É para frente que se anda. Baseado neste dito popular, é que vejo a educação em Sergipe progredir, sim, em busca de novos rumos para sedimentar uma educação mais qualificada ao passo em que na manhã de 08 de fevereiro, foram empossados os 14 membros titulares mais os 14 suplentes do FUNDEB ( Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) , que terá a função de analisar, auxiliar na distribuição e viabilidade dos investimentos na área educacional.
O discurso do ex-Reitor da Universidade Federal de Sergipe, hoje, secretário de estado da Educação, José Fernandes Lima, demonstra o compromisso deste homem de conhecimento para reforçar a busca em prol de um processo educacional voltado ao desenvolvimento das pessoas e no mesmo viés do estado de Sergipe para, através dos méritos educacionais, vislumbrar na ótica de nações desenvolvidas, a minimização da miserabilidade e da violência, elementos que despontam quando um dos fatores mais importantes da sociedade não possui espaço para propagar-se: o processo educativo.
Creio que encontros semelhantes deveriam ocorrer em plano mais amplo para que as pessoas, cidadãos mais comuns, pois se tornam distantes dos centros de discussão, pudessem conhecer a seriedade com a qual é tratado o projeto ligado aos méritos educacionais em Sergipe, versando à observação das pessoas sérias, entendedoras das problemáticas educacionais, profissionais que vivenciam as experiências e produções do conhecimento como também as dificuldades a elas inerentes , para com esta bagagem no posto de educadores e concomitantemente de gestores possam traçar metas direcionadas às melhorias tão esperadas pelo contexto social. No grupo seleto de Conselheiros do Fundeb, temos ícones da educação compondo o grupo, a exemplo a educadora, Lenalda Dias, ex-diretora do Cefet, que retorna com uma contribuição em excelência, haja vista a estada da mesma na secretaria adjunta de Educação, sendo auxiliada pelo educador, ex professor da Universidade Federal de Sergipe, Sérgio de Azevedo Todt, que traz uma nova visão, contemporânea , para coadunar com os projetos educacionais. O interessante na retórica do Secretário é a presente democratização, primeiramente na fala, em seguida, no pedido à preservação da ética , para que todos, juntos, possam protagonizar cenas de um Sergipe melhor, acolhendo as crianças de baixa renda a uma educação de qualidade.
Decerto que as dificuldades estão presentes, mas tamanha foi a disposição do Secretário, que o Governo Déda, ainda sob análise do povo, poderia apresentar , mais de perto, o ex-reitor à sociedade para que elas pudessem reacreditar na possível melhora e rejuvenescimento do critério educativo como o faz com a imagem da competente Heloísa Galdino na pasta da comunicação.
Alguns paradigmas , óbvio, deverão ser quebrados, pois dos 25% ditos direcionados à educação, sabemos que este índice não corresponde ao real, principalmente, no que se refere aos impostos arrecadados pelo Estado, em uma complexa equação matemática, lícita, que deve ser revista. Daí, nós, educadores, não podemos pluralizar a idéia de que as perspectivas inexistem, quando temos no quadro do Governo um estudioso na área, que sabe poder contar com um conselho capaz não só para auxiliar na vigilância e distribuição dos recursos , mas também , para projetar formas eficazes de inserção das camadas populares ao meio educacional. Inserto nos sonhos, sejam possíveis, as realidades. Sabemos que são milhões de reais, mas , ainda, deparamo-nos com a classe de professores desvalorizada. Não permeio aqui a comparação entre professores versus engenheiros ou outra profissão qualquer, mas que os estudiosos delineiem uma nova possibilidade de a classe voltar a ser valorizada, mesmo, do ponto de vista econômico, satisfatório, no intuito de sentir-se valorada em uma sociedade que só se vive bem com o poder de compra, infelizmente. A partir destes pontos, que são muitos, deve existir a predisposição dos professores em continuarem engajados, para que os alunos não sejam vítimas do sistema, do Estado nas escalas Federal, estadual e municipal e neste caso, específico, dos representantes do Fundeb em apontar os rumos mais adequados dos numerários destinados à reforma educacional de 2.008, nestes dois anos de gestão do Conselho. Nós, educadores de plantão, apoiamos o Secretário na mesma intensidade do Conselho que o apóia rumo às mudanças.
Dênison Ventura Kascho de Sant’Ana – Coordenador de núcleo de Língua portuguesa e Literaturas da Faculdade Pio Décimo, Cronista da Infonet, doutorando em Educação – Lyon II – França