Fim do blá, blá, blá

Os candidatos a prefeito encerram hoje as participações no horário eleitoral gratuito. Neste último dia, vão agradecer à população pela paciência de tê-los assistido e garantir que, se eleitos, cumprirão todas as promessas feitas. Não existe pesquisa para medir a aceitação pelo eleitor das propostas apresentadas no rádio e na televisão, mas é certo que boa parte dos votantes não levou em conta as aparições dos prefeituráveis para definir o voto. Todos sabem que as idéias apresentadas fazem parte de um jogo de marketing dos publicitários e que os eleitos não as levarão em conta no decorrer de seus mandatos. Portanto, praticamente tudo que foi dito no horário eleitoral não passou de um enfadonho blá, blá, blá.

Pesquisa

Pesquisa feita pelo Instituto W1 e divulgada ontem pela TV Cidade mostra o prefeiturável João Alves Filho (DEM) vitorioso no 1º turno com 51,6%. Valadares Filho (PSB) aparece com 33,5%, e Vera Lúcia (PSTU) tem 6,4%. Reynaldo Nunes (PV) foi citado por 1,3% dos entrevistados, e Almeida Lima (PPS) segura a lanterninha com 1,1%. Realizada entre os dias 28 de setembro e 2 deste mês, a consulta foi registrada no TRE com o número SE-00089/2012. A margem de erro é de 4,4%.

Força federal

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou ontem o envio de tropas federais para Salgado, Malhador, Campo do Brito, Macambira, São Domingos, Canindé do São Francisco, Poço Redondo e Rosário do Catete. Anteriormente, o TSE já havia autorizado tropas federais para Monte Alegre de Sergipe.

Justificando

O eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral e não votar domingo próximo deve justificar a ausência ao pleito. Quem estiver nessa situação tem o período de até 60 dias para apresentar a justificativa em qualquer cartório eleitoral, mas o ideal é que o formulário seja devidamente preenchido e entregue no próprio dia da votação, nos postos de justificativa.

Fichas sujas

A grande maioria dos políticos sob suspeição disputará o voto do eleitorado no próximo domingo sem saber se será enquadrada como ficha suja. A incerteza vai marcar a eleição porque o Tribunal Superior Eleitoral não conseguirá julgar todos os processos até domingo. Contudo, a vitória nas urnas não será a garantia de posse no cargo ao qual disputou, pois se posteriormente o candidato tiver o registro impugnado, os votos serão considerados nulos.

Tratamento

Internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar um câncer no estômago, o governador Marcelo Déda (PT) será submetido a 46 horas de medicação no chamado "primeiro ciclo" do tratamento da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil o câncer de estômago aparece em terceiro lugar na incidência entre homens e quinto entre as mulheres.

Confiante

A deputada estadual Goretti Reis (DEM) acredita que o candidato a prefeito de Lagarto Lila Fraga (PSDB) conseguirá escapar da acusação de ‘ficha suja’ feita pelo Tribunal de Contas da União. O prefeiturável teve duas prestações de contas rejeitadas quando era tesoureiro do PTB. A parlamentar torce para que a Justiça Eleitoral absolva Lila antes das eleições.

Insegurança

O juiz eleitoral Rinaldo Salvino Nascimento está preocupado com a segurança da população nas eleições de domingo próximo. Entrevistado pela rádio Ouro Negro, de Carmópolis, o magistrado disse que pediu 120 policiais para garantir a ordem no dia do pleito, mas só recebeu cinco PM’s para atender Pirambu, Japaratuba e Carmópolis. “Diante disso, solicitei o envio de tropas federais”, afirma o juiz.

Urnas

Até a próxima sexta-feira, praticamente todas as zonas eleitorais já terão recebido as urnas para as eleições de domingo. As urnas de Aracaju e Barra dos Coqueiros só serão transportadas para os locais de votação no próximo sábado. Ao todo, Sergipe vai dispor de 5.434 urnas. Destas, 4.659 serão usadas para votação nas seções eleitorais, 89 para recepção das justificativas e 686 ficarão como reserva técnica.

Do baú político

Vai longe o tempo em que qualquer político interferia no trabalho da Justiça. Na primeira metade do século passado, juízes e até desembargadores sofriam sérias represálias se as suas decisões contrariassem o governante de plantão. Em seu livro “Revolução de 1930 em Sergipe – dos tenentes aos coronéis”, o professor Ibarê Dantas conta que no governo de Eronildes de Carvalho (1935/1941) a Justiça era desrespeitada de várias formas. Chegava-se ao ponto de mandar emissários às casas dos juízes tomar satisfação sobre determinados julgamentos; fazer propostas de remoção e promessas de melhorias; reduzir prazo de aposentadorias compulsórias; e até mesmo exonerar desembargadores. A desmoralização ao Poder Judiciário era tão grave que o governo teve a petulância de se solidarizar oficialmente com um criminoso porque este foi condenado em júri popular. Tempo brabos, aqueles!

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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