Epididimite: o que é e como afetam os homens?

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Trata-se de uma  inflamação aguda ou crônica do epidídimo, ocasionalmente acompanhada por inflamação dos testículos (orquiepididimite), infelizmente a depender da gravidade da infecção, a epididimite poderá causar infertilidade no homem.

Epidídimo faz parte do sistema reprodutivo masculino, sendo uma estrutura formada por longos e finos tubos enovelados que se localizam posteriormente a cada um dos testículos e que, quando distendidos, medem curiosamente cerca de 6 metros de comprimento, sua principal  função armazenar e nutrir os espermatozoides jovens produzidos pelos testículos para amadurecê-los e posteriormente transportá-los pelo interior dos canais deferentes no instante da ejaculação.

Causas

É uma infecção causada pela contaminação do epidídimo por bactérias, como as que transmitem a clamídia e a gonorreia, em virtude disso as infecções sexualmente transmissíveis são um grande fator de risco para a doença, embora não sejam as únicas formas de desenvolver a doença ,por que ela também pode ser causada pelo refluxo da urina, traumas no local, caxumba ( papeira ) e intervenções cirúrgicas que podem levar as bactérias para o interior do sistema reprodutor masculino.

Sabemos de que a presença de bactérias no epidídimo irá desencadear uma resposta inflamatória do sistema imunológico, acarretando na liberação de substâncias inflamatórias, como as citocinas, por exemplo, que atraem células do sistema imunológico para a área afetada; a  inflamação leva também à vasodilatação, causando vermelhidão, inchaço e aumento do fluxo sanguíneo na região do epidídimo, aumentando a permeabilidade dos vasos sanguíneos na área afetada, o que consequentemente irá permitir que células do sistema imunológico, como os leucócitos, entrem no tecido para combater a infecção, decorrente dessa inflamação e do aumento da permeabilidade vascular, irá ocorrer um acúmulo de líquido e um grande edema no epidídimo, levando ao inchaço e à dor localizada.

Quadro Clínico

Infelizmente essa patologia clínica é uma das causas mais comuns de infertilidade masculina entre jovens de 18 a 35 anos, quando a doença dura mais de seis semanas ou que ocorre repetidamente ela é considerada como crônica, no entanto na forma considerada como aguda esses sintomas aparecem rapidamente em menos de 24 horas, já os sintomas da epididimite crônica podem surgir lentamente e, muitas vezes, a sua causa dificilmente é encontrada.

Os sintomas mais comuns de epididimite aguda podem incluir:

-um testículo inchado, dolorido e quente; dor ao urinar; secreção no pênis;

  • dor intensa na região do epidídimo, podendo irradiar para a virilha e o abdômen inferior do mesmo lado;
  • sensibilidade nos testículos, geralmente de um lado, a qual surge lentamente; necessidade urgente e frequente de urinar;
  • dor ou desconforto na parte inferior do abdômen ou região pélvica; ejaculação sanguinolenta; febre, que é muito menos frequente ( tornando o quadro infeccioso mais silencioso )

Diagnóstico

O diagnóstico da epididimite envolve uma combinação de história clínica, exame físico e, às vezes, exames laboratoriais, ou seja o médico deve iniciar fazendo uma história clínica detalhada do paciente, fazendo perguntas sobre os sintomas que ele está experimentando e a maneira como eles evoluíram, além de questionar sobre a história médica do paciente e atividades recentes que possam estar relacionadas à epididimite, como infecções ou atividade sexual recentes.

Subsequentemente o profissional deve realizar um exame físico cuidadoso e minucioso ,que deverá sempre incluir a palpação do testículo para avaliar a presença de inchaço, sensibilidade e outras anormalidades, determinando com isso pode ajudar  a gravidade da epididimite, excluindo outras condições clinicas.

Para confirmar o diagnóstico e determinar a causa da epididimite, o médico também pode solicitar exames laboratoriais, tais como:

-análise e cultura de urina para procurar leucócitos e bactérias na urina e para identificar o tipo específico de bactéria que está causando a infecção;

-exame de sangue para verificar se há sinais de infecção sistêmica;

-ultrassonografia testicular para ajudar a identificar a inflamação do epidídimo e excluir outras causas de dor na região;

Observação: a depender do quadro clínico, outros exames específicos podem ser necessários para descartar outras condições.

Tratamento

Após realizado o diagnóstico, sendo confirmada uma infecção bacteriana, o médico deverá prescrever o antibióticos apropriados, de acordo com o antibiograma. O tratamento pode variar de 10 a 14 dias ou mais, dependendo da gravidade da infecção, além disso o paciente deve descansar e elevar os testículos, utilizando um suporte escrotal, o que pode ajudar bastante a aliviar o desconforto e a inflamação.

Se a epididimite tiver sido causada por uma doença sexualmente transmissível, a(o) parceira(o) sexual também deve ser tratada(o) para evitar a reinfecção, salientando de que se houver uma causa subjacente, como uma anomalia anatômica, essa condição subjacente deve ser corrigida, na medida do possível; em casos de dor intensa, o médico pode prescrever analgésicos ou anti-inflamatórios para aliviar o desconforto.

Complicações

Em casos graves ou não tratados, a inflamação prolongada pode causar danos ao epidídimo, levando à formação de cicatrizes e, em alguns casos, obstrução parcial ou total do epidídimo, prejudicando a fertilidade.

As complicações mais comuns da epididimite incluem a formação de um abscesso no testículo  (infecção com acúmulo de pus), acúmulo de líquido em torno do testículo formando uma hidrocele, disseminação da infecção para o testículo dando origem à chamada orquiepididimite e, mais raramente, infertilidade.

Uma Boa e agradável Semana…

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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