Fubras que pariu

A escandalosa contratação de consultorias à Fubras, em 2003, pelo governo João Alves Filho (DEM), volta à mídia sergipana graças a divulgação do resultado de inquéritos feitos pela Controladoria Geral do Estado. Apurou-se, entre outras coisas, que a tal fundação deu um prejuízo ao Estado de R$ 145 milhões e ainda deixou o governo engessado, pois orientou o não recolhimento à Receita Federal de dívidas relativas ao Pis/Pasep. Por conta desse “caro conselho” da Fubras, ao assumir o Estado em 2007, Marcelo Déda (PT) teve que travar uma luta de quase um ano para recuperar as certidões negativas, sem as quais estava impedido de receber recursos federais. Portanto, além dos R$ 145 milhões que saíram pelo ralo na administração de João Alves, Sergipe deixou de receber em 2007 cerca de R$ 500 milhões do governo federal porque não possuía as certidões negativas. Pior é que, passados mais de quatro anos da descoberta desse escândalo, ninguém ainda foi punido. Fubras que pariu!

 

Operação Cajueiro

 

A seccional sergipana da OAB reúne amanhã sergipanos presos pelo regime militar durante a Operação Cajueiro, deflagrada no Estado em 1976. O encontro está marcado para às 15h no auditório da Ordem, ali na travessa Martinho Garcez, 71. Entre os torturados pelos militares naquele ano está o advogado Carlos Alberto Menezes, que integra uma das listas tríplices, das quais sairão três novos ministros do Superior Tribunal de Justiça. E ontem, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral aprovou moção de apoio à indicação de Carlos Alberto como ministro do STJ.

 

Opa!

 

Com o título acima, a coluna Periscópio, do Jornal da Cidade, publica hoje a seguinte nota: “A primeira secretária da Assembléia, deputada Conceição Vieira (PT), presidiu parte da sessão de ontem. Ao convidar o líder da oposição Venâncio Fonseca (PP) para ocupar a tribuna, ela o chamou de vereador e, na mesma hora, brincou dizendo ‘ih, Venâncio, o negócio é grave’. Fonseca, no seu estilo elegante, retrucou afirmando ser uma honra ser chamado de vereador”.

 

No rumo certo

 

A presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Cassilda Teixeira, visitou ontem a Deso, tendo discutido com a diretoria da empresa propostas em torno do saneamento básico e a realização de possíveis atividades conjuntas. “A Deso tem dado, nos últimos anos, uma grande demonstração de competência, principalmente sobre o sistema de gestão, fato que lhe rendeu o Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS), a mais importante ferramenta de gestão dos serviços de saneamento ambiental no Brasil”, afirmou Cassilda.

 

Conselheiro

 

O auditor Luiz Augusto Ribeiro já pode comprar o terno para a posse, pois ele deverá ser o indicado para substituir o conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado, Heráclito Rollemberg. A lista tríplice com os nomes de Luiz Augusto e dos também auditores Francisco Evanildo de Carvalho e Rafael Fonseca já está com o governador Marcelo Déda (PT), que deverá anunciar o novo conselheiro amanhã. Pelo tempo que está no TCE, Luiz Augusto Ribeiro deverá ser o escolhido. Pesa, ainda, em seu favor o fato de ser pai do deputado estadual Gustinho Ribeiro (PV), aliado do governo.

 

Dilma venceu

 

Nem R$ 560, nem R$ 600. O novo salário mínimo aprovado ontem pela Câmara Federal é de R$ 545, como queria a presidente Dilma Rousseff (PT). A posição chiou pra lá e pra cá, mas na hora da votação a maioria dos deputados preferiu agradar a petista. Agora, o projeto do salário mínimo será votado pelo Senado. O assalariado que sonhou em ganhar uma “merrequinha” a mais amanheceu triste. Bem feito, quem mandou confiar nas ‘lebréias’ da oposição?

 

Ameaçadas

 

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, prometeu ontem ajuizar ações de inconstitucionalidade contra todas as leis estaduais que concedem aposentadorias para ex-governadores e dependentes. Sergipe está entre os Estados que pagam essa mordomia. Sete ex-governadores sergipanos recebem mensalmente o equivalente ao salário de um desembargador. “Estou examinando todas as legislações de todos os estados, naqueles casos que a OAB ainda não ajuizou, vou ajuizar ações indiretas”, prometeu Gurgel.

 

Exigem menos

A proporção de mulheres inativas que aceitariam uma proposta de trabalho é maior que a dos homens. Estes, além de desistir de procurar um emprego, dizem que não aceitariam qualquer oferta. A constatação faz parte de um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada. Enquanto 47% das mulheres inativas responderam que aceitariam uma proposta de emprego, apenas 32% dos homens fariam o mesmo. As mulheres, inclusive, também aceitariam ganhar menos.

Reinado magro

 

Alegando contingenciamento de recursos, o governo estadual não apoiará associações e entidades na realização de seus carnavais. Irá ajudar, só através de prefeituras, os carnavais nos municípios de maior tradição e alguns que já iniciaram. Foi decidido ontem que serão repassados R$ 800 mil para as prefeituras de Aracaju, Amparo do São Francisco, Cristinápolis, Estância, Gararu, Itaporanga, Socorro, Pirambu e São Cristóvão. A maior ajuda caberá a capital sergipana: R$ 350 mil

 

Do baú político

 

A criação de partidos nanicos, sem qualquer representação popular, tem permitido o surgimento de candidatos completamente desconhecidos do eleitorado. Um exemplo disso ocorreu em 1990, quando o engenheiro Gilberto Selles registrou sua candidatura ao governo de Sergipe pelo PTR. Embora falastrão e dado a conceder entrevistas no início da campanha, ele jamais apareceu no horário eleitoral gratuito, tendo o espaço sido ocupado pelos candidatos proporcionais do partido. Na reta final, Selles quebrou o silêncio de quase dois meses e concedeu uma entrevista amalucada, onde denominava-se o general da sabedoria e pregava o fim das eleições, devendo os executivos e legisladores serem escolhidos através de concursos públicos. Apesar de tudo isso, o homem ainda foi votado por 5.897 eleitores, num pleito vencido fácil por João Alves Filho (PFL), que derrotou seu principal adversário Zé Eduardo Dutra (PT).

 

Resumo dos Jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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