Eu cedo o meu lugar!

O noticiário, a contragosto, está a divulgar que a aprovação do governo Bolsonaro se mantem no melhor nível: 37% acham ótimo ou bom, 29 % regular, e 32% ruim ou péssimo, porque dele não gostam.

Digo a contragosto, porque todos sabemos do grande esforço encetado por esta mesma imprensa em desconstruir, desde o início, o governo que está chegando à metade do mandato.

E que não se diga diferente, afinal não foi à toa que lhe surgiu um apelido, “extrema-imprensa”, cada vez mais entranhado como nódoa de passionalidade e inconfiabilidade, o que é terrível, enquanto formação de opinião, que lhe não fica impune em perda de leitores.

Recentemente, eu que me mantenho distante dos ferrenhos debates de WhatsApp, essa maravilha que une e desune missivistas, bons amigos, maus amigos e inimigos, recebi, sem pedir, nem desejar, um acesso a mis publicações pátrias; Folha, Estadão, IstoÉ, Veja, Época, Crusoé e CartaCapital, sei-lá-mais, o escambau!

Em todas, como em uníssono, uma disputa de verbos e advérbios, sem provérbios, assacando contra o Presidente, em opróbio e pusilanimidade, que sem partido ainda, mostra-lhes o peito e as cicatrizes de outras batalhas, demonstrando-lhes, até por isso, e a todos, uma coragem, independência e firmeza jamais vistos na nossa história pátria.

Porque a nossa história é rica em descaminhos, em denuncias vazias, em manchetes sebosas, depois esquecidas por desmemória, dos que sofrem os padecimentos eternos por desprovidos de fé, e não sabem o que desejam, nem o para quê lutar e obter.

Somos o “mulato inzoneiro”, notável na canção, mas que, sem razão, prefere ser o “país da piada pronta”, gozador e inviril, por graçola sem graça de alguns; o que teima em resistir à “curvatura da banana” na sociologia; o que não se admira na imagem plana do espelho; o que prefere coçar a si, e ao próprio saco com bom chato no  pentelho, ser o “cachorro vira-lata”, vagabundo, quem o sabe!, aquele que não engata nem se fertiliza, nem subindo a cadela bem podada da madama.

Por aqui, nada presta!

Somos uma terra de nenhum herói e excedentes bandidos.

No meu viver, por exemplo, estou a lembrar a volta do colégio por feriado, mal começara a ler e escrever, por causa do suicídio de Getúlio Vargas.

Vivia-se “um mar de lama”, uma lamaçal que enojava as ventas dos udenistas, capitaneados por Carlos Lacerda, o tribuno carioca, de muita verve e pouco voto, sempre a reclamar dos resultados das urnas.

Uma reclamação que vim a saber depois, ser comum desde o tempo do Império, do grito da Independência no Ipiranga sem eco, e outras gritarias distantes, como aquelas desferidas à Rainha Maria, a Louca, a D. João, o príncipe que nos deu tudo, enquanto nação, mas que só é lembrado por comer titelas e coxas de franguinhos, bem assados, tostadinhos à passarinha, e pelas tórridas patranhas de sua Carlota Joaquina, a consorte de má-sorte, de suas graves enxaquecas.

Porque dantes das façanhas de Dom João, só Duarte Coelho no Recife fizera este Brasil crescer, mas isso é história remota, que não vale remoer, nem a dos Nassaus Holandeses, que daqui partiram para erguer Manhattan.

E aí eu volto para Getúlio, que saiu da vida e não entrou na História, porque só entra na História aquele a quem os vivos desejam.

Mesmo porque, em alvíssaras terras brasileiras, melhor é repetir os descaminhos da História, para fazê-la pior, em golpes e contragolpes, por melhor experimento de nossa vibrátil democracia.

Vibração que acontece agora, com Bolsonaro, aprovado pelas pesquisas, mas reprovado pela “extrema-imprensa” que assim melhor consegue vender os seus jornais.

Mas, como eu dizia antes, eu recebi via WhatsApp, um acesso aos jornais e revistas listados acima, e decepcionei-me ao percorrê-los com o uníssono de irrealidade, todos lutando para degradar Bolsonaro e o povo o aplaudindo na passagem.

Agradeci o presente, o missivista não deve ter gostado, dizendo-lhe: “IstoÉ, Veja, Crusoé, CartaCapital, Folha, Globolixo e Estadão não me trazem boa leitura, me fazem mal, me dão náuseas, cancelei-as”.

Chamem-me de alienado, do que quiserem.

Se eles não mudam de pensar, mudo eu, minhas leitura, ora essa!

É como essa história da vacina.

Não há vacina no mundo, mas a TV só mostra (não adianta trocar de canal), muita gente sendo furada com injeção.

O que me faz lembrar de minha irmã, Nina Maria, falecida aos 32 anos de idade, na minha frente, vítima de um choque anafilático apavorante, após uma injeção de Benzetacil, que não lhe permitiu nem terminar um diálogo.

Era alérgica a penicilina e ninguém o sabia! Nenhum veneno lhe teria sido mais letal!

E essa vacina, tão decantada agora, sem eficiência e sem alergia comprovada, deve ser tornada obrigatória?

O Presidente Bolsonaro, “totalitário, atrabiliário e autoritário”, como acusam os jornais, diz que não obrigará ninguém a tomá-la.

Como repetia o velho e distante, Professor José Cruz, um mestre da Estatística: “Se fosse pra gente tomar injeção, cada um já nascia com um furinho no braço!”.

Se a desconfiança não me chega a tanto, eu cedo o meu lugar na fila…

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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