ELEIÇÃO É CAIXINHA DE SURPRESAS

Há um grupo de admiradores do governador João Alves Filho que vive a repetir a todo o momento que ele é um homem talhado para o serviço público. Que não pensa em outra coisa a não ser em projetos importantes para Sergipe. Um desses admiradores é o deputado federal José Carlos Machado (PFL). Ainda ontem, durante entrevista ao programa Fala Cidade, da TV Cidade, canal 20, Machado aproveitou boa parte da entrevista para ressaltar essa qualidade do amigo governador.

Integrante do primeiro escalão nos dois governos anteriores de Dr. João, o deputado Machado é daqueles – sem qualquer ofensa – “cães perdigueiros” acostumados a seguir o líder em qualquer situação. Filiou-se ao PFL no primeiro momento e, de lá para cá, não arredou pé, tendo sido sempre um exemplo de lealdade, mesmo diante das piores adversidades. Esteve ao lado de João na difícil campanha de 1998 (quando da derrota para Albano Franco, que buscava a reeleição), foi extremamente solidário durante o período de inferno astral, vivido pelo amigo, no caso Banestado. Enfim, esteve sempre junto de João Alves nos piores momentos de sua vida. Que é a prova de fogo de uma amizade.

É por essa razão que gosto de ouvi-lo, atentamente, quando fala sobre o atual governo. Machado sabe o que está dizendo. E fala com o respaldo de uma vida dedicada ao projeto político do grupo liderado por João. Um projeto de poder com altos e baixos, porém vitorioso…até agora.

Na entrevista de ontem, por exemplo, pude perceber a preocupação do deputado com as eleições que se aproximam. Em sua análise, será um pleito dificílimo para todos. Mas reconhece que a oposição está coesa e forte. Para Machado, o governador precisa urgentemente fazer ajustes na máquina e orientar seu secretariado para ser menos técnico e mais político. Afinal, é assim que, pelo menos, se tenta ganhar uma eleição com pouco dinheiro.

A meu ver, o deputado José Carlos Machado tem lá suas razões. Mas de nada adianta falar. Primeiro, por ter sido excluído do núcleo das decisões do governo já há algum tempo. Depois porque a grande maioria dos auxiliares do governador – de salto alto – ainda não se tocou que o governo está na reta final. Talvez tenham esquecido que 2006 é ano de eleição. E eleição é uma caixinha de surpresas.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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