EDUARDO AMORIM SERÁ VICE DE DÉDA?

 

Às vésperas da Semana Santa, o clima político no estado, ao invés de ameno, está mais quente do que nunca. Essa estória de que a fase é para reflexões – e boas ações – só funciona mesmo entre católicos de boa formação. Fora disso, o que se vê são exemplos bíblicos claros como o de São Pedro (que renegou Jesus) e de Judas Iscariotes (que o traiu).

Nos bastidores da política sergipana, por exemplo, estão em andamento negociações inimagináveis para pobres cristãos como nós, que tentam, a todo custo, ser fiéis aos bons mandamentos de Deus. Mas não se assuste. Essa é base da “doutrina” política. Longe de ser um bom cristão, o ser político é capaz de tudo para alcançar os seus objetivos. E os dez mandamentos se transformam em: primeiro meus interesses.

Tomei conhecimento, por fonte segura, que o acordo entre João e Albano já está fechado, em bases sólidas. O que lhes falta agora são apenas pequenos detalhes de amarração. Os interesses em jogo são fortes demais para levarem em consideração rusgas insignificantes do passado. Afinal, quem não as tem?  Seria loucura dos dois caminharem separados, quando nada os impede de alcançarem seus objetivos em 2006, apesar da euforia momentânea dos adversários.

As últimas pesquisas realizadas para consumo interno desses partidos (PFL/PSDB) demonstram claramente que as chances de vitória do ex-prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, são ínfimas diante de um bloco coeso formado por João e Albano. Quando se trata do Senado, aí então é brincadeira. Sem Maria do Carmo no páreo, a vaga de senador praticamente não se disputa. E cai de “mão beijada” no colo do ex-governador. Portanto, não há o que se discutir. Seguindo o principal e único mandamento da doutrina política (a qual conhecem como ninguém), eles devem, sim, caminhar juntos para o bem de seus próprios interesses.

Ainda sobre negociações de bastidores, tomei conhecimento também de um almoço, regado a bom scotch, em Brasília, entre o empresário Edvan Amorim (genro de João), Jackson Barreto, Edvaldo Nogueira e o próprio Marcelo Déda. Quem os viu juntos, jurou que se tratava da negociação da vaga de vice-governador, na chapa de Déda, para o ex-secretário da Saúde, Eduardo Amorim. Será? Em política tudo é possível.

Lembre-se, sempre, do primeiro mandamento da doutrina.

 

 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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