Difícil arrumação

 

      Livrando-se do corre-corre provocado na semana passada por conta da decisão adotada pelo TSE, os partidos respiram e retornam às discussões que estavam sendo estabelecidas com vistas ao processo eleitoral desse ano. Claro que a decisão do TSE serviu para entristecer, os candidatos que tinham construído candidaturas sólidas e que por conta de tal decisão iriam assistir a inviabilização das mesmas. Por outro lado serviu para alegrar aos que se divertem com o incêndio, quando ele ocorre na casa do vizinho.

   A questão e que entre mortos e feridos, nem todos ainda se salvaram e certamente muitos não encontrarão salvação nesta disputa eleitoral que se aproxima. Embora os caciques estejam evitando fazer afirmações comprometedoras sobre as alianças que estão sendo discutidas e firmadas, algumas conclusões já podem ser tiradas por conta de declarações isoladas.

   Já se pode afirmar que a única possibilidade de o PFL contar com o apoio do PSDB seria cedendo a vaga de senador para ser ocupada pelo ex-governador Albano Franco. Ao solicitar que Zé Eduardo adie o lançamento da sua pré-candidatura ao Senado Federal existe a possibilidade de Albano concorrer ao Senado Federal e que o PFL perdeu de vez o seu apoio.

    Pela reação do senador Valadares e pela determinação do PL, já se pode afirmar que: Jackson Barreto vai ter que aceitar o nome de Belivaldo Chagas para vice-governador na chapa encabeçada por Marcelo Deda.

   No PDT a história tomou um rumo inesperado, uma reação das principais lideranças do partido, implodiu a pretensão de João Fontes aparecer como candidato a governado. Segundo um membro do partido pela imposição de ambos João Fontes têm dois caminhos a seguir, ou sai deputado federal e apóia Marcelo Deda para governador, ou será desafiado a ter que sair sozinho sem chapa proporcional de federal e estadual para apoiá-lo.

      No PSC continua a historinha do chapão, mas se pode afirmar que o PFL não aceitará o chapão como tem deixado claro o deputado federal José Carlos

Machado e já se pode também afirmar que o empresário Edvam Amorim, que é na prática o comandante maior da sigla, não reúne condições pessoais de afastar politicamente o partido dos braços do sogrão.

  No PMDB a dúvida agora e entre apoiar Deda ou indicar Marcos Franco como companheiro de chapa do candidato do PFL. Essa decisão se torna complicada porque embora não revele publicamente, alguns filiados com poder de votos, preferem apoiar o ex-prefeito Marcelo Deda por entender que no governo João apenas Marcos Franco recebeu tratamento de aliado. Por isso eles avaliam que somente Marcos Franco possui motivos de sobra ara continuar apoiando o atual governador no seu projeto de reeleição.

   É fácil perceber que a desarrumação ainda continua, mas com um pouco de paciência já e possível montar algumas peças desse grande quebra-cabeça.

 

 

Laranjada I

Hoje será realizada mais uma audiência na 1ª Vara Cível do processo que envolve sócios e “não sócios” de uma empresa de publicidade que brigam pelo controle da mesma. Existe um contrato oficial registrado na Junta Comercial e outro registrado apenas em um cartório.

 

Laranjada II

A audiência de hoje é de conciliação. Esta coluna já recebeu cópias dos depoimentos e, se não envolvesse recursos públicos, seria até cômico. A oposição não percebeu ainda o crime que foi cometido neste processo para burlar uma licitação pública. É algo gravíssimo que faria eco em todo país.

 

Rifado I                                                                                                                       

Indefinição de Albano, ajudou a João Alves. (Foto César de Oliveira).

Ao contrário que estão noticiando o acordão entre João Alves Filho (PFL) e o ex-governador Albano Franco (PSDB), está mais difícil do que antes. Tudo porque João Alves entende que Albano está jogando para a platéia quando ensaia ser candidato ao Senado Federal com o apoio informal da oposição. João sabe que hoje, Albano que era o fiel da balança há dois meses, deixou que a própria indefinição o colocasse como peso morto no palanque governamental.

 

Rifado II

Além disso, é difícil tirar Machado ou Mendonça Prado da chapa para a Câmara dos Deputados. Principalmente Mendonça, que é novo e tem um futuro promissor na política sergipana. Aliás, muitos aliados do governador entendem que Mendonça Prado, num futuro próximo é o único que tem as condições políticas e administrativas para manter viva a chama do PFL em Sergipe, independente do parentesco com João e Maria.

 

Lagarto I

Em entrevista a rádio Progresso, em Lagarto, ao radialista Edivanildo Santana, o vereador Paixão (PFL), disse que dos 10 vereadores do município apenas um, a vereadora Acássia Ribeiro votará em Maria do Carmo para o Senado Federal se Albano Franco resolver entrar na disputa.

 

Lagarto II

O vereador Paixão alfinetou Maria do Carmo afirmando que acompanha a TV Senado, mas não vê a atuação da senadora sergipana. “Se Albano resolver ser candidato a senador, a briga será boa e mais de 80% dos vereadores do Estado vão lhe acompanhar”, avisou.

 

 

Abuso de poder I

Foi grande a repercussão do artigo publicado nesta coluna com o título “Abuso de poder”. Grande parte dos e-mails e telefonemas recebidos foi de elogios pelo artigo. Apenas três e-mails discordaram deste colunista e como esta coluna tem como principio básico respeitar e dar espaço ao leitor publicará alguns trechos desta discordância. Este jornalista lembra que a coluna é opinativa, refletindo o ponto de vista de um profissional, que não muda uma virgula do que escreveu.

 

Abuso de Poder II

Em um dos e-mails o leitor lembra que “os militares envolvidos nos fatos comentados na sua coluna tem um longo histórico de envolvimento político partidário. O tenente coronel Carlos Augusto já foi candidato a Deputado Estadual e obteve menos de mil votos. Os outros oficiais envolvidos foram e são seguranças de Marcelo Deda. Inclusive atuaram na última eleição”, disse.

 

Abuso de Poder III

Prossegue o leitor: “Então meu caro colunista eles todos sabiam que estavam cometendo um ilícito ao cercear o direito constitucional de greve. Direito esse que foi amplamente defendido pelo PT no governo de FHC. O ilícito foi  cometido a partir do momento em que pessoas que deveriam atuar em defesa

da lei e a ordem se utilizam de meios ilegais e violentos para defender  sua postura política e à de seus “chefes políticos”.

 

Abuso de Poder IV

Continua o leitor no e-mail: “Acho que João Alves demorou para tomar essa atitude exemplar. Não estou aqui para julgar se cabe ou não essa punição nas leis militares. Creio que João Alves como governador tem essa prerrogativa.Sergipe e o Brasil estão precisando de uma limpeza profunda nos quadros policiais. Estamos cansados de ver policiais, civis e militares, envolvidos em tráfico de drogas e prostituição. Sem ir muito longe aqui, na Coroa do Meio e Atalaia, existem inúmeros prostíbulos que são gerenciados com a “ajuda” de policiais. E você sabe bem que da prostituição ao tráfico e um passo, não sabe?”.

 

 

Frase do Dia

“Mantenham a mente aberta, assim como a capacidade de se preocupar com a humanidade e a consciência de fazer parte dela”.Dalai-Lama.

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais