Água, Princípio de Tudo

A água é o princípio de todas as coisas”

Tales de Mileto – Século VII a. C.

Na busca de compreender qual a verdadeira origem do mundo, refutando a mitologia grega que apresentava narrativas originárias explicando de maneira fantasiosa o modo como o universo tinha sido formado, Tales de Mileto, século VII a. C, afirmou ser a água o princípio ativo de tudo. Por esta afirmativa que mudou a forma de investigar e de buscar a origem de tudo, foi considerado, trezentos anos depois, por Aristóteles, século IV a. C, como o pai da filosofia.

Água, princípio de tudo para Tales de Mileto e, princípio essencial de vida para todas as espécies existentes no universo, matéria-prima e necessária para a produção de energia, alimentos, saúde, lazer e muito mais. A sua utilidade é infinita e, agora, dois mil e quinhentos anos depois daquela constatação que mudou a história do pensamento ocidental e, também, a consciência de que, em termos de quantidade, a água que existe hoje é a mesma que existia desde o início dos tempos, a pergunta que fica é: como estamos tratando este bem tão essencial?

Será que estamos tendo os devidos cuidados com sua preservação? Ao que parece, a resposta é não. Na verdade, é que temos maltratado muito a nossa natureza e, a água, como elemento básico e indispensável não ficou de fora deste processo de destruição progressiva. Onde isso vai chegar? Eis a grande questão. Na verdade, já chegamos e, já sentimos os danosos efeitos das nossas ações destruindo a função vital deste líquido tão precioso que garante a vida e mantem o equilíbrio de tudo.

Não é necessário fazer muito esforço para constatar que determinadas populações e, até nações inteiras, padecem pela falta, enquanto outras, sofrem com o seu excesso. Contudo, constatamos, também, que todas as problemáticas gerados são de responsabilidade única e exclusiva nossa, nunca da natureza.

O homem não entende que se em algum lugar falta e, noutros sobra, é porque, naturalmente, naquele local não é para tê-la em abundância e, no outro onde ela sobra é porque ali, também, a sábia natureza determinou, por algum motivo, que tinha que ser assim. Logo, esta decisão deveria ser acatada pelo homem e não desrespeitada e invadida. A natureza é sábia, segue em frente, sempre em frente, não enfrenta os obstáculos, ela, a exemplo da água, os arrodeia e segue. E, somos nós, que de forma errada, insistimos em interferir no seu caminho, por isso estamos sempre pagando muito caro por isso.

Refletindo, ainda, pense no quão bom e confortável é abrir uma torneira e sentir o fluxo de água jorrando forte e natural, porém, não damos o devido valor do que aquilo representa, e, nem agradecemos por aquela dádiva chegar tão abundantemente na nossa cozinha, no nosso banheiro, no nosso jardim, afinal, estamos tão acostumados que nem imaginamos como seria, se a torneira não jorrasse. O comodismo nos deseducou. Sem percebermos, estamos, todos nós, consumindo muito mais do que deveríamos, desperdiçando hoje o que fatalmente faltará amanhã. Deveríamos e, devemos ainda, ficar mais atentos, um dia pode ser que a torneira não jorre e, aí? Aí, com certeza, se isso acontecer, vamos lamentar, perceber e valorizar o que tínhamos e não valorizávamos.

Vamos fazer diferente? Vamos valorizar e respeitar a natureza? Vamos preservar mais e poluir menos? Saiba, que quando se colhe, no chão, um copinho descartável, que foi indevidamente descartado ali e, o colocamos na cesta do lixo que está a dois metros de distância, estamos evitando o entupimento do mundo? Vamos ser mais educados e educadores também? Através do nosso exemplo, vamos mudar e transformar? Vamos preservar as nascentes, os córregos, os rios, as matas e os mares?

Vamos evitar os descartes indevidos de sacos plásticos, garrafas pet, e outros materiais que, normalmente vamos jogando aleatoriamente sem perceber que com esta nossa atitude tão despretensiosa poderemos estar entupindo os esgotos, as valas, os rios e os mares.

Somos nós, eu e você, que devemos ter o maior cuidado com a nossa deseducação, com o nosso desrespeito à natureza, com o mau uso e o desperdício das dádivas Divinas que não nos custam nada.

Você sabia? Aquele restinho de óleo que você usa para qualquer tipo de fritura na cozinha da sua casa e que ingenuamente descarta na pia é altamente poluente? Que um litro daquela substância é suficiente para contaminar um milhão de litros de água?  E este milhão de litro de água, que foi indevidamente contaminado, é o que uma pessoa gasta durante quatorze anos?

Pense bem, vamos tratar com cuidado a abundância da água, própria para o consumo, que ainda existe, evitemos que os rios e os mananciais, já muito comprometidos, sejam mais contaminados ainda e acabem morrendo pela nossa desídia e falta de atenção.

Vamos fazer a nossa parte. É essencial que ajamos assim para podermos legar às futuras gerações um mundo melhor.

Sim, não percamos também as chances que tivermos de conscientizar e educar o maior número possível de pessoas. As futuras gerações agradecerão.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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