Educação, Prioridade Total

Sem educação não se constrói uma nação. Esta assertiva é muito facilmente comprovada. Até os mais incrédulos não terão dificuldades em verificar a veracidade de tal afirmação. Basta que se compare o nível do analfabetismo dos países da África, onde a miséria é quase total, com o dos sete países mais ricos do mundo.

No nosso país, onde existem regiões, cuja qualidade de vida pode ser comparada com a dos países do primeiro mundo e outras onde a miséria é uma realidade, também podemos afirmar que o nível do analfabetismo é quase total nas regiões onde a miséria predomina. Por isto, imaginar não se dar à educação prioridade total é porque, até hoje, em muitas regiões do país, o importante para as elites locais é a manutenção do poder.

Isto me faz lembrar que em setembro de 1993, dirigi-me a treze entidades de classe, tanto de empregadores como de empregados, consultando sobre a possibilidade de assumirem aqui em Aracaju e em outras cidades de Sergipe, projeto semelhante ao da Fundação ABRINQ, com a finalidade de angariar recursos para a manutenção de crianças carentes, que hoje vivem nas ruas, em entidades de assistência e de educação. Na oportunidade, além de minha contribuição financeira, garanti a participação na implantação e manutenção do projeto. De todas, apenas a Associação Comercial se manifestou para dizer que estudou a proposta, mas não tinha condições para implantar o projeto.

O coroamento da demonstração de todo o desinteresse que temos para com os menos favorecidos foi o que me disse o Diretor da Associação Comercial, na conversa que tivemos. Disse-me que perguntou a um prefeito do interior de Sergipe quanto, do orçamento, ele gastava com educação e obteve a seguinte resposta: “Eu… Gastar com educação? Eu vou criar cobra para me morder?”.

Bem… Hoje estamos vivendo num novo milênio e muita coisa, desde então, mudou.  Embora nenhuma conquista social seja perene, mantendo a economia estabilizada temos a esperança de ver a educação tornar-se prioridade total para os nossos governantes e com isto consigamos ver as crianças, que estão esmolando nos cruzamentos de ruas e avenida de nossa cidade ou tornando-se flanelinhas nas cercanias do centro da cidade, colocadas nas salas de aula.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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