1. Tarifas como pressão política
Após sua eleição, o presidente Donald Trump vem pressionando países ao redor do globo na tentativa de buscar vantagens para a economia americana. Até o momento, o presidente americano, vinha se valendo do argumento econômico e do “déficit” comercial com esses países, o que em parte não refletia a realidade como, por exemplo, com o Brasil, onde a economia dos EUA tem superávit. Ontem o governo americano enviou uma carta oficial ao Brasil, reconhecendo a influência política de Jair Bolsonaro e reafirmando apoio ao ex-presidente brasileiro e, como parte da estratégia política, Trump impôs uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, uma medida que atua como instrumento de pressão econômica e diplomática para o governo brasileiro, buscando fortalecer aliados políticos e preservar interesses relacionados aos Bolsonaros. Essa ação aumentou as tensões entre os países e gerou apreensão no setor exportador brasileiro, ou seja, dessa vez, Trump usou as “tarifas” com um país que tem défict comercial com os EUA como instrumento de pressão política e não econômica.
2. Dólar chega em R$ 5,60, refletindo volatilidade externa e interna após anúncio de Trump
O dólar fechou ontem em R$ 5,53 e, hoje, continua em alta diante do cenário global incerto. Um dos principais fatores de apreensão é a carta do presidente americano endereçada ao governo brasileiro, que gera forte incerteza no mercado e pressiona o dólar para cima, o que deve encarecer ainda mais os produtos importados pelo Brasil.
Além disso, a bolsa opera em queda, também influenciada pelas incertezas internacionais, ampliando a pressão economia interna e externa.
3. Primeiro trimestre fecha com taxa de desemprego de 7%
De acordo com dados do IBGE, a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2025 foi de 7,0%, mantendo-se relativamente estável em relação ao último trimestre de 2024. Apesar da forte alta da taxa Selic para 15%, o mercado de trabalho mostra alguma resiliência, embora a renda média real continue sob pressão e a informalidade ainda seja elevada. O cenário, porém, demanda atenção quanto a recuperação do consumo e investimentos