Apesar de ter apresentado boa performance macroeconômica, superando a performance de muitos países europeus com a abertura comercial com a globalização, o Reino Unido deveria intensificar os investimentos em educação e ampliar o número de reformas para melhorar o crescimento econômico, aponta o relatório elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Uma das propostas discutidas para melhorar a eficiência dos gastos com educação é a promoção de uma reformulação da política de gastos destinados aos centros educacionais locais, que deveriam focar na população de baixa renda e na capacitação de trabalhadores com menor qualificação, para reduzir os níveis de desigualdade, que ainda continuam grandes.
Enquanto isto, o que vemos nos países que não fazem parte do primeiro mundo são os jovens fora da escola e nada é feito pelos governos para colocá-los nas salas de aula.
Mais de 200 milhões de jovens vivem na extrema pobreza, 130 milhões são analfabetos, 88 milhões estão desempregados e 10 milhões estão contaminados pelo vírus da AIDS, segundo números da ONU. Estes dados se refletem no “Relatório sobre a Juventude Mundial 2005; os jovens de hoje e em
A população jovem, mais que qualquer outro grupo de idade, se viu afetada pela globalização, pelos avanços rápidos das tecnologias da informação e comunicação, pela epidemia da AIDS e pelos conflitos armados.
O relatório alerta que existem no mundo 160 milhões de crianças que sofrem de desnutrição e que 11 milhões com menos de cinco anos morrem por ano devido a doenças que podem ser prevenidas. Se esta tendência prevalecer, quase 110 milhões de crianças morrerão sem ter chegado à adolescência.
Na América Latina, há 11 milhões de adolescentes que vivem com US$ 1 e 27 milhões com US$
Na área da saúde, o estudo constata que os jovens se casam mais tarde, mas começam as relações sexuais mais cedo. Essa situação é um fator de risco devido à epidemia da AIDS, que se mantem como uma das principais causa da mortalidade juvenil.
Atualmente, existem 10 milhões de jovens no mundo todo infectado pelo vírus da AIDS, a maioria de países da África subsaariana (6,2 milhões) e Ásia (2,2 milhões), enquanto que na América Latina há aproximadamente 700 mil e nas economias industrializadas quase 600 mil.
Para a eliminação do trabalho infantil na América Latina seria preciso um investimento de US$ 105 bilhões nos próximos 20 anos, afirma estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os benefícios econômicos a serem obtidos com a erradicação deste problema superam amplamente o investimento necessário, estimado em 105 bilhões até 2025. Esta despesa levaria a um benefício econômico líquido de US$ 236 bilhões.
Os dados do estudo foram obtidos no Brasil, Argentina, Belize, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Atualmente há nestes países um total de 19,7 milhões de menores de
Além disso, do total de menores trabalhadores, a metade tem 14 anos ou menos e um em cada cinco menores tem menos de 11 anos. Por isso a OIT destaca que a erradicação do trabalho infantil aconteceria como resultado do acesso das crianças à educação de qualidade e à melhor atendimento de saúde.
O relatório ressalta que dos menores contabilizados na pesquisa, 6,8 milhões moram em países do norte da América Latina – Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá e na República Dominicana. Na região andina – Bolívia, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela – trabalham 6 milhões de menores. Mais 7 milhões de crianças trabalham no Brasil, Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai,