Duas décadas atrás, o PFL foi a exceção à regra do PMDB. Com o fim do bipartidarismo e dos presidentes militares, o partido de Ulysses Guimarães estava possuído do encanto de quem ousou fazer oposição ao regime, que representava o novo, daí ter conseguido eleger quase todos os governadores, à exceção de Sergipe, onde se saiu glorioso o pefelista Antônio Carlos Valadares — vitória creditada ao então governador João Alves Filho. Desta vez, quando não há um partido hegemônico no mapa eleitoral nacional, o solitário governador eleito pelo PFL foi José Roberto Arruda.
FILOSOFICAMENTE ACOMODADO ÀS CIRCUNSTÂNCIAS — Neto da conservadora Arena, pois nascido da dissidência do PDS, que sucedeu àquela, o PFL nunca foi de fato um partido de decidir sozinho ou de liderar um bloco, mas de acomodar-se às circunstâncias, de grudar com oportunismo ao projeto do mandatário da hora, não importando se do personalista Fernando Collor ou do social-democrata Fernando Henrique.
No Planalto, só foi de fato importante no primeiro governo civil pós-regime, de Tancredo Neves/José Sarney (1985-1990), após somar-se ao PMDB para derrotar Paulo Maluf no colégio eleitoral. Sarney, o político mais antigo em atividade no Congresso, onde chegou como deputado federal em 1955, foi da UDN, da Arena, do PDS e também do PFL antes de se filiar ao PMDB já no exercício da Presidência.
Com a subida de Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto, em 2003, pela primeira vez o PFL ficou longe daquilo que mais gosta, o cheiro do couro das poltronas do palácio. Figurou como aliado dileto dos tucanos durante os dois governos de FHC (1995-2002), manteve-se no posto nas duas derrotas para Lula, mas nem como coadjuvante tem conseguido manter-se com a mesma importância. Alguém aí se lembra quem foi o candidato a vice-presidente da República na chapa de Geraldo Alckmin?
O PFL já não tem o Nordeste como principal reduto eleitoral, certamente uma conseqüência da decadência do coronelismo da região — vide a emblemática derrota de Antônio Carlos Magalhães na Bahia, ampliada pela queda do eterno cúmplice João Alves Filho
Deputados federais eleitos pelos quatro maiores partidos
Partido | 1998 | 2002 | 2006 |
PMDB | 83 | 88 | 89 |
PT | 59 | 91 | 83 |
PSDB | 99 | 71 | 65 |
PFL | 105 | 84 | 65 |
Fonte: DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
* A propósito, o candidato a vice-presidente de Alckmin foi o senador pernambucano José Jorge.
O alerta do Greenpeace
Com o título “Alerta geral: o mundo já está sofrendo com o aquecimento global”, a entidade ambiental Greenpeace acaba de divulgar no Brasil o seguinte aviso: “Como é típico dos seres humanos, o mundo acordou agora, um tanto atrasado, para o aquecimento global: no momento em que a água começa a bater no joelho. Literalmente. Basta ligar a TV e prestar atenção às notícias diárias: enchentes, expansão de desertos, incêndios provocados pela seca e nevascas fortíssimas. Precisamos abrir os olhos, cobrar ações efetivas das autoridades e evitar danos maiores para nosso futuro.
Falando em conseqüências, no Brasil o cenário de mudanças climáticas é bem explícito:
• Atualmente, somos o quarto maior colaborador para o aquecimento global do mundo;
• O desmatamento da Amazônia é responsável por 75% da emissão brasileira de gases;
• Em 2070, nesse ritmo, a floresta amazônica poderá se transformar num grande cerrado.”
O texto se encerra com dicas de como o homem, no seu dia-a-dia, pode ajudar a impedir a destruição do planeta:
“Além das conseqüências, é preciso cuidar também das causas! Por isso, vamos exigir a adoção de medidas contra o aquecimento global. Além do governo, você também pode contribuir fazendo a sua parte:
• Economize energia elétrica: não guarde alimentos quentes na geladeira, use lavagem a frio na máquina de lavar, troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes;
• Dispense sempre que puder os saquinhos plásticos, e quando não for possível, reutilize-os para armazenar o lixo;
• Separe os materiais recicláveis e incentive a coleta seletiva no seu condomínio, bairro ou cidade;
• Use sempre materiais de limpeza biodegradáveis;
• Ao comprar produtos de madeira, verifique sempre a origem e exija o selo FSC;
• Peça e ofereça carona, além de divertido, você contribui para diminuir a poluição.”
Você pode ver mais no site do Greenpeace