A Saga do Quinto Constitucional: Intrigas, Egos e Trapalhadas na Floresta Jurídica
“Onde até o Pavão tenta brilhar, mas o Rato come o queijo das ideias mirabolantes”
Caros leitores,
Antes de mergulharmos na narrativa cheia de intrigas e diálogos afiados da Floresta Jurídica, é importante esclarecer que os fatos, pensamentos e diálogos aqui narrados correspondem às percepções e ideias atribuídas aos personagens animais que compõem essa estória. Sim, é tudo pura ficção — um retrato satírico e humorístico inspirado nos debates atuais sobre o processo do Quinto Constitucional.
Essa abordagem lúdica serve apenas para facilitar a compreensão de uma questão complexa, dando voz a cada perspectiva de forma leve e, ao mesmo tempo, reflexiva. Afinal, estamos tratando de algo muito sério: a escolha democrática e transparente do Representantes da advocacia para o TJ/SE, um tema que afeta profundamente a independência e a representatividade da classe.
Pedimos desculpas antecipadamente pela extensão do texto, mas a seriedade do assunto exige uma discussão detalhada. Esperamos que, ao fim, a leitura o faça rir, pensar e, acima de tudo, refletir sobre a importância da democracia na floresta — ou melhor, na advocacia.
Então, prepare-se para acompanhar a saga dos bichos, com suas garras e argumentos afiados e, algumas plumas pelo caminho. Vamos juntos nessa viagem por uma floresta onde cada voz, grande ou pequena, merece ser ouvida. Boa leitura!
Era uma vez, na densa e cheia de intrigas Floresta Jurídica, uma comunidade vibrante de bichos altamente qualificados. Cada um era especialista em sua área e, claro, não faltavam opiniões afiadas sobre como a floresta deveria ser conduzida. A questão da vez era a escolha do Quinto Constitucional, um processo que sempre fora democrático, onde a bicharada votava diretamente em seis nomes para compor a lista sêxtupla enviada ao Grande Tribunal das Árvores. Mas, como acontece em toda floresta que se preze, rumores de mudanças começaram a circular, e os bichos não ficaram nem um pouco felizes.
Os boatos apontavam para CAM, o Caçador da Floresta, e Daniel Costa, o Leãozinho Daniel Alves, como os artífices de um plano de “ajuste” nas regras. O objetivo? Fazer com que a bicharada votasse em doze nomes, e, então, o Conselho Seccional, liderado pelo Caçador e sua turma, escolheria seis. Para muitos, isso cheirava a centralização de poder. E como você pode imaginar, a floresta virou um alvoroço.
O Pavão e o Caçador: Arquitetos da “Mudança”
Márcio Conrado, o Pavão, era o porta-voz informal da proposta. Sua arrogância preenchia o ar, ele subiu em um galho de árvore e começou seu discurso: “Queridos amigos da floresta, estamos diante de uma oportunidade de aperfeiçoar nossa democracia! A escolha de doze nomes permite que os melhores entre os melhores sejam filtrados pelo nosso sábio Conselho.”
O Pavão estufou o peito, enquanto CAM, o Caçador, o observava com um sorriso calculado: “Minha lealdade é à floresta, e só desejo o melhor para todos”, disse, segurando seu arco. “Vamos parar de pensar pequeno. É hora de confiarmos no Conselho.” Mas o tom condescendente do Pavão e o olhar predatório do Caçador só aumentavam a desconfiança entre os bichos.
A Lebre Salta para a Defesa
Ana Lúcia, a Lebre, conhecida por sua velocidade de pensamento e reflexos rápidos, não perdeu tempo. Saltou para o centro da clareira e declarou: “Deixar o Conselho decidir por nós? Isso é o fim da democracia! Estamos aqui porque acreditamos na força do voto direto, e qualquer tentativa de mudar isso é uma afronta à nossa autonomia.”
O Pavão revirou os olhos e disse: “Ah, Lebre, sempre tão apressada. Não percebe que a floresta precisa de critérios mais apurados?” A Lebre, sem perder o ritmo, rebateu com um sorriso ligeiro: “E desde quando centralizar o poder nas suas penas brilhantes é apurar critérios? Você é ótimo em desfilar, Pavão, mas quando o assunto é democracia, deixa muito a desejar.”
O Pavão inflou o peito, mas o murmúrio de aprovação da bicharada à resposta da Lebre o fez recuar. Afinal, enfrentar a agilidade e a sagacidade dela não era uma tarefa fácil.
O Elefante Filosófico e a Coruja Sarcástica
Evânio Moura, o Elefante, olhava a discussão na clareira com a paciência de quem já viu muitas tempestades em copos d’água. Ele pigarreou, causando um breve silêncio, e disse com sua voz mansa e compassada: “Vocês todos estão fazendo muito barulho. Talvez não seja tão ruim assim repensar as regras, desde que o resultado seja, digamos… equilibrado.”
Clara Machado, a Coruja, soltou uma risada curta e disse: “Ah, Elefante, sempre tão… zen. Parece até que está meditando entre uma trombada e outra, só porque está mais magro ou realmente acha que centralizar decisões no Conselho é equilíbrio? Isso parece mais um convite para uma confusão bem embalada.”
O Elefante ergueu a tromba e respondeu: “Coruja, não seja tão dramática. Às vezes, mudanças trazem ordem, não caos, veja como estou mais lindo depois da bariátrica?. Além disso, eu prefiro que as decisões sejam feitas com calma, e não com todo mundo gritando como macacos no cio.”
A Coruja não deixou barato: “Elefante, você pode ser um gigante na floresta, mas parece ter a visão do Gambá em noite escura. Como assim mudanças trazem ordem? Mudanças feitas às pressas ou por conveniência só trazem bagunça. E você sabe disso!”
O Elefante balançou a cabeça, claramente se divertindo com o tom da Coruja. “E você vê tudo porque vive acordada à noite. Mas às vezes, enxergar demais também pode atrapalhar. Quem sabe você está superestimando o impacto dessa mudança?”
A Coruja virou a cabeça em 180 graus e abriu as asas dramaticamente: “Superestimando? Você ouviu o Pavão? O Caçador? Eles querem colocar doze nomes para o Conselho escolher seis. Isso é democracia pra você, Elefante? Parece mais um plano de desfile das plumas e flechas!”
O Elefante deu uma risada gutural e retrucou: “Você acha que eu confio no Pavão? Ele só quer desfilar. E o Caçador? Ele não faz nada sem ter uma armadilha escondida. Mas calma, Coruja. Talvez o resto da floresta nem compre essa ideia.”
A Coruja estreitou os olhos e provocou: “Ah, claro, porque confiar na prudência da floresta sempre dá certo, não é? Você esqueceu da última vez que deixaram o Pavão organizar o desfile na clareira? Ele passou tanto tempo escolhendo a iluminação perfeita para as próprias penas que ninguém mais apareceu. Ou melhor, da vez que a Preguiça tentou organizar a fila de votação e acabou dormindo no meio?” O Elefante gargalhou e disse: “Eu me lembro, sim. Aquilo foi um desastre. Mas, Coruja, não acha que está exagerando? Afinal, você vive à noite, vê tudo, mas às vezes esquece que nem todos têm sua visão de raio-X.”
A Coruja, sem perder o humor, respondeu: “Evânio, se eu vivesse só com a sua calma, a floresta seria um enorme campo de repouso. Você acredita demais na boa-fé dos bichos. Eu, por outro lado, tenho certeza de que o Pavão só quer um palco e o Caçador, bem… quer a pele de todos nós.”
O Elefante riu novamente, desta vez com mais doçura: “Talvez você esteja certa, Clara. Mas não vamos atropelar a conversa. Afinal, não quero que digam que sou pesado nas decisões.”
E assim, enquanto o Elefante voltava para observar de longe, a Coruja ajeitou suas penas, satisfeita por ter dado mais um choque de realidade na sua maneira bem-humorada e ácida. A clareira ainda estava cheia de debates, mas pelo menos agora os dois sabiam que continuariam a ser as vozes da razão – cada um com seu próprio estilo
O Lobo e o Tamanduá: Choque de Ideias
Fabiano Feitosa, o Lobo, ergueu a voz com seu habitual tom persuasivo: “Deixar o Conselho decidir por nós é um golpe contra a democracia! O voto direto é a alma da floresta. Tirar isso de nós será uma traição à democracia. Acredito que o Leãozinho Daniel Alves não fará isso com os bichos da Floresta.”
Carlos Pina Jr., o Tamanduá, sempre ponderado, disse: “Lobo, democracia é ótima, mas precisamos de critério. Nem todo bicho vota com consciência, e o Conselho pode filtrar os melhores nomes. Prefere popularidade ou competência?”
O Lobo riu, mostrando os dentes: “Prefiro confiar na bagunça democrática do que em uma seleção feita a portas fechadas por meia dúzia. Quem controla o Conselho, Tamanduá?”
O Tamanduá devolveu com ironia: “E quem controla o tumulto, Lobo? Você fala como se o Conselho fosse o inimigo, mas ele garante qualidade.”
O Lobo estreitou os olhos: “E o seu é só silêncio cúmplice. Prefiro mil votos diretos do que decisões manipuladas. A floresta merece voz, não filtro.” Com um olhar calculado, o Tamanduá concluiu: “Enquanto você grita, eu observo.”
A disputa entre liberdade democrática e controle criterioso seguia viva na floresta, com cada animal escolhendo seu lado.
O Tucano, o Rinoceronte e o Macaco: A Democracia no Galho
Victor Barreto, o Tucano, ajeitou o bico brilhante e disparou: “Juvenal, meu caro, dizer que o Conselho vai ajudar é o mesmo que pedir ao Pavão para ser discreto. Democracia é para todos, até para os que só sabem gritar.” Juvenal Rocha, o Rinoceronte, deu uma pisada forte, levantando poeira: “Isso mesmo, Tucano! Conselho decidir é a piada da floresta. Deixa os bichos votarem, mesmo que acabemos elegendo uma Rã que só quer agradar o Tamanduá! Ou até reeleger o Leãozinho que só faz o que o Caçador quer”
Getúlio Sobral, o Macaco, balançando de galho em galho, entrou na conversa com um sorriso: “Vocês dois são tão sérios! Um filtro do Conselho não seria tão ruim. Já pensaram que a floresta pode acabar elegendo… um Galo gago ou um Sapo que só canta desafinado?”
O Tucano abriu as asas teatralmente: “Macaco, o Conselho é mais furado que o queijo da Cutia.” O Rinoceronte soltou uma risada estrondosa: “E você, Macaco, tá defendendo filtro por quê? Já tá de olho em uma vaga pro Conselho? Vai lá, mas leva suas bananas, porque ninguém vai te levar a sério.”
O Macaco, com um salto ágil, respondeu: “Ah, e vocês dois acham que vão mudar o mundo? O Tucano com pose de embaixador e o Rinoceronte com as pisadas? No fim, quem se diverte aqui sou eu!”
O Tucano retrucou: “Divirta-se, Macaco, mas lembre-se: enquanto você balança de galho em galho, a democracia precisa de raízes, não de palhaçadas.” Juvenal deu a última risada e bradou: “Macaco, se o Conselho te convencer a ficar quieto, eu até apoio. Até lá, deixa o povo votar, mesmo que a floresta escolha uma anta!” E o Macaco saiu de galho em galho.
O Leopardo e a Cabra: Unidos Contra o Conselho
O leopardo chegou na clareira e lançou um rugido que ecoou pela floresta: “Isso é uma afronta! Depois de 89 anos de voto direto, querem arrancar o direito dos animais de escolher seus representantes? O Leãozinho, o Pavão e o Caçador acham que somos idiotas? Não vamos permitir que centralizem o poder no Conselho!”
Tatiane Silvestre, a Cabra, conhecida por sua sabedoria prática e uma língua tão afiada quanto os chifres, balançou a cabeça com um ar irônico antes de intervir: “Leopardo, você tem razão, mas precisa guardar um pouco dessa raiva pra hora certa. Se entrar com as garras de fora, vai dar ao Pavão e ao Leãozinho exatamente o que eles querem: uma desculpa pra dizer que somos irracionais.”
O Leopardo bufou, irritado: “Tatiane, essa sua calma de cabra montanhesa às vezes me tira do sério. Eles estão tramando nas nossas costas! E você quer que eu fique sentado enquanto o Conselho decide por nós? Isso é um golpe, pura e simples!” Tatiane soltou uma risada curta, cheia de sarcasmo: “Golpe? Claro que é! Mas, Leo, eles só conseguem dar um golpe se nós deixarmos. O Pavão acha que pode dançar com suas penas brilhantes, o Caçador acha que todo mundo aqui é presa fácil, e o Leãozinho… bom, ele acha que é mais rei do que realmente é. Eles subestimam nossa inteligência.” Unidos na indignação, o Leopardo e a Cabra ajustaram suas estratégias.
O Conselheiro Leão e o Conselheiro Águia: Rugidos e Altitude
Pedrinho Barreto, o Leão Conselheiro, com autoridade e soltou um rugido que fez até o Pavão encolher suas penas: “Essa proposta é uma afronta! Um golpe contra a democracia da floresta, acho que o Caçador está mais para um “Xandão”! Não vou permitir que alterem as regras sem consultar todos os bichos.”
Clóvis Barbosa, a Águia Conselheira, planando majestoso acima da clareira, com a calma de quem vê tudo do alto: “Pedrinho, você tem toda razão. Mudar as regras sem ouvir os bichos é como cortar as asas da democracia. E quando caímos, meu caro, a floresta inteira sente o impacto.”
Pedrinho riu: “Impacto? Não, Clóvis, o que eles querem é um terremoto. O Leãozinho e seus comparsas acham que podem dançar com o Pavão e puxar os cordões com o Caçador, como se os bichos da floresta fossem cegos.”
Clóvis, com um olhar de quem já viu muitos desses movimentos no passado, inclinou-se ligeiramente no ar e comentou: “Você sabe, Pedrinho, o Pavão brilha, mas não enxerga além das penas. E o Caçador? Ele pensa que está dois passos à frente, mas se esquece de que há olhos no céu observando tudo.”
Pedrinho, Leão Conselheiro, soltou um rugido de riso e provocou: “E o Leãozinho, Clóvis? Aquele que acha que reina, mas só manda em quem deixa. Ele ainda não percebeu que a floresta não é feita só de rugidos, mas de vozes – muitas vozes.”
A Águia Conselheira, pousando em um galho alto, olhou fixamente para o Leão e respondeu com um tom cheio de sabedoria: “Pedrinho, a democracia é como o voo. Se cortam as asas do voto direto, a floresta para de ver o horizonte. E você sabe tão bem quanto eu: sem visão, até o mais forte dos rugidos perde a direção.”
Pedrinho, pensativo, mas com um brilho de determinação: “Clóvis, eu admiro sua paciência lá do alto, mas aqui no chão, não vou permitir que um bando de bichos com ideias retrógradas transforme essa floresta em um zoológico. Eles mexem no voto direto, e quem vai rugir sou eu.”
Clóvis, com uma risada curta e sábia, respondeu: “Ruja, meu amigo, mas ruja com estratégia. Lembre-se: enquanto você assusta, eu observo. E juntos, não há Pavão, Caçador ou Leãozinho que consiga desmontar o que construímos.”
A clareira silenciou por um momento, impressionada pela aliança improvável do rugido do Leão e da visão da Águia, ambos Conselheiros. Cada animal sabia que, enquanto esses dois estivessem de olho, a democracia da floresta ainda teria quem a defendesse com coragem e sabedoria.
O Rato Aurélio, a Cutia Carla e o Confronto com os Arquitetos do Conselho
Aurélio Belém, o Rato, com seu olhar sagaz, subiu em um tronco caído no centro da clareira. Ele sabia que o momento era crucial para a democracia da floresta, e seu discurso precisava ser certeiro. Ao seu lado, Carla Caroline, a Cutia, mordiscava calmamente uma semente, observando o embate com sua típica discrição.
Aurélio ajeitou os bigodes e começou, com a voz afiada como sempre: “Então, estamos aqui para decidir o destino da democracia da floresta, mas o que vemos? O Caçador, o Pavão e o Leãozinho querendo enfiar um Conselho goela abaixo, como se nós fôssemos passivos demais para reagir. Deixem-me esclarecer: a floresta não pertence a vocês!”
CAM, o Caçador, cruzou os braços, mantendo o olhar frio: “Rato, você fala como se tivéssemos algo a esconder. Não percebe que o Conselho é uma forma de trazer equilíbrio ao processo?”
Aurélio riu, exibindo os dentes afiados: “Equilíbrio? Caçador, seu conceito de equilíbrio é tão torto quanto uma trilha mal feita. Esse Conselho é apenas uma desculpa para tirar o poder do povo da floresta e concentrar nas mãos de quem você e o Pavão acham conveniente.”
A Cutia Carla, até então quieta, assentiu vigorosamente e murmurou, entre uma mordida na semente: “Aurélio está certo. Isso é um desrespeito à tradição da floresta.”
o Pavão, ergueu a cabeça com ares de superioridade, comentou com um tom de falsa paciência: “Rato, minha cara Cutia, vocês não entendem a complexidade disso tudo. Nem todos os bichos têm a clareza necessária para fazer escolhas tão importantes. Às vezes, é preciso que os mais preparados liderem o caminho.” A Cutia interrompeu com uma voz fina, mas firme: “Guiar as escolhas ou manipulá-las, Pavão? Porque parece mais a segunda opção.”
Aurélio, aproveitando a deixa, apontou para o Pavão com um brilho travesso nos olhos: “Obrigado, Carla. E, Pavão quem você acha que engana? Sua preocupação nunca foi com a floresta, mas com o reflexo no lago.”
O Leãozinho Daniel, tentando recuperar o controle da discussão, rugiu: “Rato, você faz muito barulho para alguém tão pequeno. O Conselho não é um golpe, é uma forma de garantir que apenas os melhores cheguem ao topo.” Aurélio virou-se para o Leãozinho, com um sorriso sarcástico: “Melhores? Ou apenas os seus preferidos? Leãozinho, seu rugido é bom para assustar passarinhos, mas não engana quem vive nos túneis da floresta. Você e o Caçador podem até tentar centralizar o poder, mas nós estamos atentos.”
A Cutia deu um passo à frente, com os olhos brilhando de determinação: “E não estamos sozinhos. A floresta toda vai reagir a esse absurdo. O direito ao voto direto é sagrado.”
O Caçador apertou os lábios, claramente incomodado, mas antes que pudesse responder, Aurélio encerrou com um golpe final: “Caçador, Pavão, Leãozinho… vocês podem tentar impor seu Conselho, mas lembrem-se: pequenos dentes podem roer grandes planos. E nós, os bichos da floresta, não vamos ficar calados.”
Enquanto Aurélio descia do tronco, acompanhado pelo olhar atento da Cutia, um silêncio pesado pairava sobre a clareira. Era claro para todos que o Rato, com sua inteligência afiada e apoio crescente, estava longe de ser subestimado.
O Final da Assembleia
No final, após um debate acalorado, os bichos decidiram, por ampla maioria, manter o voto direto. O Pavão recolheu suas plumas, o Caçador ficou sem palavras e o Leãozinho teve que aceitar a derrota. A mensagem da floresta foi clara: a democracia era intocável.
Enquanto a clareira silenciava, a Águia sobrevoou uma última vez, dizendo: “Lembrem-se, democracia não é apenas um direito, é nossa essência. E quando todos se unem, até os mais astutos são vencidos.” E assim, a Floresta Jurídica garantiu que a voz de cada bicho continuasse a moldar seu destino.
Moral da história:
“Quando poucos decidem pelo todo, as garras da democracia perdem força. O poder deve ser dos bichos, não de quem deseja controlá-los.”