FIES quer prazo maior para o ICMs

A Federação das Indústrias do Estado de Sergipe fez duas reivindicações ao Governo do Estado, nestes tempos politicamente corretos de botar a boca no trombone. A FIES  reivindicou a dilatação do prazo para o recolhimento do ICMS, possibilitando ao empresário honrar os seus compromissos livre de acréscimo. Reivindicou também a dilatação  do prazo de validade das notas fiscais que acobertam mercadorias transportadas, evitando com isso onerar ainda mais os produtores, do que resultaria um agravamento do problema. Indiretamente, a FIES também reclama do Governo do Estado o fato de cobrar  os impostos antes mesmo do vencimentos das faturas emitidas para a venda e inumera quantidade de notas fiscais em poder dos grevistas. Para um Estado que vive com o cinto das calças apertado no último patamar, ampliar o prazo para recolhimento do ICMS fica um pouco complicado. Vamos esperar agora a resposta de Sua Excelência, o Governador do Estado.

A morte de d. Luciano Duarte

Aos 93 anos de idade faleceu ontem a tarde aqui em Aracaju o Arcebispo Emérito de Aracaju, dom Luciano José Cabral Duarte. Figura exponencial da Igreja Católica em Sergipe, d. Luciano teve uma vida vitoriosa no campo eclesiástico  e plena de realização. Ele trabalhou assiduamente para a constituição da Universidade Federal de Sergipe, na metade dos anos 60. Um pouco antes, o seu trabalho também foi vitorioso para a constituição e instalação da Rádio Cultura de Sergipe, em 1959. Professor universitário, ele trabalhou também para a instalação das faculdades de Filosofia e de Serviço Social. Fui seu aluno ainda na Faculdade Católica de Filosofia. Embora divergíssemos politicamente, era, no entanto, um enorme prazer assistir aulas suas de Filosofia. Era um poço de conhecimento dentro de uma oratória especialmente cativante. As vezes contraditório, D. Luciano  era capaz de se preparar para constituir uma entidade que trabalhou pela Reforma Agrária. A doença de que foi vítima, o Mal de Alzheimer, privou os sergipano dos seus conhecimentos sobre quase tudo na vida  das pessoas, além um discurso primoroso, e um texto maravilhoso (isto pode ser conferido nosso livros que publicou, principalmente em “Europa e Europeus”, seu primeiro livro. Por muito tempo foi o editorialista da Rádio Cultura de Sergipe, texto transmitido, por cinco minutos diários, a partir das 13h. Frequentador assíduo de cinema, tinha um gosto refinado na literatura e na música. Assistir uma aula do professor Luciano Duarte era um prazer que nos foi retirado muito cedo. D. Luciano Duarte agora descansa em paz. No período da doença, recebeu assistência de sua irmã, uma verdadeira santa, d. Carmen Duarte.

A morte de José Carlos Teixeira

Na sua sessão de ontem de manhã, meio que improvisada porque de fato não deveria ter havido a sessão ordinária,  a Assembleia Legislativa antecipou-se ao anuncio da morte do ex-deputado José Carlos Teixeira. De fato, o político sergipano só veio a óbito já pouco depois do meio-dia e não às 10h30 como foi anunciado. Um dos mais importantes políticos sergipanos, José Carlos Teixeira elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 1962, reelegendo-se pelos anos afora por mais três vezes. A mais importante voz contra o golpe militar de 1964, Teixeira  também por essa época tornou-se a mais importante voz da área cultural do Estado ao promover a Sociedade de Cultura Artística de Sergipe. Graças ao seu empenho, alguns diretores teatrais de fora do Estado – como Wilson Maux e Mário Sérgio, por exemplo –  vieram dirigir artistas sergipanos em obras de excelente qualidade. Um desses trabalhos, chamado “Chuva”, peça de Somerset Maugham, trouxe interpretações marcantes de atores como o prof. João Costa, a socialite Tereza Prado e o então estreante em jornalismo José Carlos Monteiro, antes de ir residir em definitivo no Rio de Janeiro. Fundador do PMDB, o partido de Oposição consentido pela Revolução Militar de 1964, José Carlos Teixeira exerceu toda sua atividade política como filiado ao partido. Por um breve espaço de tempo, nos anos 1980, foi Prefeito de Aracaju e passou o comando da cidade ao seu colega de partido, Jackson Barreto, eleito por voto direto dos eleitores. Foi diretor da Caixa Econômica  e Secretário da Cultura, em 2003, no governo do sr. João Alves Filho. Quando ajudou a fundar a SCAS (Sociedade de Cultura Artística de Sergipe)  no início dos anos 50, ficaram famosas as recepções oferecidas por Teixeira a artistas estrangeiros que vinham se apresentar na SCAS. José Carlos Teixeira despediu-se do seu povo aos 83 anos de idade, embora aparentasse ter um pouco mais.

Belivaldo viaja na sexta-feira

O Governador Belivaldo Chagas adiou para sexta-feira a viagem que terá de fazer a São Paulo, para que seja possível se submeter a um procedimento cirúrgico chamado “Dermatoscopia Digital do Corpo Total”. Em abril de 2017, Belivaldo submeteu-se a uma operação cirúrgica para a retirada de três sinais de carcinoma basocelulares benignos. Exames de revisão e rotineiros deveriam ser feitos seis meses depois mas os seus afazeres  como vice-governador e outras funções não o permitiram. Ele vai fazer a primeira revisão agora neste mês de junho em São Paulo. O Presidente do Tribunal de Justiça, Sr. Césario Siqueira, foi convocado para assumir o governo do Estado até o próximo dia 4 de junho.  O deputado Luciano Bispo, na qualidade de Presidente da Assembleia Legislativa, deveria ser o substituo natural, mas como é candidato a reeleição, ele não pode assumir o cargo  até se passarem as eleições de 7 de outubro próximo.  A posse do dr. Césario Siqueira será as 15h de sexta-feira próxima no Palácio de Despachos.

Revistas semanais não chegaram por aqui

As revistas de informações variadas, que circulam nos finais de semana, não chegaram a Aracaju  desde sexta-feira à tarde até ontem, terça-feira. “Veja”, “IstoÉ” e “Época” pode ser que ainda cheguem as casas dos assinantes e às poucas bancas de revistas da cidade, ainda hoje. É uma suposição porque os assinantes não foram avisados de nada. O melhor mesmo é esperar pela edição desta semana, que só deve circular a partir de sábado.

 Parece piada, mas é verdade

D. Gleisi Hoffman, a Presidente do Partido dos Trabalhadores, se esmera em ampliar o besteirol que reina no País. As propostas dela com relação a greve dos caminhoneiros são verdadeiros absurdos. Pelas suas palavras, ela gostaria que os caminhoneiros fizessem, entre as suas reivindicações, a liberdade para Lula, “para que ele possa consertar o Brasil de novo”.  A proposta foi feita a sério, nada de brincadeiras… Num dos seus últimos pronunciamentos, madame Gleisi Hoffman  disse que se Lula estiesse em liberdade, essa greve não teria ocorrido porque ele teria negociado uma formula para que tal movimento grevista não ocorresse…

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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