É publico e notório que o emprego está ficando a cada dia mais escasso

O EMPREGO

 

Diz-se que a empresa do futuro terá três agentes de produção:

Uma máquina, um cachorro e um homem. Assim mesmo nesta seqüência.

A máquina para fazer todo o trabalho;

O cachorro para vigiar e não permitir que o homem mexa na máquina; e,

O homem? Bem o homem terá a missão de alimentar o cão, passear com ele de vez em quando…

                                                                                                                       Desconheço o autor

 

 

 

É publico e notório que o emprego está ficando a cada dia mais escasso.

 

E, isso é sempre justificado com o argumento de que a máquina está substituindo o homem; de que onde trabalhavam vinte pessoas, hoje repousa um computador, resolvendo com muito mais eficiência as tarefas que eram desenvolvidas por quarenta mãos e vinte cérebros; de que é impossível competir com a automação: informática, robótica, telemática etc., enfim, está muito difícil arranjar um bom emprego e que isso é o fim dos tempos, vai chegar um momento em que o ser humano não vai servir mais para nada.

 

Há quem chegue a afirmar que ideal seria estancar o progresso, volvermos ao “status quo ante”, quando mãos, cérebros e vontades, boas ou más, realizavam todas as tarefas.

 

Outros acham que estamos vivendo uma grande quebra de paradigmas e ultrapassando o tão surrado discurso do fim do capitalismo, do fim da sociedade do trabalho e o fim do antagonismo entre capital e trabalho.

 

Há quem ache, por outra via, que o homem realmente não veio ao mundo para trabalhar e que o trabalho, desde a gênese humana, é castigo “Ganharás o pão com o suor do teu rosto” disse Deus a Adão por ter ele desobedecido às suas ordens.

 

E ainda aqueles que entendem que a sociedade já está atingindo o ponto de maturação em que não haverá mais a necessidade do trabalho humano e que baseado em tal interpretação estamos às portas do tão sonhado ócio produtivo, ócio criativo etc.

 

Não saberia este modesto conhecedor de nada, dar uma receita, contestar ou afirmar tais teorias.

 

No entanto, é evidente que desde o inicio das eras quando o homem dominou o fogo, inventou a roda, criou petrechos de pedra e madeira e domesticou animais, foi porque aquelas invenções significavam mais conforto.

 

O desenvolvimento nunca parou na revolução industrial, quando a máquina surgiu, também se prenunciava a liberdade do homem. Bradava-se: a partir de agora teremos máquinas para nos libertar…

 

Na verdade, não foi isso o que aconteceu. Naquele tempo, como agora, a máquina foi tão contestada, por algumas correntes do pensamento, quanto nos dias atuais está sendo a tecnologia digital. Ela, igualmente, veio para nos socorrer e acabou nos substituindo, tomando os nossos postos de trabalho.

 

É o preço. O preço do desenvolvimento. Tudo o que tem grande potência tem, em contrapartida, grande preço a pagar.

 

A impotência do homem frente à automação é uma realidade. Não há, acredito, nenhuma forma de enfrentá-la a não ser ultrapassando-a, aliando-se a ela, ou tornando-se o melhor dos melhores naquilo que já faz ou se propõe a fazer.

 

Como ultrapassá-la é humanamente impossível, resta-nos quedar nosso orgulho e em conivência seguir os seus passos. Afinal, já afirmava Maquiavel: “quando não se pode dominar o adversário, o melhor é aliar-se a ele”.

 

 

 

Aos excelentes e comprometidos, aqueles que querem sempre aprender, que desempenham com amor, competência e desvelo as suas funções sempre terão uma colocação no mercado de trabalho.

 

Em contrapartida, aquele que só faz porque é obrigado, senão não terá no final do mês o seu salário, estará sem dúvidas, destinado a ser um eterno desempregado.

 

Acreditamos que, mesmo com todo desenvolvimento, com toda a informática, com todas as máquinas; aqueles que fazem sempre melhor, os mais comprometidos, os que se determinam a aprender, têm a humildade de adaptar-se aos novos padrões não vai faltar colocação no mercado laboral.

 

Acabou a vaga do “bom”.

 

Aquele cidadão que afirmava com orgulho que era o “bom”, está ultrapassado, pois já existem os excelentes e serão estes e não aqueles que ocuparão os postos de trabalho mais qualificados. E, não poderia ser diferente. Por que alguém contrataria um “bom” se pode ter o melhor?

 

Além de excelente, além de ser o melhor, seria também de fundamental importância amar o que faz. Vibrar com a profissão que exerce. Ser comprometido.

 

No entanto, constata-se, com tristeza, que isto está a cada dia mais distante.

 

Vibrar com o que faz, se comprometer com o sucesso da operação, torcer para que se realize o melhor para as partes envolvidas, desempenhar com amor aquilo que se prontificou a fazer, já não faz parte da intenção daquela maioria que na fila busca uma colocação no mercado de trabalho.

 

Infelizmente, sabemos que estes vão continuar, lá mesmo, na fila, ninguém quer e quando por acaso admite, logo demite…

 

Acaso já escutaram estas colocações?  “Só estou aqui para defender o meu”, em outras palavras, “estou pouco me lixando para o que acontece com a empresa, o patrão que se vire”. Será? Cuidado, o patrão poderá arranjar outro mais envolvido ou uma maquininha para lhe substituir.

 

Na grande maioria desvalorizamos tanto o nosso trabalho que quando nos perguntam para onde vamos respondemos:

 

Vou a luuuta! Vou à Guerra! Vou para a batalha! Vou enfrentar o batente…

 

Quando deveríamos dizer exatamente ao contrário, pois depois da nossa casa o local mais importante e onde passamos mais tempo é no nosso trabalho. Deveríamos amar mais o que fazemos. A nossa profissão deveria ser encarada com muito mais comprometimento.

 

Pense no produto ou serviço feito por uma pessoa que encara o trabalho como sendo uma luta, uma guerra, uma batalha, ou um batente?  Será que é um bom produto ou bom serviço?

 

Amigo, não esqueça, você pode até achar seu trabalho uma porcaria, mas, acredite, com certeza existe um batalhão de pessoas querendo a sua vaga. Além de que você poderá ser simplesmente substituído por uma máquina.

 

Não esqueça a situação é irreversível não há como desinformatizar, desrobotizar, desautomatizar.

 

A tecnologia só anda para frente, não dá passo à , não retrocede. No seu caminho só o avante é possibilidade. Re-tornar, re-voluir, re-formar, não são termos sequer conhecidos.

 

Não esqueça novos tempos, novas buscas: adaptação, conhecimento especializado, comprometimento e, sobretudo ser, em todos os aspectos, o melhor em tudo o que faz. Esta é a grande expectativa do mercado.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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