EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

O Brasil poderia economizar cerca de US$ 2,5 bilhões por ano se usasse todo seu potencial de eficiência energética, afirma estudo elaborado pelo Bird (Banco Mundial).

 

Atualmente o Brasil é o 10º maior consumidor mundial de energia, mas seu consumo deve dobrar até 2030, segundo o estudo. Se a eficiência energética não melhorar no país, isso poderá trazer conseqüências para o ambiente, já que o consumo de energia está associado a uma alta da emissão da emissão dos chamados gases causadores do efeito estufa.

 

Segundo Todd Johnson, especialista em eficiência energética no Brasil do Banco Mundial, o país apresenta desafios. “As taxas de juros são altas. É difícil pedir empréstimos. Os Bancos agora não investem em eficiência energética – eles estão focados em linhas de negócios já testadas”.

 

O problema, segundo o Banco Mundial, é que a maior parte dos programas de eficiência energética de pequeno e médio porte não consegue financiamento no país.

 

Segundo a Agência Internacional de Energia, eficiência energética é a forma mais rápida e mais barata de evitar a catástrofe ambiental que pode ser causada pelo aumento do consumo mundial de energia, principalmente entre os países em desenvolvimento.

 

Melhorias em equipamentos já existentes poderiam reduzir o uso de energia nesses países em pelo menos 25% e tecnologias avançadas poderiam reduzir o crescimento da demanda de energia até 2030 em pelo menos 10%, além de reduzir a previsão do aumento das emissões de CO2 em 16%.

 

“Nós dissecamos o terreno da eficiência energética neste estudo para descobrir porque é tão difícil oferecer os incentivos certos para que haja maior investimento”, disse o economista Robert Taylor, especialista em energia do Banco Mundial. “O que descobrimos foi um enorme potencial não usado – especialmente no Brasil, China e Índia – mas várias boas soluções que podem funcionar desde que haja financiamento e investimento, alem do compromisso dos responsáveis pelas políticas dos países”.

 

Taylor afirma que, nos três países, as autoridades e o setor financeiro conhecem o potencial de eficiência energética, mas como os benefícios e o retorno financeiro não são imediatos, o investimento não está entre as prioridades.

 

Juntos, Brasil, China e Índia respondem por 40% da população mundial e por muito mais da metade do consumo de energia dos países em desenvolvimento. Até 2030, eles devem ser responsáveis pelo aumento de 42% da demanda mundial de energia.

 

O estudo conclui que, na China, um setor de eficiência energética comercialmente viável está emergindo após uma década de forte apoio do governo; na índia, novos programas de empréstimos bancários para financiar projetos em algumas indústrias de pequeno e médio porte estão prontos para se expandir e no Brasil, um fundo para eficiência energética entre as empresas de energia garante uma plataforma para melhorias. (Ambientebrasil)

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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