O governador Marcelo Déda começa o dia hoje conversando com radialistas sergipanos, convocados pela Secom para uma coletiva especial com o chefe do Executivo. Todas as emissoras de rádio foram convidadas a participar. E praticamente todas elas vão estar presentes. Vai ser quase que uma transmissão em cadeia de um pronunciamento do governador. Um balanço, depois de 14 meses de administração.
A data escolhida, 13 de março, tem um simbolismo todo especial, pois 13 é o número da sorte de Déda. Afinal, ao longo de mais de 25 anos de carreira política, formatada no PT – partido regido pelo número 13 – não poderíamos ousar dizer que esse não é o número da sorte de nosso governador.
Mas não foi apenas o dia da entrevista que foi escolhido a dedo. A coletiva faz parte de uma estratégia inteligente para levar informação à população do interior do estado. O governo precisa se comunicar de forma eficiente. E, diante das pesquisas de mídia realizadas nos últimos meses, chegou-se à conclusão que o rádio é, em Sergipe, a melhor forma de alcançar 1,5 milhão de pessoas que vivem no interior.
Não quero dizer com isso que o “meio” televisão não seja importante. É claro que é. E deve ser amplamente utilizado. Mas no interior as novelas e o jornalismo chegam via satélite, diante da proliferação das parabólicas em todas as cidades. O homem do campo pode ser simples, mas não é burro e nem gosta de ver seu artista preferido com “fantasmas”. Portanto, nos mais distantes rincões de Sergipe, não se surpreenda ao encontrar um cenário insólito: uma humilde morada com parabólica.
Na conversa de hoje com os radialistas, o governador Marcelo Déda vai aproveitar o horário nobre das emissoras para dar, estrategicamente, o seu recado de maneira bem didática, de acordo com o público alvo, onde ouviremos um apanhado geral dos investimentos e ações do último ano.
Coisas do tipo: “Fizemos o dever de casa, conseguimos economizar 260 milhões de reais, estamos recuperando 700 km de estradas, vamos entregar ainda este mês duas escolas profissionalizantes (Aracaju e Neópolis), realizamos concurso público para o preenchimento de mais de três mil vagas, investimos 20 milhões na Segurança Pública e já licitamos obras no montante de 677 milhões de reais, entre elas a ponte Joel Silveira”, vão estar, sem sombra de dúvidas, nesse desjejum com o governador.
E como 2008 é um ano eleitoral, o governador também não se furtará a dizer que vai estar no palanque dos aliados de primeira hora em cada município. Os recados serão dados e todos, sem exceção, já estão no script.