Experimente mudar: um convite para reencontrar a humanidade perdida

Vá hoje mesmo e dê aquele abraço que não aconteceu.
A vida é breve, mas o amor, quando verdadeiro,
é eterno. Eterno para quem dá, e para quem o recebe.

Por Domingos Pascoal

Num mundo cada vez mais barulhento, apressado e indiferente, pequenos gestos tornaram-se raros. E por isso mesmo, tornaram-se revolucionários. Dizer “obrigado”, “com licença”, “por favor” ou simplesmente “me perdoe” pode parecer coisa pequena… Mas, dito com alma, com verdade, tem o poder de reacender a centelha humana que anda adormecida em tantos de nós.

Experimente falar com mais suavidade.

Seja manso ao verbalizar, fale mais com o coração do que com a garganta, perceba que quase sempre somos mais amados ou rejeitado apenas pelo tom de voz que usamos. pois, não é o que dizemos que fere ou cura é o tom com que dizemos.

Experimente sorrir.

O sorriso é a menor distância entre as pessoas, é a ponte invisível que aproxima o que a pressa separa

Experimente ouvir.

Ouvir de verdade, ouvir com os olhos, com a pele, com a alma. Dê atenção plena, sem pressa, sem distrações. Escutar como quem acolhe como quem planta esperança no outro. O mundo só fala com quem tem coragem de escutá-lo em silêncio.

Experimente ser honesto.

Seja honesto consigo mesmo, mas, principalmente, seja honesto com o outro. Não apenas com a verdade dos fatos, mas com aquela verdade que pulsa no fundo do peito essa que tantas vezes evitamos encarar para não nos vermos nus, vulneráveis, humanos.

Experimente amar.

Mas não o amor de vitrine, de cena montada ou de juras vazias. Ame no gesto. No cuidado. No tempo oferecido. No silêncio respeitado. Na presença que diz: “estou aqui, ao seu dispor, conte comigo”.

Experimente perdoar.

A si mesmo, primeiro. Pelas quedas, pelas falhas, pelas escolhas que hoje parecem enganos. Depois, perdoe os outros. Quando entendemos as dores por trás dos erros, eles doem menos. E às vezes até curam.

Em tempos de muros e trincheiras e narrativas, mudar é um ato de coragem.

Coragem de ser gentil num mundo endurecido. Coragem de ser justo em tempos de fingimento. Coragem de ser humano inteiro quando tudo nos empurra para o egoísmo fragmentado.

Experimente mudar.

Às vezes, a transformação do mundo começa pela transformação de um único gesto. E esse gesto pode ser o seu.

Você, que nos deu a honra de chegar até aqui com sua leitura, pare um instante. Respire fundo. Feche os olhos, e tente lembrar: Quando foi o último abraço que você deu na sua mãe? No seu pai? Nos seus irmãos? Nos seus amigos? Quando foi a última vez que você disse, com verdade e calor: “Eu te amo.” “Estava com saudades.” “Sinto sua falta.” “Você ilumina o meu dia, a minha vida, o meu existir” …

Lembre-se também de um gesto que poderia ter sido resolvido com mais ternura, mas que, talvez, você tenha sido indiferente, impaciente e, até grosseiro e, sem pensar disse ou fez o que não deveria ter feito deixando o seu interlocutor triste. Pense um pouco, olhe agora, talvez seja o momento de você voltar e, com coragem: Corrija. Reconstrua. Refaça. Não com culpa, mas com humildade. Não com vergonha, mas com humanidade.

Pense nisso. Experimente mudar!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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