Advogado há 33 anos, Edson Ulisses de Melo, natural de Porto da Folha/SE, com 59 anos de idade, é formado em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal de Sergipe, pós-graduado em direito público e direito processual, casado e pai de dois filhos é militante no foro sergipano e nos Estados vizinhos. Foi funcionário do Banco do Nordeste do Brasil; Conselheiro Federal na OAB/SE por três gestões; Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Secção Sergipe por duas vezes. Edson Ulisses também lecionou na Universidade Federal de Sergipe e Universidade Tiradentes, onde marcou época em defesa dos direitos humanos e técnica de ensino superior para o curso de direito. Edson Ulisses deixou a Procuradoria Geral do Estado para colocar seu nome à disposição da advocacia sergipana, esta semana falou à Data Vênia sobre suas intenções desta disputa:
Data vênia – Por que o senhor quer ser Desembargador do TJ/SE?
Edson Ulisses de Melo – O advogado exerce, no seu ministério privado, um “Munus Publico”, ou seja, presta um serviço à sociedade. Assim é que tenho, ao longo dos meus 32 anos dedicados à advocacia, encarado a minha profissão. Pretendo ser Desembargador do TJ/SE para também colaborar mais de perto com a Justiça do meu Estado, como um servidor da sociedade, levando minha experiência profissional como advogado.
DV – Como tornar a Justiça mais acessível ao cidadão?
Edson Ulisses – Todos os operadores do Direito têm a responsabilidade de fazer a prestação jurisdicional de forma célere e efetiva, aproximando-a dos cidadãos. Para tanto, torna-se necessário aperfeiçoar os mecanismos processuais, tecnológicos e humanos, garantindo às partes a certeza de que o processo tenha duração razoável, sem, contudo, ferir os princípios básicos Constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Ressalte-se que para prestar uma jurisdição efetiva impõe-se a presença de servidores treinados e juizes comprometidos com a justiça, em número suficiente ao atendimento das demandas, fazendo-se indispensável o concurso público, como forma de selecionar bons profissionais.
DV – Como reduzir a corrupção, inclusive, no Judiciário ?
Edson Ulisses – A corrupção é um mal que deve ser combatida de forma intransigente, em todos os setores. Para destruir este mal, em qualquer circunstância o principal antídoto é agir com ética e transparência.
DV – Como o senhor analisa o aumento das faculdades de Direito no Brasil e em especial em Sergipe?
Edson Ulisses – O aumento do número das faculdades de Direito decorre, sobretudo, da demanda da sociedade por cursos jurídicos, hoje, mais do que nunca, é um curso que permite ao profissional o acesso às oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho, em todo o país. A preocupação não pode ter por base o grande número de cursos, mas, principalmente, a qualidade do ensino para a formação de bons profissionais a fim de servir à sociedade, com segurança, qualidade e ética.
DV – Qual a sua mensagem aos advogados?
Edson Ulisses – Aos colegas advogados que busquem sempre a qualificação e o aperfeiçoamento, valorizando a ética, elemento essencial à formação e consolidação de qualquer profissional. Com apoio nesses requisitos a sociedade se sentirá segura e acreditará na defesa de seus direitos.
DV – Como o senhor está observando este processo de eleição para a escolha pelos advogados do Desembargador, no quinto Constitucional do TJ/SE?
Edson Ulisses – O quinto constitucional foi concebido, historicamente, como um instrumento de valorização da classe dos que integram a prestação jurisdicional, não integrante da magistratura, como o Ministério Público e a advocacia. Vejo a escolha, como um exercício de Democracia, permitindo-se aos advogados a responsabilidade de eleger uma lista sêxtupla que será submetida ao crivo do Pleno do Tribunal de Justiça que, por sua vez, escolhe três nomes e envia a lista tríplice ao Chefe do Poder Executivo que escolherá o desembargador. À OAB cabe conduzir de forma democrática e isenta o processo eleitoral, garantindo a todos os inscritos o pleno exercício de sua participação como candidato ou eleitor.
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