No Brasil de hoje, milhões de brasileiros vivem num estado de absoluta miséria; uma enorme massa de trabalhadores se encontra excluída do mercado de trabalho; uma grande concentração de renda existe, onde muito poucos detêm a quase totalidade da renda nacional e há uma grande desigualdade entre as diversas regiões do país, algumas com padrão de vida semelhante ao de primeiro mundo e outras em que a economia reinante é igual às mais carentes do mundo.
O ideal seria que todos tivessem acesso ao trabalho, à educação, à saúde e à moradia; que a renda nacional fosse dividida igualmente por todos os brasileiros e que todos e todas as regiões possuíssem padrões de vida de primeiro mundo, mas nenhum Governo do mundo seja ele socialista ou mesmo comunista, social-democrata, liberal ou neoliberal conseguiu, em qualquer época de nossa existência, formar um Estado em que todos fossem exatamente iguais perante os seus direitos e suas obrigações. Sempre houve, e ainda há, em todas as nações do mundo de hoje, diferenças sociais entre os seus cidadãos. Nas nações mais desenvolvidas o que acontece, apesar de também existir esta desigualdade, é que essas diferenças não são tão gritantes.
No nosso país a desigualdade social é bastante alta. Medidas são necessárias!… Todos dizem, todos concordam, mas poucos estão dispostos abrir mão do que lhes pertencem em benefício da grande maioria da população marginalizada.
Viabilizar uma melhor distribuição de terras e de renda, a criação de empregos e a garantia de uma menor desigualdade entre brasileiros exige um volume de recursos que, a curto prazo, é impossível gerar no país. Assim somente será possível atingir este objetivo com o ingresso de recursos externos, ou então que se faça uma brutal redistribuição de renda e de terras no país.
Hoje, graças a continuidade de uma política econômica realista, nosso país já tem condições de continuar a marcha de seu desenvolvimento e, assim sendo, os resultados no campo social têm mais chances de serem alcançados.