conhecimento a ser democratizado e instrumento para a construção, e não destruição.

A formação e a  capacitação do professor envolve uma série de fatores, principalmente relacionados às políticas publicas, pois o  acesso restrito à tecnologia é um entreve a ser transportado, uma vez que os baixos salários de alguns professores os impedem de ter acesso direto aos meios tecnológicos, o que não os motiva, em alguns casos,  à integração da novas tecnologias como um recurso pedagógico, o que os leva a assumir uma atitude ativa no processo.

Nas palavras de Valente  (1999, p.21),

Mesmo dispondo de uma gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informática, deparamos com usos banais dessa tecnologia, indicando uma falta de articulação entre o pedagógico e o técnico. Isso significa que, sem o conhecimento técnico, será impossível implantar soluções pedagógicas inovadoras e vice-versa, sem o pedagógico.

Para introduzir o computador no contexto escolar,  o professor precisa  planejar suas aulas e reconhecer a tecnologia da informação e da comunicação como um recurso  técnico e pedagógico.

O docente será o guia de qualquer atividade, orientando alunos desde a postura correta ao sentar-se em frente à máquina, até a forma de como utilizá-la, visando aos efeitos construtivos,  uma vez que é preciso educar para a informática como se educa, por exemplo, para o trânsito.

Para TAJRA (2002), o professor deve promover o confronto das informações localizadas, verificar a validade delas, procurando sempre estimular a capacidade abstrativa do aluno. Pode, também, elaborar regras, criar limites temporais para a utilização, selecionar os produtos (como salas de educação infantil e portais educacionais ou os softwares educativos para crianças). Apenas abandonar a criança na frente do computador não é a atitude mais sensata. Interagir com o computador durante longos períodos pode ser mais nocivo do que ficar horas assistindo, passivamente, a programas de baixa qualidade na televisão, que é ocorrido em muitos lares.

O docente deve ter a noção de que idade ideal para que a criança comece a ter contato com computadores é bastante discutida entre os especialistas. No entanto, há um consenso geral quando se trata do aspecto das crianças se “acostumarem” com o computador. Recomenda-se que à medida que aumente a necessidade delas em busca de informação e conhecimento, aumente-se também o contato com o computador; porém, com suas devidas restrições. O professor precisa fazer o estudante entender que o mesmo só deverá conectar-se à rede com um objetivo definido, como conferir e-mails, procurar alguma coisa específica, fazer uma pesquisa ou algo que seja construtivo para ele.

Dispor de informação é uma condição indispensável para que os professores e alunos encarem esse grande desafio, que é apropriar-se dela.

Já no entendimento de Ramal (2002, p. 60),

O fato de se deixar de lado ou em segundo plano as leituras que busquem uma pluralidade de sentidos e que derivem de articulações estabelecidas entre os sentidos produzidos e os modos e intenções de produção das mensagens pode impedir avanços nas práticas de leitura e nas atividades pedagógicas que envolvem textos, linguagens e interpretações. Pode, num âmbito mais amplo, dificultar a formação de sujeitos mais autônomos e criativos.

O computador também estimula a produção de textos dos alunos, uma vez que na tentativa de “significar” a produção de textos para os escritores em formação, o professor deve considerar a importância de um suporte em que se pode publicar sem intermediação, onde o aluno pode ver seu texto lido por um público autêntico, algo que soa muito mais interessante do que produzir textos apenas para o professor. A publicação pode trazer acréscimos à auto-estima e à construção da autoria, além de motivar os produtores de textos a escreverem de maneira mais significativa.

A promoção de mudanças pedagógicas não depende, simplesmente, da instalação de computadores nas escolas: a sala de aula deve deixar de ser o lugar das carteiras enfileiradas para se tornar um local onde os alunos e professores possam realizar um trabalho diversificado em relação ao conhecimento e o interesse. O professor deve deixar o seu papel de “entregador” da informação para ser o facilitador da aprendizagem. Já o aluno, deve deixar de ser passivo para participar ativamente da construção do seu conhecimento.

A inserção de uma inovação tecnológica em qualquer organização exige discussões e cuidados em torno dos pontos fortes e fracos, do seu impacto na cultura existente e das suas reais possibilidades na promoção das mudanças desejadas. Assim, considerando que a presença do computador é inevitável, a discussão em torno da sua utilização é muito bem-vinda. No caso da educação, torna-se obrigatória.

 

É preciso desenvolver mais pesquisas sobre o assunto e promover trocas de experiências, de modo a conhecer problemas, dificuldades, vantagens, desvantagens envolvidas com a utilização das novas tecnologias na educação, já que a aplicação da informática na educação requer grandes investimentos nas áreas de ensino e da pesquisa, para que haja uma interação de todo o processo tecnológico com a sociedade.

Não se pode negar que o computador exerce grande atração sobre a criança. O que se deve fazer é explorar essa atração em direções positivas e desejáveis, pois, como já foi bastante enfatizado, dependendo da maneira de como for utilizado, o computador tanto pode educar quanto deseducar, ampliando problemas já existentes e, o que é mais grave, criando novos.

Melhorar o processo de ensino-aprendizagem não é um atributo inerente ao computador, mas uma conseqüência que está vinculada ao modo como é concebido o papel que ele deverá desempenhar. Uma tecnologia só pode ser classificada como boa ou ruim se forem analisados o contexto e a maneira como ela foi empregada.

É necessário que os pais estejam atentos aos filhos, ensinando-lhes que os recursos tecnológicos são criados para dar mais comodidade e trazer benefícios, e não para serem utilizados de maneira exagerada e incorreta, prejudicando a saúde e o convívio social, que são de suma importância para qualquer pessoa.

É necessário analisar os males provocados no aprendizado e desenvolvimento humano dos alunos para que os problemas sejam evitados e que se desenvolva um processo de acompanhamento dos alunos na relação com o computador para que o mesmo seja utilizado como ferramenta de auxílio na educação e não como objetivo fim da mesma, evitando-se que o computador seja utilizado como uma “muleta” para justificar o baixo desempenho educacional dos discentes.

É preciso lembrar, sempre, que somente a utilização das novas tecnologias não levará à superação do problema educacional, discutindo a idéia de que os currículos devem ser repensados, reescritos sob cooperação, considerando os interesses dos educandos e seu desenvolvimento cognitivo.

Os dirigentes das instituições escolares devem buscar capacitar os profissionais da educação com intencionalidade e vontade, dominando não só a leitura e a escrita, mas também as outras linguagens utilizadas pelo homem. É fato que o professor só saberá colocar as novas tecnologias a serviço de estratégia de formação se tiver um bom envolvimento com as mesmas e, no momento em que está questão for resolvida, poderá ser desenvolvido um projeto pedagógico eficaz aliado à informática e demais tecnologias. 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

ARMOSTRONG, Alison; CASEMENT, Charles. Tradução Ronaldo Cataldo Costa. A criança e a máquina: Como os computadores colocam a educação dos nossos filhos em risco. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

LITWIN, Edith. A educação em tempos de internet. Revista Pátio, ano V, n. 18, p. 09-11, agosto/outubro de 2001.

_____________ Tecnologia educacional: política, histórias e propostas. Editora Artes Médicas: Porto Alegre, 1997

PERRENOUD, Philippe; RAMOS, Patrícia Chittoni. (Trad.). Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

RAMAL, Andréa Cecília. Educação na Cibercultura. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2002.

TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor na atualidade. 4. ed. São Paulo: Editora Érica Ltda, 2002.

VALENTE, José Armando. Informática na educação: Uma questão técnica ou pedagógica?. Revista Pátio, ano III, n. 9, p. 21-23, maio/julho de 1999.

_____________________ Computadores e conhecimento: repensando a educação. São Paulo: Gráfica Central da UNICAMP, 1993.

1 Pedagoga pela Faculdade Pio Décimo,  Pós-Graduanda no Curso Didática e Metodologia do Ensino Superior e Professora de Informática do Instituto Deus é tudo. E-mail: nandamatosn1@yahoo.com.br

2 Professor Universitário  e Coordenador do Núcleo de Pós-Graduação em Língua Portuguesa e Literaturas da Faculdade Pio Décimo, Doutorando em Educação e colaborador da unidade de Investigação e Desenvolvimento do Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social – IPCDVS –  da Universidade de Coimbra/Fundação para a Ciência e Tecnologia. E-mail: denisonvsantana@piodecimo.com.br

3 Professora Universitária e Coordenadora do ProUni da Faculdade Pio Décimo, Doutoranda em Educação e colaboradora da unidade de Investigação e Desenvolvimento do Instituto de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimento Vocacional e Social – IPCDVS –  da Universidade de Coimbra/Fundação para a Ciência e Tecnologia. E-mail: josevânia@piodecimo.com.br

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.

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