Torcia no fundo para que ele não aceitasse a convocação. Achava, entretanto, muito difícil que
isso acontecesse. Primeiro, porque ele não é de se intimidar e fugir da boa luta. Segundo, não poderia deixar de atender ao pedido do amigo, que lhe confiou a tarefa. Por isso, fiquei muito aliviado quando soube que ele não sairia de onde estava, por um simples motivo: poderia dar seqüência as suas arrojadas ações. Por outro lado, quem de fato vai assumir a pasta da saúde também é uma pessoa correta e respeitada pela categoria, que pode muito bem fazer melhorar essa nossa combalida saúde pública. ANTONIO SAMARONE DE SANTANA
Para acabar logo o mistério, a solução encontrada, que considerei a melhor, foi ver Samarone mantido à frente da SMTT e Marcos Ramos ser anunciado futuro secretário municipal de Saúde, a ser empossado na próxima terça, 19.
Achava que a saída de Samarone, nesse momento, poria tudo a perder. A “Calçada Livre”, o limite dos
O limite dos
Infelizmente, Aracaju não possui artérias para velocidades acima de
Os argumentos dos críticos de plantão, que os famosos “pardais” são fonte inesgotável de receita para a SMTT, só se aplicam para os transgressores das normas que, segundo estatísticas do órgão oficial, são contumazes. Quando foi implantado o uso obrigatório do cinto de segurança, a chiadeira foi geral. Hoje, ninguém mais questiona a importância dele. Há uma tendência muito grande da sociedade e das mentes mais retrógradas de resistir a qualquer mudança que desafie os preceitos e as práticas já enraizadas, mesmo que elas sejam nocivas ou equivocadas, como se pode constatar.
As políticas de trânsito sempre privilegiaram uma minoria, a que possui transporte próprio e para a qual tudo é possível: estacionar onde quiser, ocupar calçadas, desenvolver velocidades elevadas. Percebem que quando surge um buraco na rua, a gritaria é geral? Mas quando se ocupam calçadas, ninguém se incomoda. Mudar esses conceitos não é fácil e desperta logo a ira e a reação dos poderosos.
Dessa forma, entender e apoiar incondicionalmente o limite dos
MORTES PREMATURAS
Dois médicos, duas trajetórias distintas. Somente uma coisa em comum: duas vidas ceifadas prematuramente. Refiro-me a Augusto César Macieira e a Geraldo Mota, ambos falecidos na semana passada, ambos com 53 anos. Geraldo na segunda e César na quarta. Geraldo de câncer de pulmão e César de cirrose hepática.
César apenas formou-se médico em 1980, mas não seguiu a profissão. Foi artista, poeta, cineasta, entusiasta das artes, amigo, cuidava da alma das pessoas com alegria e irreverência. Poderia ter sido um bom parteiro, mas preferiu outras paragens. Sabedor do mal que lhe acometera, não ousou mudar os hábitos.
Geraldo Mota foi meu companheiro de estudos para o vestibular de Medicina. Éramos três: eu, ele e Carlos Vahle. Toda noite, na garagem de sua casa na rua Arauá, varávamos a madrugada. Os dois não lograram êxito no vestibular. Segui
Partiram muito cedo para as alturas e eu fiquei aqui, na planície, mais pobre, triste e vazio.