Esperanças renovadas

Esperanças renovadas

 

Com a posse, nesta terça-feira, dos novos deputados e senadores, conclui-se o processo democrático, iniciado em junho com a campanha eleitoral para o governo e o Parlamento. Os sergipanos, que foram às urnas em 3 de outubro passado escolher seus novos representantes, assistirão à tarde a festa da posse dos novos parlamentares. Na Assembléia, serão empossados 24 deputados. Em Brasília, oito deputados federais e dois senadores sergipanos tomarão posse no Congresso. Com o juramento dos novos legisladores, renovam-se as esperanças do povo, que espera de seus representantes projetos inteligentes, oposição responsável ao governo e sensibilidade para intuir os problemas sociais, procurando soluções viáveis. Torce-se, principalmente, que eles sejam honestos no trato com a coisa pública para não decepcionar o cidadão comum que, com o pagamento de pesados impostos, banca o Legislativo na esperança de receber um tratamento digno.

 

Mesa de consenso

 

Terminada a solenidade de posse, com início marcado para as 15h, os 24 deputados estaduais realizarão a primeira sessão para eleger a nova Mesa Diretora da Assembléia. A chapa de consenso é formada por Angélica Guimarães (presidente), Garibalde Mendonça (vice), Conceição Vieira (1ª secretária), Adelson Barreto (2º secretário), Paulinho da Varzinha (3º secretário) e Zé Franco (4º secretário). Terminada a eleição, os deputados suspenderão os trabalhos e só voltarão ao ‘batente’ no próximo dia 15, pois ninguém é de ferro.

 

Segue a novela

 

A Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral pedindo a cassação do mandato da senadora Maria do Carmo Alves (DEM). Também são denunciados suplentes da demista Emanuel Cacho e Virgínio de Carvalho Neto. A Senadora é acusada de ter feito caixa dois durante a campanha de 2006, quando disputou a reeleição. Por maioria de votos, o Tribunal Regional Eleitoral em Sergipe já julgou improcedente a ação contra Maria. Pelo visto, até o fim do mandato a senadora terá que aturar as idas e vindas deste processo.

 

Ratinho é líder

 

O deputado federal André Moura (PSC) será liderado na Câmara por um Ratinho. Não, não é um camundongo! É o deputado paranaense Carlos Roberto Massa Junior, que adotou o codinome de Ratinho para se beneficiar da popularidade do pai, apresentador de televisão que ficou conhecido nacionalmente por esta alcunha. “Ele tem apenas 30 anos, mas tem experiência para conduzir o partido na defesa dos interesses nacional”, afirma André Moura. Então tá!

 

Mulheres

 

A futura secretária extraordinária estadual de Políticas para Mulheres, Maria Teles, participará, hoje e amanhã em Brasília do Coletivo Nacional de Mulheres do PT. Também se reunirá com as ministras Iriny Lopes, da Secretaria Nacional de Mulheres, e com Luiza Bairros, da Secretaria da Igualdade Racial. A posse de Maria Teles deverá acontecer até a próxima semana.

 

Novas posses

 

Estão marcadas para depois de amanhã as posses dos secretários estaduais que terminaram ontem seus mandatos legislativos. Jorge Alberto será empossado na Secretaria da Casa Civil, enquanto João da Graça assumirá a Secretaria de Relações Institucionais. O deputado estadual Zeca da Silva também se afastará da Assembléia para assumir a Secretaria de desenvolvimento Econômico. Com a chegada de Jorge na Casa Civil, o atual titular, Oliveira Júnior, assume a Secretaria da Administração até que seja aprovada na Assembléia a fusão desta pasta com a Secretaria do Planejamento.

 

Abaixo o aumento

 

O Movimento Não Pago, que desde o mês passado segue organizando a luta contra o aumento da passagem dos ônibus e por um transporte realmente público e de qualidade, vai continuar na luta. Está prevista para as 6h30 de amanhã uma caminhada saindo da praça Nossa Senhora de Lourdes, no Siqueira Campos, em direção à Prefeitura da capital, ali no bairro Castelo Branco. Lá, os manifestantes pretendem entregar ao prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) um abaixo assinado contra o recente reajuste da passagem. Participe!

 

Vizinho animado

 

A colega Rita Oliveira publica hoje em sua coluna no Jornal do Dia que o deputado federal Márcio Macedo (PT) tem como vizinho de gabinete o deputado Francisco Everardo Oliveira (PR/SP), que vem a ser o Tiririca. Pelo menos Márcio vai poder dar boas gargalhadas com as palhaçadas do vizinho, isso se este não perder a graça com as coisas pra lá de cabeludas que vai assistir na Câmara Federal.

 

Comes e bebes

 

Após tomar posse como deputado federal, Laércio Oliveira (PSC) será homenageado com um jantar oferecido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da qual o parlamentar sergipano é vice-presidente. Hoje cedinho, vários empresários do setor de limpeza e conservação embarcaram no aeroporto de Aracaju para prestigiar a posse do amigo e, naturalmente, participar do comes e bebes.

 

Do baú político

 

O bem elaborado texto do jornalista Marcos Cardoso, aqui na Infonet, sobre a “Operação Cajueiro”, desencadeada pelo regime militar há 35 anos, que prendeu e torturou 25 sergipanos, fez a coluna voltar a folhear o bem acabado livro ‘Os ícones de um terremoto’, escrito pelo saudoso jornalista Paulo Barbosa de Araújo, também preso naquela Operação. Um dos episódios narrado por ele mostra como os militares prendiam qualquer pessoa, muitos delatados por ‘dedos duros’. Segundo Paulo, certo dia, chegou um novo preso na cela do 28º Batalhão de Caçadores. Ninguém o conhecia. “O novo companheiro de cárcere desatou em choro, ora forte, ora brando, que foi varando horas e mais horas, noite adentro”. Ao raiar do dia, Gervásio Careca foi ao banheiro e convidou o novato, pois ali era o único lugar para uma conversa mais franca. Depois, o próprio Paulo foi ouvi-lo e surpreendeu-se com o motivo do choro: “Não sei o que será da minha vida, nunca fui tão desrespeitado, mas eu mato o tenente. Mato. Disseram que eu era uma palavra que não compreendo, mas pela maneira como disseram, só pode ser que eu sou viado. Não sou, moço, não sou viado não!”, disse aos prantos. Após muita insistência, Paulo conseguiu que o cidadão revelasse do que o acusaram: “Eles me chamaram de comunista, comuna, coisa assim que, como não sei o que é, chego a acreditar que é negócio de bicha, viado!”. Depois que Paulo lhe explicou o que era comunismo, o preso, um trabalhador rural sem qualquer instrução, o indagou: “E quem defende a reforma agrária é comunista, moço?” 

 

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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