O silêncio da floresta e o desespero do Leãozinho

A floresta nunca esteve tão silenciosa. Por sete dias inteiros, os animais não se atreveram a discutir em voz alta o que havia acontecido. Não porque não tivessem o que dizer, mas porque a vitória de Super Mouse (Aurélio Belém) era grande demais para ser expressa apenas com palavras.

Em vez de debates acalorados, trocavam-se olhares de entendimento. Os bichos se comunicavam pelo brilho nos olhos, pelo balançar das cabeças, pelo sutil levantar das asas e patas. Era um silêncio que dizia muito. Um silêncio que consagrava o feito histórico: a Águia da Justiça, Vladimir Souza, havia descido do alto e, com um voo certeiro, suspendeu todo o processo eleitoral da Ordem dos Bichos da Floresta.

Nos pequenos grupos, entre clareiras e troncos caídos, só havia um sentimento: admiração pela coragem de Super Mouse. Os animais da mata sabiam que a floresta nunca mais seria a mesma depois dessa reviravolta. Mas enquanto a vitória era sentida e comemorada no silêncio respeitoso dos justos, em outra parte da floresta, o desespero crescia.

Enquanto os olhos da floresta celebravam o triunfo da verdade, o Leãozinho Daniel e seu conselho estavam inquietos. A derrota havia sido um golpe brutal. O rugido do Leãozinho, antes temido, agora soava fraco e vazio. Seu reinado nunca havia sido tão frágil, e ele sabia disso.

Foi então que Leãozinho convocou o CAM, seu padrinho, para uma reunião secreta, pois não conseguia mais convencer os outros animais com seu discurso ensaiado. Em sua cabana, onde acumulava velhas táticas de manipulação, o Caçador o tranquilizou: “— Leãozinho, não tema. Nossa estratégia ainda pode funcionar.”

Leãozinho, suando frio, perguntou: “— Mas o que podemos fazer? Super Mouse já mostrou que sua luta é justa, e a Águia da Justiça respaldou sua coragem!”. O Caçador sorriu e sussurrou: “— Diga que Super Mouse é contra a representatividade racial e a paridade de gênero. Espalhe essa história. Alguém vai acreditar.”

E assim fizeram. Começaram a espalhar pela floresta que Super Mouse queria acabar com conquistas importantes para todos os animais. Era uma inverdade, mas Leãozinho confiava que, se contasse essa farsa muitas vezes, alguns animais poderiam cair no engano.

Então reuniram-se na clareira mais escura da mata, cercados apenas pelos seus aliados mais fiéis, Leãozinho expôs sua angústia: “— Precisamos reagir. Super Mouse está crescendo, e a floresta inteira está com ele! Se não fizermos algo agora, nosso poder se desmancha!”. CAM, astuto e calculista, permaneceu em silêncio por um momento. Seu olhar frio percorria o conselho do Leãozinho, avaliando a situação. Então, com um meio sorriso, sussurrou: “— Vamos criar uma nova história. Se não podemos vencê-lo nos fatos, venceremos nas narrativas. Diremos que Super Mouse é contra a representatividade racial e a paridade de gênero. Vamos espalhar essa versão, semeá-la entre os animais. E veremos quem realmente se preocupa em ler as decisões da Águia”.

O conselho ficou em silêncio. Não era a primeira vez que recorriam a esse tipo de estratégia. Afinal, quando não se pode atacar a verdade, o jeito é distorcê-la. Mas algo estava diferente desta vez. A notícia da derrota do Leãozinho havia se espalhado além das clareiras próximas. Nos recantos mais profundos da floresta, os bichos do interior também tomavam conhecimento do que acontecia. Os diálogos eram cuidadosos, certeiros, dignos dos estrategistas da floresta.

O primeiro a falar foi Clodoaldo Jr., o Panda, mas não um panda qualquer. Ele era o mestre, o invencível, o implacável… o Kung Fu Panda da democracia! Com a calma de um velho sábio e a destreza de quem já desarmou muitas arapucas políticas lá pela clareira de Areia Barnca, ele cruzou os braços, respirou fundo e, num tom sereno, mas carregado de impacto, declarou: “— Não é impressão minha, nem de vocês. Tô sentindo no ar. O Leãozinho e sua turma querem mudar o rumo da coisa. Estão tentando convencer a floresta de que o Super Mouse é contra a paridade de gênero… mas isso simplesmente NÃO EXISTE!”

O silêncio na clareira ficou pesado. Era como se Clodoaldo tivesse dado um golpe certeiro de Jiu-Jitsu na farsa do Leãozinho, jogando essa narrativa de cara no chão. E ali, diante de toda a floresta, o Panda mostrou que na luta entre a verdade e a manipulação, o primeiro round já tinha dono – e era ele.

Ele fez uma pausa, respirou fundo e continuou: “— Eu li a petição toda. E não foi só uma vez. Li com calma, analisei, discuti com meus alunos, conversei com o pessoal do meu escritório. Nada do que estão dizendo tem fundamento. Estão tentando envenenar o queijo do Super Mouse com mentiras.”

Fred Moraes, o Guaiamu, sempre atento, cruzou as pinças e balançou a cabeça com firmeza. “— Panda, eu também fui a fundo nisso. Procurei todos os pontos da petição, analisei cada detalhe, consultei amigos meus, inclusive constitucionalistas. Nada ali desabona a questão da paridade de gêneros. Mas, por outro lado, o que Leãozinho está espalhando nas entrevistas é no mínimo suspeito. Precisamos ter atenção redobrada.”

Roque, o Urubu, que sobrevoava a clareira desde cedo, observando tudo de cima, resmungou enquanto balançava a cabeça: “— É verdade. Isso tem cheiro de golpe. Sempre vejo essas táticas e o Leãozinho está pegando gosto por elas.”

Foi quando Rafinha, o Canguru, irrompeu na roda, saltando sem parar, agitado como sempre: “— Eu já pulei todas as páginas, pulei e repulei, fui de volta, reli e li de novo! Não achei nada do que o Leãozinho está dizendo! Isso é invenção pura!”

Todos se entreolharam. Se até o Canguru, ansioso e acelerado, havia parado para ler com atenção e chegado à mesma conclusão, não havia dúvidas: Leãozinho e o estava manipulando a floresta. Foi então que Robson, a Ariranha, sempre tranquilo, porém certeiro, falou em tom grave: “— Isso é um engodo. Cada mentira espalhada é como um pedaço de kryptonita colocado no queijo do Super Mouse. E se não fizermos nada, essas narrativas falsas vão contaminando tudo, enfraquecendo a verdade, minando a justiça.”

Ele olhou para os outros com a serenidade de quem entende que grandes batalhas não se vencem apenas com força, mas com estratégia. “— Não podemos admitir que plantem essa história. Cada bicho aqui tem sua responsabilidade. Ou desmontamos essa farsa agora, ou veremos a floresta tomada pela mentira.” O silêncio caiu novamente na clareira. Mas desta vez não era o silêncio da dúvida. Era o silêncio da certeza, da convicção.

Era início da manhã na floresta quando Evânio Moura, o Elefante, decidiu pegar sua tromba e fazer uma ligação. Seu instinto dizia que algo estava errado, e quando um elefante sente o chão tremer, é porque há uma movimentação perigosa acontecendo.

O telefone tocou algumas vezes até que Juvenal, o Hipopótamo, atendeu: “— Alô, Juvenas! — começou Evânio, direto ao ponto. — Ouvi um rugido estranho na floresta. Vem lá das bandas do o Kung Fu Panda (Clodoaldo). Parece que estão querendo espalhar que o Super Mouse é contra a paridade de gênero e a representatividade racial.”

Juvenal, que já estava atento às movimentações, franziu a testa e bufou: “— Que absurdo! Isso de novo?”. Sem perder tempo, Juvenal apertou alguns botões e adicionou mais nomes à chamada. Entraram na conversa a Girafa Robson Millet, o Tamanduá Carlos Pina, O Macaco Getúlio Sobral e o Vagalume Joab Ferreira. Assim que todos estavam conectados, Juvenal continuou: “— Evânio, acabei de adicionar mais alguns companheiros aqui. Já li tudo e não vi nada do que estão dizendo.”

Foi nesse momento que Joab Ferreira, o vagalume, piscou sua luz intermitente, sinalizando sua entrada na conversa. “— Honestamente, eu também não vi nada disso. Já pisquei minha luz pra todo lado, iluminei cada linha dessa petição, e não tem nada ali! O que será que está acontecendo? “. A girafa Robson Millet, com sua elegância natural e visão privilegiada das copas das árvores, interveio: “— Também li, reli, e nada. Acredito que o Panda tenha razão, e gostei muito da colocação da Ariranha”.

O Tamanduá Carlos Pinna, sempre pragmático, coçou o focinho com aquele ar de quem quer parecer imparcial e soltou: “— O problema é que essa narrativa, se repetida muitas vezes, pode confundir alguns animais da floresta. E é exatamente nisso que o Leãozinho aposta.” Falou bonito, mas todos ali sabiam que ele estava fora da disputa, já que tinha sido renomeado como Procurador-Geral da Floresta pelo Rei Leão, Fábio Mitidieri. Ou seja, por mais que tentasse se fazer de analista neutro, sua ficha já estava carimbada.

Foi aí que o Macaco Getúlio Sobral, sempre debochado, pendurado num galho e mastigando uma fruta, não perdeu a oportunidade de tirar onda. Ele esticou o braço, colocou o celular em viva voz para todos os bichos que estavam ao seu redor ouvir, fez que ia pegar um inseto imaginário no ar e murmurou com um sorrisinho de canto e falou sobre a renomeação do Tamnaduá: “— Ué, mas ele ainda tá nessa discussão? Pensei que já tinha pendurado a língua no paletó!” A bicharada caiu na risada.

A conversa foi ganhando mais peso e concordância. Era evidente que uma nova narrativa estava sendo fabricada, uma nova pedra de kriptonita estava sendo colocada no queijo do Super Mouse.

Evânio, o Elefante, respirou fundo antes de concluir: “— A floresta precisa saber a verdade. O silêncio da semana passada nos deu um tempo de observação, mas agora é hora de agir. Se deixarmos essa história crescer, amanhã pode ser tarde demais”. Todos concordaram. A ligação foi encerrada, mas a decisão estava tomada: a verdade precisaria ser defendida – antes que mais uma mentira se espalhasse como erva daninha pela floresta.

Na clareira das fêmeas, longe dos ouvidos do Leãozinho e de seu conselho,  elas se reuniram para discutir o que parecia ser mais uma jogada. O clima estava tenso, mas também carregado de indignação – e quando as fêmeas da floresta resolvem agir, não há quem as segure!

A primeira a falar foi Carla Carolina, a Cutia, sempre atenta, seus olhos pequeninos analisando cada detalhe. Ela bufou e soltou: “— Minha nossa! Li tudo, virei de cabeça para baixo, olhei de lado, revisei três vezes… e não achei nada! Em que parte da floresta que o Super Mouse disse ser contra a paridade de gênero e raça? Estão inventando moda!”

Clarice Aguiar, a Ursa, não se fez de rogada. Deu um murro forte no tronco onde estava sentada e esbravejou: “— Eu também não vi nada! E olha que eu sou detalhista! Isso tá me cheirando a mais uma armação. Aposto minhas garras!”

Cássia Gardênia, a Arara, sempre vibrante, abriu as asas e gritou, como se estivesse discursando para toda a floresta: “— Concordo, concordo piamente! Mas será que estão só inventando fofoca ou será que tem coisa pior vindo por aí? Porque, sinceramente, essa gente não dá ponto sem nó!”

Foi então que América Dejaim, a Garça, sempre ponderada, pediu calma com um movimento elegante de suas asas. Professora experiente, acostumada a analisar processos linha por linha, falou com sua serenidade habitual: “— Meninas, respirem fundo. Vamos com calma e inteligência. Eu li toda a petição, analisei com lupa e, como professora de processo civil, posso afirmar: não tem absolutamente nada ali contra a paridade de gênero ou a representatividade racial. Essa narrativa é perigosa, e se pegarmos leve, pode colocar a floresta toda em risco novamente!”

Mas, enquanto todas falavam, Marília Menezes, a ex-CAM, permaneceu calada. Sua expressão era fechada, os braços cruzados. Ela balançava a cabeça devagar, com aquele olhar de quem já viu esse filme antes. Quando uma caçadora reformada fica em silêncio desse jeito, é porque algo muito sujo está acontecendo.

De repente, Tatiana Silvestre, a Cabra, bateu os cascos no chão e saltou como se estivesse pronta para um duelo: “— Eu sabia! Sabia que iam tentar esse golpe de novo! Isso é mais uma tentativa de derrubar o que estamos construindo! Nós, fêmeas da floresta, defendemos a eleição direta, e essa narrativa é só um truque barato! Meu escritório inteiro leu a petição, analisamos ponto por ponto… NÃO TEM NADA! Precisamos agir antes que essa mentira cresça como erva daninha!”

Janete Cruz, a Lontra, apenas olhava de um lado para o outro, seu olhar carregado de desconfiança. Não falava muito, mas seu balançar de cabeça dizia tudo: ela concordava e sabia que ali tinha jogada suja. Foi quando Ana Lúcia, o Pombo, levantou voo e anunciou, cheia de energia: “— Podem deixar! Eu e minhas amigas seremos os pombo-correio da verdade! Vamos levar essa informação para toda a floresta, e se alguém tentar espalhar essa mentira, a gente já tem resposta na ponta da língua!”

A reunião terminou com um consenso: a verdade não poderia ser sufocada! O Leãozinho e seu Caçador podiam até tentar manipular a floresta, mas as fêmeas estavam alertas, unidas e prontas para agir. E quando as fêmeas da floresta entram na briga… meu amigo, ninguém segura!

O sol já ia se pondo quando Vaguinho Ribeiro, o Gato-Coroa da lancha, atracou seu barco no riacho. Como sempre, estava de boas, curtindo a vida, recém-chegado do Maracanã, ainda comemorando mais uma vitória do Flamengo.

Não demorou muito para Cícero Dantas, o Jacaré, surgir das águas, nadando preguiçosamente até a margem. Com um sorriso maroto e os dentes à mostra, foi logo provocando: “— E aí, Gato-Coroa, tudo certo? Já tá sabendo da última? O Leãozinho tá espalhando que o Super Mouse é contra a paridade de gênero ou a representatividade racial! KKKK! O que você acha disso?”

O Gato-Coroa, como sempre, nem se abalou. Ele olhou para o Jacaré, deu um suspiro profundo, daquele de quem já viu muita politicagem e não tem mais paciência pra joguinho de floresta. Sem pressa alguma, pegou a garrafa de Angelica Zapata Malbec, encheu mais uma taça com a calma de quem sabe que a vida é curta demais pra perder tempo com besteira, e então respondeu, tranquilo: “— Jacaré, eu tô de boas. Tô passeando, tô vivendo minha vida, deixa eles brigarem. Mas uma coisa eu te digo: o certo é que a vaga constitucional tem que ser votada diretamente pelos advogados, e não por qualquer um.” Deu um gole generoso no vinho, apreciou o sabor e voltou a relaxar, enquanto o resto da floresta ainda tentava entender como ele conseguia ser tão zen em meio a tanto rugido desesperado.

Enquanto falava, Genisson Cruz, o Lagarto, que estava deitado numa pedra tomando sol e se espreguiçando, abriu um dos olhos e soltou: “— Companheiro Waguinho, você é mesmo o Gato-Coroa! Concordo contigo em gênero, número e grau. Foi quando Vitor Barreto, o Tucano, pousou num galho e entrou na conversa, sempre afiado: “— Gato, já que você só quer curtir a vida e passear, por que não convida o Tamanduá a pra dar uma voltinha contigo? Todo mundo sabe que ele tá fora da briga, né? Isso ia dar mais o que falar!”

Ninguém segurou a risada. Os bichos que estavam na beira do rio caíram na gargalhada, rindo até bater as patas no chão, balançar as asas e bater as caudas na água.

O Gato-coroa, sem perder a chance de botar lenha na fogueira, ainda soltou mais uma: “— E o pavão Márcio Conrado? Agora só quer tomar café e dar aula sobre o quinto. Tá fugindo do debate mais do que onça foge de enchente!”. Nova onda de gargalhadas tomou conta da margem do riacho.

Até que, de repente, Alexander Santos, o pastor alemão, deu um latido alto, daqueles que fazem até Inácio, a preguiça, pular do galho: “— Isso é verdade! Isso é verdade! Mas agora, chega de conversa! Vamos à luta, vamos visitar o povo, que o povo nos espera!” O clima de descontração deu lugar à energia da mobilização. O papo na beira do riacho tinha sido bom, mas era hora de agir. A floresta ainda precisava ser sacudida – e a verdade precisava ser dita

Na verdade o jogo virou! A floresta assistiu de camarote mais uma tentativa de emplacar outra narrativa fajuta, mas dessa vez, o plano ruiu antes mesmo de sair da toca. O Super Mouse não se deixou abalar pelas invenções rasteiras. Seguiu sua caminhada, reunindo aliados, conquistando respeito e provando, com documentos na pata e transparência no olhar, que não há espaço para narrativas inverídicas quando a verdade está bem escrita e acessível para todos que quiserem ver.

Já a Águia Vladimir Souza, com seu voo altivo e decisão certeira, mostrou que justiça se faz com coragem e equilíbrio, e não com rugidos desesperados e truques. Sua atitude suspendeu um processo viciado e garantiu que a disputa fosse justa, mandando um recado claro para toda a floresta: a lei ainda vale, e quem tenta burlar as regras acaba desmascarado.

E quanto às fake news? Ah, essas vão ser combatidas com o fervor de um enxame de abelhas irritadas! A bicharada da floresta já sacou o jogo do leãozinho e não vai mais cair nessas arapucas. O Gato-Coroa segue passeando de lancha, o Macaco continua tirando onda, e até o Pombo já organizou sua rede de informação para espalhar a verdade antes que a mentira tenha chance de decolar.

Enquanto o Leãozinho tentava desesperadamente criar mais uma ilusão para segurar o pouco poder que lhe restava, a floresta inteira se organizava para um novo tempo, onde a justiça, e não a manipulação, definirá os rumos do Quinto Constitucional.

O fim dessa história? Super Mouse segue firme, a Águia segue atenta, e a verdade vence até agora. Quanto ao Leãozinho? Bem, esse que fique esperto… porque na floresta, quem brinca com a mentira, cedo ou tarde, acaba virando história – e não das boas.

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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