Atenção! Estou ciente de que o assunto hoje tratado é polêmico, delicado e de difícil abordagem. Estou certo também de que algumas pessoas poderão não ter a compreensão igual à que tenho. Porém, sei também que isto é absolutamente natural. Graças a Deus haverá, certamente, discordâncias. É assim mesmo. É a discrepância que gera o movimento. Peço a estes um pouco de paciência e de reflexão. O assunto é sobre dinheiro/riqueza/pobreza e a estreita relação que eles têm com a felicidade, bem como a pseudo-aversão que foi criada em torno do tema. Ou seja, a matéria tratará diretamente da consciência que temos em relação à riqueza e à pobreza do dinheiro e a falta que ele faz. Há quem afirme com segurança que: “dinheiro não traz felicidade, mas que a sua falta traz uma infelicidade danada”. Outros dizem que: “dinheiro não é tudo na vida”. E, há aqueles que asseveram que: “é possível viver-se muito feliz sem a posse do até denominado vil metal”. O Falcão, escrachado humorista e cantor cearense, afirma que: “dinheiro não é tudo na vida, é apenas cem por cento”. Já o também irreverente, Grouxo Marx, comediante e ator estadunidense, afirma que: “há tantas coisas na vida mais importantes que o dinheiro! Mas, custam caro!”. Outros asseguram que: “dinheiro não traz felicidade. Mas, manda buscar”. Ou que, “com dinheiro tudo se resolve mais fácil”. Bem. A brutal realidade é que quase todos os nossos problemas podem ser resolvidos com dinheiro e que todos nós sabemos disso. Porém, ao que parece, existe, no nosso inconsciente coletivo, certa ojeriza ao dinheiro, à riqueza e, sobretudo, ao rico. Quer dizer: uma aparente e inexplicável ojeriza. Pois no fundo, todos gostam mesmo é do dinheiro, da riqueza e, sobretudo, do conforto e segurança que eles proporcionam. Mas, objetam sem sequer saber o porquê quando o assunto se refere a ele. “Estou muito bem assim, sou pobre, mas sou honesto”, “Sou pobre, mas o que ganho dá para viver e está muito bom assim”, ou pior ainda: “ sim, sou pobre, graças a Deus.” Para agradar, não se sabe a quem, até inventam fórmulas de dizer que dinheiro não é uma boa coisa, que ser rico é um pecado e cometem interpretações incríveis, para, ao que parece, convidar a todos para a pobreza. Ser rico é pecaminoso: “É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”. Esta, por sinal, é uma das lições que aprendemos muito cedo nas nossas aulas de vida. As aulas mais importantes, pois nos são ministradas pelos nossos formadores. É o indicativo de que não devemos fazer coisas erradas e, segundo estes “ensinantes”, tudo isto é impuro, devemos, portanto evitar. É aquela velha e surrada fórmula da formação pelo temor, pelo terror e pelo medo. É o velho conceito de pecado, de inferno, de capiroto. Sim. Pois para quem for rico, segundo esta prejudicial “lenga-lenga” só vai sobrar mesmo o purgatório, ou o inferno. Vai ser muito difícil um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Então o cidadão, muitas vezes, para não ser obrigado a experimentar as agruras do purgatório, o fogo do inferno, e nem as “futucadas” do tinhoso prefere permanecer onde está. Ser rico? É pecado, o rico vai para o inferno, Lugar quente e onde só se escuta choro e ranger de dentes? Quero não. É melhor continuar na minha pobreza. Eu quero é ficar longe dessas coisas. Existem até escolas muito influentes que pregam a negação ao dinheiro, à riqueza e ao rico. (Para os outros, naturalmente). Ser rico deve ser um objetivo, às vezes não chegamos lá. Porém devemos ter em mente que é para o melhor que devemos seguir. E, durante esta busca vamos usufruindo o que formos conseguindo pelo caminho. Se atingirmos, ótimo, se não. Valeu. Foi melhor do que o comodismo. Ser rico se aprende. É durante a nossa formação e, sobretudo, através de lições, admoestações e, dos exemplos emanados dos nossos “ensinantes” (formadores), que chegamos à riqueza ou ficamos onde estamos se pobres somos. A formação é tão importante que às vezes por causa dela pode acontecer situações extremas: quem nasce rico empobrece e quem nasce pobre enriquece. Cá para nós, deveria existir uma escola para nos ensinar o caminho da riqueza. Não acham? Existem escolas para tantas coisas, não é mesmo? Por que não existe uma para ensinar o pobre a ser rico? Vamos pensar onde estamos. Abaixo descreverei algumas situações para que identifiquemos cada um onde nos enquadramos e, sem muito alarde, possamos, se quisermos, quem sabe, até mudar de caminho. Mas, talvez seja necessário esquecer ou combater o que foi aprendido. Eliminar esta idéia que permeia o nosso ambiente. Vamos raciocinar sem comprometimento. Façamos de conta que não sabemos nada sobre pecado, sobre o “tinhoso”, sobre o céu, nem sobre o calor do inferno, nem de camelo nem fundo (fundo ou buraco?) de agulha. Apenas pensemos entre o que verdadeiramente queremos. Queremos ser ricos ou pobres? Tente identificar onde você está: Você sabe aonde quer chegar? Tem um projeto de vida? Ou se conforma com o acaso e diz: “deixa a vida me levar, vida leva eu…”. Você acha que está pronto para definir o seu destino? Ou acredita que tudo depende de sorte, pois o seu destino já foi traçado por Deus e por outras pessoas? O rico diz: eu crio o meu destino; O pobre diz: O meu destino está traçado a minha sorte lançada – não tenho pressa, tudo acontece na hora exata, quer dizer: “deixo a vida me levar…” O rico está sempre focado nas oportunidades e as persegue com tenacidade, comprometimento e disciplina. O pobre está sempre focado nos obstáculos e no trabalho que dá correr atrás de uma oportunidade. “Eu até gostaria, mas, dá uma trabalheira”. Você procura resolver os seus problemas ou deixa que os outros resolvam? Ou seja, delega esta tarefa para o pai, patrão, prefeito, governador, Presidente, o Congresso Nacional ou Papa? “É, é isso mesmo, eles estão aí, foram eleitos para isso mesmo: resolver os meus problemas”. Você usa desculpas do tipo: não posso, não sei, já estou velho demais pra isso, isto não é para mim, eu sou muito superior a isto. Você usa muito os álibis do “se”: se eu não fosse casado, se eu fosse solteiro, se eu não tivesse mulher e filhos, se eu tivesse um pistolão, se eu tivesse tempo, se eu morasse noutra cidade, se eu encontrasse a pessoa certa, se eu tivesse nascido em outra família, se reconhecessem o meu trabalho… Sim, porque criar álibis e desculpas para justificar os insucessos é o passatempo nacional. Existe sempre na ponta da língua uma resposta preparada para legitimar, as desídias que cometemos. “Eu só fiz isso por que…”. Amigos, Platão já dizia que “a primeira vitória é vencer a si mesmo”. E Elbert Hubbard, admirado, exclamou: “é sempre um mistério ver que as pessoas passam tanto tempo se iludindo, deliberadamente, criando desculpas e álibis para encobrir uma fraqueza que pode ser curada tão facilmente”. Se isto acontece com você, tenha coragem e troque todas estas desculpas e álibis por: determinação, coragem, perseverança, disciplina e boa vontade. Vá e faça. E se prepare para colher os frutos. Acredite, só colhe quem planta. Não esqueça, “O dinheiro pode até não trazer a felicidade… Mas a falta dele acarreta uma infelicidade danada”. PENSE NISSO E SUCESSO!
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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