Generalidades sobre a Doença de Alzheimer

Antigamente era bastante comum confundir Alzheimer com aterosclerose, chegando ao ponto de ir de encontro até a própria história da doença, que é uma doença degenerativa e não vascular.

Atualmente essa situação se inverteu um pouco e a maior parte das doenças com alterações do raciocínio, da memória, e do comportamento são confundidas com Alzheimer.

A incidência da doença é de 5% aos 75 anos, chegando a 45 % ou 50 % aos 90 anos, demonstrando que há um aumento progressivo em relação à faixa etária., no entanto existem alguns pacientes que começam a desenvolver um quadro demencial aos 50 anos, o que faz com que seja necessário procurar sempre  fazer um diagnóstico precoce.

Quadros que simulam a doença de Alzheimer devem ter diagnóstico diferenciado, o exemplo de um deles é a depressão, muito comum em pacientes dessa faixa etária, e que pode aparecer no início da doença, ou seja, a depressão pode simular o quadro inicial, mas pode ser uma manifestação da própria doença.

Convém salientar de que vários diagnósticos clínicos e laboratoriais podem ser feitos para diferenciar a doença de Alzheimer de outras patologias clinicas, como alterações metabólicas que causam doenças de tireóide e distúrbios relacionados à deficiência de vitaminas B12, facilmente identificáveis pelos médicos.

Além da história clínica coletada com o paciente, seus familiares ou seus cuidadores, que em quase 80%  dos casos já é suficiente para o diagnóstico de Alzheimer , hoje já temos exames sofisticados capazes de definir esse diagnóstico, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.

 Paralelamente, nos últimos anos, vêm sendo desenvolvidos os testes neuropsicológicos que, infelizmente, ainda são feitos apenas por alguns especialistas como neurologistas, psiquiatras e geriatras, com certeza esses testes já deveriam estar nas mãos dos clínicos, da mesma forma que Ele mede a pressão arterial, solicita o lipidograma e dosa a glicemia ( jejum e pós prandial ),a hemoglobina glicada e a frutosamina ( para afastar a presença de Diabetes Melitus ),acreditamos que  o clínico tem condições de fazer o diagnóstico mais provável da alteração mental e ir atrás da própria doença de Alzheimer; ou seja sabemos que  a base do histórico diferencial é a história clínica bem feita, como citamos inicialmente, uma base laboratorial mínima e a realização de exames de imagem. Infelizmente temos o conhecimento de que nem sempre essa estrutura está à disposição de todos os médicos e pacientes, mas é importante seguir essa sequência, além disso paralelamente devemos realizar  os testes psicológicos.

 A grande dificuldade atual em adotar um tratamento medicamentoso adequado está em fazer um diagnóstico o mais precoce possível, porém encontramos na maioria dos casos existem pistas que podem servir de alerta para família e equipe de saúde.

 Um indivíduo numa faixa etária condizente que tem de início uma perda de memória pode ser submetido à entrevista clínica ou a um questionário específico, infelizmente em sua grande maioria o indivíduo não traz queixas específicas, mas traz algumas informações que a família deve valorizar.

 Há duas abordagens terapêuticas que devem ser empregadas quando do diagnóstico de Alzheimer: uma é medicamentosa e a outra é o manejo da doença, como por exemplo a presença de fatores como alteração de comportamento em fases iniciais ou próprias, incontinência urinária em fases mais avançadas são causas comuns de desorganização familiar, e é preciso adequada abordagem para a melhoria da qualidade de vida do paciente e familiares, por causa disso a primeira etapa quando se fala em tratamento é verificar em que fase o paciente se encontra para saber que tipo de orientação ou cuidados precisa.

 Várias drogas tem sido estudadas e podem ajudar bastante no tratamento do paciente com Alzheimer.

 Preferentemente devem ser efetivas e seguras com poucos efeitos tóxicos e que possam beneficiar de forma significativa aos aspectos de memória e comportamentais da doença.

Apesar de não deterem a evolução da doença devido à progressiva degeneração, melhoram a qualidade de vida dos portadores, por que acima de tudo devemos  pensar em se tratar de pacientes idosos que geralmente apresentam co – morbidades, por isso essas drogas precisam ser utilizadas de forma adequada, com dosagens iniciais baixas, para evitar efeitos colaterais, até alcançar um patamar terapêutico adequado.

Os pacientes também podem apresentar quadros alucinatórios que devem ser medicados porque trazem um prejuízo muito grande ao meio ambiente do paciente e ao seu cuidador.

A adesão ao tratamento pela família ou pelo próprio paciente é fundamental, apesar de que muitas vezes a resposta é menor do que aquela esperada pela família e, após alguns meses de tratamento, faz uma avaliação do custo benefício e acha que o tratamento não está valendo a pena e acaba optando por sua suspensão.

Somente depois de um tempo é que eles percebem que o medicamento estava mantendo o paciente mais equilibrado e com melhor qualidade de vida.

Como conclusão, destacamos que ainda há muito que pesquisar sobre a doença tanto no seu diagnóstico precoce quanto na terapêutica, com diversos novos medicamentos em estudo, mas também é interessante frisar de que sem dúvida alguma nos últimos anos, evoluiu – se muito no conhecimento de novas drogas e no surgimento de profissionais especializados em cuidados e reabilitação.

Se não pensarmos com carinho e atenção em nossos idosos, poderemos deixar passar excelentes oportunidades de poder ajuda- los com  o diagnóstico precoce de Alzheimer e com isso proporcionar –lhes um final de vida decente e com qualidade.

Para maiores esclarecimentos : 0800551906

Uma Semana de muitas Alegrias e Saúde…………………

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.

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