A falta de um guia de fontes tem empobrecido a pesquisa em Sergipe, exigindo um enorme esforço de superação por parte de quem, por obrigação acadêmica, ou por qualquer outra motivação trabalhe com temática sergipana. No Arquivo Nacional e na Biblioteca Nacional, ambos no Rio de Janeiro, estão depositados documentos, editados ou em manuscritos, incluindo coleções de jornais e periódicos, iconografias, acervo essencial para a historiografia sergipana. Da coleção de jornais da Biblioteca Nacional a Secretaria de Estado da Cultura, em 1995, editou a coleção de CDs, oferecida ao Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe, ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, e posta na Biblioteca Epifânio Dória e no Arquivo Público do Estado de Sergipe. Na Biblioteca Nacional ainda estão, em manuscritos, muitos documentos sobre Sergipe, como as Cartas que Francisco Barreto, Governador e Capitão Geral, escreveu à Capitania de Sergipe, de 1657 a 1666 (Indicação de Catálogo L – 31,20.11); o manuscrito original da Memória sobre a Capitania de Serzipe, de autoria de Dom Marcos Antonio de Souza, datado de 1808 (Indicação de Catálogo 1-9-1-9 gaveta 95); Sergipe, Apontamentos para a sua história, sem autoria (Indicação de Catálogo 1-10-4-13); Carta do Capitão-Mor de Sergipe d´El Rey, Custódio Rabelo Pereira, datada de 10 de julho de 1718 e dirigida a SM, dando conta de sua posse e do estado da mesma Capitania (Indicação de Catálogo 1- 311,31,73); Ofício de Manoel Cardoso de Saldanha ao Provedor-Mor Manoel de Matos Pegado Serpa, sobre a terminação da Matriz de Itabaiana, com vários documentos a respeito, e datado da Bahia, 26 de setembro de 1764 (Indicação de Catálogo II -33,26,6); Breve notícia sobre a revolução do Brasil em 1821, nas Províncias da Bahia, Sergipe e Alagoas. Bahia, sem data, embora haja uma assinatura de iniciais FJM, de 1822 (Indicação de Catálogo 13,4,12); Cartas de André de Melo e Castro, 4º Conde de Galvêas, dirigidas aos oficiais da Câmara da Cidade de São Cristóvão, Capitania de Sergipe d´El Rey. Datadas de Salvador, de 25 de janeiro de 1738 a 10 de dezembro de 1749 (Indicação de Catálogo 5,2,12); Manifesto e Ofícios de Francisco Vicente da Costa Branco, José Leite Pacheco e outros, referentes a tropas destinadas a combater qualquer movimento relacionado com o Republicano das Províncias de Pernambuco, Sergipe, Piauí, etc, seis documentos, datados da Bahia em 1824 (Indicação de Catálogo II -31,36,12 nº 2); Requerimento de Antonio Fernandes da Silveira, José Pinto Carvalho e outros, pedindo ao Imperador prorrogação de prazo para a extração de metais na serra de Itabaiana Grande e Canindé, Província de Sergipe, datado do Rio de Janeiro, abril de 1837, autógrafo, 2 páginas, com anexo de 3 cartas remetendo as cópias dos Decretos de 1835, 1837 e 1838 que concederam aos requerentes licença e prorrogação para a extração dos metais (Indicação de Catálogo II – 1,1,4); Cartas de Afonso Furtado de Castro Rio de Mendonça, Visconde de Barbacena, do Governo interino, de Roque da Costa Barreto, de Antonio de Souza Menezes e de Antonio Luiz de Souza Teles e Menezes, 2º Marquês de Minas, governadores e capitães gerais do Estado do Brasil, desde 30 de setembro de1672 até 17 de janeiro de 1685 (Indicação de Catálogo 8,3,1); Carta que se escreveu ao Capitão-Mor João de M. Minho, da Capitania de Sergipe d’ El Rey para mandar conduzir mantimentos para os Paulistas, datada de 9 de fevereiro de 1673 (Indicação de Catálogo 8,3,1 nº 47); Cartas Patentes expedidas do ano de 1664 ao de 1678 pelos Governadores e Capitães Gerais do Estado do Brasil, Conde de Óbidos, Afonso Furtado de Castro do Rio Mendonça, depois Visconde de Barbacena, governador interino, e Roque da Costa Barreto, datadas da Bahia 1664-1678 (Indicação de Catálogo 1,2,9). (Continua)
Os acervos bibliográficos não suprem as necessidades, nem são atualizados de modo a oferecerem informações esclarecedoras. Cada monografia, cada dissertação, cada tese leva o autor a passar por uma verdadeira via-crucis, catando documentos, conferindo dados, cuidando para oferecer uma contribuição que eleve o nível do conhecimento.
O mesmo fez com os Relatórios dos Presidentes da Província e do Estado, desde 1835 até 1930, dando o mesmo destino aos CDs. Com tal coleção foi possível ampliar o acesso aos documentos e aos jornais, o que representou um aporte novo de conhecimento, ao alcance de todos.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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